Maio 10, 2025
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O banco Santander fez um acordo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Tributária na Câmara Municipal de São Paulo para evitar a investigação da instituição e a condução coercitiva de seu presidente, Sérgio Rial, e outros 14 diretores que teriam que prestar depoimento aos vereadores na quinta-feira (6). A instituição, que teve o 4º maior lucro do país entre instituições financeiras em 2018, vai pagar uma dívida de impostos de aproximadamente R$ 200 milhões com a capital paulista até amanhã (4), segundo acordo assinado na sexta-feira (31) com o presidente da comissão, vereador Ricardo Nunes (MDB).

Segundo apuração da CPI, o banco sediou uma unidade Santander Leasing, outra empresa de serviços financeiros do grupo, na cidade de Barueri, mas os serviços eram prestados em São Paulo. Com isso, a instituição economizava no valor do Imposto Sobre Serviços (ISS), que tem alíquota maior na capital paulista. O Santander teve lucro líquido de R$ 12,166 bilhões em 2018, uma alta de 52% na comparação com 2017, e pagou R$ 430 milhões em ISS no município, onde mantém 15 mil funcionários. A unidade de leasing foi transferida para a capital em 2017, após três anos de atividade.

Na quinta-feira (30), o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou um pedido de condução coercitiva dos 15 executivos do Santander, feito pela Câmara Municipal após o banco pedir Habeas Corpus para evitar os depoimentos. O acordo representa o reconhecimento de que a instituição havia sonegado impostos na capital paulista. Em nota, no entanto, a empresa disse que “está em situação de regularidade fiscal com o município de São Paulo”.

O objeto da CPI são empresas financeiras que atuam na capital paulista, mas estão sediadas oficialmente em municípios que cobram uma alíquota menor do ISS. Os vereadores também investigam outras instituições, como o Banco Luso Brasileiro, a Safra Leasing, e a Alfa Arrendamento Mercantil. Esta última assinou um acordo no mesmo dia que o Santander, relativo ao pagamento de R$ 30 milhões em impostos devidos à capital paulista.

No mês passado, o Itaú também fechou um acordo com os parlamentares paulistanos e aceitou transferir as atividades de três empresas para São Paulo. O acerto não tratou de impostos devidos dessas empresas, que, segundo a investigação da CPI e informações da Secretaria Municipal da Fazenda, podem chegar a R$ 6 bilhões. A expectativa é que, com a transferência dessas empresas, o Itaú pague R$ 230 milhões por ano com ISS.

Fonte: Contraf-CUT

Os empregados da Caixa que se sentirem pressionados a aderirem ao Plano de Demissão Voluntária (PDV), aberto pelo banco em maio e que termina na próxima sexta-feira (7), devem procurar seus sindicatos. O alerta é válido porque as condições do plano atual, são muito parecidas com as dos dois lançados em 2017 e que não atingiram seus objetivos. No primeiro, em 2017, o alvo eram os empregados aposentados pelo INSS ou que poderiam se aposentar até 30 de junho daquele ano. Em Julho, o banco anunciou a reabertura para completar a meta de 10 mil que não foi cumprida inicialmente.

“Nós sabemos como funciona o dia a dia no banco. Os gestores podem chegar a assediar moralmente os trabalhadores para que eles cumpram as metas de dispensas. Os empregados precisam saber que os sindicatos estão preparados para respaldá-los e orientá-los para tomar a melhor decisão para a sua vida”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante da Confederação nas negociações com o Banco. Nesta semana, a Caixa deve anunciar uma nova reestruturação do banco.

Conheça o PDV

O limite máximo de desligamentos do PDV é de 2500 empregados. No caso de superar o limite, serão seguidos critérios de desempate, como aposentadoria, maior remuneração, maior idade e maior tempo efetivo de Caixa.

Os desligamentos acontecerão em dois períodos: de 10 de junho a 5 de julho nas unidades da Matriz, Centralizadoras e filiais, e de 5 de agosto a 30 de setembro nas SR e rede de agências.

O apoio financeiro, pago em parcela única, será de 9,7 remunerações base do empregado, limitado a R$ 480 mil, considerando como referência a data de 31/12/2018. A quantia não terá incidência de Imposto de Renda e recolhimento de cargos sociais.

Os empregados afastados e os cedidos deverão solicitar adesão à Centralizadora Nacional de Gestão de Pessoas (CEPES). Esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos por meio da caixa postal Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Fonte: Contraf-CUT

Os sites especializados no mercado financeiro cunharam a “guerra das maquininhas” em suas manchetes no mês de maio, sinalizando que os grandes bancos não estão nada confortáveis com o avanço da oferta de serviços financeiros por empresas chamadas fintechs, que disponibilizam empréstimos financeiros e cartões de crédito a custo baixo para lojistas e consumidores finais. 

As fintechs são empresas tecnológicas (startups possuem um modelo repetível e escalável de funcionamento) autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional do Banco Central (Resoluções 4.656 e 4.657) a intermediarem serviços financeiros via aplicativo virtual (cerca de 35% das fintechs atuam com oferta de serviços bancários). Os mais comuns são a oferta de cartões de crédito e de empréstimo financeiro. Uma fintech não pode ofertar uma conta corrente ou poupança, mas pode acessar dados bancários de seus clientes em outras instituições financeiras para conseguirem prestar os serviços que estão autorizadas.

A primeira fintech em atuação no país é a NuBank, conhecida por oferecer cartão de crédito sem cobrança de anuidade, e existem outras que prestam variados serviços, como Guia Bolso, Creditas, Tá Pago. Essas empresas disputam clientes com a rede bancária apostando na “desbancarização”, ou seja, em acessar clientes que estão fora das instituições financeiras por motivos como informalidade ou alguma restrição cadastral para abrir uma conta em banco.

Guerra das maquininhas

O termo “guerra das maquininhas” apareceu como uma reação do banco Itaú às regras diferenciadas para fintechs e bancos, já que o banco ofereceu vantagens para clientes e potenciais clientes que se interessam em acessar os serviços de crédito. Ainda que o Itaú não tenha sido denunciado por práticas anti-competitivas, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) também abriu procedimento para investigar a venda casada atrelada a essa guerra.

Fonte: Contraf-CUT

Presidente do banco, Pedro Guimarães, fará videoconferência determinando transferência de trabalhadores de áreas meio para agências, sem resolver a falta de empregados

A direção da Caixa Econômica Federal pretendente anunciar uma nova reestruturação do banco na próxima segunda- feira (3). Desta vez, todos os bancários sem função da Matriz e filiais, vinculados a algumas vice- presidências, o que corresponde a um pouco mais de 800 trabalhadores, serão transferidos para agências. A medida tomada, unilateralmente, sem debate não resolve a carência de pessoal existente nas agências e pode, junto com o Plano de Demissão Voluntária (PDV), criar uma sobrecarga maior nas áreas meio.

Dezenas de empregados Caixa entraram em contato com sindicatos e federação para relatar o clima de insegurança nas unidades do banco. “Essa situação está causando pavor entre os trabalhadores da matriz e filiais. Isso é um desrespeito com os empregados da Caixa que estão sem saber para onde serão transferidos e com seus nomes já constando em listas. Isso é mais uma pressão para obrigar as pessoas a saírem no PDV? Não se faz uma política de recursos humanos dessa forma”, ressalta o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Jair Ferreira.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da Fenae, Dionísio Reis, alerta que não houve qualquer debate. “Cobramos respeito aos trabalhadores e às suas vidas. Não podemos admitir que medidas dessa natureza sejam tomadas sem amplo debate com os empregados”.

Segundo o dirigente, a falta de pessoal não afeta apenas a rede, mas também áreas meio da Caixa. “O que nós defendemos e cobramos da empresa é a contratação de mais empregados para suprir a falta de pessoal”, acrescenta Dionísio.

Caixa perdeu 17 mil postos de trabalho

Em 2014, a Caixa chegou a ter 101 mil empregados e a demanda das entidades assinada em acordo era contratar mais dois mil trabalhadores, elevando o quadro de pessoal para 103 mil. “Nos últimos três anos o banco perdeu quase 17 mil postos de trabalho. Isso vem afetando as condições de trabalho, provocando adoecimento dos trabalhadores e comprometendo a qualidade do atendimento à população”, enfatiza o presidente da Fenae.

Para o coordenador da CEE o processo de reestruturação não pode servir para discriminar ou perseguir trabalhadores. Pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigor, delegados e membros de Cipas também não podem ser realocados. A direção do banco também não poderá remover empregados que estejam com problemas de saúde ou de licença para tratamento.

“As entidades sindicais e associativas estão acompanhando esse processo. Não admitiremos falta de bom senso com remoções de município e qualquer tipo de assédio de trabalhadores para aderirem ao PDV deve ser denunciado”, finalizou Dionísio Reis.

Fonte: Fenae

Do dia 27 a 31 de maio, ocorreu a 4ª Conferência Nacional de Formação da CUT, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

A Conferência teve como objetivo principal reorganizar a CUT e apontar caminhos para o futuro mundo do trabalho. E o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve presente, representado pela Diretora de Formação, Renata Soeiro.

Foram debatidas as transformações do mundo do trabalho, a reorganização do capital financeiro e o impacto que as medidas de retirada de direitos do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL) pode provocar na vida dos trabalhadores e trabalhadoras.

O mote da Conferência foi ‘Somos e Fazemos o Trem da História’ e um dos principais objetivos dos dirigentes e militantes CUTistas foi construir uma proposta base para a Política Nacional de Formação (PNF) da CUT, que será definida e aprovada no Congresso da Central, em outubro deste ano.

A ideia nasceu da Rede Nacional de Formação, formada pelas Escolas Sindicais e secretarias de Formação e a equipe da CUT Nacional, portanto, é uma atividade construída com vários sujeitos e várias mãos.

Os movimentos sociais, a academia, especialistas e convidados do exterior também participaram dos processos da Conferência. Assim como regiões que também fizeram etapas temáticas, como  mulheres, negros, entre outras.

Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sobre “Os impactos da reforma da Previdência para as mulheres” mostrou que a Proposta de Emenda Constitucional 06/2019, com a qual o governo Jair Bolsonaro quer mudar o modelo de aposentadorias, pensões e benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), é cruel com toda a classe trabalhadora, mas ainda mais com as mulheres, ressaltou o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que presidiu a mesa.

“No caso das professoras, por exemplo, equipara a idade mínima pra se aposentar entre homens e mulheres. Sendo que as professoras trabalham não só nas escolas, mas têm o trabalho doméstico, tem que corrigir as provas e trabalhos dos alunos em casa… A proposta desconsidera a jornada quase quádrupla das professoras”, afirmou.

Padilha disse ainda que há necessidade de se fazer uma reforma da Previdência, mas, para ele, a proposta do governo Bolsonaro, não apenas reforma, mas sim “destrói a Previdência Pública”. Padilha afirmou que a proposta não retira privilégios e prejudica, principalmente, trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada, do regime geral.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que representou a Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na audiência, lembrou que essa reforma se dá em um contexto de desmonte do papel social do Estado. “Congelaram todos os investimentos sociais com a PEC do Teto dos Gastos, retiraram diversos direitos dos trabalhadores com a reforma trabalhista, agora querem fazer essa reforma que prejudica ainda mais a classe trabalhadora”, disse Juvandia, relacionando os diversos pontos de redução do papel do Estado na sociedade.

Para Juvandia, a reforma proposta pelo governo Bolsonaro vai transferir recursos do trabalhador para o mercado financeiro. “Todos os bancos apoiam essa reforma. Por que será? Querem criar um regime de capitalização das aposentadorias que aumentará ainda mais o lucro dos bancos”, observou.

Juvandia ainda disse que as regras impostas pela proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro reforçam a desigualdade existente entre mulheres e homens no mercado de trabalho.

“As mulheres, de maneira geral, ficam mais tempo desempregadas, mais tempo cuidando dos filhos, mais tempo cuidando do idoso. Precisam sair do trabalho e voltam com salários menores”, explicou. “Por isso, a criação de um modelo único de aposentadoria com exigência de 20 anos de contribuição e idade mínima imporia um limite ainda mais complicado para as mulheres. A maioria delas não conseguiria se aposentar. Digo não conseguiria por que não podemos deixar essa proposta passar”, disse a presidenta da Contraf-CUT, lembrando da greve geral do dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência.

A ex-ministra da Secretaria Especial das Mulheres, no governo Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci de Oliveira, observou que as mulheres representam 51% da força de trabalho de trabalho do país e que é desta maioria que a reforma proposta pelo governo quer retirar direitos que garantidos na Constituição.

A vereadora Juliana Cardoso (PT-SP) e a coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, também fizeram parte da mesa de debates e contribuíram com a reflexão.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários se juntaram aos estudantes e trabalhadores da educação, nesta quinta-feira (30), para mais um Dia Nacional de Mobilização contra o corte de verbas na educação e a reforma da Previdência, propostos pelo governo de Jair Bolsonaro. A atividade contou com milhares de brasileiros, que foram às ruas em defesa do ensino público e da aposentadoria, rumo à Greve Geral de 14 de junho.

Convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a mobilização contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de entidades filiadas à Central, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

“Vamos às ruas para defender os investimentos em educação. Um país que não investe em educação é um país sem futuro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

De acordo com a presidenta da UNE, Marianna Dias, os protestos são em resposta à falta de consideração do governo com a educação dos brasileiros. “Nossa mobilização segue contra os cortes no orçamento da educação e os ataques à autonomia das universidades. A resposta dos estudantes à falta do diálogo do governo e a forma como trata a educação e a pesquisa está nesse grande movimento nas ruas”, avaliou.

O dia começou com manifestações pela internet. A tag #30MpelaEducacao começou a circular desde o início da semana e alcançou, nesta quinta (30), a primeira posição da rede social, Twitter, no Brasil, e a quarta posição no ranking mundial.  

Nas ruas, milhares de pessoas se manifestaram com cartazes dizendo: “Educação não é gasto, é investimento”, “A crise na educação não é crise é projeto”, “Educação não é esmola”. De acordo com a UNE, em Salvador, 30 mil pessoas foram às ruas. O mesmo número também foi registrado no Distrito Federal.  

Atividades pelo país

A UNE informou em seu site, que dessa vez, municípios com menor número de habitantes também organizaram manifestações.

No estado da Bahia, Vitória da Conquista, Serrinha, Feira de Santana, Ilhéus, Nazaré, Planalto, Guanambi e Juazeiro registraram manifestações. Em Pernambuco, Vitória de Santo Antão, Araripina, Caruaru, Garanhuns, São José do Egito, Flores e Pejeú foram alguns dos municípios que tiveram suas ruas tomadas por manifestantes. Sergipe, Paraíba, Ceará Alagoas e Rio Grande do Norte também registraram atos em diversas cidades do interior.

No norte do país, a capital do Acre, Rio Branco e a cidade de Marabá, no Pará, também realizaram manifestação.

Nas regiões sul e sudeste foram registrados atos em Ponta Grossa, no Paraná, Curvelo e Visconde do Rio Branco, em Minas Gerais, na capital do Espírito Santo, Santa Rosa, no Rio Grande Do Sul e diversas cidades do interior de São Paulo e Rio de Janeiro.

Rondonópolis e Tangará da Serra no Mato Grosso, e o município de Céres, em Goiás, realizaram atos.
A UNE informou que ao final da tarde grandes manifestações ainda devem acontecer também no Rio de Janeiro, na Cinelândia, e em São Paulo, no Largo da Batata.

Atividades internacionais

A voz dos estudantes e trabalhadores ultrapassou fronteiras e alcançou territórios internacionais. Na Espanha, Inglaterra, Portugal, Holanda, Suíça, Irlanda e nos Estados Unidos, manifestantes foram às ruas em defesa da educação.

Greve Geral de 14 de junho

A mobilização também é um “esquenta” para a greve geral, que será realizada pela CUT e demais centrais sindicais (Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central), no dia 14 de junho, em todo o país. 

De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os trabalhadores vão às ruas porque não admitem ter de trabalhar por 40 anos para acessar a aposentadoria integral. “Os trabalhadores não aceitam um sistema de capitalização que só aumentará os já escorchantes lucros dos banqueiros. Não admitem ser prejudicados por uma proposta que piora a vida da maioria da população, mas, principalmente, pune as mulheres e os mais pobres. Não querem os professores nas salas de aula até os 60 anos nem trabalhadores do campo sem direito de se aposentar”, afirmou. 

Segundo levantamento feito pelas CUTs e pela UNE, 24 capitais, Distrito Federal e mais de 150 cidades das Regiões Metropolitanas e do Interior dos estados já têm atos confirmados para o dia 14 de junho. Na data, serão realizadas assembleias, atos, mobilizações e panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas da cidade, com objetivo de explicar como a reforma da Previdência do governo Bolsonaro impactará na vida da classe trabalhadora.

Fonte: Contraf-CUT

“Um dia fundamental.” Assim Catarina de Almeida Santos, professora-adjunta da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UNB), define os atos que são realizados neste dia 30 em todo o Brasil, em defesa da educação. Ao destacar que o direito à educação é garantido na Constituição, mas que ainda precisa ser efetivado na prática, ela pondera que a sociedade precisa se mobilizar para deter as ameaças que têm sido feitas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL). “À medida em que esse direito está ameaçado, cabe à população ir às ruas, ir aos espaços de debate, e fazer com que esse direito seja garantido”, afirma Catarina, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

Para a professora da UNB, os atos deste dia 30 são como “aulas de cidadania”, com o importante protagonismo dos estudantes –  e também de professores e trabalhadores – nas manifestações e na luta pela democracia na história do Brasil. “A gente fica muito feliz que os estudantes estejam percebendo isso e lutando por isso. E todos nós, não só educadores, mas a população brasileira precisa apoiar esse ato e ir pra rua com a gente.”

Além do direito à educação, Catarina pondera que todos os direitos sociais garantidos na Constituição Federal estão ameaçados sob o governo Bolsonaro. “A Constituição cidadã de 1988 está sob ameaça, e a gente precisa lutar para que a Constituição e o Estado democrático de direito seja garantido no Brasil”, afirma. 

“Hoje a gente luta para manter os direitos conquistados, ao invés de lutar para que eles sejam ampliados. É difícil encontrar um ato no governo do Bolsonaro que seja de construção, porque todos eles são no sentido de destruir a educação brasileira e os direitos sociais no Brasil.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Os bancários se unirão aos estudantes e trabalhadores da educação, nesta quinta-feira (30), para, mais uma vez, lutar contra o corte nas verbas da educação, anunciado pelo Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e contra a reforma da Previdência, do governo Bolsonaro. A mobilização, que levou mais de dois milhões de pessoas às ruas no dia 15 de maio, de acordo com a União Nacional dos Estudantes (UNE), promete ser ainda maior e está programada para acontecer em todo o país.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apoia a mobilização, convocada pela UNE. “Vamos às ruas para defender os investimentos em educação. Um país que não investe em educação é um país sem futuro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

O corte de 30 % da verba destinada às universidades e institutos federais, anunciado pelo Governo Federal, no dia 30 de abril, precariza o sistema de educação do país e impede a realização de pesquisas, projetos e serviços acadêmicos, além de colocar em risco serviços básicos como abastecimento de água, energia elétrica, limpeza e segurança.

Para a presidenta da Contraf-CUT o futuro também é sombrio devido à reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. “Os jovens, que estão sendo tolhidos de seu direito de receber uma educação pública de qualidade, também correm o risco de ficar sem o direito à aposentadoria”, disse Juvandia.

As manifestações organizadas para este 30 de maio também são contra a Reforma da Previdência (PEC 06/2019). A proposta institui a obrigatoriedade da idade mínima para a aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, tanto do setor público como do setor privado. Para o trabalhador conseguir se aposentar, ele precisará obrigatoriamente atingir a idade mínima.

Além disso, o governo quer aumentar o tempo de contribuição. Se a proposta for aprovada, o trabalhador terá que contribuir por, no mínimo, 20 anos para receber apenas 60% do benefício. Hoje a contribuição mínima é de 15 anos e a pessoa recebe o benefício integral. Pela proposta do governo, o benefício integral será pago somente para quem contribuir por 40 anos. Ainda assim o valor será menor, pois será calculado a partir da média de todas as contribuições. Hoje o cálculo é feito após o descarte das menores contribuições.

“A obrigatoriedade de contribuir por 40 anos somada a de ter idade mínima de 65 anos fará com que muitos morram antes de se aposentar. Com a proposta de capitalização, aqueles que conseguirem se aposentar vão receber valores reduzidos e vão compor uma população de idosos miseráveis. Já vimos essa história no Chile”, completou.

Atividades em todo o mundo  

Cerca de 150 cidades do Brasil possuem programação para este 30 de maio. Em São Paulo, o ato está marcado para o Largo da Batata, zona oeste, a partir das 17h. Já no Rio de Janeiro, o movimento estudantil se concentrará na Candelária, centro da cidade, a partir das 15h. Manifestações em defesa da educação também estão marcadas ao redor do mundo, como em Nova Iorque (Estados Unidos), Genebra (Suíça), Lisboa (Portugual) e Dublin (Irlanda).

Greve Geral

A mobilização também é um “esquenta” para a greve geral, que será realizada pela CUT e demais centrais sindicais (Força, UGT, CTB, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Nova Central), no dia 14 de junho, em todo o país.

De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os trabalhadores vão às ruas porque não admitem ter de trabalhar por 40 anos para acessar a aposentadoria integral. “Os trabalhadores não aceitam um sistema de capitalização que só aumentará os já escorchantes lucros dos banqueiros. Não admitem ser prejudicados por uma proposta que piora a vida da maioria da população, mas, principalmente, pune as mulheres e os mais pobres. Não querem os professores nas salas de aula até os 60 anos nem trabalhadores do campo sem direito de se aposentar”, afirmou.

Segundo levantamento feito pelas CUTs e pela UNE, 24 capitais, Distrito Federal e mais de 150 cidades das Regiões Metropolitanas e do Interior dos estados já têm atos confirmados para o dia 14 de junho. Na data, serão realizadas assembleias, atos, mobilizações e panfletagens nas praças, nos locais de trabalho, nas ruas da cidade, com objetivo de explicar como a reforma da Previdência do governo Bolsonaro impactará na vida da classe trabalhadora.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião realizada nesta quarta-feira (29), em São Paulo, o Comando Nacional dos Bancários apresentou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) diversos casos que mostram que os bancos estão descumprindo cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Também foram apresentados os casos que prejudicam fluxo de afastamento para tratamento de saúde, recebimento de benefícios e retorno ao trabalho.

“Muitos bancários trabalham doentes por receio de perdas de remunerações ou de prestígio junto aos gestores. Precisamos encontrar a solução para evitar problemas, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores, que, muitas vezes, quando decidem se afastar, a doença já está mais avançada. Queremos criar um ambiente favorável para que isso deixe de acontecer”, disse o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Mauro apresentou alguns exemplos de descumprindo pelos bancos do que determina a CCT da categoria.

A Fenaban vai levar os questionamentos com relação ao descumprimento da CCT aos bancos, que analisarão os casos e dará uma posição na próxima reunião.

São questões que envolvem o vale alimentação, o adiantamento salarial nos casos de afastamento para tratamento de saúde e sobre a indicação dos locais para a realização de perícia médica.

Pontos divergentes

Os representantes dos trabalhadores também apresentaram durante a reunião casos em que os bancos não fornecem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e a Declaração de Último Dia de Trabalho (DUT). Também disseram que existem médicos do trabalho que realizam seus laudos levando em conta os interesses dos bancos, desconsiderando a situação de saúde do trabalhador.

“Com relação a estes pontos tivemos que firmar nossa posição, pois não houve concordância com o que defende os bancos”, observou o dirigente da Contraf-CUT. “Mas, vamos continuar insistindo na busca de uma solução para este problema que, em nossa opinião, são irregulares”, completou.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, talvez seja o caso de debater o tema em reuniões com cada banco em específico.


“Queremos discutir como previnir os adoecimentos, mas enquanto isso não ocorre temos que garantir que os que estão doentes tenham o direito de se tratar, tenham seus direitos assegurados e não sejam descartados pelos bancos”, disse.

As negociações sobre a Saúde do Trabalhador voltam a acontecer no dia 11 de julho, às 14h, em São Paulo, quando acontecerá a próxima reunião da mesa temática.

Fonte: Contraf-CUT