Abril 29, 2025
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A data-base dos reajustes salariais, vales refeição e alimentação, valores da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e tantos outros direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) das bancárias e bancários é somente em 1º de setembro. Mas, as entidades sindicais já estão se organizando para mobilizar a categoria para a Campanha Nacional dos Bancários 2024.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional do Bancários, Juvandia Moreira, conversou com nossa redação e falou um pouco sobre a mobilização da categoria. Ela ressaltou a importância da categoria para a Campanha. “Sem a união e participação das bancárias e bancários, as entidades sindicais podem fazer muito pouco”, disse.

Juvandia também disse que os sindicatos e seus dirigentes devem marcar presença constante em suas bases. “Eles precisam estar em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, para que, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho da categoria, para que todos tenham uma vida digna com suas famílias”, reforçou.

A presidenta da Contraf-CUT ainda explicou por que a categoria bancária é conhecida e respeitada pela organização, mobilização e sucesso de suas campanhas. “Isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar, desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos”, disse.

Veja abaixo a íntegra das respostas sobre a mobilização da categoria e a agenda da campanha.

Entrevista

Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Qual a importância das mobilizações dos bancários para que as negociações da Campanha Nacional dos Bancários deste ano avancem?
A mobilização precisa ser vista por dois enfoques: O primeiro é de organização e agitação da categoria, que é de responsabilidade das entidades de representação sindical, desde o âmbito local (os sindicatos), estaduais ou regionais (as federações) e nacional (a Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários). Mas sem a união e participação das bancárias e bancários, que é a segunda parte, as entidades podem fazer muito pouco.

É importante que os sindicatos e seus dirigentes estejam presentes em suas bases, em cada agência e departamento administrativo dos bancos, para acompanhar o dia a dia de trabalho e saber quais são os problemas que afetam as trabalhadoras e os trabalhadores e quais são seus anseios, o que eles querem, o que eles precisam para desenvolver suas tarefas profissionais em um ambiente saudável, com segurança, e, sabendo disso, possam defender a valorização do trabalho, para que a categoria possa ter uma vida digna com suas famílias.

Mas, para lutar pela resolução dos problemas que afligem a categoria e pela valorização do trabalho bancário, é preciso que cada trabalhadora, cada trabalhador também esteja antenado nas questões que são apresentadas pelos sindicatos e participe das atividades propostas.

Com organização, união e participação de todos somos mais fortes! E podemos alcançar grandes objetivos desta maneira.

Qual será a agenda de preparação da campanha deste ano?
O movimento sindical bancário é conhecido e respeitado, mesmo por outras categorias, pela grande organização e mobilização de suas campanhas. E isso só acontece porque todas as bancárias e todos os bancários podem participar desde a definição das prioridades e estratégias da campanha, até a aprovação final das cláusulas da Convenção Coletiva e dos acordos específicos por bancos.

Tudo começa com a Consulta Nacional à categoria. Bancários e bancárias são chamados a responder um questionário para que, a partir das respostas de cada uma e cada um, possamos definir o que será colocado na mesa de negociações com os bancos. Neste ano, a consulta deve ser iniciada por volta de abril. E é importante que todas e todos participem, mesmo que não estejam filiados ao sindicato de sua base.

Ao mesmo tempo, os sindicatos reúnem as bancárias e bancários de suas bases para, até o final de maio, debater todas as questões que envolvem a categoria, levantar propostas e eleger delegados para apresentar estas questões e defender essas propostas nas conferências regionais.

O acúmulo das propostas trazidas nos debates realizados nas bases sindicais, somado às contribuições da Consulta Nacional, será sintetizado nos encontros nacionais específicos de trabalhadores de cada banco (de 4 a 6 de junho) e na Conferência Nacional dos Bancários (de 7 a 9 de junho). Esta síntese é organizada e redigida como uma minuta de reivindicações que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda em junho, para que as negociações se iniciem em julho e, se possível, a gente consiga chegar a uma proposta de acordo com os bancos antes do final de agosto.

Esta proposta é levada para aprovação pelas bancárias e bancários em assembleias em todo o Brasil e, se aprovada, seja assinada para que se torne a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reúne com a direção do banco, na quinta-feira (22), para cobrar o retorno das reivindicações quanto ao processo de reestruturação na rede nacional de agências, batizado de Multicanalidade pelo Santander.

Na última reunião, realizada no dia 6 de fevereiro, o movimento sindical cobrou explicações sobre o processo, anunciado em comunicado no dia 22 de janeiro, sem qualquer negociação prévia.

Entre os principais pontos estão a definição do local de trabalho com acesso aos dirigentes sindicais, conforme estabelecido na ACT Santander; chip com dados de internet; mochila para os bancários levarem os notebooks e acesso ao Uber Corporativo aos gerentes dos segmentos Van Gogh e Empresas 1, principais afetados pelas mudanças.

“Nós aguardamos que o banco traga solução aos problemas enfrentados por esses bancários, hoje atuando fora do local físico da agência”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander. “Também esperamos uma solução para os especialistas de negócios e serviços, que estarão atendendo na rede de agências tanto o segmento pessoa física quanto jurídica, e precisam de treinamento para isso, além da contratação de mais profissionais para evitar sobrecarga”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense manifesta o seu apoio à candidatura de Fabiana Uehara Proscholdt na eleição para representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, que acontece entre os dias 26 e 29 de fevereiro.

Fabiana Uehara Proscholdt, que concorre na eleição do CA com o número 0002, é empregada da Caixa há 23 anos, com experiência na rede, filiais e na matriz. Atualmente é coordenadora da CEE/Caixa (Comissão de Empresa dos Empregados da Caixa), diretora executiva da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e diretora do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Brasília.

Como coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana teve atuação fundamental em inúmeros embates com a direção da Caixa como, por exemplo, na proteção dos empregados na pandemia da Covid-19; na Promoção por Mérito; no Saúde Caixa; na defesa dos direitos durante as reestruturações; em campanhas salariais; e na luta conta o fatiamento do banco.

Fabiana Uehara é Bacharel em direito e possui diversos cursos de especialização e pós-graduação como Comércio Exterior e Relações Internacionais, Gestão de Pessoas; e Liderança e Mediação de Conflitos (cursando).

Eleições CA

Se a eleição não for decidida no primeiro turno, caso nenhum candidato obtenha 50% mais um dos votos, haverá votação em segundo turno entre 11 e 14 de março. A divulgação do resultado do primeiro turno está marcada para 1° de março e, a do segundo turno, para 15 de março. 

A votação ocorrerá pela intranet da Caixa. Para votar, basta que o empregado acesse o site: eleicaoca.caixa.gov.br/siele.  

Para votar em Fabi Uehara, digite 0002. 

CA Caixa

O Conselho de Administração da Caixa é a principal instância decisória do banco e possui oito membros: o presidente do banco, seis conselheiros indicados pelo governo federal e um eleito pelos empregados.

Conquista histórica dos trabalhadores, como resultado da luta das entidades sindicais e associativas, a eleição de representante dos empregados na Caixa tornou-se uma realidade a partir de 2013.

O papel do conselheiro eleito é representar os anseios dos trabalhadores, defender a integridade do banco e fiscalizar as ações da gestão.

Daqui a uma semana, as empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal começam a votar para escolher sua representante no Conselho Administrativo do banco, que decide a estratégia de longo prazo da Caixa, levando em conta os impactos decorrentes de suas atividades na sociedade.

“Para defender a estratégia da Caixa como banco público, assim como os interesses da sociedade e das empregadas e empregados, é fundamental termos no CA uma conselheira com pulso firme, como a Fabiana Uehara, que já mostrou que não se cala diante de ataques ao banco ou às empregadas e empregados”, disse a empregada da Caixa e diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, ao lembrar de episódios ocorridos nas últimas gestões, em que Fabiana se levantou para defender a Caixa e seus empregados.

Qualidade

Eliana ressaltou também que, para que a população não seja prejudicada, um banco público não pode promover grandes reduções do quadro de pessoal, nem de agências. “E não pode colocar a cobrança de metas, e tampouco da saúde das empregadas e empregados, acima da qualidade no atendimento”, afirmou. “Também é preciso garantir boas condições de trabalho, sem assédio ou cobrança abusiva de metas”, acrescentou.

Sintonia com empregados

Fabiana, que coordenou a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) nos últimos quatro anos, conta com o apoio da grande maioria das entidades de representação e associativas das empregadas e empregados da Caixa e vai continuar a atuar no CA em sintonia com as reivindicações dos trabalhadores, na busca por melhores condições de trabalho.

Propostas

Veja abaixo as principais propostas da Fabiana Uehara.

  • Lutar pela alteração do atual estatuto do banco, que permitiu o fatiamento e venda de partes da Caixa e limita direitos dos empregados, como na restrição para o custeio do Saúde Caixa;
  • Garantir a efetiva transparência na gestão da empresa;
  • Atuar no Conselho em sintonia com as reivindicações dos empregados, na busca por melhores condições de trabalho;
  • Cobrar o resultado das apurações das denúncias de assédio por parte de ex-dirigentes;
  • Trabalhar em conjunto com as entidades pela adoção de uma política de combate ao assédio moral, sexual e demais formas de violência organizacional;
  • Atuar pelo fortalecimento da Caixa:
    • Pela reincorporação das subsidiárias;
    • Pela manutenção da exclusividade na administração das loterias;
    • Pela exclusividade da manutenção do penhor.

E mais!

  • Fabiana Uehara pautará a política de remuneração da Caixa, defendendo a participação dos empregados na definição de programas como o Bônus Caixa, comissões pela venda de produtos etc.
  • Fabiana Uehara cobrará resolução das “pendências” deixadas pelas gestões anteriores, causadas, por exemplo, pelos processos de reestruturação.

Como votar

A votação para a escolha da representante das empregadas e empregados no Conselho de Administração da Caixa será de 26 a 29 de fevereiro. Todos os empregados da ativa podem votar.

A votação será pela intranet da Caixa. Para votar, basta que as empregadas e empregados acessem o site eleicaoca.caixa.gov.br/siele, e digitem 0002 para votar na Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu na última semana com representantes da direção do BB, no primeiro encontro da atual gestão sobre as reivindicações dos trabalhadores egressos de bancos incorporados, como o Banco Nossa Caixa.

“Solicitamos um grupo de trabalho, entre representantes dos trabalhadores e do banco, para alcançarmos, finalmente, respostas satisfatórias aos egressos”, explicou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

As demandas dos funcionários de bancos incorporados são o direito de migrar do Economus para os planos de saúde e de previdência da Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), nos mesmos moldes dos demais colegas do BB.

O Economus – Instituto de Seguridade Social foi criado em 1977, para oferecer serviços de previdência e assistência à saúde aos funcionários do antigo Banco Nossa Caixa S/A, incorporado pelo BB em 2009.

Também foi exigido pelos trabalhadores do BB a possibilidade de os associados do PrevMais, entidade de previdência, poderem efetuar aportes adicionais com a contrapartida do Banco do Brasil, assim como ocorre no Previ Futuro, de acordo com a evolução da carreira dos funcionários, consignada na Tabela Pontuação Individual do Participante (PIP), que, no caso da Previ, pode variar de 1% a 10% do salário de participação dos associados do Previ Futuro, com o BB contribui com o mesmo percentual que o participante.

O representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB, Getúlio Maciel, pontuou que “é mais do que urgente assegurar Cassi e Previ para todos, nas mesmas condições, de maneira isonômica”.

Ao longo dos anos, o banco tem apresentado como entrave para responder a essas demandas a complexidade das questões operacionais e no âmbito de processos judiciais para resolução das reivindicações por direitos de saúde e previdência complementar. “O movimento sindical considera que a resolução para todos esses entraves pode ser alcançada com a imediata migração dos trabalhadores egressos para a Cassi e Previ”, destacou Fernanda Lopes.

Grupo de trabalho

“O banco já tem uma pessoa para analisar a questão dos bancos incorporados, especificamente da Nossa Caixa, com volume maior de funcionários egressos – temos ainda cerca de 8 mil na ativa, além dos aposentados”, explicou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimento Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS) na CEEBB, David Zaia. “O que destacamos claramente para o banco é que, quando comprou a Nossa Caixa, o banco apresentou aos funcionários que eles teriam os mesmos direitos dos funcionários do Banco do Brasil, mas isso não aconteceu até hoje”, complementou.

Em relação aos funcionários egressos, o BB alega que mantém planos de saúde e de previdência, porém, eles não são do mesmo molde e apresentam a mesma segurança e estrutura da Previ e Cassi. Entretanto, os trabalhadores apontaram que o plano de previdência dos egressos tem uma diferença grande que, no caso do PrevMais, do Economus, há apenas a contribuição básica, de 8%. Enquanto que, no Previ Futuro, os funcionários podem realizar até 17% de contribuição, com a paridade do banco. Já na saúde, no caso da Cassi, os funcionários podem continuar associados após a aposentadoria, possibilidade não existente atualmente nos planos dos egressos.

O movimento sindical também pediu a paridade entre trabalhadores e empresa nas diretorias executivas das entidades; resolução para assistência médica no pós-laboral dos funcionários, e reciprocidade nas Clinicassis.

“Acho que essa primeira reunião sobre as demandas dos egressos que essa atual administração do banco realizou conosco foi boa. Mostrou que eles estão cientes dos problemas. Mas agora queremos ver a solução, efetivamente, para os problemas dos egressos. Por isso solicitamos a composição de um grupo de trabalho para essas discussões específicas, para que haja celeridade nas resoluções que buscamos”, concluiu Getúlio Maciel.

Fonte: Contraf-CUT

Entenda a PLR do Bradesco

Fevereiro 19, 2024

Desde que o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi efetuado, nesta segunda-feira (19), algumas fake news têm confundido os trabalhadores. A Comissão de Organização dos Empregados (COE) decidiu elucidar possíveis dúvidas.

Com base em três holerites de cargos diferentes – agente de negócios/caixa, gerente assistente e gerente administrativo -, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que a PLR creditada foi a regra básica mais o fator majorador de 8,8%.

Como durante muito tempo o Bradesco estava pagando a PLR cheia para a maioria do quadro de funcionários, muitos bancários esqueceram como se faz o cálculo da PLR.

Regra básica

Pela regra básica, o bancário recebe 90% do seu salário, mais um valor fixo de R$3.194,80, com teto individual de R$17.138,56. O valor total da regra básica tem como teto máximo 12% e mínimo 5% do lucro líquido. Se o valor total da regra básica for inferior a 5% do lucro líquido do banco, o valor individual deverá ser majorado até alcançar o limite de 2,2 salários do empregado ou 5% do lucro, o que ocorrer primeiro.

Como em 2023 o lucro do Bradesco foi 21,2% menor que o resultado de 2022, a PLR distribuída também foi menor. A parcela da PLR adicional que, se cheia, chegaria a R$6.634,44, foi de R$4.878,44, somadas as parcelas de setembro de 2023 e fevereiro de 2024.

“É normal e compreensivo o trabalhador que se esforça tanto no seu dia a dia ficar frustrado com o valor menor em comparação ao ano passado. O que não pode acontecer é a disseminação de mentiras. Com base nos números apresentados no balanço do banco e nos cálculos feitos pelo Dieese, os valores pagos como PLR não estão incorretos”, explicou Magaly Fagundes, coordenadora da COE do Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil pagará no dia 1º de março a parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados, referente ao semestre, com base nos resultados obtidos em 2023.

“Conforme a regra, funcionárias e funcionários do Banco do Brasil recebem em até 10 dias úteis após distribuição dos dividendos ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas”, explica a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, sendo que os valores pagos em PLR aos funcionários são proporcionais ao aumento do lucro do banco, que em 2023, bateu recorde de R$ 35,6 bilhões.

No caso do Banco do Brasil, PLR do banco é composta pelo módulo Fenaban e pelo módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa. No módulo BB existe ainda a distribuição linear de 4% do lucro do banco entre os funcionários, além da parcela variável.

Os valores por cargo da PLR serão divulgados um dia antes do pagamento, ou seja, em 29 de fevereiro.

Fonte: Contraf-CUT

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado na sexta-feira (9), com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o setor bancário fechou 6.315 postos de trabalho em 2023. No ano, os bancos admitiram 36.142 bancários, mas demitiram 42.457. Os dados mostram que, nos 12 meses de 2023, o saldo negativo de empregos bancários se repetiu em 11 deles. Apenas em outubro houve saldo positivo de 271 postos de trabalho. O setor segue em sentido contrário ao do mercado de trabalho formal em geral, que empregou mais 1.483.598 pessoas.

“É preocupante ver um setor tão importante, que obtém lucros exorbitantes ano após ano, não dar sua contribuição para a manutenção do emprego no país”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale. “Isso traz prejuízo para a economia, que gira mais devagar, aos clientes, que têm menos bancários para atendê-los, e principalmente aos trabalhadores, que veem o número de contas e de clientes aumentar juntamente com a sobrecarga de trabalho e o consequente adoecimento”, completou.

Demissão geral

O documento ressalta que “o fechamento de postos de trabalho ocorreu de forma sistematizada em todas as áreas ocupacionais do setor, porém de forma mais predominante em ocupações diretamente associadas às atividades bancárias e financeiras (-4.601 vagas)”. Na área administrativa e afins foram fechadas 1.129 vagas; 408 da área de atendimento ao público; e 242 em tecnologia da informação.

As ocupações de nível gerencial estão entre as mais afetadas. Dentre as dez principais ocupações com maiores saldos negativos, cinco são do nível gerencial, com destaque para Gerente de Contas – Pessoa Física e Jurídica, que perdeu 2.954 postos de trabalho.

Distribuição geográfica

Na análise segmentada por regiões geográficas do país, vemos que, em 2023, houve abertura de vagas nas regiões Norte (+140 vagas) e Nordeste (+307vagas) e fechamento nas regiões Centro-Oeste (-100 vagas), Sul (-363 vagas) e Sudeste (-6.299 vagas).

O maior número de postos de trabalho eliminados ocorreu nos estados de São Paulo (-4.220 vagas), Rio de Janeiro (-1.156 vagas) e Minas Gerais (-855 vagas). Já os estados onde ocorreu maior abertura de vagas foram Rio Grande do Sul (+289 vagas), Bahia (+84 vagas) e Sergipe (+78 vagas).

Perfil da movimentação

O levantamento do Dieese também traz dados segmentados por sexo, faixa etária, raça/cor (nomenclatura utilizada nas bases de dados do Ministério do Trabalho, cujo registro parte de autodeclaração do trabalhador) e remuneração, que mostram que a categoria é composta por 48% de mulheres, porcentagem que vem sendo reduzida devido à menor contração. Do total de contratados em 2023, 54,3% são homens. Na área de tecnologia da informação este percentual é ainda mais desigual, sendo 75,7% dos admitidos do sexo masculino. Em seu estudo, o Dieese lembra que a menor presença de mulheres em ocupações desta área tem sido alvo de discussão nas negociações da Mesa de Igualdade de Oportunidade.

No que diz respeito a movimentação segundo faixa etária, há saldo positivo para as faixas etárias até 29 anos (+7.628 vagas) e negativa para faixas a partir de 30 anos (-13.943 vagas).

As informações sobre raça/cor revelam que, em 2023, o saldo para pessoas pretas e pardas foi positivo em 1.317 vagas, sendo 24% do saldo atribuído às mulheres. A ampliação de vagas para pessoas pretas e pardas é pauta histórica e recorrente nas negociações da categoria bancária.

Por fim, o salário mensal médio de um bancário admitido em dezembro de 2023 foi de R$ 6.174,35, enquanto o do desligado foi de R$ 7.845,89. Isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 78,7% do desligado.

>>>> Leia a íntegra da Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil apresentou, em 2023, resultado líquido ajustado de R$ 35,56 bilhões, crescimento de 11,4% em comparação aos 12 meses anteriores (2022). O valor representa um novo recorde de crescimento do BB.

O lucro líquido ajustado do quarto trimestre do ano ficou em R$ 9,4 bilhões, crescimento de 7,5% em comparação com o terceiro trimestre, quando o lucro líquido foi de R$ 8,78 bilhões.

E nota, o BB explicou que, entre os vários fatores para o resultado recorde, estão o crescimento da margem financeira bruta (+27,4%), impulsionado pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e pelas receitas de juros dos títulos em tesouraria e performance positiva das empresas do conglomerado Banco do Brasil.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), indicador financeiro referente à capacidade da empresa em agregar valor, chegou a 21,6% – crescimento de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação a 2022 e levemente superior aos 21,3% do RSPL registrados nos nove primeiros meses de 2023 e que, segundo o BB representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

Agências e clientes

Para a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, é importante analisar o novo recorde no lucro do BB como “resultado da atuação intensa das funcionárias e funcionários da empresa pública”.

Dados divulgados no relatório produzido pela equipe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre os recentes resultados do BB mostram que, ao final de 2023, o BB contava com 86.220 funcionários – aumento de 267 postos de trabalho em 12 meses e 1.508 postos em três meses. Porém, no mesmo período, de um ano, o número de clientes cresceu 1,07 milhão, alcançando 82,98 milhões de consumidores de serviços bancários do BB.

No mesmo período, o número de agências tradicionais se manteve igual (total de 3.172), enquanto houve a abertura de nove agências digitais e especializadas, totalizando 820 estruturas nesses perfis, em comparação a dezembro de 2022.

“Esses dados mostram que houve um aumento expressivo de clientes que não foi acompanhado, com a mesma intensidade pela entrada de novos funcionários e funcionárias no BB. No ano passado, nós, representantes do movimento sindical, participamos da posse de aprovados em concursos do banco. A expectativa é de contratação de 6.000 funcionários, até 2025, vindos de concursos já realizados nos últimos dois anos. Nós vamos continuar atuando nas mesas de negociação por essa ampliação do quadro, porque a sobrecarga abre portas para uma gestão por assédio que nós precisamos combater”, destacou Fernanda Lopes.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada cresceu 10,3% em 12 meses, totalizando R$ 1,109 trilhão em dezembro de 2023. Outras carteiras que também apresentaram crescimento nos últimos 12 meses foram: Agronegócio, +14,7% (R$ 355,30 bilhões), seguida pela carteira Pessoa Jurídica, +9,0% (R$ 390,79 bilhões) e carteira Pessoa Física, +8,1% (R$ 313,12 bilhões). A carteira destinada ao exterior aumentou 4,2%.

Inadimplência e despesas com PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,92%, aumento de 0,41 p.p. em relação a dezembro de 2022, mas ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,30%).

Já as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamada de provisões para devedores duvidosos (PDD), aumentou em 37,5%, totalizando R$ 32,65 bilhões em 2023. O banco aponta como principal fator para o provisionamento adicional o segmento large corporate(grande empresa).

Confira aqui
os destaques completos do balanço, apontados pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense informa que nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, não haverá atendimento jurídico presencial na Sede de Duque de Caxias.

O Departamento Jurídico volta a atender presencialmente no dia 20 de fevereiro, na Sub-Sede de Nova Iguaçu, e no dia 22 de fevereiro, na Sede de Duque de Caxias.