Abril 28, 2025
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Até sábado (18), a Contraf-CUT e diversos entidades sindicais filiados à CUT participam do encontro

Uma grande marcha pelas ruas de Montevidéu, organizada pela centrais sindicais do Uruguai (PIT-CNT), marcou a abertura da Jornada Continental pela Democracia e contra o Neoliberalismo. A atividade foi construída pelo movimento sindical e organizações sociais da região, com objetivo de mobilizar os povos para a defesa da democracia, atualmente ameaçada em vários países da América do Sul por forças conservadoras, que pressionam por novos tratados de livre-comércio, retomando a agenda neoliberal e atacando direitos sociais e trabalhistas.

Até sábado (18), a Contraf-CUT e diversos entidades sindicais filiados à CUT participam do encontro, que tem na sua pauta a luta pela democracia, a soberania, a integração dos povos e a resistência ao livre comércio e às transnacionais.

“Trabalhadores de 23 países reafirmaram o desejo de combater as reformas laborais que estão sendo feito unilateralmente, sem a participação da classe trabalhadora, e o avanço neoliberal no continente”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. “Estamos aqui trocando experiências, acumulando para que brevemente a gente tome o poder definitivo. Porque um governo que concentre renda e exclua os trabalhadores é inadequado para os nossos países e somos contra. Queremos construir um novo mundo, um mundo que seja fraterno, igualitário e que distribua oportunidades”, completou.

A jornada acontece uma década depois de os movimentos sociais terem derrotado a Área de Livre Comércio das Américas Alca).  De fato, a ALCA foi uma proposta feita pelos Estados Unidos, em 1994, com o objetivo de eliminar barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos, formando assim uma área de livre comércio, com uma evidente vantagem para a indústria norte-americana, que ofereceria produtos a preços mais baixos no continente latino-americano, levando, supostamente, ao fechamento de indústrias e ao aumento do desemprego na América Latina.

Com muita luta dos movimentos, o projeto da ALCA foi recusado pela maioria dos governos latino-americanos durante a 4ª Cúpula das Américas.

A jornada se propõe a debater a escalada de retirada de direitos que vem se dando no Brasil e outros países na América Latina, com eliminação de importantes programas sociais, por governos ilegítimos ou sustentados pelo capital, que retoma fortemente a agenda neoliberal de aprofundamento da desigualdade e concentração de riqueza, o que exige a organização e a mobilização continental para enfrentar a complexidade da conjuntura atual. Assim, a jornada se constitui num importante movimento para fortalecer o processo de unidade da luta e ação sindical.

Para o segundo dia estão previstos encontros setorizados entre os países.

O final da jornada será com uma grande plenária de convergência, que definirá uma agenda comum de luta para o próximo período no continente.

Fonte: Contraf-CUT

Os cartões de crédito associados às lojas são hoje a forma de financiamento que mais leva o consumidor para a inadimplência. Entre os devedores que têm esse tipo de cartão, 80% estão com o nome sujo justamente por causa dele. No ano passado, o índice era de 73%. A conclusão é de um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais. Na segunda colocação aparecem os empréstimos em bancos e financeiras, que lideravam o ranking em 2016 com 75% e agora estão dez pontos percentuais abaixo.

Na sequência, aparecem os cartões de crédito (65%), os cheques especiais (64%), o crediário (60%), os cheques pré-datados (51%), o financiamento de automóveis e motos (50%), o crédito consignado (38%), o financiamento da casa própria (27%) e as mensalidades escolares (24%).

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, por mais que a economia brasileira comece a dar sinais de melhora, a vida financeira do brasileiro ainda não está em situação confortável. "O desemprego está estável, mas elevado, e a renda segue menor do que nos anos anteriores à crise. Com orçamento curto, o brasileiro se depara com dificuldades para pagar as dívidas", explica. "Por isso é preocupante que as dívidas bancárias se posicionem entres os primeiros colocados, porque a incidência de elevados juros por atraso faz com que essas dívidas cresçam de maneira acelerada, dificultando cada vez mais o pagamento."

Inadimplentes

O estudo revela também que os devedores brasileiros continuam assumindo novos compromissos financeiros, mesmo não estando em dia com os que já tinha. Nesse cenário, o maior crescimento é o das compras feitas em carnês e crediários. A incidência em um ano foi de 11% para 21%. O cartão de crédito também teve expansão expressiva, de 40% para 48%.

Nas dívidas em razão da contratação de serviços, as maiores altas foram com telefonia (53%), com expansão de 11 pontos percentuais entre 2016 e 2017, e das contas de TV por assinatura e internet, de 33% para 44%. Isso indica que o consumidor está priorizando manter em dias as contas mais importantes, como água e luz.

Manifestações repudiaram medida chamada de “Cavalo de Troia das mulheres”

Milhares de mulheres saíram às ruas de quase 30 cidades nesta segunda-feira (13) para protestar contra a PEC 181, votada na última quarta-feira (8) na Câmara dos Deputados, que pretende criminalizar o aborto em todos os casos no país, inclusive após estupros e .

A PEC 181, chamada de “Cavalo de Tróia das Mulheres”, passou pela Comissão Especial no dia 8/11, com 18 votos a favor e um contra. Originalmente, a PEC tinha como escopo ampliar a licença maternidade para mães de prematuros, mas o projeto foi modificado para, caso aprovado, definir que a vida começa desde a concepção, por isso o apelido.

O texto ainda está sendo analisado pela comissão especial. Após a conclusão do parecer no colegiado, ele vai seguir para o plenário e onde precisará de 308 votos, em dois turnos, para ser aprovado.

Na cidade de São Paulo, o ato começou perto das 18h, com uma concentração no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Por volta das 19h, a manifestação já tinha tomado a frente do Museu quando saiu em passeata no sentido da rua da Consolação, reunindo mais de 10 mil pessoas, segundo as organizadoras. Passava de 21h30 quando a caminhada chegou ao seu final, na praça Roosevelt. Antes disso, na descida da rua da Consolação, uma projeção na parede de um prédio chamou a atenção.

A Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana, lembrou que no Brasil já são altos os índices de estupro e defendeu que as mulheres devem ter o direito à escolha, como já ocorre em outros países. “Não podemos permitir que 18 homens machistas tenham o controle sobre os nossos corpos. Sabemos que o índice de mortes aumentará porque abortos não deixarão de acontecer, principalmente nos casos de violência contra as mulheres. Não vamos permitir que essa criminalização avance”, defendeu a dirigente que participou do ato na capital.

No Rio de Janeiro, a concentração foi na Cinelândia, no centro, às 17h. Cerca de uma hora depois, as mulheres saíram em passeata até a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Quando já estavam concentradas em frente à sede do Legislativo do Rio, as mulheres foram alvo de bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pela Polícia Militar, que nesse momento pareceu ter a intenção de acabar com o protesto. As mulheres, entretanto, se organizaram e resistiram, cantando: "não adianta reprimir, esse governo vai cair". O ato só acabou depois das 21h, quando as manifestantes já tinham retornado à Cinelândia.

Por que é tão importante lutar contra esses retrocessos?

Ameaçar ou acabar com os direitos das mulheres de abortarem caso a gravidez seja de risco, fruto de estupro ou de feto anencéfalo é dizer que mulheres são meros receptáculos e ignorar completamente os efeitos de uma gestação nessas condições na vida, saúde e dignidade das mulheres que desejam interrupção. Somos mais que parideiras, somos pessoas.

Impedir uma mulher que engravidou fruto de uma violência sexual de abortar expõe muito sobre a cultura do estupro. Impor que a vítima de um estupro siga com uma gravidez fruto dessa violência é institucionalizar seu sofrimento e ignorar a gravidade do crime que foi cometido contra ela.  Ao colocar a função reprodutiva da mulher acima de sua própria dignidade, isso relativiza o estupro e a visão de que mulheres são gente.

Além disso, lutar contra o avanço de propostas tão absurdas como essa é essencial para quem busca a legalização do aborto por ver a criminalização como algo que coloca a vida, a dignidade e a autonomia das mulheres em risco.

Atos contra a PEC 181/15 no Brasil nesta segunda-feira (13/11):

São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belém, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Maceió, Florianópolis,  Macapá, João Pessoa, Goiânia, Curitiba, Fortaleza, Salvador, Manaus, Vitória, Taubaté, Campinas, São Carlos, Uberlândia, Poços de Caldas, Santa Maria, Londrina, Campos dos Goytacazes, Bauru, Nova Friburgo .

Atos que acontecem a partir desta terça-feira (14)

14/11: Campo Grande.

15/11: Araraquara.

16/11: Juiz de Fora.

18/11: Ribeirão Preto – SP e Maringá.

Fonte: CUT

A Contraf-CUT participa, nesta terça-feira (14) e quarta-feira (15), da IV Reunião da Aliança Latino-americana em Defesa dos Bancos Públicos, promovida pela Uni Américas Finanças, em Montevideo, no Uruguai. O evento será seguido da Jornada Latino-americana pela Democracia e contra o Neoliberalismo, entre os dias 16 e 18.

No primeiro dia de debates, já ficou claro a importância do encontro. “Ouvindo os relatos dos países, impressiona constatar que ainda precisamos avançar muito. Os banqueiros vêm implementando uma agenda continental de maximização dos seus lucros, de redução de empregos, de transformação digital e de pressão aos parlamentos para alterar as leis que protegem o trabalho. Fica claro a luta de classes e a ação organizada das elites financeiras nesta ofensiva neoliberal e fica mais claro ainda de que a saída não é local e tem que ser continental e global”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. “Fundamental neste momento é o papel da Uni Global Union, sindicato mundial ao qual somos filiados. Através desta Aliança estamos debatendo como agir com unidade e organizadamente. Só a luta nos garante!”, completou.

No ano passado, a jornada latino-americana encampou a campanha “Se é público, é para todos”, lançada pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas em junho de 2016, no Rio de Janeiro. Pela manhã, a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, que também representa os empregados da Caixa no Conselho de Administração da empresa e a Contraf-CUT, apresentou o painel sobre a Caixa e discorreu sobre as iniciativas privatistas do governo Temer, em especial no caso dos bancos públicos.

Já a Jornada Latino-americana pela Democracia e contra o Neoliberalismo, entre os dias 16 e 18, pretende ser um espaço de confluência de diferentes expressões organizadas de todo o continente, reunindo mulheres, jovens, indígenas, camponeses, intelectuais, ativistas para a diversidade sexual e sindicalistas em uma agenda comum que priorize a defesa da democracia, soberania e integração dos povos.

Fonte: Contraf-CUT

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia contra o auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite, o diretor do Santander Reginaldo Antônio Ribeiro e mais duas pessoas no âmbito da Operação Zelotes, que apura crimes cometidos junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Leite e Ribeiro são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A denúncia foi oferecida na segunda-feira (13) pelo MPF do Distrito Federal à 10ª Vara Federal de Brasília, que conduz a Zelotes. De acordo com os procuradores que assinam a peça, os crimes aconteceram em 2013 e 2014. Segundo os procuradores, o auditor da Receita Eduardo Cerqueira Leite tinha conhecimento sobre tributação envolvendo instituições bancárias e cobrou propina por atos que tomaria no exercício do cargo.

Pela denúncia, o Santander teria se beneficiado de decisões favoráveis tomadas no âmbito da Deinf-SP (Delegacia Especial da Receita de Instituições Financeiras em São Paulo) através de um contrato simulado com um intermediário de Cerqueira Leite. O benefício do banco com as exonerações fiscais alcançadas, segundo a denúncia, chega a R$ 83 milhões.

Os procuradores do Distrito Federal incluíram na denúncia e-mails do auditor a intermediários que faziam os contatos com bancos. Segundo a denúncia, o Santander pagou quase R$ 5 milhões em contrato aos intermediários e ao auditor da Receita.

Segundo a acusação, os crimes avançariam por 2015 não fosse a deflagração da Zelotes.

Outro lado

Procurado, o Santander informou que não foi notificado. Sobre a utilização dos serviços de recuperação de créditos fiscais por parte da Lupe Consultoria, a instituição esclarece que “o contrato foi firmado em 2013, seguindo critérios rígidos de compliance, que comprovaram a não existência, à época, de qualquer fato que desabonasse a empresa ou seus sócios”.

O banco destaca ainda que “os honorários pagos corresponderam à média de mercado para serviços daquela natureza” e que o “contrato vedava a participação de terceiros nas atividades, bem como a subcontratação de serviços”. O banco concluiu, em nota, que se colocou a disposição para investigações.

“Tão logo foi alertado pela Receita Federal sobre a existência de suspeitas de irregularidades nas atividades da Lupe, o Santander colocou-se voluntariamente à disposição das autoridades para esclarecimentos e abriu mão dos benefícios financeiros relacionados aos créditos tributários identificados pela empresa”.

Fonte: R7

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve no Centro de Nova Iguaçu, em mais um ato da campanha “vermelho de raiva” que protesta contra a decisão do governo de abrir o capital da Caixa para o setor privado, primeiro passo, junto ao processo de desmonte, para a privatização do banco. A manifestação é mais uma atividade em defesa da Caixa 100% pública.

Trabalhadores protestam contra novas regras trabalhistas e lutam contra a Reforma da Previdência. Acordo de dois anos dos bancários foi estratégia vitoriosa para impedir efeitos nocivos e imediatos da Reforma Trabalhista

Com um Dia Nacional de Protestos e Paralisações, convocado pelas centrais sindicais, nesta sexta-feira (10/11), bancários e demais trabalhadores mostraram com greves e manifestações em todo o país que a luta contra a aplicação das novas regras trabalhistas, que entraram em vigor no sábado (11), vai continuar. Para o diretor da CUT/RJ, o metalúrgico Jadir Baptista, está em curso a intensificação de um processo de mobilizações contra estas mudanças, da qual fazem parte, ainda, medidas judiciais contestando a constitucionalidade das novas regras.
“Com a reforma trabalhista, o governo golpista de Temer e o Congresso Nacional revogaram a Lei Áurea, colocando a nós, trabalhadores, na condição de semiescravos. E isto vamos combater e reverter nas ruas”, defendeu durante a passeata que percorreu toda a Avenida Rio Branco, a partir da Candelária, encerrando o Dia de Protestos e Paralisações no Rio de Janeiro.
Reforma da Previdência
“Esta foi uma mobilização também contra a reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional, contra a aplicação da lei da terceirização irrestrita e as privatizações das estatais, da saúde e educação públicas que este governo golpista vem tentando impor ao povo brasileiro”, disse Paulo Sérgio Farias, presidente da CTB no Rio de Janeiro. Parlamentares de partidos de oposição também participaram da passeata.
Antes de seguir para a Cinelândia, a manifestação parou em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal na Avenida Almirante Barroso. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), lembrou que além da retirada de direitos, faz parte da agenda do golpe capitaneado por Temer, seu partido o PMDB, o PSDB, DEM e PRB, a retomada do processo de privatização das estatais como a Caixa, o Banco do Brasil, a Petrobras, Eletrobras e Furnas. “Na calada da noite Temer editou um decreto que acelera a privatização das empresas públicas para entregá-las aos grandes grupos econômicos nacionais e estrangeiros”, afirmou.
Interrupção de vias
Além das passeatas e atos públicos, várias categorias fizeram paralisações em diversos estados, como os bancários que, no Rio de Janeiro, pararam as agências da Avenida Rio Branco. Houve paralisação, ainda, dos petroleiros – na Refinaria Duque de Caxias e nos terminais Aquaviário da Bahia de Guanabara e da Baía de Ilha Grande – dos servidores da Fundação Oswaldo Cruz, das universidades federais (que começaram nesta sexta uma greve por tempo indeterminado), de hospitais federais e do Colégio Pedro II.
Desde a madrugada houve atos que interromperam importantes vias como a Ponte Rio Niterói e a Avenida Francisco Bicalho, com a queima de pneus. Uma passeata, às 10 horas, paralisou parcialmente a Avenida Brasil, na altura do Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), com a participação de servidores da saúde federal, portuários, estivadores, metalúrgicos e estudantes. Por volta das 13 horas, servidores da educação e da saúde municipal e estadual fizeram um grande ato em frente à Prefeitura. 

As tradicionais feijoadas mensais que acontecem em nossa Sede de Duque de Caxias e SubSede de Nova Iguaçu já tem datas definidas no mês de novembro:

Dia 24/11 - SubSede de Nova Iguaçu

Dia 30/11 - Sede de Duque de Caxias

Esperamos todos nossos associados para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

No dia 9 de novembro, na X Conferência Estadual de Saúde, organizado pelo Conselho de Usuários da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil), o Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Leandro Aresta, foi nomeado Conselheiro Titular no Conselho de Usuários da Cassi, para o biênio 2017/2019. Edilson barros atuará como Conselheiro Suplente.

O evento contou com debates, palestras e foram homologados os novos Conselheiros.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, representado pelas diretoras Elizabeth Paradela e Renata Soeiro, participaram do debate sobre a construção da igualdade racial nos bancos, que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com o apoio da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi/NE) e do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, realizaram em decorrência do IV Fórum pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, no Recife (PE).

Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, afirmou que este tipo de evento fortaleceu o debate sobre o tema, que já tem sido pautado constantemente nas mesas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). "Aqui tivemos a oportunidade reunir todos os sindicatos e federações para juntos construirmos uma pauta específica de reivindicações.”

A palestra de abertura, proferida pelo filósofo e professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Ronaldo Barros, abordou questões sobre o racismo, a divisão racial do trabalho e as desigualdades históricas. Forjado na escola marxista, Barros defendeu que “a desigualdade econômica é também desigualdade racial”. Segundo o professor, ainda hoje, as regiões mais ricas do país são predominantemente brancas.

O palestrante destacou, oportunamente, que a baixa representatividade dos negros na Câmara Federal e no Senado se reflete no aprofundamento das desigualdades e aponta caminhos. “São as políticas públicas afirmativas e as mudanças constitucionais que aparecem como soluções para dirimir o nível de desigualdade estrutural que existe no Brasil”, afirmou.

Militante do movimento negro, Zé de Oliveira discutiu a ausência do negro no mercado de trabalho e fez críticas ao 'embranquecimento' da academia. “Toda a situação da classe trabalhadora começa há 129 anos com a assinatura da Lei Áurea. O que houve naquele momento foi uma falsa abolição, porque nós continuamos escravos do capital especulativo”, avaliou.

Na visão da secretária-Geral do Sindicato, Sandra Trajano, as perspectivas trazidas pela academia e pela militância confirmam que mesmo com a abertura de espaços para a população negra, ainda é preciso avançar bastante para minimizar as desigualdades. “A discussão da invisibilidade negra no sistema financeiro começou desde que foi desenhado o 'rosto do bancário' com o resultado do Censo da Diversidade -2014. Nós vimos que o negro não existe no sistema financeiro como funcionário, principalmente, nos cargos de chefia. O debate de hoje é fundamental para subsidiar as propostas que iremos apresentar na sexta (10) para a minuta da categoria”, destacou.

Além de Sandra Trajano, participam do evento a secretária da Mulher do Sindicato, Eleonora Costa, e o diretor da entidade, Rubens Nadiel. “É muito importante estarmos unidos neste fórum para abrir os olhos da categoria sobre a invisibilidade negra no sistema financeiro. Os negros devem ser vistos como pessoas com capacidades como todas as demais, contudo, assegurar oportunidades equânimes é fundamental para reduzir as desigualdades raciais”, pontuou Eleonora.

A programação seguiu durante a tarde com a análise dos dados do Censo da Diversidade – 2014 e da Relação Anual de Informações Sociais - 2016; e palestras sobre racismo e discriminação no trabalho; conquistas históricas e retrocessos no governo golpista; impactos da reforma trabalhista para a população negra; e os avanços das políticas afirmativas do governo Lula.


Fonte: Contraf-CUT, com SEECPE