Abril 29, 2025
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A união, mesmo a distância e a mobilização dos trabalhadores têm mostrado a sua força durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). A última conquista desta mobilização foi na sexta-feira (8) à noite, quando a direção da Caixa Econômica Federal recuou da decisão equivocada de convocar os gerentes gerais para ficarem em frente de suas agências fechadas (das 7h às 9h) para indicarem quais as agências estariam abertas. Isso colocaria em risco os empregados, além de não ter resultado algum já que um cartaz teria o mesmo efeito.

“A convocação dessa sexta-feira seria mais um desrespeito aos trabalhadores que estão na linha de frente do atendimento à população e cumprem com orgulho o papel social que o banco público desempenha. Foram os empregados da Caixa que atenderam aos mais de 50 milhões de brasileiros que necessitam do auxílio emergencial neste cenário de pandemia da Covid-19. Todos estão trabalhando com empenho, mesmo com a redução de pessoal dos últimos cinco anos e o quadro de precarização que a Caixa impõe aos empregados”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis.

A luta agora tem de ser pela garantia do direito dos empregados descansarem. Por isso, a CEE/ Caixa reivindica o fim do trabalho aos sábados e do horário estendido. A comissão cobra a renovação dos acordos de trabalho remoto e do fortalecimento dos protocolos de saúde, uma vez que a contaminação pelo coronavírus (e suas complicações) só tem aumentado no país. “A direção da Caixa deve entender que além de empregados somos humanos e que o cansaço ataca o sistema imunológico. É indispensável o repouso não só pelo esgotamento físico, mas também psíquico. Os empregados precisam ser respeitados”, afirmou Dionísio.

Outra batalha urgente é a pressão contra o Projeto de Lei que fixa horário especial de funcionamento da Caixa durante a pandemia, apresentado deputado federal Diego Andrade (PSD-MG), nesta semana. Pelo texto do PL 2489/20 em análise na Câmara dos Deputados, o horário de atendimento das agências, durante a pandemia, seria das 6h às 22h. “Os empregados as Caixa já estão com jornadas excessivas e debilitantes. O cansaço ataca o sistema imunológico, o que os expõem ainda mais aos riscos do Covid-19 ou mesmo de uma estafa”, disse o coordenador da CEE/ Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

Os casos de Covid-19 estão aumentando no Brasil rapidamente. Com 179 mil infectados e 12,5 mil mortes o país alcançou o 6º lugar no ranking dos países com mais casos do novo coronavírus (Sars-Cov-2), ultrapassando a França. Nesse cenário preocupante, muitos estados já avaliam o Lockdown – palavra em inglês que corresponde a confinamento ou bloqueio total e passou a ser usada para indicar as formas de evitar a circulação de pessoas e disseminação do vírus. Outras cidades como Belém, São Luís, Fortaleza e Niterói já adotaram a medida.

Como forma de promover a saúde tanto para os empregados quanto para a população, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa) vê como essencial que a Caixa cumpra os protocolos de combate a pandemia de Covid-19 em sua totalidade. Construídas graças as reivindicações da CEE, Comando Nacional dos Bancários, Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e movimento sindical, os protocolos se tornaram Normas da empresa (CE SUBER/GERET 011/2020) e não pode ser desobedecida.

“Não é o momento de abrandar os protocolos. É o momento de fortalecer a prevenção e a promoção da saúde. A Caixa deve fazer isso custeando as ações por meio da área de saúde do trabalhador da Caixa, como a testagem para Covid-19 dos empregados”, afirmou o coordenador da CEE, Dionísio Reis

Ainda são muitos os desafios dos empregados da Caixa. Sem planejamento, o governo não divulgou o calendário da segunda parcela do auxílio emergencial. Mais de 50 milhões de pessoas receberam o benefício e estima-se que outras 17 milhões ainda aguardam a análise dos dados. Sem indicação de que a descentralização do pagamento irá acontecer e com o possível aumento nas solicitações do auxílio emergencial, há indicação de que a fila poderá voltar a crescer.

Segundo o coordenador da CEE, Dionísio Reis, os protocolos devem ser cumpridos para garantir a saúde e a vida dos empregados e da população que precisa da Caixa. “O home office para manter o isolamento social e evitar aglomerações é a essencial. Ao manter o trabalho remoto, conseguimos evitar o fechamento das unidades nos protocolos de suspeita e fortalecendo a prevenção contra a Covid19”, avaliou Dionísio.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, destacou que os empregados têm se empenhado ao máximo para atender a população que necessita do auxílio emergencial. “Os empregados da Caixa estão fazendo um trabalho maravilhoso, colocando em risco a saúde para cumprir o papel da Caixa de atender a população brasileira, principalmente os mais carentes”. Ainda segundo o presidente novas etapas de pagamento de auxílio vão começar e é preciso atenção “Ignorar as reivindicações das entidades é colocar os trabalhadores e a população em risco”, afirmou.

Contaminação na agência

O protocolo 1 para a pandemia diz respeito aos casos confirmados ou suspeitos da Covid-19 nas unidades. Quando houver um desses casos, a medida é o afastamento imediato e adoção de quarentena inicial por cinco dias, para avaliação, podendo ser estendido para 14 dias. A confirmação do caso deve ser evidenciada pela apresentação do exame ou atestado médico decorrente de caso suspeito com CID B34.2 / B97.2.

Pessoas com sintomas

Para os casos de empregados ou terceirizados com sintomas da Covid-19 o protocolo 2 deve ser seguido. A unidade deve ser fechada para higienização por uma empresa contratada pelo departamento logístico da Caixa (Gilog). Nesse caso, a agência pode ser aberta na sequência, se forem trocados todos os trabalhadores da unidade. Toda equipe da unidade, presente ou não, deve ser informada da suspeita. Se houver casos omissos, eles serão avaliados pelo Grupo de Trabalho de Prevenção, que conta com a Gerência de Filial de Gestão de Pessoas (Gipes) local, a Superintendente Regional (SR), a Gilog, o Jurídico e a Gerência de Tecnologia (GITEC).

De acordo com o médico Albucacis de Castro Pereira, gestor na área de saúde e consultor da Fenae, a higienização das agências é fundamental. “Tem superfícies em que o vírus permanece até 48 horas, 72 horas em superfícies frias e você pode não ter higienizado totalmente a agência. Então, deve ter o protocolo inicial. A agência pode voltar a funcionar depois da higienização desde que seja com outra equipe. Uma equipe sem contaminados”, explicou.

Grupos de Risco

Os empregados do grupo de risco e maiores de 60 anos devem manter o home office. De acordo com o que foi acordado com a Caixa, os trabalhadores do grupo de risco não precisam comprovar por laudo médico, nem a vontade do gestor ou do empregado, a sua condição.

Os casos de empregados gripados, tossindo, com coriza, febre ou dor de garganta devem ser afastados para o trabalho remoto. Não precisam apresentar atestado médico, basta a autodeclaração por parte do empregado. No caso de atestado médico, o empregado já estará fora da unidade.

“Estamos cobrando a prorrogação dos contratos de trabalho remoto. O home office estava previsto até 18 de maio e agora estamos reivindicando a ampliação do contrato”, explicou Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT

Em meio à pandemia do coronavírus, o movimento sindical vem recebendo muitas reclamações de funcionários do Banco do Brasil lotados nas unidades que estão sob subordinação da Unidade de Operações de Soluções (UOP), principalmente nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO’s).

A UOP é uma unidade do Banco do Brasil que tem característica de diretoria. Sob sua subordinação estão os CENOP’s e PSO’s. As PSO são responsáveis pelos caixas e tesourarias das agências de todo o país.

Uma das queixas aponta que alguns gerentes tem entrado em contato com colegas de declararam morar com pessoas do grupo de risco para Covid-19, oferecendo-lhes a possibilidade de retornar ao trabalho, caso haja mudança ou alteração da “situação” do afastamento.

Esse tipo de consulta ao funcionário afastado por autodeclaração contraria as orientações que o Banco do Brasil tem divulgado aos seus gestores, e aos compromissos que o BB adotou com os funcionários nas negociações com o movimento sindical.

Há reclamações em relação a cobrança de metas de negócios, com insinuações de falta de comprometimento dos funcionários pelo não atingimento dos resultados, demonstrando falta de respeito e empatia, situação em que não se está levando em consideração a conjuntura social do país e a crise sanitária causada pelo combate ao coronavírus, indo na contramão do que o Banco do Brasil tem preconizado nas negociações com os sindicatos.

Uso irregular do banco de horas

Outra reclamação se refere ao fato de que, em algumas unidades, estão sendo utilizados o banco de horas positivo dos funcionários para abonar horas já flexibilizadas, em consoante com as medidas de contingenciamento e segurança para atendimento bancário, já adotadas em todas as unidades do banco. Ou seja, o BB já assegurou o abono, sem necessidade de utilizar o banco de horas, em negociação junto à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e no comunicado interno – Informe Coronavírus n.6.

“Achamos muito ruim criar alguma forma de punição para aqueles que estão na linha de frente atendendo a população com essa questão da utilização do banco de horas, e também vemos de forma muito negativa qualquer pressão para o retorno dos colegas que declararam que moram com pessoas dos grupos de risco e estão em casa, porque a ideia seria não colocar em risco a vida dos familiares desses colegas que se dedicam à empresa”, protestou João Fukunaga, coordenador da CEBB.

Reforço das orientações corretas

Na terça-feira (12), o movimento sindical se reuniu com a Administração da PSO, em São Paulo SP, a fim de buscar solução e ajustes para as denúncias. Na reunião, o Comitê de Administração da PSO assegurou que não há nenhuma maneira distinta de tratar esses assuntos longe do que o Banco do Brasil já vem adotando, como medida para proteger trabalhadores e cliente, mas se comprometeu a reforçar as orientações corretas do banco junto aos seus gestores, enquanto mantém canal permanentemente aberto para recepcionar as reclamações dos funcionários via sindicatos, no sentido de dar o devido tratamento e solução.

Nessa ocasião, foi solicitada, também, a atenção da administração da PSO quanto à possibilidade de se evitar utilizar as férias futuras dos trabalhadores ou, se o caso for imprescindível, fazê-la com a devida parcimônia, em períodos inferiores a 15 dias, a fim de assegurar algum tempo de descanso futuro para os funcionários.

“Consideramos um ato de maldade obrigar o trabalhador a cumprir, logo de imediato, o saldo futuro de 30 dias de férias para o período em aquisição, embora amparado na Medida Provisória 927 do governo federal e nas orientações do BB. Por esse critério, o funcionário ficará em torno de dois anos e meio ininterruptos sem férias, o que poderá comprometer sua saúde, causando esgotamento e perda de produtividade”, avaliou Getulio Maciel, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e representante da CEBB.

“O que nos causa mais estranhamento é o fato de que, principalmente, não há nenhuma orientação oficial de qualquer diretoria do Banco do Brasil sobre a forma de tratar esses assuntos”, ressaltou Fukunaga.

“O fato é que, a Diretoria de Gestão de Pessoas do BB já tem conhecimento dessas situações e está buscando compreender essas denúncias para devida correção e alinhamento dos rumos que estão sendo tomados para salvaguardar o funcionalismo nesse momento de pandemia”, acrescentou o dirigente.

Qualquer reclamação de descumprimento dessas orientações devem ser encaminhadas para os sindicatos, para que os mesmos encaminhem as demandas ao banco, para a devida regularização, conforme acordado entre os sindicatos e as áreas de Gestão de Pessoas, PSO’s e o Comitê de Gestão de Crise.

Fonte: SPBancários, com edições da Contraf-CUT

 

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação na Justiça Federal, com pedido liminar, para obrigar a União a disponibilizar o saque do auxílio emergencial em Mato Grosso do Sul por outras instituições da rede bancária nacional. O pagamento do benefício exclusivamente pela Caixa Econômica Federal tem provocado aglomerações no entorno de agências, o que aumenta os riscos de transmissão do coronavírus.

Na ação, o MPF pede que a Justiça determine implementação em Mato Grosso do Sul, no prazo de dez dias, de solução técnica capaz de permitir o saque do auxílio emergencial estabelecido pelo governo federal através da rede disponibilizada pelos demais bancos de varejo.

A presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, lembra que o pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul é uma reivindicação que o movimento sindical vem fazendo desde antes do início dos pagamentos.

“Nós sabíamos que a demanda seria muito grande e avisamos o Governo Federal e a Caixa. Enviamos ofício ao Ministério da Saúde falando dos riscos, conversamos com Febraban, Ministério Público Federal e Ministério Público do Trabalho. Os bancários da Caixa são heróis, vem fazendo um trabalho árduo, é por isso que o banco público é tão importante, mas é preciso descentralizar por uma questão de saúde para os trabalhadores e para a população”, explica Juvandia.

presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Neide Rodrigues

A presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região, Neide Rodrigues, também reforça que o pedido de descentralização foi reiterado várias vezes pelo movimento sindical e espera que isso seja concretizado o quanto antes. “Esperamos que esse pedido do MPF seja acatado pela Justiça Federal. Não queremos ver aquelas cenas de aglomerações novamente nos próximos pagamentos. Com o atendimento em outros bancos, a população não sofre, os funcionários não ficam sobrecarregados, e todos correm menos riscos de contaminação”, avalia.

A presidente da Contraf-CUT também faz uma avaliação positiva do pedido do Ministério Público Federal. “É mais uma ação para pressionar as autoridades. Não adianta estender horário ou abrir aos sábados, o correto é descentralizar o atendimento. Nós temos que lembrar que os governos Michel Temer e Bolsonaro promoveram PDVs que resultaram em 17 mil demissões na Caixa, então, essas agências estão atendendo milhões de pessoas com um número menor de bancários”, afirma Juvandia Moreira.

Segunda opção

A ação do MPF indica como segunda opção que o saque do auxílio emergencial seja realizado, ao menos, também no Banco do Brasil, com o compartilhamento com a Caixa Econômica Federal de infraestruturas de rede, compartilhamento de dados, processamento de pagamentos e demais soluções técnicas aprovadas pelo Ministério da Economia.

Em caso de descumprimento de decisão, pede-se o estabelecimento de multa de dez mil reais por dia, a ser convertida ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD).

Dados divulgados pela Dataprev apontam que 96,9 milhões de pessoas fizeram o cadastro para receber o auxílio emergencial até o dia 30 de abril, sendo que 50,52 milhões tiveram o benefício aprovado.

No último dia 8 de maio, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) também ingressou, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE), com uma ação na Justiça Federal para obrigar a União a disponibilizar o saque do auxílio emergencial através de outros bancos.

Outras mudanças

A presidente da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, faz um alerta sobre a necessidade de outras mudanças, além da descentralização do atendimento na Caixa, como o fim da obrigatoriedade do uso da internet ou do celular durante o processo de cadastramento.

“Tem que alterar o decreto presidencial. No Brasil, 17% da população não tem celular e 33% tem celular mas não consegue baixar o aplicativo, seja por conta do aparelho que não tem memória ou por falta de conhecimento. Temos que pensar nessas pessoas porque em algumas situações nem mesmo o funcionário da agência consegue ajudá-las. O governo tem que autorizar parcerias com prefeituras, que têm suas redes de assistência social e podem ajudar nesse processo de cadastramento”, sugere.

Fonte: Assessoria de Comunicação do SEEBCG-MS (Com informações do MPF)

Fonte: Contraf-CUT

A pandemia do novo coronavírus segue em crescimento no Brasil, segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (13). Nas últimas 24 horas, foram oficialmente registradas 749 mortes pela covid-19, doença provocada pelo vírus. Já são 13.149 óbitos desde o início do surto no país. Um mês atrás, no domingo de Páscoa, os mortos pela pandemia foram 99 e o total de vítimas era de 1.223.

Já o número acumulado de casos teve um crescimento expressivo de 11.385 novos contaminados no intervalo equivalente a um dia. Com isso, são 188.974 doentes no Brasil. Os números posicionam o país como o sexto grande polo da pandemia mundial, atrás de Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Espanha e Itália.

A taxa de mortalidade está em 7% dos casos, acima da média global, de cerca de 2%. Esse percentual elevado pode ter relação com a falta de testes. O Brasil, proporcionalmente, realiza um número baixíssimo de testes da doença. Isso significa que, na prática, o país pode ter mais de 1 milhão de contaminados, de acordo com estudo da universidade de Johns Hopkins, nos Estados Unidos.

O Sudeste concentra a maior parte dos casos e mortes. São 78.959 doentes na região, com 6.536 mortos. O epicentro, não apenas regional, mas em âmbito nacional, é São Paulo: são 51.097 doentes e 4.118 mortos no estado. Medidas de isolamento social implementadas pelo governo paulista ainda se mostram ineficientes. Com objetivo inicial de 70% na redução da circulação de pessoas, esse índice se mantém abaixo dos 50%. Hoje, a taxa ficou em 48% na capital e em 47% no interior e litoral somados.

Na sequência vem o Nordeste, com 61.769 infectados e 3.818 mortos. A região já tem cidades em quarentena mais radical, conhecida como lockdown. Fortaleza e São Luís são os maiores exemplos, com sistema de saúde que aponta para o colapso próximo. O Norte tem 34.088 infectados e 2.352 mortes. O Sul tem 8.741 doentes e 301 mortos. O local menos afetado é o Centro-Oeste, com 5.417 casos confirmados e 142 mortos.

Os bancários do Itaú aprovaram, em assembleia virtual pelos sites dos Sindicatos de todo o Brasil, o acordo de banco de horas negativo, que garante direitos aos trabalhadores que estão afastados ou em regime de rodízio nas agências, por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19). O acordo prevê ainda abono das horas devidas dos meses de março e abril e ainda desconto de 10% nas horas devidas a partir do mês de maio.

“A negociação com o Itaú é uma vitória, pois garantiu tranquilidade aos trabalhadores que estão afastados ou em rodízio nas agências”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Pelo acordo, a reposição das horas devidas só pode se dar no mês seguinte ao final da quarentena, por um período de 12 meses, limitado a duas horas a mais por dia e apenas nos dias úteis, de segunda a sexta-feira. Também determina que caso o bancário trabalhe em sábados, domingos e feriados, essas horas não serão consideradas como reposição, portanto, terão de ser pagas como horas extras.

O acordo prevê ainda que, caso o bancário seja demitido após a quarentena, ele terá as horas devidas perdoadas, ou seja, elas não serão descontadas em sua rescisão. É importante lembrar que em mesa negociação, o Sindicato conseguiu o compromisso do Itaú de não demitir sem justa causa durante a pandemia.

O acordo só é válido para quem se encontra em casa sem trabalhar, uma vez que os bancários que estão em regime de home office cumprem suas jornadas e não sairão devendo horas ao banco.

Ficou estabelecido também que caso os bancários não queiram ficar afastados, poderão trabalhar no call center durante a pandemia, recebendo treinamento para isso. Mesmo que a jornada desse bancário seja de 8 horas, eles cumprirão a jornada de 6 horas do call center sem sair devendo essas duas horas por dia que estarão fazendo a menos.

Fonte: Contraf-CUT

Todo bancário do Santander, sindicalizado, ou não, já pode votar para ajudar a manter seus próprios direitos. Basta clicar aqui para registrar o voto por sistema eletrônico em assembleia virtual.

O processo de votação começou às 8h de hoje (quarta-feira, 13) e segue até às 18h de amanhã (quinta-feira, 14).

Na plataforma de votação é possível ler a íntegra do acordo. Mas, resumidamente, está em pauta a manutenção do Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS), que neste ano, além da PLR, pode colocar mais R$ 2.800 nos bolsos dos bancários. Também está em pauta a manutenção de todos os direitos previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, como 2.500 bolsas de estudo (100 para MBA, 1.400 para pós-graduação e 1.000 para primeira graduação); licença de 30 dias para cuidar de parente; manutenção da estabilidade pré-aposentadoria; manutenção do compromisso com a Cabesp e Banesprev.

Votação eletrônica

A Contraf-CUT disponibilizou aos sindicatos de todo o país um sistema de votação eletrônica para permitir a deliberação pelos bancários, sindicalizados, ou não, sem que haja aglomerações de pessoas.

Ao digitar alguns dados pessoais e o registro funcional, o bancário será redirecionado para a página de votação do sindicato de sua base, onde terá acesso ao arquivo com a íntegra do acordo e, dependendo do sindicato, um vídeo explicativo do acordo. Analisado o acordo, bastará que ele faça sua escolha.

O Comando Nacional dos Bancários indica a aprovação dos acordos.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu por videoconferência nesta terça-feira (12) com a Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) e conquistou o compromisso de que os bancários dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) poderão realizar o teste para diagnosticar a Covid-19, após o atendimento via telemedicina.

Os testes podem, ou não, ser indicados pelo médico que fizer o atendimento via telemedicina, de acordo com a avaliação médica e os sintomas. As consultas neste sistema também podem ser realizadas pelos dependentes.

“Isso é importante, pois tem gente trabalhando com alguns sintomas acreditando que é gripe, sinusite ou outra doença. Os testes podem dar segurança para toda a equipe, porém os bancários não devem descuidar das medidas de distanciamento e sanitárias”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando.

A Fenaban informou que, em um banco onde o sistema já foi implantado, o serviço de telemedicina recebeu 400 ligações e 20% destes atendimentos gerou pedido de exames (testes RT-PCR) para diagnosticar se a pessoa está, ou não, com o vírus.

Transparência

O Comando Nacional também questionou a postura dos bancos com relação à sanitização das agências, pois teve quem mudou o procedimento e outros fazem a sanitização e não informam para os bancários o motivo.

A Fenaban disse que alguns bancos passaram a utilizar os mesmos procedimentos de sanitização de hospitais e outros serviços que precisam manter o funcionamento simultaneamente aos procedimentos para a desinfecção do ambiente, que permite a reabertura da agência mais rapidamente. Disse também que alguns gestores estão realizando os procedimentos de sanitização como medida preventiva.

“O banco tem que aplicar o protocolo, que é encaminhar os trabalhadores para o médico, fazer o teste e afastar quem precisa ser afastado. Em caso de dúvida, afasta! Em caso de sanitização preventiva, o bancário precisa ser informado para não gerar apreensão entre os trabalhadores”, disse a presidenta da Contraf-CUT. A Fenaban concordou e vai transmitir aos bancos a necessidade de melhorar a comunicação e a transparência.

Santander

O Comando Nacional também questionou a mudança de protocolo de isolamento e afastamento de funcionários de locais de trabalho onde foram constatados casos confirmados e suspeitos de Covid-19, sem comunicar ao movimento sindical, principalmente no banco Santander. Alguns gestores não estão afastando os funcionários das agências onde houve casos confirmados e nem o isolamento preventivo em casos de suspeita.

“Desde o início de nossas negociações buscamos a proteção da categoria e começamos a nos preocupar com mudanças de procedimentos de sanitização de alguns bancos e de proteção aos bancários e clientes. Queremos entender o motivo de alguns bancos estarem mudando protocolos de sanitização”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, que coordena o Comando juntamente a presidenta da Contraf-CUT.

A Fenaban disse que cada banco adota procedimentos distintos, sempre de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, mas levará a questão para os bancos para que seja analisada. O assunto voltará a ser tratado na próxima reunião.

Fonte: Contraf-CUT

Milhões de brasileiros vivem o descaso do governo federal frente à maior crise global vivida nos últimos tempos. Este cenário fica ainda mais claro ao observarmos as filas e aglomerações em frente a algumas agências da Caixa. Para piorar, o deputado federal Diego Andrade (PSD-MG) apresentou, nesta semana, o Projeto de Lei que fixa horário especial de funcionamento da Caixa durante a pandemia.

Pelo texto do PL 2489/20 em análise na Câmara dos Deputados, a Caixa fixa o horário de atendimento, das 6h às 22h durante a pandemia. “A medida sobrecarrega os empregados da Caixa. A pauta do movimento sindical segue ao contrário deste PL, ou seja, caso o horário de atendimento seja ampliado, deve haver a contratação de dois turnos. Por isso, nós, como representantes dos trabalhadores, repudiamos um projeto que coloca em risco ainda mais a saúde dos trabalhadores neste momento tão crítico. As filas são consequência da falta de organização e de planejamento do governo federal”, explicou o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto.

Para os representantes dos empregados da Caixa, o governo desconhece o seu próprio povo. “Desde o início, o movimento sindical e a Fenae vêm solicitando que o governo fizesse a descentralização destes pagamentos, pois já prevíamos um acúmulo grande de pessoas em busca deste auxílio. O país é extremamente carente e desigual e parece que o governo não conhece a realidade do seu povo, que previa o pagamento para 45 milhões de pessoas, o que já ultrapassou a casa de 50 milhões de pessoas e temos mais 20 milhões esperando receber”, disse Takemoto.

Segundo Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, o autor deste projeto quer apenas cinco minutos de fama. “O ideal seria que o governo investisse no maior banco público do país e adotasse medidas de descentralização do pagamento para todos os bancos. Se depender desse governo, o caos nas filas irá continuar, as mortes pela pandemia e os casos de contaminação vão continuar se multiplicando, sem que haja um plano nacional de emergência para sair desta grave crise”, ressaltou.

O movimento sindical já cobrou dos bancos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), protetores acrílicos nas agências para diminuir os índices de contaminação, entre outras coisas. No início da semana, os governos municipais e estaduais começaram a atender as orientações dos representantes dos empregados da Caixa com resultados positivos. Um exemplo disso é que algumas prefeituras do país começaram a instalar toldos e cadeiras em frente às agências, entre outras medidas. De acordo com Takemoto, infelizmente, estas são iniciativas isoladas, sem uma coordenação do governo federal, que tem deixado claro que a saúde da população não é sua prioridade.

“A jornada de trabalho da categoria deve ser cumprida de segunda a sexta-feira. Sobre o trabalho aos sábados, domingos e feriados, deve ser negociado previamente com a entidade de representação sindical. O que está havendo é que o governo não tem capacidade (ou não quer) resolver o problema e está jogando tudo nas costas dos empregados da Caixa, o que é um absurdo!”, disse Juvandia.

“A própria Caixa reconheceu que não houve uma procura para estender o atendimento. Os empregados estão exaustos física e mentalmente e precisam e merecem descansar nos finais de semana. Inclusive já solicitamos que não houvesse mais os trabalhos aos sábados”, finalizou Sérgio.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de 132 anos de uma abolição inacabada, este 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, convoca a sociedade para uma reflexão profunda sobre o que esperar do Brasil após a pandemia. A exposição ainda maior das desigualdades sociais e raciais provocadas pela crise sanitária do novo coronavírus é constatada nos números oficiais que apontam que negros e negras são as maiores vítimas da expansão da Covid-19 no Brasil.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), no Brasil o número de negros mortos por coronavírus é cinco vezes maior do que o de brancos. Em duas semanas, a quantidade de pessoas negras que morreram por Covid-19 no Brasil quintuplicou. De 11 a 26 de abril, mortes de pacientes negros – confirmadas pelo Governo Federal – foram de pouco mais de 180 para mais de 930. Além disso, a quantidade de brasileiros negros hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por coronavírus, aumentou em 5,5 vezes.

Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a explosão de casos de negros que são hospitalizados ou morrem por Covid-19 só escancara a olhos vistos e confirmam as denúncias dos movimentos sociais sobre as desigualdades raciais no Brasil. “Entre negros, há uma morte a cada três hospitalizados por SRAG. Já entre brancos, há uma morte a cada 4,4 hospitalizações. Estes números são oficiais do próprio governo federal e não podem ser deixados passar sem que haja uma indignação nacional contra o racismo e a dívida histórica da sociedade brasileira com as comunidades negras. Em especial, num contexto tão dramático e violento que temos visto contra comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas”, afirmou.

O Brasil, sempre com seu processo civilizatório tardio, foi o último país da América Latina a abolir a escravidão de negros e negras, mesmo com toda a campanha da Inglaterra que, após a Revolução Industrial, pressionou para que em todo o continente fosse abolida a mão-de-obra escrava para a criação de novos mercados consumidores. Porém, ainda hoje é explícito na sociedade brasileira que a visão escravocrata e o racismo predominam na burguesia, em pleno século XXI.

“Basta olhar a pirâmide social: em todos os aspectos, seja de emprego, renda, acesso à ocupações de chefia em bancos e empresas privadas, condições de moradia, saúde, saneamento básico e oportunidades e no número de mortos pela violência policial. Os negros e negras estão, em sua esmagadora maioria, na base da pirâmide social brasileira, com 78% formada por negros e pardos. A desigualdade no Brasil tem cor, e isto é fato já confirmado por todos os estudos sociológicos e pelos próprios dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, afirmou o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT lamenta as ações, medidas e projetos do ministro banqueiro Paulo Guedes, do Governo Bolsonaro, e de Jair Bolsonaro. “Essas atitudes vão na contramão desta reflexão social e política que a dor e as mortes da pandemia estão trazendo a governos e sociedades do mundo inteiro. Por aqui, o governo só aprofunda a miséria e a desigualdade”, disse. 

Almir Aguiar afirmou que é preciso políticas afirmativas para diminuir as desigualdades sociais e de combate ao racismo. “Independentemente de posições partidárias e ideológicas, este Brasil pós-Covid-19 não está nas políticas elitistas, racistas e genocidas do atual governo. Certo também que não podemos mais admitir um país tão desigual e injusto, e que a necessidade de políticas afirmativas mais consistentes para garantir condições de vida dignas e igualdade de oportunidades para negros e negras, não pode ser apenas uma política do futuro governo e, sim, tem de ser um compromisso e uma política de estado. Basta de racismo”, finalizou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT