Abril 29, 2025
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O ano de 2023 foi de lucros exorbitantes para o banco Itaú-Unibanco. Para Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, os resultados foram alcançados com sobrecarga de trabalho e adoecimento dos trabalhadores e das trabalhadoras.

De acordo com ele, a busca por eficiência e lucratividade não pode ser alcançada à custa da saúde e bem-estar dos funcionários. “O banco vem tendo lucros altos, com grande número de fechamento de agências e demissão de funcionários. Em contrapartida, vem crescendo os números de adoecimento nos locais de trabalho e doenças mentais dos trabalhadores”, ressaltou.

O Lucro Líquido Recorrente Gerencial do Itaú em 2023 alcançou R$ 35,618 bilhões, representando um aumento de 15,7% em relação ao ano anterior. Este crescimento é atribuído, em parte, ao crescimento da carteira de crédito, à maior margem com passivos e ao impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio.

Entretanto, por trás desses números, há uma realidade preocupante para os funcionários, o fechamento de 3.292 postos de trabalho em doze meses, 1.342 postos fechados apenas nos últimos três meses do período. Ao final de 2023, o Itaú Unibanco contava com 85.855 empregados no país.

De acordo com os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a redução se deve a “iniciativas de eficiência no Brasil, a adequação dos times nas áreas de atendimento e a redução de agências, reduzindo em 4,7% os colaboradores do Brasil (ex-tecnologia)”. Essa reestruturação também se reflete na redução do número de agências físicas, com o fechamento de 180 unidades no Brasil em doze meses.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 6 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência 1391 (Presidente Kennedy) do Banco Santander, em Duque de Caxias, para protestar contra a reestruturação que o banco está realizando em sua rede de agências e reivindicar a anistia das horas geradas durante a pandemia de Covid-19 pelos trabalhadores do Santander no Brasil.

Além disso, o ato serviu para demonstrar a insatisfação contra o fechamento da agência em questão, que encerrará suas atividades no dia 19 de fevereiro, segundo informativo afixado no local, transferindo suas atividades para a Avenida Gov. Leonel de Moura Brizola, 1686, também em Duque de Caxias.

“É uma incoerência da instituição bancária que diz que é um banco de varejo mas, na verdade, está fechando agências e, consequentemente, encerrando atendimento. Quem sai prejudicado são os mais pobres, que não tem fácil acesso à internet e demais dispositivos.”, comentou Gentil Ramos, Diretor do Sindicato e funcionário do Santander.

Na internet, ocorreu um tuitaço, em que participaram Sindicatos e entidades sindicais de todo o país, que ficou entre os assuntos mais comentados na plataforma X, o antigo Twitter.

DECLARAÇÃO PREOCUPANTE

As declarações dadas em entrevista ao jornal Valor Econômico, nesta última segunda-feira (5), pelo presidente do Santander, Mario Leão, levantaram preocupações sobre a priorização do banco como empresa de varejo, em detrimento do compromisso com o atendimento bancário de qualidade.

A declaração de reorganizar o atendimento do Van Gogh com um conceito mais regionalizado levanta desconfiança sobre a acessibilidade e disponibilidade dos serviços para os clientes, porque os gerentes passariam a realizar um atendimento remoto, ou seja, não atendem mais nas agências bancárias.

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As declarações dadas em entrevista ao jornal Valor Econômico, nesta segunda-feira (5), pelo presidente do Santander, Mario Leão, levantaram preocupações sobre a priorização do banco como empresa de varejo, em detrimento do compromisso com o atendimento bancário de qualidade. Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, a declaração do executivo é um absurdo. “Um banco de varejo que não quer atender pobre. Ao mesmo tempo que não quer atender, ele contribui com a redução de renda de seus funcionários com a política agressiva e fraudulenta, ou seja, efetua a transferência de trabalhadores bancários para outras empresas do conglomerado, reduzindo direitos e aumentando as demissões”.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, vê como desvalorização do atendimento bancário a equiparação da agência a uma loja. “O presidente do Santander parece minimizar a importância do atendimento bancário, crucial para a confiança e satisfação dos clientes”, afirmou.

Para ela, priorizar a imagem de “melhor empresa de consumo” pode resultar na perda de foco nas necessidades específicas dos clientes bancários, comprometendo a qualidade dos serviços oferecidos. “A proposta de segmentação com especialistas responsáveis por grupos de clientes pode gerar preocupações sobre a continuidade do atendimento personalizado e acessível a todos”, avaliou.

A declaração do presidente do Santander de reorganizar o atendimento do Van Gogh com um conceito mais regionalizado levanta desconfiança sobre a acessibilidade e disponibilidade dos serviços para os clientes, porque os gerentes passariam a realizar um atendimento remoto, ou seja, não atendem mais nas agências bancárias. “Nós queremos um sistema bancário que priorize tanto a excelência varejista quanto a qualidade no atendimento, garantindo que todos os clientes tenham acesso a serviços bancários essenciais. O movimento sindical estará sempre defendendo os interesses dos trabalhadores e clientes bancários”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta segunda-feira, 5 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma funcionária do Banco Itaú.

O Coordenador Geral Pedro Batista, acompanhou a reintegração.

A bancária Suelen da Silva Soares, da agência 6893, localizada na Rua Coronel Francisco Soares, Centro de Nova Iguaçu, foi demitida estando incapacitada. Inclusive, ao realizar perícia médica em ação judicial em face do INSS, o perito concluiu pela transformação do benefício por auxílio doença acidentário B-91.

A justiça considerou que a bancária se encontra sob risco de dano grave por estar sem sua fonte de renda e sem plano de saúde, justamente no momento em que se encontra doente e impossibilitada de retornar ao mercado de trabalho.

Como estava acometida de doença ocupacional, presente no momento da demissão, a bancária teve determinada sua reintegração ao emprego.

IMPORTANTE

A trabalhadora bancária é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horas e das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 - 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE

O portal da Central Única dos Trabalhadores (CUT) publicou, nesta quinta-feira (1º), uma detalhada matéria sobre assédio moral no trabalho. No formato de guia, o texto explica o que é e como essa agressão ocorre, além de orientar o trabalhador e a trabalhadora a se protegerem dela.

Segundo definição oficial da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o assédio moral “é o conjunto de comportamentos e práticas inaceitáveis, ou de suas ameaças, de ocorrência única ou repetida, que visem, causem ou sejam suscetíveis de causar danos físico, psicológico, sexual ou econômico, e inclui a violência e o assédio com base no gênero”.

Matéria da CUT orienta trabalhador e trabalhadora a se proteger do assédio moral no ambiente de trabalho

Conforme explica o guia da CUT, quando ocorre, trata-se de “um problema grave, que adoece milhares de trabalhadores, cotidianamente, e se apresenta como uma forma cruel de exploração de poder, baseada, em especial, em questões sociais, econômicas e de gênero”.

A matéria aborda todos os aspectos do assédio, desde os elementos que o caracterizam e as formas em que se apresenta, até o que o trabalhador e a trabalhadora devem fazer quando forem vítimas dele. O guia também elenca os tipos de assédio moral, como quando relacionado a formas de discriminação por gênero, cor ou raça, orientação sexual, deficiência, idade e ideologia.

Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles, “o guia sobre assédio do portal da CUT é fundamental para que o trabalhador e a trabalhadora de qualquer categoria se protejam, e por isso é importante para toda a sociedade”.

No caso da categoria bancária, “o conhecimento das informações publicadas tem particular importância, porque o sistema financeiro é um ambiente em que o assédio moral é bastante presente, e precisamos combatê-lo veementemente”, afirma o secretário. “Neste ano de campanha nacional dos bancários, o tema voltará à mesa de negociações, então todos temos que estar conscientes desse sério problema que nos afeta”, conclui Mauro.

Leia a matéria no portal da CUT.

A Comissão Eleitoral organizada para as eleições na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) homologou, nesta quinta-feira (1º), as três chapas inscritas para o pleito que, neste ano, definirá ocupantes para cargos da Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal.

As chapas que se inscreveram para os mandatos de junho de 2024 a maio de 2028 são: Cassi para Todos os Associados, Em Defesa da Cassi Solidária e Somos Cassi.

O período de votação será de 15 a 25 de março, e todos os funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil, associados à caixa de assistência, poderão votar.

Um dos temas em pauta na disputa eleitoral deste ano é o equilíbrio financeiro da entidade. Recentemente e após intenso período de negociações, o Banco do Brasil e a Cassi concluíram os entendimentos sobre os repasses das contribuições patronais sobre verbas salariais ou remuneratórias, pagas em demandas trabalhistas. Com isso, a caixa de assistência receberá recursos repassados pelo BB e que irão garantir equilíbrio financeiro para 2024.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander vai se reunir com a direção do banco, na próxima terça-feira (6), para discutir a Multicanalidade, projeto anunciado para oferecer diferentes canais de atendimento aos consumidores, que irá gerar reestruturação da rede de agências, já implementada pelo banco em 2024.

Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander, afirma que o objetivo é que o banco respeite as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e detalhe como será essa fusão de agências. “O processo já está em expansão e certamente cria ansiedade entre os trabalhadores. Também precisamos saber como fica o atendimento descentralizado dos gerentes, que já tem intensificado as metas e gerando sobrecarga para os trabalhadores das agências’’.

As principais dúvidas do movimento sindical são se haverá formação e suporte para quem fica nas agências para atender essa demanda de pessoas jurídicas dos gerentes, e como será a assistência a esses trabalhadores, que vão circular fora das agências.

Para a coordenadora da COE, o banco deveria ter iniciado o assunto da reestruturação em dezembro. “É um desrespeito do Santander sinalizar disposição para uma mesa de negociações quando a reestruturação já está acontecendo. São muitas mudanças e de alto impacto para os trabalhadores. Vamos pressionar para que o aditivo do banco seja cumprido, com manutenção dos empregos e com resposta para todas essas questões”.

Wanessa lembra que o Santander opera no Brasil como uma concessão pública. “É fundamental que em qualquer mudança ou reestruturação não seja excluída a prestação de serviço aos clientes, que pagam as tarifas suficientes para cobrir todos os custos operacionais, como a folha de pagamento”.

Banco de horas negativas

A reunião também irá debater as horas negativas geradas na pandemia. A coordenadora da COE Santander reforça que já foram realizados três acordos para a compensação das horas com redutores conforme as horas pagas pelos trabalhadores, com acordo vigente até 31 de março deste ano. “Nossa meta é encerrar este assunto antes de março, com anistia das horas de quem foi totalmente afetado durante a pandemia’’.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens realizou, nesta terça-feira (30), em Brasília, a primeira reunião do ano e a quarta desde que foi fundado para criar as regras da Lei 14.611/2023, com o objetivo de garantir maior eficácia da medida que busca reduzir as desigualdades entre gêneros no mercado de trabalho.

“O coletivo é formado por representantes do governo (de vários ministérios) e da sociedade civil, incluindo nós, do movimento sindical do ramo financeiro. Essa nossa participação na elaboração das regras da política de igualdade salarial é fundamental para que, efetivamente, a gente consiga mudar uma realidade inaceitável no mercado de trabalho”, explica a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, que representa o movimento sindical bancário no GTI, como suplente de Neiva Ribeiro, a vice-presidenta da Uni Américas Mulheres e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Fernanda lembra que, no Brasil, as mulheres recebem em média cerca de 21% menos que os homens. “Na categoria bancária, o cenário é um pouco pior: as mulheres recebem em média 22,2% menos que os homens. Se a mulher bancária for negra, então, ela recebe em média 40,6% a menos que o homem bancário branco”, destacou.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) já prevê que mulheres e homens que exerçam a mesma função tenham equiparação salarial. Entretanto, o Brasil segue como um país com grande diferença remuneratória entre gêneros. Em março de 2023, o presidente Lula anunciou o Projeto de Lei (PL) para igualdade salarial entre os gêneros, encaminhado ao Congresso. Após passar pelo Legislativo, a proposta foi sancionada como Lei n° 14.611/2023 no dia 3 de junho.

“Entre as inovações que a Lei 14.611 traz para o cenário legislativo está a obrigatoriedade da equiparação, a ser verificada por meio documental, ampliando as formas de fiscalização e multa administrativa no valor de até 3% da folha mensal de salários do empregador, limitado a 100 salários-mínimos”, explica Fernanda Lopes.

Outra inovação da lei é o relatório de transparência salarial, que as empresas com mais de 100 funcionários passam a ser obrigadas a produzir. Por meio desse relatório será possível aferir, na prática, se as mulheres estão recebendo os mesmos salários que os homens.

Competição justa por cargos

Além de garantir a implementação da Lei 14.611, o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens propõe iniciativas para o combate ao assédio e em favor da igualdade de gênero em cargos de direção e gestão.

“Um dos grandes desafios no mercado de trabalho atualmente, inclusive na categoria do ramo financeiro, está na questão diversidade, porque há um número reduzido de mulheres nos cargos de liderança, nos cargos de gestão”, pontua a secretária da Mulher da Contraf-CUT. “Na categoria bancária, nós mulheres, somos cerca de 50% do quadro, mas, em compensação, essa proporção não se reflete nos espaços de cargos de gerência e de comando na instituição”, completou.

Entenda

– A inovação da Lei n° 14.611/2023, de igualdade salarial entre os gêneros, é o estabelecimento da obrigatoriedade da equiparação, a ser verificada por meio documental, ampliando as formas de fiscalização e multa administrativa no valor de até 3% da folha mensal de salários do empregador, limitado a 100 salários-mínimos.

– Outra inovação da lei é o relatório de transparência salarial, que as empresas com mais de 100 funcionários passam a ser obrigadas a produzir. Por meio desse relatório será possível aferir, na prática, se as mulheres estão recebendo os mesmos salários que os homens.

– As reuniões do GTI, entre os ministérios, são quinzenais, e além dos ministérios da Mulher e do Trabalho e Renda, contam com a participação de representantes da Casa Civil e dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; dos Direitos Humanos e da Cidadania; e da Igualdade Racial.

– Entidades da sociedade civil e do movimento sindical também foram chamadas a compor o GTI que, entre as ações já realizadas, instalou a Câmara Técnica “Discriminação no Mundo do Trabalho”, para monitorar e elaborar propostas de igualdade no ambiente de trabalho, e a Câmara Técnica “Normativos”, que ficará responsável pela elaboração e implementação de regulamentos.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), enviou, nesta quinta-feira (1º/2), um ofício à Caixa Econômica Federal solicitando informações sobre uma reestruturação no banco.

“Recebemos denúncias que, desde de dezembro, está havendo extinção de unidades, transferência de atividades, criação de áreas e grande movimentação de empregados, inclusive transferências de pessoal para áreas sem nenhuma proximidade com o trabalho até então desenvolvido”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a Fabi.

No ofício, a Contraf-CUT ressalta que “por se tratar de reestruturação da empresa, com impactos na vida funcional dos empregados, reiteramos a necessidade de debate com a representação dos empregados para que sejam discutidas formas de mitigar os impactos do processo para os trabalhadores, conforme previsto na cláusula 46, parágrafo segundo, do ACT 2022/2024, firmado entre a Caixa e as entidades representativas.”

Além das informações, a Contraf-CUT solicita uma reunião urgente com o novo vice-presidente de Pessoas da Caixa, Francisco Egídio Pelúcio Martins, para tratar do assunto.

Fonte: Contraf-CUT

Depois da reunião com a direção do banco, na semana passada, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) levou algumas denúncias de ingerência do departamento de Recursos Humanos (RH) em decisões médicas e problemas no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). O caso mais emblemático é o de uma bancária, gerente de contas que foi desligada sob a alegação de que seu cargo não existia mais.

No entanto, a denúncia revela uma série de irregularidades e desrespeito à saúde ocupacional da funcionária. Ela, que recentemente se recuperou de uma cirurgia, sempre atingiu as metas estabelecidas pelo banco, inclusive após seu retorno às atividades, período em que realizou fisioterapia e outras terapias, tudo de conhecimento da sua gestão.

A situação agravou com uma avaliação médica, quando a bancária comunicou à médica do trabalho sua condição de saúde. Surpreendentemente, a médica a considerou inapta para retorno ao trabalho, indicando que não poderia ser desligada naquelas circunstâncias. Contudo, segundo a denúncia, a interferência do RH tornou-se evidente quando a bancária foi contatada para corrigir o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) para “Demissional”. Tanto a enfermeira quanto o RH afirmaram que houve um “equívoco” por parte da médica.

Carlos Damarindo, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE Itaú, destaca a gravidade da situação. “A interferência direta do RH nas decisões médicas compromete a autonomia do profissional de saúde, o que é inadmissível”, diz.

Damarindo ressalta que a bancária já foi orientada adequadamente diante desse cenário e observa com preocupação que tanto o ASO quanto o atestado original emitidos pela médica foram alterados de maneira suspeita.

Para o dirigente sindical, a situação dela não é um caso isolado, mas o reflexo de uma prática prejudicial à integridade física e profissional dos trabalhadores bancários. “Nós exigimos uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, para que a autonomia dos profissionais de saúde seja preservada, sem interferências externas que comprometam a integridade e a ética nas relações de trabalho”, afirma.

Fonte: Contraf-CUT