Maio 15, 2025
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Como já se tornou praxe devido à metodologia do Ministério da Saúde para apurar o quadro da pandemia de coronavírus no Brasil, o número de óbitos divulgado no boletim desta segunda-feira (1º) aponta queda em relação aos boletins anteriores. Como nem todos os dados do domingo foram computados a tempo, o país registrou oficialmente mais 623 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, o Brasil tem 29.937 vítimas oficiais da “gripezinha”, termo usado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em um mês, o número de mortos cresceu cerca de cinco vezes, saltando de perto de 6 mil no início de maio para os quase 30 mil de hoje. O número de casos também vem recentemente dando saltos recordes a cada dia. Oficialmente, são 526.447 doentes.

Segundo país mais afetado pelo vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil já é o quarto do planeta em total de mortes, ultrapassando que países que já foram epicentros da pandemia, como Espanha e França. Ainda somam mais mortos que o Brasil a Itália (33.229), Reino Unido (38.243) e Estados Unidos (102.516).

A Organização Mundial da Saúde classifica o Brasil como o atual epicentro do novo coronavírus no mundo, em razão do alto número de mortes diárias. Países que já viveram dias piores, entenderam a gravidade da situação e aceitaram a necessidade de isolamento social como única forma eficaz de conter o avanço do contágio, agora começam a ver suas tragédias se abrandarem. A Espanha, por exemplo, não registrou mortos pela covid-19 hoje.

Outro fator de preocupação é com a evolução do vírus no Brasil. Para a OMS, o país ainda não chegou em seu pior momento. A curva epidemiológica segue ascendente, e a subnotificação é enorme no Brasil, reconhecida, inclusive, por autoridades sanitárias e atestada por universidades e institutos de pesquisa brasileiros e internacionais.

As estimativas são de que uma distorção entre sete e 12 vezes maior que os números oficiais. E há um consenso geral de que os infectados, na realidade, estão na casa dos milhões.

Epicentro local

No Brasil, o maior número de infectados e mortes continua em São Paulo: são 111.296 registros oficiais e 7.667 óbitos. Na capital paulista é evidente o comportamento do coronavírus, que avança sobre os mais pobres, vítimas da impossibilidade de manter o isolamento social sem garantias mínimas de sobrevivência, como vem sendo negado pelo governo Bolsonaro.

Enquanto isso, o governador João Doria e o prefeito da capital, Bruno Covas, ambos do PSDB, colocam em andamento o afrouxamento das medidas de isolamento social e proteção à população. Os 20 distritos mais pobres da capital paulista respondem por quase 30% das mortes ocorridas desde 17 de abril e acumulam 2.127 óbitos.

Situação semelhante ao Rio de Janeiro, que apresenta mais de 200 mortes por dia em média nas últimas semanas, mas que o prefeito da capital, Marcelo Crivella (PRB), também começa a por fim em medidas de isolamento. Praias e calçadões estão reabrindo na cidade.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa orienta a todos os empregados infectados pela Covid-19 a procurar o banco para a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Isso porque, O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a contaminação por Coronavírus se caracteriza como acidente de trabalho, após uma Medida Provisória ter criado uma norma falando o contrário. “O inequívoco aumento do risco de contaminação pelo vírus, decorrente da obrigação de se trabalhar fora dos limites da própria residência, que acomete os trabalhadores submetidos a esta situação, e as características do SARS-Cov 2 e sua forma de disseminação, são suficientes para que se presuma que o adoecimento pela Covid-19 está relacionado ao trabalho, cabendo o ônus da prova àqueles que defenderem o contrário. Aos trabalhadores acometidos devem ser garantidos todos os direitos legais decorrentes desse reconhecimento”, afirma Maria Maeno, médica pesquisadora em saúde do trabalhador.
Caso o banco se recuse, o empregado deve procurar o sindicato de sua base para emitir o CAT. “É muito comum que os gestores demorem ou, até mesmo, se neguem a emitir a CAT. Nessa hora, os colegas devem procurar o sindicato para denunciar a prática e, principalmente, emitir a CAT, que é um documento reconhecendo um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como uma doença ocupacional.”, lembra Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

Neste final de semana, o povo foi às ruas em várias cidades dos Estados Unidos para lutar por justiça e pelo fim da violência policial. Eles foram motivados pelo assassinato George Floyd em Minneapolis, no estado de Minnesota, na última segunda-feira (25/5). A cena, que revoltou o mundo, é de um policial imobilizando um homem negro e o asfixiando até a morte, enquanto ele dizia, por várias vezes: “I can´t not breathe” (Eu não consigo respirar, em inglês).

Tudo começou quando Floyd, de 60 anos, foi ao mercado Cup Foods e na hora de efetuar o pagamento, o funcionário ligou para a polícia ao desconfiar que a nota era falsa. Assim que chegou, o policial algemou o homem, o colocou de barriga para baixo e o imobilizou com o joelho sobre seu pescoço, impedindo a sua respiração.

George Floyd ficou desacordado e foi levado em seguida por uma ambulância ao Centro Médico do Condado de Hennepin, mas não resistiu e sua morte foi confirmada uma hora depois.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, é preciso combater a desigualdade e o preconceito existentes no mundo. “São negros e negras que são assassinados todos os dias por policiais. Tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, os dados de crimes contra o povo negro são alarmantes e revelam ainda mais a desigualdade e o preconceito”, afirmou.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), no Brasil, a cada três assassinatos, dois são negros. Dados do próprio IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 75% das vítimas do país são negras. A taxa, registrada em 2017, corresponde a 65.602 homicídios naquele ano. Desse total, a cada 100 mortes, 75% são de jovens negros de 15 a 19 anos de idade.  “Para conter esse genocídio, se faz necessário mudar o enfrentamento contra a violência ao povo negro. Chega de genocídio contra o povo negro, contra a juventude negra! Basta”, exclamou Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) recebeu denúncias de que o banco tem procurado alguns funcionários para fazer uma pesquisa, no mínimo, capciosa.

“A pesquisa começa enganando, perguntando sobre a relação com os superiores, a carga de trabalho, a remuneração e depois chega à parte sindical. Pergunta se é sindicalizado, se tiver greve qual será a posição, se confia mais no sindicato, ou no banco. Durou uma hora e metade da pesquisa foi com questões sindicais”, foi o relato de uma das denúncias.

“O banco está sendo acintoso com estas pesquisas. Não podemos admitir que o banco ultrapasse os limites e chegue ao ponto de assediar aos funcionários”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “É mais um ponto que teremos que tratar com o banco numa próxima reunião”, completou.

O dirigente disse ainda que o banco vem tomando algumas atitudes de total desrespeito aos funcionários e às suas representações sindicais. “Determinar o gozo de férias e estipular banco de horas sem sequer comunicar as representações sindicais e nem mesmo o próprio funcionário, em desacordo com o que determina nosso acordo coletivo de trabalho e, agora, esse tipo de pesquisas. São medidas de total desrespeito aos funcionários e seus representantes”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

Mais de duas mil agências da Caixa Econômica Federal, que representam cerca de 50% das unidades, irão abrir neste sábado (30), das 8h às 12h, por determinação da direção do banco. As agências funcionarão para atender aos beneficiários que quiserem sacar a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600, cujo o pagamento permanece centralizado no banco público.

De acordo com o calendário divulgado pela Caixa, estarão autorizados a fazer o saque do auxílio emergencial, neste sábado (30), os trabalhadores informais, contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos em janeiro como também aqueles que receberam a primeira parcela do auxílio até o dia 30 de abril. Será possível, ainda, fazer transferência do benefício para contas da Caixa ou de outros bancos.

Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, lembra que os empregados da Caixa já estão trabalhando muito durante a semana. “Não vemos a necessidade de as agências continuarem abrindo aos sábados nesta fase em que os dias úteis estão atendendo a demanda. Este esforço extra é muito prejudicial aos trabalhadores, pois troca um dia de descanso por um dia de esforço e ainda aumenta a exposição deles a doença.”

Uma das principais cobranças das entidades representativas dos bancários ao Executivo federal é a descentralização do pagamento do auxílio. Às vésperas da segunda etapa para o saque do benefício, o governo ainda não tem definição sobre o assunto. No último dia 24, o governo federal voltou a divulgar que os Correios seriam uma opção para ajudar no cadastramento do benefício.

“Desde o início da concessão do auxílio, reivindicamos a descentralização do pagamento para outros bancos”, ressalta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). “São mais 101 milhões de cadastramentos — o que corresponde à metade da população brasileira — e cerca de 60 milhões de beneficiários. É preciso envolver tanto os bancos públicos como os bancos privados e outras instituições. Mas, infelizmente, nem a Caixa nem o governo atenderam a esta reivindicação”, afirma.

Além de não descentralizar o pagamento do auxílio emergencial, o presidente da Fenae destaca que a direção da Caixa, até este momento, não fez uma ampla e efetiva campanha de informação à sociedade. “Que esclareça, de forma clara a abrangente, os procedimentos para o cadastro e a concessão do benefício”, reforça Takemoto. “É por isso que as pessoas ainda acabam recorrendo às agências para o cadastramento ao auxílio, por exemplo (que só pode ser feito pela internet ou por aplicativo de celular), ou para situações que poderiam ser resolvidas por telefone”, acrescenta o presidente da Fenae.

Como sacar

Para sacar valores do auxílio emergencial será preciso gerar o código de saque no aplicativo Caixa TEM e se dirigir a uma agência da Caixa ou a uma casa lotérica. Também é possível fazer transferência para outra conta.

Operações eletrônicas

Vale lembrar que por meio do aplicativo Caixa TEM o beneficiário pode pagar contas e fazer compras com o cartão de débito virtual. Desta forma, é possível evitar filas e aglomerações nas agências.

Calendário de Saque

Nascidos em janeiro: 30 de maio
Nascidos em fevereiro: 1º de junho
Nascidos em março: 2 de junho
Nascidos em abril: 3 de junho
Nascidos em maio: 4 de junho
Nascidos em junho: 5 de junho
Nascidos em julho: 6 de junho
Nascidos em agosto: 8 de junho
Nascidos em setembro: 9 de junho
Nascidos em outubro: 10 de junho
Nascidos em novembro: 12 de junho
Nascidos em dezembro: 13 de junho

Confira por estado as agências que ficarão abertas


Acre
Alagoas
Amapá
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Tocantins

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apresentou à direção do banco algumas denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Na reunião por videoconferência, realizada na tarde desta quinta-feira (28), os representantes expuseram ainda algumas dúvidas dos trabalhadores durante este período de pandemia do coronavírus.

O primeiro assunto foi o banco de horas negativas, que está com problemas de gestão. “O banco precisa ter uma postura mais rígida e ativa, com um comunicado oficial para toda a rede ressaltando a cobrança do banco de horas negativa, que tem como objetivo preservar a saúde dos funcionários, em primeiro lugar. Pois percebemos que alguns gestores estão utilizando incorretamente”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

A COE Itaú reivindicou a realização dos testes da Covid-19 para todos os funcionários. O banco disse que no momento não é possível, mas que vai levar o tema para a mesa de negociação unificada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O Itaú informou ainda que tem negociado com o Sírio Libanês, com quem tem acordo, mas não há testes suficientes para atender toda a demanda de mercado.

Quando questionado sobre o reembolso dos testes particulares, o Itaú disse que pagará nos casos com diagnóstico e pedido do médico.

Os representantes dos trabalhadores denunciaram que alguns gestores estão dificultando a entrega dos netbook, o que impossibilita os funcionários afastados de trabalhar em home office, obrigando a manter em banco de horas.

Outra questão levada ao banco é como fica, durante a pandemia, o programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú. Assim como o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas. O banco informou que os funcionários têm garantido mil pontos, que são referentes ao mês de maio. O Itaú ficou de dar um retorno, com levantamento dos últimos meses, na próxima reunião sobre todas as avaliações do banco.

A COE Itaú também questionou sobre a alteração da forma de pagamento do vale-transporte, já que muitos trabalhadores estão usando condução própria.

Saúde

Os representantes dos trabalhadores questionaram sobre a forma de higienização das agências. Alertaram ainda para o fato de que o INSS não está fazendo a perícia, por isso, o banco deve cumprir a cláusula 29 do Acordo Coletivo, que trata sobre o complemento salarial.

O banco falou que a higienização das agências está sendo feita no prazo entre 48 e 72 horas. Depois de tomar multa por não deixar as pessoas entrar por não estarem com máscaras, o banco decidiu medir a temperatura corporal – ainda na organização das filas nas agências.

A COE Itaú denunciou que, apesar de o processo legal para as pessoas que se sentem aptas é pedir ao médico um relatório indicando a sua volta ao trabalho, há casos que o gestor solicita ao trabalhador que faça carta de próprio punho, o que é ilegal.

Outra denúncia é sobre os terceiros. Há casos em que que vigilantes de agências contaminadas transferidos para outra agência. O banco ficou de verificar e dar o retorno.

EPIS

Depois de perguntado, o Itaú garantiu que todos os locais têm recebido os EPIs. O banco se comprometeu a investigar onde não está acontecendo a distribuição e a não utilização por parte dos funcionários.

A próxima reunião ficou agendada para 9 de junho. Além dos retornos pendentes desta quinta, PCR, bolsas de estudos e renovação do acordo entrarão na pauta da próxima reunião.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil teve hoje (28) mais um dia com registro de mais de mil mortos em 24 horas pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Com o acréscimo, já são 26.754 vítimas da pandemia. Já o número de casos confirmados chegou a 438.238, com 26.417 novos registros. A subnotificação é realidade, atestada por diferentes instituições médicas.

A curva epidemiológica no Brasil segue em ascensão e não existe uma previsão concreta de quando a pandemia deve parar de crescer. Diante desse cenário, o consenso de especialistas é o isolamento social, para evitar mais rápida disseminação da doença e consequente colapso do sistema de saúde.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o
Brasil, sozinho, tem 25% das mortes diárias causadas pela covid-19 no planeta – de quatro óbitos, um ocorre no Brasil –, o que faz o país ser o o epicentro mundial da doença. A América Latina representa 40% das mortes diárias provocadas pelo vírus.

Epicentro

São Paulo é o local mais afetado pela pandemia. Com 95.865 casos confirmados, os mortos já são 6.980. A taxa de ocupação de UTIs segue alta, com relativa estabilidade em alguns municípios. Na capital, 92% dos leitos estão ocupados. Outras cidades apresentam problema ainda maior, como Guarulhos, na região metropolitana, com 100% de lotação.

Já a taxa de isolamento no estado segue abaixo do ideal. Inicialmente pensada em 70%, a classe médica já aceita que um índice de isolamento de 55% já traria resultados positivos no controle do contágio. Entretanto, a realidade mostra 48% de isolamento no estado e 49% na capital. Mesmo com a adesão insuficiente da população e com a perspectiva de explosão no número de infecções nos próximos dias, o governo João Doria (PSDB), anunciou um programa de relaxamento das medidas sanitárias, a começar na próxima segunda-feira (1º).

Estado da pandemia

Um dia depois do anúncio das medidas de relaxamento, São Paulo também registrou hoje recorde de novos casos computados em um dia. Foram 6.382 casos. E o número de mortos também subiu expressivamente, passando de uma média abaixo de 100 nos últimos cinco dias para 268 hoje.

Segundo estado mais afetado, o Rio de Janeiro apresentou pelo terceiro dia consecutivo mais de 200 mortes em período de 24 horas. Com 4.856 mortos, o estado é o segundo a ultrapassar, sozinho, o número de vítimas de toda a China. O gigante asiático, de 1,3 bilhão de habitantes, foi o primeiro epicentro da doença do mundo e teve pouco mais de 4 mil mortos.

Fonte: Rede Brasil Atual

28 de maio é o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e, neste cenário de pandemia em que o país se encontra, a data alerta para os impactos da Covid-19 na vida das mulheres e reforça a importância da conscientização da sociedade dos diversos problemas de saúde.

De acordo com a ONU Mulheres, as mulheres são as mais impactadas pelo coronavírus (Covid-19). 70% das pessoas que trabalham no setor social e de saúde são mulheres. Para Roberto Von der Osten, secretário de Relações Internacionais, o isolamento social aprofunda as desigualdades e injustiças que recaem nas mulheres neste momento e, por isso, os adoecimentos físicos e psicológicos aumentam. “As mulheres sofrem um grande desgaste na saúde física e mental por terem de lidar com a sobrecarga do trabalho do lar e a violência doméstica, além dos assédios e preconceitos ainda existentes na sociedade”, disse.

Gestantes e puérperas estão no grupo de risco

De acordo com a determinação do Ministério da Saúde, as gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco para a Covid-19. É direito da trabalhadora o afastamento do trabalho. Caso o direito seja negado, a trabalhadora deve procurar o seu respectivo sindicato.
Ter um parto seguro é direito da mulher. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que se a gestante não tiver sintomas de Covid-19 pode manter sua opção quanto À escolha da instituição para o parto.

Aumento da violência doméstica durante o isolamento

De acordo com levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a empresa de pesquisa Decode Pulse, no mês de março, o número de relatos de brigas de casal na rede social Twitter aumentou 431%. Em contrapartida, no mesmo período, houve uma
queda nas notificações de ocorrências de violência contra a mulher, o que mostra o impacto do isolamento social, devido à pandemia causada pelo coronavírus, na vida das mulheres.
Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT, as mulheres possuem grande dificuldade para denunciar os agressores e nesse contexto de pandemia essa dificuldade aumenta ainda mais. O isolamento no qual todos estão sendo impostos impede com que as mulheres escapem das situações de violência e procurem por auxílio e denunciem. Nesse contexto, as redes sociais nos ajudam”, afirmou.
Elaine Cutis também afirmou que é extremamente importante que os casos de violência sejam denunciados para que os agressores possam ser punidos. “Não podemos nos calar diante da violência. Temos que denunciar as agressões sejam elas verbais, físicas ou psquícas para que os agressores sejam punidos e que possamos de fato combater a violência”, disse.
As Delegacias da Mulher continuam funcionando normalmente no período de quarentena. Os casos de violência e assédio podem também ser denunciados ao 190, que faz atendimentos diários e ininterruptos.
Para as mulheres que são bancárias agora também está disponível o Canal de Combate à Violência contra a Mulher dentro dos bancos.
Em todo o país as emergências também devem ser registradas no Disque 180 ou o Disque 100, que oferecem orientações. Os abrigos emergenciais das cidades também funcionam normalmente. É preciso procurar pelo serviço por um órgão da prefeitura mais próximo para que o encaminhamento seja feito. As Casas da Mulher Brasileira, que concentram serviços judiciais, psicológicos e assistenciais, também seguem operando normalmente na quarentena.

Fonte: Contraf-CUT

O trabalho do Comando Nacional dos Bancários pode ter salvado muitas vidas na categoria. Depois das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), iniciadas em 12 de março, cerca de 2.200 agências bancárias foram fechadas em todo o país durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). O montante equivale a aproximadamente 10% dos estabelecimentos no Brasil.

“Meus sinceros sentimentos aos familiares dos bancários e bancárias que faleceram pelo novo coronavírus. Foram 22 em todo o Brasil. Sei que toda a luta do Comando e dos sindicatos, pelos EPIS, teletrabalho, ajudou a salvar muitas vidas. E seguiremos lutando”, garantiu Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional.

De acordo com levantamento do Comando, o número de infectados na categoria chega a 500. A entidade, porém, que há subnotificação dos casos. Para evitar um número ainda maior, o Comando Nacional dos Bancários e a Febraban acordaram que funcionários pertencentes ao grupo de risco ou que coabitem com pessoas do grupo risco trabalhariam de casa. Atualmente, cerca de 300 mil dos 450 mil bancários do país estão em home office, alguns em esquema de revezamento, segundo a Febraban. “Estamos em processo de negociação permanente, o que possibilitou colocar muita gente em casa. Avaliamos que isso salvou muitas vidas”, afirmou Juvandia.

Fonte: Contraf-CUT

A maior parte das greves realizadas em 2019 foi para manter condições de trabalho ou contra descumprimento de direitos, segundo levantamento feito pelo Dieese. Foram 1.118 paralisações registradas pelo instituto, ante 1.453 no ano anterior. E 82%, assim como em 2018, tinham o chamado “caráter defensivo”, ou seja, referente a direitos não respeitados ou manutenção de condições.

“Além do fato surpreendente de que, mesmo em momento de queda consistente no número de greves (que já dura três anos), as mais de mil greves deflagradas em 2019 ocorreram em ambiente resolutamente hostil à sustentação de mobilizações de trabalhadores”, afirma o Dieese, completando em seguida:. “Essas greves foram encampadas em meio ao impacto da asfixia no financiamento das entidades sindicais; à permanência do alto desemprego, ao avanço do trabalho informal; a expectativas pouco confiantes em um futuro melhor e, sobretudo, em meio a uma difusa sensação de instabilidade, que se intensifica com a recente reconfiguração das forças políticas do país.”

Entre as principais reivindicações, estiveram o pagamento de salários atrasados, incluindo também itens como férias e 13º. Segundo o Dieese, 43% das greves incluíam essa reivindicação. E 34% eram por reajuste no salário ou no piso da categoria, enquanto 21,5% relacionavam-se com questões como alimentação, transporte e assistência médica.

Público e privado

Outra característica dos movimentos é a curta duração. Perto de 57% das greves terminaram no primeiro dia – incluem-se aqui as chamadas paralisações de “advertência”, com o objetivo de abrir negociação. Estas representaram 39% do total. E aproximadamente 82% duraram até cinco dias, no máximo. Apenas 11% se estendeu durante mais de 10.

As paralisações na área pública, incluindo estatais, superaram por pouco as do setor privado, com 566 e 548 registros, respectivamente. Mas a quantidade de horas paradas foi bem maior no setor público, com 73% do total no ano passado. A predominância foi de greves na esfera municipal (63%) e na área de educação e saúde (209 e 80, respectivamente).

Ainda pelo levantamento do Dieese, em 2019 as greves por empresa ou local de trabalho representaram 59% dos movimentos. Já as que envolveram toda a categoria profissional somaram 41%. Nas greves do setor privado, destaque para trabalhadores em transportes, principalmente urbanos, coletores de lixo e do setor de saúde – em especial de organizações sociais.

Confira aqui o estudo divulgado pelo Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual