Maio 05, 2025
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Bancários de todo o país realizarão, nesta quarta-feira (25), às 9h, um Twittaço para reivindicar o direito ao emprego, mais respeito aos trabalhadores e também garantir que os bancários não sejam trocados por trabalhadores terceirizados. A terceira reunião da mesa de negociação do Comando Nacional dos Bancários com a Fenaban começará às 10h.

Na rede social, os trabalhadores utilizarão a hashtag #EmpregoÉbomEEuGosto em resposta aos fechamentos de postos de trabalho pelos bancos, que lucram cada vez mais com as suas altas tarifas.

Na semana passada, o movimento chegou à quarta posição entre os assuntos mais comentados no Brasil. A posição se manteve por aproximadamente duas horas. Nesta semana, o objetivo dos trabalhadores é de aumentar o desempenho.

Os clientes também podem participar do twittaço para expressar sua insatisfação com as altas tarifas, o atendimento precário e filas enormes, devido à falta de funcionários. 

 

Fonte: Contraf-CUT

Todos pelo emprego. Dirigentes sindicais bancários deslocaram-se de todo o Brasil para debater, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, as cláusulas da pauta de reinvindicações que tratam do emprego bancário.

Como em todas as semanas, na reunião desta terça-feira (24), os dirigentes analisaram uma série de dados que servirão de subsídios para a rodada de negociação com a federação dos bancos (Fenaban), que será realizada na quarta-feira (25).

“Desde 2016 os bancos extinguiram 41.304 postos de trabalho, período em que viram seus lucros crescerem como sempre. Ou seja, não há espaço para cortes tampouco para contratações que retirem direitos”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Consulta realizada com bancários de todo o Brasil coloca a manutenção de direitos e a garantia de emprego entre as prioridades da categoria. “E isso não é por acaso. Os cortes são ruins para quem fica também: o número de clientes por empregado subiu 13,3% no Bradesco; 6,9% no Santander; 14% na Caixa; 6,9% no Itaú; 6,7% no BB. Isso se traduz em sobrecarga, estresse, pressão por metas, assédio moral e o consequente adoecimento. É ruim para os bancários e para toda a sociedade”, ressaltou a dirigente.

“Na consulta, os bancários deixaram claro que estão mobilizados contra a retirada de direitos e as novas formas de contratação que a lei trabalhista do pós-golpe admite, como a terceirização ilimitada, os intermitentes, os temporários, os PJ, o home-office”, explicou Juvandia. “Por isso queremos garantir, na CCT, que nenhuma contratação será feita sem respeitar todos os direitos da categoria.”

Participe com a #EmpregoÉBomEEuGosto

Trabalhadores e clientes podem participar da pressão sobre os bancos, nesta quarta-feira, utilizando a ##EmpregoÉBomEEuGosto nas redes sociais. Um tuitaço está marcado para as 9h (clique aqui para ver o banco de tuítes com informações que apoiam a hashtag).

Fonte: Contraf-CUT

Uma transferência absurda de renda dos que têm menos para o setor mais rico do Brasil. Assim a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, classifica os dados divulgados na terça-feira (24) pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), informando que o pagamento de juros aos bancos é a maior despesa das famílias brasileiras. Foram R$ 354,8 bilhões transferidos da renda dos trabalhadores para as instituições financeiras em 2017, o que representa 17,9% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação.

De acordo com o levantamento, o montante gasto pelas famílias com juros em 2017 superou os R$ 291,3 bilhões gastos com alimentação fora de casa, os R$ 154,3 bilhões dos gastos com transporte urbano e os R$ 129,9 bilhões pagos em aluguel.

“São os bancos agravando a já absurda desigualdade social no Brasil”, critica Juvandia. “E fazem isso também quando demitem milhares de bancários, agravando a crise de desemprego que faz com que um em cada quatro brasileiros esteja à procura de um emprego.” Desde 2016 os bancos extinguiram 41.304 postos de trabalho, período em que viram seus lucros crescerem como sempre.

De acordo com Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio-SP, os gastos das famílias com juros devem continuar em alta, reforçado pela baixa concorrência bancária no Brasil. Diante do crédito escasso, bancos cobram quanto querem para emprestar, mesmo pagando menos para captar dinheiro, já que a taxa oficial de juro no Brasil, a Selic, está baixa. Em 2017, as despesas com juros absorveram 10,8% da renda das famílias, contra 9,5% no ano passado.

Bancos cobram risco de não receber, mesmo com inadimplência em queda

Carvalho explica que uma série de fatores influencia a taxa cobrada. “Uma delas é o risco que os bancos dão a uma operação, o que aumenta em momentos de incerteza. Como tivemos uma recessão grande, esse risco de não pagamento aumentou, o que foi colocado dentro da taxa de juros”, explicou em reportagem de O Globo.

A inadimplência no Brasil, no entanto, está em queda: foi de 3,3% em maio, menos que os 4% registrados 12 meses atrás pelo Banco Central.

Já entre as empresas, os gastos com juros no ano passado foram de R$ 120,8 bilhões, queda de 3% - um indicativo da retração no ritmo da atividade econômica, que inibe a tomada do crédito.

Para o professor Silvio Paixão, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), para reduzir o peso dos juros na renda das famílias e das empresas, seria necessário haver a conjugação de três fatores: o crescimento do emprego, o que reduziria a percepção de risco por parte dos bancos; o aumento da renda disponível; e a maior oferta de crédito. “A perspectiva não é de queda, porque a renda das pessoas não aumentou. Elas então precisam fazer uso do crédito e, como não há espaço para amortizar essa dívida, acabam renovando essas operações”, avalia o professor na reportagem de O Globo.

“Mais uma razão para os brasileiros analisarem bem em quem votarão nas eleições de outubro”, diz Juvandia. “Qualquer programa de governo sério tem de ter propostas para a redução dos absurdos juros cobrados no Brasil, um dos mais altos do mundo. O fortalecimento dos bancos públicos, para fazer concorrência à taxa imposta pelos privados, é outro fator fundamental para o desenvolvimento do país.”

Fonte: Contraf-CUT

Em entrevista ao apresentador Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual, na tarde de segunda-feira (23), a coordenadora executiva da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Cristina Nascimento, afirmou que o atual período de seca no semiárido e no sudeste combinado com o que classifica como "forte ambiente de retrocesso político", contribuem para a possibilidade de o Brasil voltar a integrar índices de subalimentação que haviam sido superados em 2014, quando o país deixou de integrar o Mapa da Fome da ONU. 

Segundo a ativista, apesar da seca, o Brasil havia conseguido, sob os governos Lula e Dilma, desenvolver políticas públicas que atenuaram seus impactos, contornando inclusive, a fome como um problema social. Cenário muito diferente, diz, do encontrado agora, sob o governo golpista de Michel Temer.

"Esse processo do golpe trouxe à tona exatamente isso: a retirada das políticas de redução da pobreza do orçamento da União e a retirada de  estratégias principalmente para o semiárido, que é a região historicamente identificada como o lugar da fome, da pobreza e da miséria. Então, esse é o retrato que a gente encontra em 2018, que infelizmente é o contexto de denúncia que, para nós, não nos alegra", disse a coordenadora do ASA.

Para denunciar a iminência da volta do país ao Mapa da Fome, a Caravana Semiárido Contra a Fome, que parte de Caetés, interior de Pernambuco, percorrerá cidades das regiões Nordeste e Sudesta – ao longo de 14 dias de debates e atos públicos. O objetivo é chegar chegar, em 5 de agosto, à capital federal, onde pretendem denunciar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), os impactos ocasionados pelo retrocesso nas políticas públicas impostas contra a população pelo governo de Michel Temer.

A campanha é financiada por doações, que pedem ser feitas por meio de plataforma online.

 

ARTE CSCF/BDF/REPRODUÇÃOCaravana Semiárido Contra a Fome
Caravana conta com o apoio de Organizações, redes, movimentos sociais do Semiárido e também com contribuições onlines

 

FONTE: Rede Brasil Atual

 

A terceira mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil da Contraf-CUT, e o banco aconteceu nesta segunda-feira (23), na Sede do BB em Brasília.

Conforme divulgado no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da Minuta de Reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária.

A Comissão de Empresa abriu a reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos funcionários que, em muitas das situações são causados pela forma de cobrança das metas. Muitas metas abusivas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.

Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como queda de rendimento.

O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.

Cobrança de metas de caixas fora do horário

A Comissão de Empresa relatou ainda que tem chegado muitas reclamações de caixas, cuja a cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pela Plataformas de Suporte Operacional, mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a Contraf-CUT informasse as situações pontuais para que a prática seja coibida.

Correspondentes bancários dentro das agências

Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências atuando nas sala de auto atendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.

O Banco foi categórico ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.

Sem avanços nas questões de saúde

Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o Banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.

Algumas cláusulas tratadas também sem avanços, ainda serão objeto de discussão sobre redação.

Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço

Uma novidade colocada pelo Banco foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria permitida a redução do intervalo para  até 30 minutos. Em ambos os casos, normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a flexibilização.

Proposta para a Cassi

A Contraf-CUT protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.

A Contraf-CUT fará matéria específica sobre a proposta para a Cassi ainda nesta semana.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não trouxe avanços significativos, o que frustra os funcionários, principalmente no que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas abusivas. “A perda de comissão no retorno de licença saúde é um ponto que assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e segurança.”

Fonte: Contraf-CUT

Os bancos fecharam 2.846 postos de trabalho no país, entre janeiro e junho de 2018, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta segunda-feira (23).

Clique aqui para ver os destaques do Dieese.

A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.804 postos nos seis primeiros meses do ano. No caso da Caixa, devido, em grande parte, ao “Programa de Desligamento de Empregados”, lançado em 22 de fevereiro, o fechamento foi de 1.101 postos no período.

São Paulo registrou 57,8% das admissões e 64,7% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 955 postos fechados no ano. Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, depois de São Paulo (respectivamente, 724 e 358 postos fechados. O Pará teve o maior saldo positivo (100 postos abertos).

Faixa Etária

Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas 5.142 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, -7.988 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 3.958 postos no período.

Desigualdade entre Homens e Mulheres

As 6.729 mulheres admitidas nos bancos no primeiro semestre de 2018 receberam, em média, R$ 3.451,91. Esse valor corresponde a 71,1% da remuneração média auferida pelos 7.219 homens contratados no período. Constata-se a diferença de remuneração entre homens e mulheres também nos desligamentos. As 8338 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.570,62, o que representou 74,2% da remuneração média dos 8.456 homens desligados dos bancos.

Primeiros reflexos da Reforma Trabalhista nos dados do Caged

As demissões sem justa causa representaram 55,1% do total de desligamentos no setor bancário entre janeiro e junho de 2018. As saídas a pedido do trabalhador representaram 37,1% dos tipos de desligamento. Nesse período foram registrados, ainda, 35 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$ 8.827,74.

Fonte: Contraf-CUT

A definição de injustiça pode ser ilustrada pela relação entre o lucro e as demissões promovidas pelos bancos no Brasil.

Mesmo em um cenário econômico dos mais adversos, os bancos são um dos poucos setores que permanecem ganhando como sempre ganharam. Ainda assim, extinguem milhares de postos de trabalho todos os anos, agravando o desemprego que assola o Brasil desde o golpe.

“Os bancos não têm razão para demitir e é isso que vamos cobrar na rodada de negociação desta quarta-feira”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Queremos respeito aos empregos e também garantir na CCT que os bancários não sejam trocados por trabalhadores terceirizados, nem pelas formas de contratação previstas na lei trabalhista do pós-golpe, como autônomos, interminentes”, reforça a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, responsável por negociar com a federação dos bancos (Fenaban).

Em 2017, o lucro líquido dos cinco maiores (BB, Caixa Federal, Itaú, Bradesco e Santander) somou R$ 77,4 bilhões, 33,5% mais que em 2016. O primeiro trimestre de 2018, segue essa toada: o lucro dos cinco maiores somou R$ 20,6 bilhões, com alta de 20,4% em doze meses.

Apesar de ganharem tanto, no ano passado extinguiram quase 20 mil postos de trabalho bancários. Entre janeiro de 2012 e junho de 2018 os bancos já extinguiram 57.045 postos de trabalho. Uma média de 731 desempregados por mês.

“Dados do IBGE dão conta de que um a cada quatro brasileiros estão a procura de emprego. Todo mundo tem um desempregado na família. E os bancos, com todo o lucro que têm, em vez de ter compromisso e não gerar ainda mais desempregos, estão contribuindo com esse desastre social”, critica a dirigente.

Sobrecarga que adoece e custa caro à sociedade

Além de levar o desemprego para milhares de famílias brasileiras, os cortes promovidos pelos bancos transtornam a rotina dos bancários, fazendo com que a quantidade de trabalho que cada um deve realizar só aumente. O número de clientes por empregado subiu 13,3% no Bradesco; 6,9% no Santander; 14% na Caixa; 6,9% no Itaú; 6,7% no BB. Isso se traduz em sobrecarga, estresse, pressão por metas, assédio moral e o consequente adoecimento.

“Um setor que bate recorde de lucratividade todos os anos há quase duas décadas, devolve à sociedade brasileira uma legião de desempregados e adoecidos”, ressalta Juvandia, lembrando que o setor foi responsável por apenas 1% dos empregos criados no país, mas 5% dos afastamentos por doença, entre 2012 e 2017 (de acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho).

Assim, é também o que mais gera gastos ao INSS: 6% do total de recursos para afastados são consequência do modo de gestão dos bancos. São responsáveis, ainda, por 21,2% do total de afastamentos do trabalho por transtorno depressivo recorrente, 18% por transtornos de ansiedade, 14,6% por reações ao estresse grave e 17,1% do total de afastamentos do trabalho por episódios depressivos.

 

 

Fonte: Contraf-CUT

A crise econômica promovida pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP), com crescimentos econômicos pífios e aumento do desemprego, fez com que milhares de famílias se endividassem no Brasil pós-golpe de 2016. O número de brasileiros inadimplentes no país chegou a 61,8 milhões em junho deste ano, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian.

No País, 40,3% da população adulta está inadimplente, segundo o levantamento. É a quinta alta mensal seguida e o maior nível de endividamento registrado desde o início da pesquisa, iniciada em 2016.

No início da semana, o levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) já apontava para o crescimento da inadimplência no País: 63,6 milhões de pessoas, o equivalente a 42% da população adulta brasileira.

Os dados de ambos os levantamentos levam em conta brasileiros com o CPF restrito pelo atraso no pagamento de contas. As dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial e empréstimos, foram as que apresentaram a maior alta, com crescimento de 7,62%. Em segundo lugar ficaram as contas básicas, como água e luz (6,69%), segundo dados da SPC Brasil e CNDL.

Já os dados da Serasa Experian apontam que, em média, cada CPF possui quatro dívidas, totalizando R$ 4.426 por pessoa.

Inadimplência por faixa etária

A faixa etária mais inadimplente continua sendo a dos adultos entre 36 e 40 anos, com 47,3% dos brasileiros inadimplentes. A inadimplência dos idosos, entretanto, foi a que mais cresceu nos últimos dois anos. Em junho deste ano, 35% dos brasileiros com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Se comparado com o mesmo período de 2016, a inadimplência desse público registrou crescimento de 2,6 pontos percentuais.

Fonte: CUT

O governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP), para aprovar apressadamente a reforma trabalhista, vendeu o discurso de que a proposta acabaria com o desemprego, abriria um milhão de novos postos de trabalho e faria a economia voltar a crescer. 

Dois anos após o golpe de Estado que tirou do governo Dilma Rousseff, uma presidenta legitimamente eleita, nem mesmo a formalização do bico e das condições precárias de trabalho estão ajudando na geração de novas vagas no mercado de trabalho.

O Brasil encerrou o mês de junho com o fechamento de 661 postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com o saldo entre contratações e demissões do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho.

Foram registrados no mês 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos. É a primeira vez no ano que o saldo é negativo.

O último resultado negativo foi registrado em dezembro de 2017, quando, logo após a aprovação da nova legislação, o Brasil perdeu 328.539 empregos com carteira assinada. 

Em abril, o País havia criado 121.146 empregos, mas em maio o número já havia caído expressivamente para apenas 33.659 postos de trabalho.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, está cada vez mais claro que a reforma trabalhista, ao contrário do que foi vendido pelos golpistas, foi aprovada para acabar com os direitos da classe trabalhadora.

Segundo ele, além do fim da CLT e da legalização do bico e de formas fraudulentas de contrato de trabalho, a condução da política econômica é um desastre e tem agravado o cenário de desemprego e falta de expectativa da população brasileira.

“A recessão está destruindo as contas públicas e as famílias brasileiras estão sentindo isso no orçamento. O Brasil com Temer é o retrato da falta de esperança e do aumento do desalento”, completa o presidente da CUT, se referindo ao aumento de 194,9% no número de pessoas que desistiram de procurar emprego no primeiro trimestre de 2018 em comparação com o mesmo período de 2014.

Dados do IBGE mostram que o Brasil tem hoje 4,6 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que sequer têm forças para procurar uma vaga no mercado de trabalho, depois de meses e meses de tentativas frustradas.

Além disso, são cerca de 27,7 milhões de trabalhadores subutilizados no País, o que inclui os 13,2 milhões de desempregados, as pessoas que gostariam e precisam trabalhar e aqueles que desistiram de procurar.

Pibinho de Temer

A condução da política econômica de Temer, criticada pelo presidente da CUT, fez com que as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) fosse revisadas para baixo novamente. Além da queda de quase -7% do PIB entre 2015 e 2016 e do crescimento pífio de 1% em 2017, o próprio governo reduziu de 2,97% para 1,6% a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018.​

 

Fonte: CUT