Maio 15, 2025
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Imprensa

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O banco Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 11,21 bilhões, nos nove primeiros meses deste ano, valor que representa queda de 10,1% em relação ao mesmo período de 2021 e de 23,5% no trimestre. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado –ROE) ficou em 19%, com decréscimo de 2,5 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. No terceiro trimestre, o lucro líquido da instituição no país alcançou R$ 3,12 bilhões, o que representa 27,7% do lucro global da instituição, que foi de € 7,316 bilhões, alta de 14,7% em doze meses e de 3% no trimestre.

Nos três primeiros trimestres deste ano, o índice de inadimplência total superior a 90 dias, incluindo pessoa física e jurídica, ficou em 3%, com alta de 0,6 p.p. em comparação ao mesmo período de 2021. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) aumentaram 52,2% e somaram R$ 17,4 bilhões.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, relata que “em teleconferência, o banco afirmou que o aumento da inadimplência é devido ao varejo e a empresas pequenas”. No entanto, ela completa que, “muito provavelmente, essa deterioração ocorre devido à atual crise econômica e social que estamos vivendo e que reduziu a renda da população nos últimos anos”.

As receitas com prestação de serviços e tarifas caiu 1% em doze meses, somando R$ 14,2 bilhões. Ainda assim, esse montante foi 191,74% superior aos R$ 7,4 bilhões de despesas com pessoal mais a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que aumentaram 10% no período. Assim, apenas as receitas secundárias cobriram quase duas vezes a folha de pagamento do banco.

Lucimara observa ainda que “embora o balanço apresente uma redução em juros e tarifas, esse movimento é irrisório frente ao volume arrecadado, principalmente porque boa parte do mercado já não cobra tarifas pela cesta de serviços básicos. Mas, o Santander insiste em cobrar, inclusive de funcionários. Essa é mais uma contradição de um banco que vende redução de direitos como ‘inovação’, quando a inovação é tornar os trabalhadores sócios dos riscos, enquanto a inadimplência e a PDD vão para as nuvens e o lucro continua sendo remetido à Espanha e a acionistas”.

Emprego bancário

holding encerrou o terceiro trimestre de 2022 com 51.214 empregados, com abertura de 1.609 vagas em doze meses. No trimestre, no entanto, foram fechados 835 postos de trabalho. Em relação a setembro de 2021, foram fechadas 307 agências e 104 PABs.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, “há pontos de alerta neste resultado, como a redução do lucro e o fechamento de agências e PABs. Apesar do número positivo de contratações, precisamos avaliar à luz dos fatos, pois a empresa vem intensificando a terceirização desde de 2020, e estima-se que ao menos 9 mil bancários já foram transferidos para outras categorias, o que é assustador, pois o Santander pretende ser um banco sem bancários”.

Confira análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados relatório apresentado pelo banco.

Fonte: Contraf-CUT

O Jornal Nacional, da TV Globo, veiculou, na terça-feira (25), uma reportagem sobre o relatório da corregedoria da Caixa Econômica Federal sobre as acusações contra Pedro Guimarães, ex-presidente do banco, e informa que existem fortes indícios de que houve realmente assédio moral e sexual. A reportagem informa que o relatório tem 500 páginas e divulgou trechos documento.

Em um dos trechos divulgados pela TV Globo, a corregedoria da Caixa diz que “dos fatos relatados pelos entrevistados e depoentes, corroborados pelos demais elementos de prova, é possível afirmar que há indícios de práticas irregulares de índole sexual. E ao que tudo aponta, teriam sido praticadas de forma reiterada e se utilizando das mais variadas formas de expressão (física, gestual ou verbal) e valendo-se, inclusive, e em especial, da condição de presidente da empresa”.

Em outro trecho, a corregedoria da Caixa diz que “os relatos expõem uma gestão pautada na cultura de medo, comunicação violenta, insegurança, manipulação, intransigência e permissão ao assédio.”

Para o empregado da Caixa e dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro, o resultado já era esperado. “Pelo que vemos no dia das empregadas e empregados da Caixa e denúncias que recebemos, somado ao que já foi divulgado pela imprensa, já tínhamos noção do que haveria neste relatório. O problema é que, mais uma vez, tenha sido a imprensa que tenha divulgado a informação e não o próprio banco”, lamentou.

Uso eleitoral da Caixa

Para a também empregada da Caixa e diretora da Contraf-CUT, Eliana Brasil, o fato de o banco não divulgar o resultado da apuração feita pela corregedoria gera suspeitas sobre sua gestão. “É possível perceber que estão acobertando os crimes de assédio praticados pelo Pedro Guimarães na tentativa de se evitar prejuízos à imagem do candidato à reeleição do atual presidente da República, que tinha no ex-presidente da Caixa seu braço direito”, disse a diretora da Contraf-CUT, ao lembrar que Pedro Guimarães chegou a ser cogitado para ser o candidato à vice-presidência da República na chapa do atual presidente. “E é bom lembrar, que, dias atrás, Bolsonaro disse não ter visto nada contundente nas acusações contra Pedro Guimarães”, completou.

A Contraf-CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) vêm cobrando, reiteradas vezes, que a Caixa divulgue o resultado das apurações feitas pela corregedoria interna e também pela consultoria independente contratada pelo banco para fazer uma apuração paralela. “Quando a Daniella (Marques) assumiu a presidência da Caixa, em meio ao turbilhão gerado pela divulgação pela imprensa das denúncias contra Pedro Guimarães, prometeu que a apuração seria rápida e que, se confirmadas as acusações, a punição seria rígida. Mas, já se passaram quase quatro meses e nada de divulgação dos resultados da apuração, que não apenas já está em poder da direção da Caixa, como também da imprensa”, disse Rafael de Castro. “É uma falta de compromisso e de respeito com os empregados e com toda a sociedade”, completou.

Assédio sexual é crime!

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lembra que, no Brasil, o assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal, que prevê a pena de detenção de um a dois anos. “Não se pode ‘passar a mão na cabeça’ somente porque se trata de um ex-presidente do banco. Se é culpado, deve responder na Justiça comum pelo que fez, uma vez que o assédio sexual é um crime com pena prevista no Código Penal”, disse.

Entenda o caso

Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por várias empregadas da Caixa. A informação foi divulgada no dia 28 de junho de 2022 pelo site Metrópoles. Em poucos minutos a notícia ganhou repercussão nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde vários parlamentares pediram em plenário a demissão do executivo.

Segundo a reportagem, no fim de 2021, um grupo de empregadas, ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, rompeu o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), de assédios sexuais que vinham sofrendo. Desde então, o MPF toca as investigações em sigilo. Cinco das vítimas falaram à reportagem citada sob anonimato.

Nos testemunhos, elas contam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do então presidente da entidade. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Pelo programa, desde 2019, ocorreram mais de 140 viagens, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficavam no mesmo hotel, onde ocorriam os assédios.

No dia 29 de junho, Pedro Guimarães entregou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, seu pedido de demissão da presidência da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical internacional está em alerta devido ao aumento dos casos de assédio eleitoral no Brasil e enviará uma delegação com mais de 30 representantes da UNI Global Union, da Progressive International e da Central Sindical das Américas (CSA) para acompanhar as eleições para a Presidência da República no país.

Um balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que houve um aumento de 58% das denúncias de assédio eleitoral no Brasil. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MP informou que já foram registradas mais de 430 representações nas eleições.

“Coagir, ameaçar ou prometer benefícios para que os empregados votem em determinado candidato é assédio eleitoral. E esta prática se configura como crime em nosso país”, explicou a brasileira, presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que recepcionará a delegação internacional que estará no país a partir desta quinta-feira (27).

A comitiva se reunirá com membros da Central Única dos Trabalhadores, de partidos políticos e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), além de acompanhar o processo eleitoral até a apuração dos resultados das eleições.

