Maio 03, 2025
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O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense recebeu diversas denúncias de funcionárias e funcionários do Banco Santander, em relação ao uso de camisetas fornecidas pelo banco, com a logomarca da instituição financeira, e que expõe os trabalhadores ao risco de violência nas ruas.

Segundo relatos, o fato se iniciou junto com o processo de reestruturação na rede nacional de agências, batizado de Multicanalidade pelo Santander, anunciado em comunicado no dia 22 de janeiro, sem qualquer negociação prévia.

Bancárias e bancários alegam que se sentem expostos quando saem para trabalhar com a camisa que denuncia onde trabalham. E, por ser uma instituição financeira, o risco é maior que uma empresa que não lida com numerários.

Isso também tem afetado a saúde mental dos trabalhadores. Só na Baixada Fluminense, são 15 funcionários afastados.

São diversas as razões que levam os bancários a terem problemas relacionados à saúde mental, como pressão por resultados e ameaça sobre seus empregos. 

Apesar de representarem apenas 1% dos trabalhadores com emprego formal, a categoria representa 24% dos afastamentos por doenças mentais.

Além da pressão abusiva por resultados, os bancários sofrem também com o medo de assaltos e discriminações no ambiente corporativo.

PROCURE O SINDICATO

Bancários e bancárias da Baixada Fluminense podem denunciar, sem se identificar, através dos telefones do Sindicato:

Duque de Caxias - (21) 2671-0110 / 2671-3004

Nova Iguaçu - (21) 2658-8041

Ou procure o diretor ou diretora de sua área.

O Sindicato é o meio mais seguro e confiável para resolução de conflitos.

Com o estado de calamidade vivido no estado do Rio Grande do Sul, bancos como o Bradesco, Santander, Itaú, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, anunciaram medidas para amenizar os impactos sobre seus funcionários e funcionárias.

As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal que tenham sido vítimas das inundações no Rio Grande Sul têm direito garantido, previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a um adiantamento emergencial de até 10 salários padrão de referência de seu cargo efetivo, desde que o município em que residem tenha decretado estado de calamidade pública. Os valores podem ser devolvidos em até 60 parcelas iguais e sem juros, com valor limitado a 30% do salário.

Itaú anunciou medidas para mitigar os impactos sobre seus funcionários. Uma delas é a antecipação da Gratificação Semestral, além do pagamento adiantado da primeira e segunda parcelas do décimo terceiro salário. Adicionalmente, o banco também efetuou o pagamento dos estagiários. Outras alternativas estão sendo estudadas e, assim que finalizadas, serão divulgadas.

Santander anunciou três medidas para mitigar os impactos sobre seus mais de 1200 funcionários localizados nas regiões impactadas: a antecipação do décimo terceiro salário, abono do ponto eletrônico para as ausências no mês de maio e o reforço no suporte do PAPE, que acolhe não somente os funcionários, como as famílias, num atendimento 24 horas por dia.

As medidas anunciadas pelo Banco do Brasil para os trabalhadores foram:

1. Reforço no atendimento das redes de gestão de pessoas (Gepes), com prioridade aos funcionários do Rio Grande do Sul;
2. Liberação do Programa de Assistência Social (PAS), um mecanismo de crédito do banco, voltado aos funcionários;
3. Flexibilização de antecipação de férias para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, em caso de solicitação pelo próprio funcionário;
4. Abono 478, mecanismo interno para justificar as faltas em situações específicas, nesse caso por causa da situação de calamidade pública. Essa proposta também inclui a possibilidade do home office;
5. Flexibilização do trabalho remoto;
6. Adição de funcionários de outras localidades do país como reforço nas dependências do RS;
7. Substituição de todas as funções gerenciais, em dependências do RS, para compor um comitê, com objetivo de estruturar e atender melhor as demandas;
8. Adiantamento salarial, considerando a margem consignável de cada funcionário.

No Bradesco, as medidas visam proporcionar suporte psicológico, financeiro e logístico aos trabalhadores afetados pela situação de emergência no estado. Conheça-as:

  • Apoio psicológico: Funcionários, dependentes e familiares terão acesso a suporte psicológico gratuito 24 horas, por meio do canal 0800 701 1212 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.;
  • Monitoramento ativo: Assistentes sociais monitorarão ativamente os funcionários diretamente impactados pela calamidade;
  • Antecipação do 13º salário: A primeira parcela do 13º salário será antecipada para o dia 17 de maio;
  • Vale alimentação emergencial: Um vale alimentação no valor de R$ 835,99 será concedido em 31 de maio;
  • Flexibilização de férias: Os funcionários poderão antecipar ou prorrogar suas férias conforme suas necessidades;
  • Abono de faltas e flexibilização da jornada: As faltas serão abonadas e haverá flexibilização na jornada de trabalho, com a possibilidade de manutenção do trabalho remoto, se necessário;
  • Alteração do VR para VA: Haverá suporte na solicitação de alteração do direito de Vale Refeição (VR) para Vale Alimentação (VA), sem período de carência, devido à dificuldade sistêmica de acesso causada pela falta de internet;
  • Telemedicina: Atendimento médico será disponibilizado via telemedicina pelo App Bradesco Saúde;
  • Empréstimo social (VivaBem): Empréstimo em condições diferenciadas de até dois salários, com crédito em até dois dias úteis após a solicitação, devolução em 48 meses, sem juros, e carência de seis meses para início do pagamento.
  • “Essas medidas foram planejadas para mitigar os impactos da calamidade na vida dos funcionários do Bradesco no Rio Grande do Sul, oferecendo o suporte necessário em um momento crítico. Conforme a situação evolui, novas medidas emergenciais poderão ser adotadas para continuar atendendo às necessidades dos trabalhadores”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.

As deliberações também são resultado de reuniões do comitê de crise, composto por representantes sindicais bancários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários/POA), juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).    

 

A Caixa Econômica Federal anunciou na noite de quarta-feira (15) um lucro líquido recorrente de R$ 2,88 bilhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 49,1% em comparação ao mesmo período de 2023 e de 0,5% em relação ao trimestre anterior. O lucro líquido contábil foi de R$ 2,462, impactado por despesas relacionadas ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de 2024, crescimento de 27,3% em 12 meses e redução de 38,1% no trimestre. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55% com incremento de 2 pontos percentuais (p.p.) ao longo de doze meses.

“O resultado reflete o enorme esforço das empregadas e empregados da Caixa, que estão cada vez mais sobrecarregados”, avaliou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro. “Com menos trabalhadores e um número muito maior de clientes, os colegas precisam superar os constantes problemas nos sistemas para que o banco obtenha bons resultados. Mas o custo é o aumento da sobrecarga que, somada ao assédio na cobrança de metas, tem levado muitos ao adoecimento”, completou de Castro.

O coordenador da CEE se refere à redução de 168 postos de trabalho na Caixa ocorrida no 1º trimestre do ano, frente ao aumento de 1,56 milhão de clientes. No final do primeiro trimestre, o quadro de pessoal da Caixa era de 86.794 empregados(as). O banco chegou a ter 101.484 em 2014, uma redução de 14.690 postos.

“O atendimento à população é precarizado. E isso fica muito visível nos anúncios de novos programas sociais do governo, quando as filas nas imediações das agências chegam a dobrar o quarteirão”, observou de Castro.

Carteira de crédito

Com uma carteira de R$ 754,3 bilhões, o crédito imobiliário, carro chefe da Caixa, cresceu 14,4% em 12 meses. Com isso, o banco aumentou ainda mais sua participação neste segmento. Agora a Caixa lidera o crédito imobiliário com 67,7% do mercado.

“A Caixa desempenha uma função fundamental no financiamento da casa própria. Essa é uma das responsabilidades que todos os bancos deveriam ter, mas é a Caixa, como banco público, que cumpre seu papel social, que toma a frente neste mercado na luta pela redução do déficit habitacional”, ressaltou o coordenador da CEE, ao ressaltar que a Caixa, mesmo quando há queda na taxa básica de juros (Selic), mantém a oferta de crédito para financiamento habitacional, ao contrário de outros bancos, que somente investem no segmento quando a Selic está alta. “Essa política da Caixa precisa ser mantida, com crescimento em volume de recursos”, completou.

A Caixa também acelerou o crescimento do financiamento das operações de saneamento e infraestrutura e do agronegócio. O crédito voltado às operações de saneamento e infraestrutura tiveram expansão de 2,9% em doze meses, totalizando R$ 100,3 bilhões. Para o agronegócio a expansão foi ainda maior, de 20,7%, atingindo R$ 57,8 bilhões.

A Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 10,4% em comparação ao primeiro trimestre de 2023, totalizando R$ 1,14 trilhão. As operações de crédito comercial com pessoas físicas diminuíram 2,7% somando R$ 134 bilhões. No segmento comercial com pessoas jurídicas, houve crescimento de 3,9%, totalizando um montante de R$ 98 bilhões.

“É preocupante que o crescimento se dê nas carteiras de crédito imobiliário e do agro mas se mantenha praticamente estagnado, na carteira comercial para pessoas físicas e jurídicas. Há milhões de pessoas sem conta e banco. A Caixa precisa contribuir com a bancarização do país e, durante a apresentação do balanço, foi dito que os investimentos na área administrativa ficaram abaixo do provisionado. Ou seja, a Caixa tem competência e espaço para crescer. Falta apenas investir na contratação de pessoal e melhoria de tecnologia. Dinheiro tem pra isso”, analisou o coordenador da CEE.

“E não é apenas para cumprir seu papel social. Isso dá dinheiro também. Volta em forma de recursos e share de mercado (participação)”, completou ao explicar que quando há aumento da oferta de crédito para um novo público, há ganho da fatia de crédito comercial que está em disputa. “A Caixa está abrindo mão desta disputa e as fintechs e os bancos digitais estão entrando com muita facilidade, cobrando juros de 10%, 12%, enquanto a Caixa tem capacidade de oferecer isso a juros menores. Ou seja, é menos chicote no lombo da população, com juros mais baixos e mais dinheiro entrando na Caixa, com o banco atendendo o público que é seu métier”, continuou.

Outros números

Nos três primeiros meses do ano, o banco alcançou margem financeira de R$ 15,3 bilhões, com crescimento de 9,9% em 12 meses, decorrente, sobretudo, da redução das despesas de intermediação financeira (-3,3%). Além disso, a redução na provisão para perdas associadas ao risco de crédito (-0,9%) e o incremento nas receitas com prestação de serviços (+6,9%) influenciaram o resultado.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Você também pode ler as demonstrações contábeis no site do banco.

Fonte: Contraf-CUT

 

Em 2023, a taxa de desemprego para jovens mulheres negras (faixa etária entre 18 e 24 anos) era de 18,3%, três vezes maior que o percentual de homens brancos (5,1%) fora do mercado de trabalho. O alerta é do relatório “Mude com Elas”, do projeto homônimo conduzido pela ONG Ação Educativa, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada pelo IBGE.

O trabalho ressalta que, no final de 2023, o país contava com 8,1 milhão de pessoas desocupadas, ou cerca de 7,4% das pessoas com idade de trabalhar. “O número é o menor desde 2014, mas, a partir do recorte da ONG, revela que as jovens e negras seguem sendo as mais prejudicadas no mercado de trabalho, e isso é reflexo de questões históricas racistas e machistas”, observa a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Isso fica evidente, quando analisamos que, mesmo com o mesmo grau de escolaridade e exercendo a mesma função dos homens, elas ainda têm remuneração menor do que seus pares masculinos”, completa.

Outros dados levantados pela entidade mostram ainda que:

– A taxa de informalidade é maior entre as jovens e negras: 42% do grupo, 9 pontos percentuais (p.p.) a mais em relação às mulheres jovens brancas (33%);
– A renda delas (R$ 1.582,00) é 47% menor que a média da população (R$ 2.982,00) e 2,7 vezes menor que dos homens brancos (R$ 4.270,00);
– Enquanto apenas 44% delas têm carteira assinada, esse número passa de 50% no caso de homens brancos;
– O acesso ao ensino superior é menor entre as mulheres jovens e negras: 3,4% desse perfil frequenta ou já terminou uma graduação. Enquanto o percentual de mulheres brancas na mesma situação é 39,8%;
– No grupo de pessoas de 14 a 29 anos, 10,6% das mulheres negras trabalham e estudam, enquanto 23,3% estão fora do mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, não estudam. Por outro lado, entre as mulheres brancas na mesma faixa etária, 15,4% trabalham e estudam e 15,4% estão fora do mercado de trabalho e não estudam.
– Horas em fazeres domésticos: jovens e negras se dedicam, em média, 22 horas semanais, comparado à média de homens negros e brancos (11,7 horas).

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reforça que a população negra, em idade ativa, é a mais afetada pelo desemprego, mesmo diante da melhora do mercado de trabalho, observado no primeiro ano (2023) do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Apesar de sermos 56,1% da população em idade de trabalhar, em 2023, os negros correspondiam a mais da metade dos desocupados (65,1%). A taxa de desocupação dos negros era, na ocasião, de 9,5%, sendo 3,2 pontos percentuais acima da taxa dos não negros”, disse com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também realizado a partir da PNAD.

No relatório “Mude com Elas”, a ONG Ação Educativa, ressalta também que “os jovens são o seguimento com menos acesso ao trabalho com carteira assinada”, sendo que “menos de 40,4% têm contrato de CLT com menos de um ano”. Porém, com o recorte feito no levantamento da entidade, é possível confirmar o diagnóstico de que a discriminação é mais aprofundada no mercado de trabalho às mulheres jovens e negras.

Em depoimento para o site Universa, Emily Santos de Lima, de 18 anos, contou que frequentemente é questionada sobre seu cabelo, nas entrevistas de emprego. “Querendo ou não, ninguém fala sobre o cabelo de pessoas que têm os fios lisos. Mas uma pessoa de cabelo afro grande, mostrando o cabelão, a gente recebe comentários. Já ouvi coisas como ‘mas você quer que cresça mais?’, referindo-se ao cabelo”.

Para mudar o cenário

A partir desse diagnóstico do relatório, a ONG Ação Educativa aponta como estratégia a construção de políticas públicas que priorizem jovens mulheres. A entidade cita como exemplo de ação política já em curso o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, de articulação do Ministério das Mulheres, com medidas para prevenir formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas. Mas a organização reflete que é preciso o envolvimento de todos os setores, principalmente de empresas para haver uma mudança real.

“É urgente o empoderamento dessas mulheres, e esse compromisso só será efetivo por meio de políticas públicas efetivas e pelo comprometimento com o real propósito da transformação”, explica a coordenadora do projeto Mude com Elas, Fernanda Nascimento. “A desigualdade é um fenômeno que infelizmente aparece nos mais diversos aspectos da sociedade brasileira, nas questões jurídicas, econômicas e no mercado de trabalho”, completou.

A secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, avalia que é preciso investimentos robustos na educação pública. “Esses investimentos são necessários para o estabelecimento de mais políticas afirmativas voltadas às jovens negras, para que elas possam acessar a universidade”, defendeu.

“Para além disso, precisamos entender que há uma intersecção entre a questão do trabalho de cuidados e a realidade apresentada, de que entre essas jovens há uma proporção maior das que não estudam e ao mesmo tempo não trabalham. Ou seja, o volume de jovens negras nesta situação tem relação com a responsabilidade maior que recai sobre elas, no cuidando de seus familiares, sejam irmãos mais novos, filhos ou idosos. Portanto, a socialização do cuidado como política pública é fundamental”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Bancárias e bancários de todo o país se reúnem, em São Paulo, entre os dias 4 e 9 de junho, para definirem a pauta de reivindicações da categoria. De 4 a 6 de junho ocorrem os congressos e encontros nacionais dos trabalhadores de cada banco em específico e de 7 a 9 de junho ocorre a 26ª Conferência Nacional das Bancárias e dos Bancários, com o objetivo de definir a pauta de reivindicações e a estratégia de atuação e de negociações com os bancos na Campanha Nacional.

Inicialmente, a conferência havia sido pensada para ocorrer de forma totalmente presencial, com seus mais de 600 delegados reunidos para debater sobre os temas de interesse da categoria, levando em conta a conjuntura política e social do país. Mas, para não prejudicar a participação da delegação do Rio Grande do Sul, os representantes do estado poderão participar remotamente.

“Nossa campanha é construída desde as agências bancárias e departamentos administrativos dos bancos. Toda bancária e todo bancário tem a oportunidade de ajudar a definir nossa pauta de reivindicações”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ao se referir à Consulta Nacional aos Bancários, que é realizada a cada campanha. Neste ano, os bancários podem participar e ajudar a definir as prioridades da campanha até o dia 2 de junho.

“As conferências estaduais e regionais e os encontros de bancos públicos e privados complementam as propostas da base. Depois, na Conferência Nacional, se define o que vamos colocar na mesa de negociações e quais são os enfoques que vamos dar à nossa Campanha”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

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Organização e mobilização nacional

O movimento sindical bancário é referência para outras categorias pela grande organização e mobilização de suas campanhas. E isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e dos acordos específicos por bancos.

Isso contribui para que a campanha se fundamente nos reais anseios da categoria, que se vê verdadeiramente representada na pauta de reivindicações e, até mesmo por isso, participa das atividades propostas pelo Comando Nacional e pelos seus sindicatos.

“Os bancários, organizados por seus sindicatos, federações e pela Contraf-CUT e o Comando Nacional, se mobilizam e se unem na luta para garantir seus direitos e obter novas conquistas”, observou Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT ressalta, porém, que a campanha da categoria é constante. “Os dirigentes sindicais estão presentes em suas bases, em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança. Sabendo disso, nas mesas de negociações permanentes, os dirigentes sindicais defendem as bancárias e bancários e a valorização do trabalho de cada um, para que, com direitos e remuneração adequada, a categoria possa ter uma vida digna com suas famílias”, disse.

Juvandia alerta, no entanto, que as entidades e dirigentes sindicais sozinhos podem fazer muito pouco. “Para lutar pela resolução dos problemas que afligem a categoria e pela valorização do trabalho bancário, é preciso que cada trabalhadora, cada trabalhador também esteja antenado nas questões que são apresentadas pelos sindicatos e participe das atividades propostas. Com organização, união e participação de todos somos mais fortes! É isso que nos possibilita alcançar grandes objetivos”, completou.

Veja abaixo o calendário de atividades:

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco, em resposta ao estado de calamidade vivido no Rio Grande do Sul, anunciou uma série de medidas emergenciais para apoiar seus funcionários no estado. As deliberações são frutos das negociações do comitê de crise, com a participação de representantes sindicais bancários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Fetrafi-RS e do SindBancários/PoA, juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

As medidas visam proporcionar suporte psicológico, financeiro e logístico aos trabalhadores afetados pela situação de emergência no estado. Conheça-as:

  • Apoio psicológico: Funcionários, dependentes e familiares terão acesso a suporte psicológico gratuito 24 horas, por meio do canal 0800 701 1212 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.;
  • Monitoramento ativo: Assistentes sociais monitorarão ativamente os funcionários diretamente impactados pela calamidade;
  • Antecipação do 13º salário: A primeira parcela do 13º salário será antecipada para o dia 17 de maio;
  • Vale alimentação emergencial: Um vale alimentação no valor de R$ 835,99 será concedido em 31 de maio;
  • Flexibilização de férias: Os funcionários poderão antecipar ou prorrogar suas férias conforme suas necessidades;
  • Abono de faltas e flexibilização da jornada: As faltas serão abonadas e haverá flexibilização na jornada de trabalho, com a possibilidade de manutenção do trabalho remoto, se necessário;
  • Alteração do VR para VA: Haverá suporte na solicitação de alteração do direito de Vale Refeição (VR) para Vale Alimentação (VA), sem período de carência, devido à dificuldade sistêmica de acesso causada pela falta de internet;
  • Telemedicina: Atendimento médico será disponibilizado via telemedicina pelo App Bradesco Saúde;
  • Empréstimo social (VivaBem): Empréstimo em condições diferenciadas de até dois salários, com crédito em até dois dias úteis após a solicitação, devolução em 48 meses, sem juros, e carência de seis meses para início do pagamento.
  • “Essas medidas foram planejadas para mitigar os impactos da calamidade na vida dos funcionários do Bradesco no Rio Grande do Sul, oferecendo o suporte necessário em um momento crítico. Conforme a situação evolui, novas medidas emergenciais poderão ser adotadas para continuar atendendo às necessidades dos trabalhadores”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco.

“A Contraf-CUT continua atenta e em diálogo constante com as instituições financeiras para garantir o bem-estar e a segurança dos trabalhadores bancários durante este período desafiador”, completou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

As feijoadas, promovidas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, já tem datas definidas no mês de maio.

Atenção! A feijoada de Duque de Caxias que, geralmente, é realizada às quintas-feiras, excepcionalmente, será realizada numa quarta-feira, em razão do feriado de Corpus Christi (30/5).

Confira:

Dia 24/5 - Nova Iguaçu (sexta-feira)

Dia 29/5 - Duque de Caxias (quarta-feira)

PREÇOS

Sindicalizado(a) - R$ 15

Não Sindicalizado(a) - R$ 25

Até lá! 

No 1º trimestre de 2024, o Inter registrou lucro recorde de R$ 195,2 milhões, crescimento de 706,2% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, a Carteira de Crédito atingiu R$ 32,1 bilhões, com alta de 27,9% em doze meses. No entanto, apesar dos resultados recordes, funcionárias e funcionários sofrem com sobrecarga de trabalho e cobrança excessiva de metas. Veja a análise completa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aqui.

O número de clientes do Inter aumentou em 5,4 milhões nos últimos doze meses, chegando a 31,7 milhões no primeiro trimestre do ano. No mesmo período, porém, o banco reduziu 511 postos de trabalho, o que revela um aumento nas demandas de trabalho de cada funcionário. O relatório do Dieese demonstrou que, para cada funcionário, são 5,2 mil clientes.

“O Banco Inter comemora uma ‘melhora da produtividade’ que, na verdade, representa a exploração dos trabalhadores. O número de clientes subiu mais de 5 milhões em doze meses, enquanto caiu o número de funcionários. Isto significa sobrecarga de trabalho e adoecimento. É absurdo celebrar que haja 5.200 clientes para cada bancário”, criticou Liliam Diniz, funcionária do Inter e diretora do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte.

Para Marco Aurélio Alves, outro diretor do Sindicato de BH, o lucro recorde do Inter é reflexo de toda dedicação e empenho das bancárias e dos bancários. “Infelizmente, ainda recebemos denúncias dos trabalhadores sob extrema pressão para o cumprimento de metas cada vez mais absurdas impostas pelo banco. Nesse sentido, a participação nos lucros e o PCPR deste ano devem simbolizar não apenas um valor a mais na conta bancária, mas sim a valorização e respeito a todos os funcionários”, afirmou.

Fonte: Seeb BH

Em decorrência da grave situação enfrentada pelos funcionários, por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, o Itaú anunciou medidas para mitigar os impactos sobre seus funcionários. Uma delas é a antecipação da Gratificação Semestral, além do pagamento adiantado da primeira e segunda parcelas do décimo terceiro salário. Adicionalmente, o banco também efetuou o pagamento dos estagiários. Outras alternativas estão sendo estudadas e, assim que finalizadas, serão divulgadas.

A deliberação é resultado da segunda reunião do comitê de crise, composto por representantes sindicais bancários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Fetrafi-RS e do SindBancários/PoA, juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).        

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, avalia como positivo o anúncio. “Mas nós estamos reivindicando outras medidas, como a suspensão de cobrança de metas, de que, quem não puder ir trabalhar, tenha os pontos abonados e que agências sem condições sanitárias, como falta de água, não devem ser abertas. Também reivindicamos linha de crédito com prazos estendidos, sem juros, para funcionário atingidos, entre outras medidas”, completou.

“Estamos diante de uma situação crítica e desafiadora, mas nossa prioridade é o bem-estar e a segurança de nossos colegas bancários e suas famílias. O Itaú está comprometido em oferecer todo o suporte necessário, neste momento difícil, e trabalhar em conjunto com as autoridades e entidades sindicais, para enfrentarmos juntos os desafios decorrentes das chuvas no Rio Grande do Sul”, pontuou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

Fonte: Contraf-CUT

Com o Estado de calamidade vivida no estado do Rio Grande do Sul, o Santander anunciou três medidas para mitigar os impactos sobre seus mais de 1200 funcionários localizados nas regiões impactadas: a antecipação do décimo terceiro salário, abono do ponto eletrônico para as ausências no mês de maio e o reforço no suporte do PAPE, que acolhe não somente os funcionários, como as famílias, num atendimento 24 horas por dia.

Para o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, o anúncio é positivo, “mas nós estamos reivindicando outras medidas, como a suspensão de cobrança de metas, e que, em caso de falta de condições sanitárias, como falta de água, as agências não devem ser abertas. Também reivindicamos linha de crédito com prazos estendidos, sem juros, para funcionário atingidos, entre outras medidas”, informou o secretário, ao mencionar a segunda reunião do comitê de crise, composto por representantes sindicais bancários da Contraf-CUT, da Fetrafi-RS e do SindBancários/PoA, juntamente com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na quinta-feira (9).

De acordo com a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, essas iniciativas são muto importantes e um gesto de solidariedade, para amenizar os impactos sofrido pelos funcionários e pela população local. “Nós estaremos monitorando e reivindicando ao banco que não se tenha cobranças no cumprimento das metas e redução na remuneração variável, até que a situação seja normalizada.”

O secretário executivo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e representante dos trabalhadores do Santander no estado, Casemiro Luiz, agradeceu toda a solidariedade do movimento sindical do Brasil ao povo gaúcho. “Estamos passando pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, onde quase 90% das cidades do nosso estado foram afetadas pelas chuvas, que castigam o estado desde o início da semana passada. O que estamos vivendo hoje deve servir de alerta à crise ambiental que o Brasil já está enfrentando. É urgente o trabalho coletivo, tanto do poder público como da sociedade, por meio de ações mais contundentes e conscientes, para conter a destruição do nosso planeta.”

Casemiro apontou que, “assim como os demais bancos, o Santander também tem que entender que este é um momento de não cobrar metas dos colegas que estão em condições de trabalhar, dando suporte aos clientes. Estas são algumas das ações neste momento e que, com certeza, vão ajudar muito os trabalhadores, diante do quadro desafiador e triste, com muitas perdas materiais e de vidas.”

Ele ainda reforçou que o SindBancários e Fetrafi-RS estão de braços abertos para qualquer tipo de ajuda que os colegas estejam precisando. “Ninguém solta a mão de ninguém. Vamos juntos superar esta tristeza. Estamos trabalhando dia após dia e, com certeza, teremos muito trabalho na reconstrução do nosso estado, que tem um papel fundamental na economia do Brasil. Somos uma categoria que tem na sua essência o trabalho coletivo, além das nossas pautas. Trabalhamos para uma sociedade mais justa e um Brasil mais igual para todos. Parabéns a categoria bancária e todos que estão solidários com nossos irmãos gaúchos”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT