Abril 28, 2025
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Nesta quarta-feira, 26 de junho, o Comando Nacional dos Bancários se reuniu com representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a primeira reunião de negociação, que tratou sobre “Emprego”. Antes de entrar no tema, os trabalhadores cobraram a assinatura da ultratividade do acordo, para que todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria sigam válidos até a assinatura do novo acordo.

"Nós decidimos iniciar a mesa de negociação com este pedido, para seguirmos os próximos passos com serenidade, tendo essa garantia de que nossos direitos seguirão valendo, até a renovação do acordo", explicou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Números

Ao entrar no tema central da mesa, os trabalhadores apontaram que o setor bancário está na contramão de todos os demais setores do ramo financeiro, enxugando vagas e fechando agências.

Segundo dados da RAIS (base de dados estatísticos, organizados pelo Ministério do Trabalho e Previdência), entre 2012 e 2022, a categoria bancária saiu de 513 mil pessoas para 433 mil, redução de 16% (79,5 mil). No mesmo período, as demais categorias do ramo financeiro aumentaram em 72% os postos de trabalho, passando de 323 mil para 555 mil.

Enquanto isso, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam mais de 3 mil agências, a maioria nas áreas com elevada necessidade social, ou seja, fora dos grandes centros, deixando as pequenas cidades desassistidas do serviço bancário.

O Comando Nacional também revelou aos banqueiros que a Consulta Nacional deste ano apontou que para 68% dos trabalhadores dos bancos privados a principal preocupação é com a garantia do emprego. 

A Fenaban alegou que as vagas de emprego dependem de crescimento econômico. O Comando, então, propôs a assinatura de uma carta conjunta para cobrarem juntos, do Banco Central, a redução da taxa básica de juros, a Selic, que está em um percentual que faz com que o Brasil tenha um dos maiores juros reais do mundo, comprometendo o desenvolvimento do setor produtivo e a criação de empregos. “Ao invés de colaborar com o crescimento do país, o BC está contribuindo com os que vivem de especulação financeira”, reforçou Juvandia.

Terceirização

Com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Comando apontou também que, em 2023, os bancos aumentaram em 22% a contratação de profissionais de TI, porém, no mesmo ano, houve o aumento de 89% de profissionais terceirizados nesta mesma área.

Os representantes dos trabalhadores destacaram o caso do Santander, que vem substituindo bancários por contratados PJ, com salários de R$ 1.500, além de uma remuneração variável. Esses mesmos funcionários têm acesso ao sistema do banco e atendem aos clientes, sendo que, em alguns lugares, há relatos de que chegam a realizar cinco visitas ao dia. 

Outras pautas da mesa

- Os trabalhadores cobraram ainda o retorno da homologação nos sindicatos, para que as entidades possam acompanhar de perto todo o processo, para garantia de direitos dos desligados;
- Qualificação e requalificação profissional, sobretudo diante da revolução tecnológica;
- Indenização adicional em caso de demissão.

Manifestações nas redes sociais

Durante a reunião, bancários e bancárias de todo o país foram mobilizadas para uma manifestação nas redes sociais, com o uso da hashtag #JuntosPorEmprego. As atividades em rede resultaram em mais de 136 mil reações e alcançou o 1º lugar nos tópicos mais comentados da rede X (ex-Twitter), no Brasil, nesta quarta-feira.

Calendário das próximas reuniões

Julho
2/07 – Cláusulas sociais
11/07 – Igualdade de oportunidades
18 e 26/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/07 – Em definição
27/07 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

 

 

A Caixa Econômica Federal atendeu o questionamento da representação das empregadas e empregados e, nesta terça-feira (25), apresentou a proposta de “reposicionamento estratégico da sua rede de varejo”. Na verdade, trata-se da transformação de agências físicas com menor volume de transações, clientes e participação financeira em unidades digitais. A reestruturação atingirá 128 agências. Destas, 117 serão transformadas em digitais e 11 serão fechadas.

“É importante ocuparmos o espaço digital para oferecer serviços de qualidade com taxas mais baratas para os clientes que hoje são reféns das altas taxas das fintechs. Mas a Caixa não pode abrir mão de estar em todos os lugares para cumprir sua missão de atender quem mais precisa. Temos que ter capilaridade para disputarmos também os clientes nas agências físicas”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rafael de Castro.

Mantenha o foco

Com a medida, o banco aumentará o número de agências digitais das 60 que possui atualmente para 177. O banco subsidia o plano na informação de que, atualmente, 43% das transações na Caixa já são realizadas de forma digital. O objetivo da reestruturação, segundo o banco, é modernizar as operações e melhorar o atendimento, sem deixar de focar da humanização.
O banco disse ainda que tem a intenção de expandir sua atuação nas cidades e localidades mais populosas, com mais de 40 mil habitantes, garantindo sua presença em todas as microrregiões do país.

Para o coordenador da CEE, mais do que abrir unidades digitais, a Caixa precisa estabelecer um plano de negócios focado na oferta de linhas de crédito e bancarização para a enorme parcela de brasileiros que é carente de serviços bancários e taxas acessíveis, mais baratas. “Apenas migrar para o digital não garante disputar clientes com os demais bancos. É preciso oferecer produtos com foco naquilo que é o nosso carro chefe, que é o atendimento social a uma enorme massa de pessoas, ávidas pelos serviços que nós podemos oferecer, mas acabamos perdendo parte deste público por carência de pessoal e infraestrutura das agências”, disse.

 

Impacto nos empregados

Os dados apresentados pelo banco mostram que 1.009 empregadas e empregados trabalham nas 128 agências que serão atingidas. Aqueles que não forem transferidos para as 117 unidades digitais, reforçarão as equipes de agências físicas próximas ao seu local atual de lotação. O banco garantiu que não haverá necessidade grande deslocamento para o novo local de lotação e que este será sempre no mesmo município. Segundo a Caixa, nenhum empregado perderá função ou sofrerá perda na remuneração.
“Vamos acompanhar o desenrolar das medidas para nos certificar de que não haja perdas para as empregadas e empregados. Orientamos que quem se sentir prejudicado, procure por seu sindicato”, disse o coordenador da CEE.
Nos próximos dias a Caixa deve ser reunir com os superintendes regionais e os gerentes gerais. Em seguida, fornecerá os dados e a lista das unidades a serem atingidas, e o regramento da transição para que as representações dos trabalhadores possam acompanhar o processo.
Mas a Caixa antecipou que todos os empregados poderão manifestar o interesse em atuar nas unidades digitais. A preferência, no entanto, será para pessoas com deficiência, ou responsáveis por dependentes PcD, devido à estrutura mais adequada de atendimento e maior possibilidade de flexibilização de jornada.

 

Atenção com clientes e empregados

“É sempre um trauma o fechamento de uma agência. Antes de efetivar a mudança de perfil de uma unidade, é preciso que a Caixa faça uma comunicação muito bem-feita com os clientes e com os empregados, para evitar traumas desnecessários. Não é suficiente apenas uma cartinha informativa”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, Sergio Takemoto. “Além disso, é preciso que haja estrutura adequada para receber as unidades digitais e os empregados que vão trabalhar nelas. Após a pandemia vimos como foi ruim o retorno de empregados para o trabalho presencial, devido ao movimento de entrega de prédios onde funcionavam diversos departamentos. Isso não pode se repetir”, completou.
A Caixa garantiu que a equipe de treinamento do pessoal e preparação da transição será multidisciplinar e proativa. A previsão é que em 60 dias após o início do treinamento a transformação de agência física seja concluída, sempre com comunicados pessoais, não apenas por meio de correspondência, tanto para os clientes quanto para os empregados.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal, uma das maiores instituições financeiras do país, vem passando por um processo significativo de redução de postos de trabalho nos últimos anos. Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados de balanço do banco, aponta que, do fechamento de 2014, quando o banco possuía 101.484 empregados, até o final de março de 2024, quando encerrou o trimestre com 86.794 empregados, o quadro de pessoal do banco perdeu 14.690 postos de trabalho, uma redução de 14,5%.

Neste mesmo período, o número total de contas bancárias na Caixa saltou de 84,9 milhões para 233,3 milhões, crescimento de quase 175%.

Sobrecarga e adoecimento

“Quando você junta estes dois dados (redução do quadro de pessoal e o aumento do número de contas) com a reclamação dos empregados sobre as falhas de sistema da Caixa, fica fácil perceber que há uma enorme sobrecarga de trabalho e entender o motivo do aumento do adoecimento das empregadas e empregados”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Com menos pessoas para atender este estrondoso aumento da demanda, e ainda sem a necessária melhoria na infraestrutura, não há saúde que resista”, completou a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“A redução do quadro de pessoal da Caixa seria ainda maior se não fosse a atuação do movimento sindical, que lutou pela contratação de pessoas com deficiência, para que fosse cumprido o que determina a lei de inclusão, assim como pela extensão da validade do concurso de 2014, que permitiu a contratação de mais aprovados”, lembrou Eliana.

Prejuízo aos clientes

A redução do quadro de pessoal e a falta de investimentos em tecnologia causam sérios prejuízos à qualidade do atendimento aos clientes da Caixa que, em grande parte, fazem parte da população mais carente, sem acesso e pouco conhecimento de serviços de internet.

“Não é raro vermos notícias na imprensa sobre as enormes filas e agências da Caixa lotadas. Isso compromete a capacidade da Caixa de cumprir seu papel social, principalmente com relação ao pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família e o seguro-desemprego, mas também em algo que a Caixa é fundamental, que o financiamento habitacional”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, ao lembrar que a Caixa é líder de mercado no segmento de crédito imobiliário, tendo fechado o primeiro trimestre de 2024 com 67,68% da carteira neste segmento.

“Mas, além dos clientes, a imagem do banco e dos empregados são prejudicadas. Ao ver uma notícia desta na TV, na maioria das vezes as pessoas não conseguem perceber a sobrecarga dos empregados e tampouco a falta de investimentos”, disse o presidente da Fenae.

“Esta é uma consequência do sucateamento pelo qual o banco vem passando. Não raro, visando a privatização”, completou.

Reivindicações

Os próximos meses serão decisivos para a solução destes problemas pelos quais passa a Caixa. Com o slogan “A sua luta nos conecta”, a categoria bancária já iniciou o processo de negociações com os bancos para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e as empregadas e empregados da Caixa realizam também negociações específicas para renovar seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As pautas de reivindicações já foram entregues à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e à Caixa no dia 18 de junho. Nesta quarta-feira (26), acontece a primeira reunião com a Fenaban com o tema emprego.

Com a Caixa, para sanar os problemas citados neste texto, além de mais contratações, as empregadas e empregados da Caixa reivindicam:

  • a criação de uma carreira de TI para segurar talentos;
  • a renovação imediata do parque tecnológico;
  • fornecimento de recursos de acessibilidade;
  • aumentar a quantidade e diversidade de tecnologias assistivas disponibilizadas pela Caixa;
  • apoio financeiro para aquisição de tecnologia assistivas por empregados PcD que trabalhem de forma remota;
  • melhoria das estruturas das agências;
  • fim da designação de função por minuto, com retorno da designação exclusivamente de forma efetiva;
  • incorporação de função gratificada exercida por mais de 10 anos;
  • registro de horário de trabalho por todos os empregados, com efetivo pagamento de horas-extras;
  • redução da jornada para cinco horas diárias, cumpridas em quatro dias por semana, sem redução dos salários;
  • fim da cobrança abusiva de metas e do assédio moral e sexual;
  • estabelecimento de critérios objetivos de promoção por mérito;
  • avaliação por múltiplas fontes nos programas de desempenho, considerando as metas sociais;
  • reformulação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) com a participação dos empregados, de forma que seja possível verificar as reais condições de saúde e de trabalho dos empregados.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) entregou a minuta específica de reivindicações ao banco Itaú na manhã desta terça-feira (25). O documento, base para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do banco, foi definido no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em São Paulo, no dia 6 de junho.

Os principais pontos da pauta são emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho, plano de saúde, previdência, segurança bancária e diversidade. “Estamos enfrentando instabilidade nas instituições financeiras, com transformação tecnológica e redução de postos de trabalho. A pressão é maior e o número de adoecidos aumentou. Esperamos encontrar soluções nas mesas de negociação com o Itaú”, afirmou a coordenadora da COE, Valeska Pincovai.

Para Valeska, um banco que lucra mais de R$ 35 bilhões, em um ano, pode preservar empregos, debater a construção do ramo e ampliar direitos dos trabalhadores. “Vamos nos concentrar em encontrar saídas para os problemas e debater pautas como melhorar o plano de saúde para aposentados e ativos, discutir diversidade e construir a representação dos trabalhadores. O banco se colocou à disposição para essa construção, e nosso primeiro debate será sobre o convênio médico”, completou.

Durante o encontro, o banco concordou em construir um programa mais democrático e transparente, para que a COE acompanhe os trabalhadores no processo de relocação e ofereça mais alternativas para eles, após o fechamento das agências.

A outra coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes, revelou que “reiteramos a importância da negociação da pauta específica para apresentar as principais demandas dos funcionários do Itaú, que vivem uma incerteza grande com o fechamento de agências e problemas com o plano de saúde.”

Ainda na reunião, o banco também anunciou a liberação de um empréstimo para os funcionários do Rio Grande do Sul: o Empréstimo Social.

Fonte: Contraf-CUT

Após pressão das entidades de representação e associativas das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal e dos participantes dos fundos de pensão, a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) enviou ofícios para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e para a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) pedindo para que as entidades indiquem, no mínimo, três datas para tratar sobre o equacionamento dos déficits do plano REG/Replan, sobre o contencioso e sobre a taxa atuarial dos planos da Funcef.

No ofício, a Funcef propõe ainda que “o aprofundamento de cada assunto ocorra em dias diferentes, ou seja, uma reunião para Taxas de Juros, uma para Contencioso e outra para a Proposta de Redução do Equacionamento do Reg/Replan Saldado.”

“É importante que a Funcef tenha nos mandado ofício convidando para a reunião, mas insistimos que não basta ser uma reunião de esclarecimento do que a Funcef e a Caixa tenha definido. Nós, como representantes dos participantes dos planos, que são os donos do patrimônio, queremos participar da construção da proposta”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Além da Funcef e da Contraf-CUT, a Fenae e a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar) participarão da reunião.

“Seria importante, também, que a Caixa participasse deste processo de discussão, para que o grupo tenha mais autonomia para definir a proposta final. Sendo apenas com a Funcef, a proposta deverá, posteriormente, ser encaminhada para a aprovação pelo banco”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“Queremos resolver isso o mais rápido possível, pois tem muita gente sofrendo com o equacionamento e o pagamento deste contencioso, passam por situações de emergência e estão sem dinheiro. Mas, ao mesmo tempo, não queremos que a Caixa e a Funcef aproveitem da situação para tentar impor uma proposta com perdas para os participantes. Queremos construir uma proposta de forma conjunta, pois sabemos que dá para chegarmos a uma solução muito melhor para todos”, concluiu o coordenador da CEE.

A primeira reunião será realizada no dia 2 de julho.

Fonte: Contraf-CUT

Em agosto, como já é tradição, teremos mais uma Festa dos Bancários.

E, em 2024, a data escolhida foi 31 de agosto, alguns dias depois do Dia do Bancário e da Bancária, comemorado no dia 28 do mesmo mês.

A 23ª Festa dos Bancários e das Bancárias da Baixada Fluminense será realizada no já conhecido e tradicional Sítio Mazaropi, localizado em Santa Cruz da Serra, que dispõe de uma grande infra-estrutura com piscinas, salão coberto, campo de futebol, parque infantil, salão de jogos, vestiários, bares, etc.

E também contará com atrações musicais, sorteios e churrasco liberado. (Bebidas à parte.)

Fiquem ligados em nosso site e redes sociais para maiores informações.

Em ofício enviado à Caixa Econômica Federal, na segunda-feira (17), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ressalta a preocupação com boatos sobre uma reestruturação no banco, com mudança de perfil de atendimento de algumas unidades e o fechamento de agências, e solicita uma reunião para debater sobre o tema, “sobretudo no que tange aos direitos dos trabalhadores envolvidos”. Após receber o ofício, a Caixa agendou, para terça-feira (25), uma reunião para tratar do assunto.

Em seu texto, a Contraf-CUT lembra que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente determina que qualquer reestruturação que necessite da movimentação física ou operacional dos empregados, deve ser previamente debatida com os representantes dos trabalhadores.

“Não é aceitável que qualquer destes processos afete negativamente os empregados, sobretudo com relação à remuneração, realocação, plano de carreira e diversos temas construídos individual e coletivamente pelos trabalhadores”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Prejuízo aos clientes, ao comércio e ao país

O coordenador da CEE ressalta que a redução do número de unidades físicas de atendimento pode prejudicar não apenas os empregados, mas toda a população, inclusive o comércio e a economia local das cidades e bairros localizados nas proximidades das agências escolhidas para serem fechadas.

“A Caixa desempenha um papel fundamental, de caráter público e social, que pode ser afetado pela mudança do perfil de atendimento e fechamento de agências”, disse Rafael. “O banco presta um serviço à sociedade, que os demais bancos não têm interesse em prestar, por não lhes trazer retorno financeiro, que é o atendimento à população de baixa renda. Querer equiparar a atuação da Caixa à de bancos que estão abrindo unidades de negócios, sem levar em conta essa característica da Caixa, é desprezar a população atendida e a importância social da Caixa, inclusive para a ampliação do atendimento bancário à população, que é uma obrigação prevista em lei”, reforçou o dirigente da Contraf-CUT.

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Fonte: Contraf-CUT

 

O Comando Nacional dos Bancários se reunirá, na próxima quarta-feira (26), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater a defesa dos empregos na mesa “Trabalho”, como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

“A categoria precisa estar mobilizada para fazermos um bom acordo coletivo”, reforça a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mesmo com lucros bilionários, nos últimos cinco anos, os bancos fecharam 3,2 mil agências em todo o país (88% delas de estabelecimentos privados). No mesmo período, houve uma redução de 20,7 mil postos de trabalho bancário.

Juvandia Moreira, destaca que, somente em 2023, os bancos registraram no Brasil um crescimento de 5%, em comparação ao ano imediatamente anterior, o que significou um lucro líquido de R$ 145 bilhões no período.

Durante a entrega da minuta de reivindicações da categoria à Fenaban, no último dia 18, oficializando o início da Campanha Nacional, a dirigente colocou esses dados diante da Fenaban, ressaltando na ocasião que “os lucros dos bancos são o resultado direto das trabalhadoras e dos trabalhadores” e que, por conta disso, “a expectativa dos trabalhadores é de um bom acordo”.

O tema também será debatido à luz dos avanços tecnológicos, especialmente o impacto da Inteligência Artificial. “Acreditamos que é possível que a revolução tecnológica pode ocorrer com a defesa dos empregos. Hoje, o que estamos assistindo, é a redução de postos com o aumento da sobrecarga, por isso, o setor vem registrando também altos índices de adoecimento entre a categoria, pela pressão por metas”, ressalta a dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) vai entregar a minuta específica de reivindicações ao Itaú na próxima terça-feira (25). O documento servirá de base para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco. Os pontos foram definidos no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú, realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, no dia 6 de junho.

Os principais pontos da pauta são emprego, remuneração, saúde, condições de trabalho, plano de saúde, remuneração, previdência, segurança bancária e diversidade. “Temos muitos desafios pela frente. As mudanças no setor financeiro e o avanço da tecnologia e IA são inevitáveis e esperamos construir saídas para a manutenção dos empregos e a garantia de direitos aos bancários”, afirmou uma das coordenadoras da COE, Valeska Pincovai.

“A gente espera manter nosso canal de negociação com o banco, que apesar de lento, já trouxe alguns avanços. É um canal que a gente quer sempre manter aberto, para conseguir dialogar, reivindicar junto ao banco uma série de problemas que a gente sabe que ocorre na base”, completou a outra coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes.

Fonte: Contraf-CUT

 

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, recebeu uma “Moção de Aplausos e Congratulações”, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

“A presente moção é um ato de reconhecimento ao árduo trabalho na luta antirracista e em prol dos trabalhadores pelo senhor Almir, que foi presidente do Sindicato dos Bancários [do Rio de Janeiro] durante seis anos, defendendo os direitos da categoria com muita seriedade e afinco, mas sem esquecer a sua luta contra o racismo e a desigualdade”, explicou o responsável pela iniciativa, deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT), durante a homenagem, realizada no auditório do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro (Seeb-Rio).

 

Impactos do racismo estrutural

“No meu primeiro ano de mandato como presidente do sindicato [dos bancários do Rio de Janeiro], num plenário tão cheio como esse, eu fui chamado de macaco, por uma bancária da Caixa Econômica Federal. Tive que entrar com uma ação pra que ela se retratasse, mas esse é o racismo estrutural que a gente vive na nossa cidade, no nosso estado, no nosso país”, lembrou Almir durante a cerimônia, ao completar, em seguida, que o Atlas da Violência, publicado no ano passado, com base em dados de 2022, revelou que dos 47.508 homicídios registrados no último ano do governo Bolsonaro, 71,8% eram pessoas negras, sendo 50,2% desse total crianças e jovens, entre 12 e 29 anos.

Almir destacou ainda outro exemplo dos impactos do racismo estrutural, no cenário político recente, que foi o envio de uma carta do comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, à Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, contra o Projeto de Lei nº 4.046/2021, que inclui João Cândido Felisberto, militar negro, líder da Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

“Essa atitude de Olsen mostra racismo, porque ele chamou, pessoas como João Cândido, de ‘esses seres abjetos’, e que ‘jamais poderiam ser homenageadas’. Ser abjeto a gente vê nos quadros, nas pinturas dos museus do nosso Brasil: é o Almirante Tamandaré, é o Duque de Caxias, que matou milhares de mulheres e crianças na Guerra do Paraguai. Esses estão sendo homenageados”, rebateu Almir Aguiar, que também é militante do Movimento Negro Unificado (MNU).

Por fim, o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT reforçou a importância da Campanha Voto Negro Consciente, da CONEN. “Segundo o último censo do IBGE, 55,7% do Brasil é de população negra. Agora, no Congresso Nacional, nas câmaras dos Vereadores, nas assembleias legislativas, quando a gente olha, quantos negros têm? Então, a gente precisa ter consciência na hora de votar, avaliar as candidaturas. Porque através da política é que podemos lutar por uma sociedade justa e igualitária “, pontuou.

 
Fonte: Contraf-CUT