UNI Global Union

Entidade sindical mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores do setor serviços em 150 países. https://uniglobalunion.org/

Internacional Progressista

Organização que reúne entidades e grupos de ativistas progressistas de todo o mundo. https://progressive.international/

Confederação Sindical das Américas (CSA)

A Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA) congrega 48 organizações nacionais de 21 países, que representam a 55 milhões de trabalhadores. É a organização regional da Confederação Sindical Internacional (CSI). https://csa-csi.org/.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil registrou em setembro o maior número de pessoas em extrema pobreza, desde a criação, em 2001, do Cadastro Único para programas sociais do governo federal, também conhecido como CadÚnico. Ao todo, 49 milhões de brasileiros —ou 23% da população— afirmam não ter renda suficiente para sobreviver e precisam de auxílio governamental.

Desde janeiro de 2019, quando teve início a atual gestão federal, até agora, houve um aumento de 10 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza. Em dezembro de 2018, eram 39 milhões de brasileiros nessa condição. Segundo classificação da legislação brasileira, estão na extrema pobreza pessoas que vivem em famílias com renda per capita de até R$ 105 por mês. É pela renda informada pelas famílias ao CadÚnico que o governo define quem tem direito a receber o Auxílio Brasil e outros benefícios sociais.

Os dados completos podem ser vistos diretamente no site do governo federal, clicando aqui.

Para Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a culpa é do atual “desgoverno federal”. “A falta de política de criação de emprego, de desenvolvimento econômico e de controle da inflação são fatais para a classe trabalhadora. O resultado não poderia ser outro, senão o empobrecimento da população. E isso tem motivado muita gente a procurar algum benefício governamental”. Juvandia também chamou de falacioso o discurso de campanha do atual presidente. “Ele tem afirmado que sua gestão concede benefícios para mais pessoas. O que ele não fala é que isso somente acontece porque existe um número muito maior de pessoas que vive em extrema pobreza”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa que o atendimento que seria realizado, em Duque de Caxias, no dia 10 de Novembro (quinta-feira), foi transferido para o dia anterior, dia 9 de Novembro (quarta-feira).

Para maiores esclarecimentos, ligue (21) 2671-3004

 

O Fórum Interinstitucional de Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social (Fids) publicou Nota de Repúdio aos atos de Roberto Jefferson, ocorridos entre sexta-feira (21), quando o ex-deputado agrediu, com palavras de baixo calão, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e domingo (23), quando resistiu à prisão e atacou agentes da Polícia Federal (PF), com tiros e granadas. Dois oficiais da PF, que cumpriam sua ordem judicial de prisão, ficaram feridos.

Na nota, o Fórum afirma que o “discurso de ódio, eivado de misoginia e preconceito, ultrapassou os limites da civilidade e, longe de representar razoável inconformismo quanto ao teor de um voto proferido, configurou violência de gênero e atentado contra a imagem e a honra da magistrada, que integra a mais elevada Corte de Justiça do País desde 2006 e desfruta de enorme prestígio na comunidade jurídica”.

A respeito dos fatos ocorridos no domingo, o Fids ressalta que a ação do ex-deputado, “além do dano causado ao patrimônio público, feriu o Delegado Marcelo Vilella e a Agente Karina Oliveira, que simplesmente estavam desempenhando suas atribuições ordinárias”. A entidade manifesta solidariedade à ministra do STF e aos agentes da PF, que foram vítimas direta dessa “barbárie, que afronta notórios fundamentos republicanos”, como também clama por “rigorosa e exemplar punição”.

O documento é assinado por dezenas de entidades que compõem o Fids, entre as quais a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Acesse aqui a Nota de Repúdio completa.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionários do Banco do Brasil estão preocupados com a sinalização, cada vez mais forte, do atual governo de privatizar a entidade. O ministro da Economia, Paulo Guedes, que continuará no cargo caso ocorra a reeleição, conseguiu tirar do papel a privatização de Eletrobrás, Correios e BR Distribuidora, tendo manifestado diversas vezes que o BB está “na fila”.

“Observamos preocupados esse interesse de vender o BB, que coloca em risco tanto o futuro dos trabalhadores quanto o futuro do país, dada a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento do país e como indutor da economia local”, avalia Rafael Matos, que foi o primeiro Representante dos Funcionários (Caref) eleito no Conselho de Administração do BB.

Ainda em 2020, o atual presidente da República declarou em uma entrevista à Veja seu interesse em entregar o banco ao mercado somente em 2023, portanto, em caso de reeleição. Em entrevista mais recente à mesma revista, ele voltou a defender as privatizações sob o argumento de que “quanto mais Estado, pior”.

A atual Caref, Débora Fonseca, destaca também que o medo de privatização é um sentimento crescente entre os colegas, “porque são recorrentes as falas do ministro da Economia colocando o BB na pauta de privatizações”, por isso, a eleição presidencial passa a ter uma importância especial. “Precisamos avaliar qual candidato se compromete não só com a manutenção do banco, mas também com sua utilização como mecanismo de recuperação econômica”, pondera.

Desmonte silencioso

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alerta que o BB passou, nos últimos quatro anos, por um processo de redução no número de agências e funcionários, que remete ao mesmo caminho que levou à privatização de outros bancos públicos. “Foram mais de 1.500 agências fechadas e mais de 10.500 funcionários dispensados no período”, relata.

Fernanda Lopes, funcionária do BB e secretaria de Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pontua que, “além de reduzir a oferta de serviço bancário à população”, o processo de encolhimento do banco sobrecarrega os trabalhadores, com aumento de denúncias de assédio moral e metas abusivas.

“Há necessidade de mais contratações pelo BB, não apenas para reequilibrar as tarefas entre os funcionários, mas também para melhorar o atendimento aos clientes, porque, nesse processo de desmonte, periferias e pequenas cidades são as que mais sofrem com filas de espera”, completa.

Fonte: Contraf-CUT

O desrespeito às empregadas da Caixa, vítimas de assédio sexual e moral cometidos pelo ex-presidente do banco, Pedro Guimarães agora partiu do atual presidente da República. Em entrevista ao portal Metrópoles nesta segunda-feira (24), o chefe do Executivo declarou não existir “nada de contundente” nas denúncias das trabalhadoras.

“Não vi nenhum depoimento mais contundente de qualquer mulher. Vi depoimentos de mulheres que sugeriram que isso poderia ter acontecido. Está sendo investigado”, afirmou o presidente do país.

Em nota publicada pelo portal G1, da Globo, os advogados das vítimas repudiam a declaração do presidente e dizem ser motivo de tristeza que “condutas como apalpar seios e nádegas, beijar e cheirar pescoços e cabelos, convocar funcionárias até seus aposentos em hotéis sob pretextos profissionais diversos e recebê-las em trajes íntimos [...] sejam naturalizados” pelo presidente.

O Movimento Sindical, através da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) mais uma vez se solidariza com as empregadas e se coloca em permanente defesa das vítimas. “A declaração do presidente é repulsiva. Embora sua falta de empatia não seja novidade, vista a sua indiferença em relação aos quase 700 mil mortos pela Covid no país, não deixa ser assustador ouvir um presidente relativizar as denúncias das mulheres e o sofrimento de cada uma delas”, disse o presidente da Fenae, Sergio Takemoto. “A Fenae se solidariza com as empregadas e com todas as mulheres que sofrem assédio e são desacreditadas por quem deveria defendê-las”, concluiu.

A diretora de Políticas Sociais da Fenae, Rachel Weber também se manifestou sobre o assunto. “Não encontrou nada de contundente, mesmo depois das declarações estarrecedoras das mulheres porque, para ele, parece normal usar a expressão ‘pintou um clima’ para meninas de 14 anos”, disse. “É uma fala repugnante, mas compatível com outras tão graves que demonstram seu desprezo às mulheres. Não à toa elas são o público de maior rejeição ao presidente. Se foi uma tentativa de nos intimidar, não deu certo. Essas mulheres não estão sozinhas e sabem que têm todo nosso apoio. Elas não vão se calar!”

A nota traz, ainda, a manifestação das vítimas acerca do comentário do chefe do executivo. “[...] Assim como em suas duras e desprezíveis palavras, fomos desacreditadas e relegadas à nossa própria sorte pela instituição que deveria garantir nossa integridade. Mas não nos calamos e não iremos nos calar”, declararam.

Fonte: Fenae

Faltando menos de uma semana para o segundo turno das eleições, é importante ressaltar que a corrupção eleitoral, também conhecida como captação de sufrágio ou ainda simplesmente como compra de votos, é crime, segundo a legislação eleitoral 9.504/97. Mas você sabe quais as práticas que configuram compra de votos?

Segundo a legislação, é proibido qualquer ato que vise “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”.

Ou seja, configura crime eleitoral de compra de votos oferecer, prometer ou realizar qualquer benefício ao cidadão eleitor em troca de voto, mesmo que este não aceite a proposta. 

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, caso você seja alvo dessa prática ou saiba de alguma ocorrência que vise a compra de votos, deve denunciar no Ministério Público Eleitoral, informando provas e solicitando que o promotor eleitoral local investigue o caso. 

É importante ressaltar que a compra de votos não necessariamente pode envolver dinheiro vivo. Por exemplo, se um candidato oferecer carona aos eleitores no dia da votação, essa atitude pode configurar compra de votos. Da mesma forma, a entrega de cestas básicas, oferecimento de emprego público e todo e qualquer benefício pessoal que possa ser trocado por voto é configurado compra de votos. 

Pelo artigo 229 do Código Eleitoral, o responsável pela proposta de compra de voto pode ser condenado a até quatro anos de pena de reclusão mais o pagamento de multa. Segundo o TSE, o candidato, além da multa, pode ter o registro da candidatura cassado. 

O Tribunal também informa que “a prática de atos de violência ou grave ameaça à pessoa, com o fim de obter-lhe o voto, também constitui captação ilícita de sufrágio”.

Fonte: Brasil de Fato

Funcionários que atuam como gerentes gerais (GG) no Banco do Brasil denunciam forte assédio e pressão para atingir metas como nunca enfrentado anteriormente. “As cobranças são realizadas de duas formas: reuniões de áudio várias vezes ao dia, principalmente no fim de expediente, cobrando o que já foi cobrado; além da exigência de entrega de uma planilha de produção ao término do expediente”, contou o funcionário do BB e diretor do Sindicato de Jundiaí, Álvaro Pires da Silva.

Os gerentes pontuam que o banco possui tecnologia para acompanhar todo o processo online. Portanto, a exigência de produzir uma planilha, além do sistema usual, é avaliada pelos funcionários como “um instrumento de tortura” e para produzir provas contra o gestor a respeito de sua capacidade. “Alguns gerentes não repassam para os subordinados as exigências, mas muitos acabam repassando a cobrança, inclusive para escriturários”, destacou Álvaro.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alertou que “a gestão pelo assédio”, com base em metas cada vez mais abusivas e inatingíveis, impacta diretamente a saúde de todos os bancários, não só dos gerentes gerais. “Todos acabam sendo submetidos às mesmas pressões”, explicou. “A direção do BB precisa esclarecer a razão de estar acontecendo esse tipo de cobrança, várias vezes ao dia, e por que essa obrigação de uma planilha, além dos mecanismos de acompanhamento de funções que já existem na empresa”, completou.

Álvaro pontuou ainda que, até mesmo gerentes que vinham respondendo às exigências cada vez maiores das lideranças, estão agora se manifestando contra o novo e surpreendente modelo de cobrança. “Poucos funcionários conseguem, tranquilamente, fazer a planilha. Mas, os que não conseguem ficam constrangidos e sofrem psicologicamente”, pontuou.

Enfraquecimento do BB

Fernanda Lopes, secretária de Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e bancária do BB, enfatiza que está ocorrendo uma redução de agências e funcionários, junto à escalada de pressão por metas:

“Nos últimos quatro anos, temos sofrido com o encolhimento do banco. No período, foram fechadas mais de 1.500 agências e reduzido em mais de 10.500 o número de funcionários. As metas, por outro lado, continuam subindo. Por isso nós defendemos a volta do fortalecimento do BB como um banco público, alinhado com o desenvolvimento do país e presente nas regiões onde os bancos privados não querem atuar, que são as pequenas cidades e periferias”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT