Maio 15, 2025
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A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobrou do banco público o cumprimento do Protocolo de Intenções, que visa adoção de boas práticas na prevenção de contaminação da Covid-19 no acesso aos serviços bancários. A Caixa vem descumprindo o protocolo em pontos essenciais como a atuação referente ao grupo de risco mais abrangente e o afastamento dos trabalhadores terceirizados em caso de contaminação no local de trabalho. Outra medida em descumprimento é a adoção do protocolo de afastamento imediato quando houver casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 na unidade, com adoção de quarentena.

Assinado em conjunto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público Federal (MPF) e a Caixa Econômica Federal, o documento traz compromissos assumidos pela Caixa para evitar a contaminação dos empregados, terceirizados e da população que precisa da Caixa para o pagamento do auxílio emergencial.

“A assinatura do protocolo de intenção foi uma ótima iniciativa, no entanto é imperativo, aos trabalhadores da Caixa e à população, para a preservação da vida que os protocolos sejam readequados”, afirmou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Também é necessário rever a adoção do parâmetro subjetivo como o contato, previsto no novo protocolo do banco. Segundo orientação, só serão afastados aqueles que tiveram contato físico direto a um 1,5 metro do infectado, desconsiderando que o vírus se aloja nas superfícies e locais. “Os índices verificados do contágio e adoecimento no país justificam essas medidas. Não é o momento de abrandar os protocolos. É o momento de fortalecer a prevenção e a promoção da saúde e a Caixa deve fazer isso”, afirmou Dionísio.

Em meados de maio, a Caixa divulgou novos protocolos, diminuindo a segurança da saúde dos empregados e da população. O banco abrandou as medidas que já estavam em protocolo, como a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintomas verificados em unidade. O texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo a partir de agora só com apresentação do exame PCR. Antes, não mencionava o tipo de exame. Para os casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado.

Outro ponto importante da cobrança é a flexibilização dos protocolos de quarentena e afastamento dos grupos de risco para os trabalhadores terceirizados do banco. Sem a adoção do Protocolo 1 para esses trabalhadores, a Caixa expõe todos os trabalhadores e a população ao risco de contágio da Covid-19. O assunto já vem sendo discutido nacionalmente pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e pelo Comando Nacional com a Caixa e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), respectivamente.

Na avaliação do presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, o Protocolo de Intenções reúne reivindicações importantes das entidades e devem ser cumpridas pela Caixa. “Nós da Fenae e das entidades estamos cobrando a Caixa desde o início da pandemia e tivemos algumas conquistas. O Protocolo de Intenções é um instrumento importante para compor nossas reivindicações, mas é preciso que a Caixa cumpra os compromissos assumidos para proteger a saúde e a vida de todos os trabalhadores e da população que precisa da Caixa”, avaliou Takemoto.

Abaixo os trechos questionados pela CEE/Caixa:

  • 2.1.3 Adotar medidas efetivas para a proteção dos empregados e terceirizados das agências bancárias, tanto para as atividades internas como externas, adotando, entre outras, principalmente aquelas que sejam mais efetivas ou que venham ser desenvolvidas e receituadas pelos organismos nacionais e internacionais de saúde.
  • 2.1.3.3 Afastamento, ou colocação em trabalho remoto, de empregados e terceirizados, sem prejuízos de vencimentos, que estejam entre o denominado grupo de risco, como pessoas idosas, obesas, com problemas respiratórios crônicos, problemas renais crônicos e outras comorbidades que agravem os riscos decorrentes da COVID 19;
  • 2.1.3.4 Afastamento imediato de empregados e afastamento ou recomendação de afastamento de terceirizados, sem prejuízo de vencimentos, que apresentem sintomas, testem positivo ou apresentem indícios de contaminação, de acordo com os protocolos médicos, com higienização imediata da respectiva agência bancária;

Leia a íntegra do Protocolo de Intenções firmado entre o MPT, o MPF, a Caixa e a Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Primeiro banco a romper com o compromisso de não demitir funcionários em plena pandemia do novo coronavírus, o Santander será tema de debate virtual promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, nesta quinta-feira (18), a partir das 19h30. Na live, que será transmitida pelas redes sociais da entidade, especialistas revelam o panorama das demissões. E chamam atenção para os “ataques aos fundos de pensão e planos de saúde dos trabalhadores” que vêm sendo promovidos pelo Santander Brasil. 

O banco, de controle espanhol, chegou a declarar de forma pública apoio à campanha “não demita”, no início desta crise. Mas violou o compromisso no último dia 5 de junho, quando dispensou ao menos 15 trabalhadores sem justa causa. Funcionários do Santander ainda denunciam um aumento constante de cobranças pelo cumprimento de metas, inclusive com ameaças de desligamento da empresa. 

A dirigente e secretária executiva do Sindicato dos Bancários, Maria Rosani, debate as decisões do banco com o presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp), Camilo Fernandes. Também participa da live o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior. 

#SantanderRespeiteOBrasil

O debate é parte da campanha #SantanderRespeiteOBrasil. Nesta terça (16), bancários realizaram também atos em agências e departamentos da instituição financeira contra o que chamam de “arbitrariedades e abusos”. O sindicato ainda teme cortes nos salários e benefícios dos funcionários que estão em home office.

A entidade lembra que nos últimos dias, o presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, vem manifestando o interesse do banco em manter os trabalhadores em regime de teletrabalho permanente, reduzindo a remuneração e demais despesas. 

“Na Espanha, o Santander tem agido de forma totalmente diferente. O que deixa claro que por aqui a direção optou por se alinhar com Bolsonaro na tentativa de enfraquecer as quarentenas e de prejudicar os trabalhadores”, declarou Rosani em entrevista à RBA. A dirigente critica o desprezo do banco pela realidade brasileira. Ainda no primeiro trimestre deste ano, o Santander registrou um ganho na ordem de R$ 3,8 bilhões. O montante 10% maior do que o mesmo período em 2019. 

Você pode acompanhar o debate virtual pelo FacebookYoutube e Twitter do Sindicato dos Bancários. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) retornou, na tarde desta quarta-feira (23), para a Comissão de Organização dos Financiários sobre a pauta de reivindicações, com data-base em 1 de junho, enviada no dia 10 de junho.

A Fenacrefi se comprometeu responder o documento na próxima semana, após reunião entre as financeiras, marcada para a próxima terça-feira (23).

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Mercantil não assumiu os compromissos de suspender as 60 demissões feitas em todo o Brasil e de cumprir o acordo do início da pandemia do coronavírus (Covid-19) de não realizar demissões durante este período, e encerrou a mesa de negociações realizada por videoconferência, na tarde desta quarta-feira (17).

“O banco precisa entender que numa mesa de negociação é necessário compromisso para avançar nas reivindicações do movimento sindical, que são a preservação do emprego, dos salários e o mais importante da vida”, lembrou Magaly Fagundes, membra do Comando Nacional dos Bancários, que conduziu as negociações.

Mercantil justificou as demissões com um processo de reestruturação, a qual não foi discutida com o movimento sindical, e que os trabalhadores em questão, não teriam função compatível com o salário que recebiam. “Nós queremos mais transparência sobre os números desta reestruturação. Se o banco já encerrou o processo, não tem porque demitir mais trabalhadores”, afirmou.

Antes do encerramento, os trabalhadores conquistaram a reabertura da copa, que havia sido fechada e impossibilitava a alimentação dos funcionários, já que todos os restaurantes estão trabalhando apenas com entregas. Foi reivindicado ainda, o fim da cobrança de metas e o cumprimento da jornada reduzida.

“Estamos recebendo denúncias de que o banco não cumpre nem os acordos garantidos na mesa unificada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”, explicou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil.

Uma vitória dos trabalhadores é o compromisso da construção de um acordo para os funcionários que estão em teletrabalho, mas sem função.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos de todo o Brasil realizaram, nesta terça-feira (16), manifestações para denunciar as arbitrariedades do Santander. O banco é acusado de cobrança de metas inatingíveis e demissão dos funcionários que não as cumprem, mesmo após ter assumido compromisso de que não demitiria funcionários durante a pandemia.

Além das atividades ocorridas nas portas de agências e departamentos do banco, os sindicatos convidaram funcionários, clientes e toda a população a se manifestar nas redes sociais sobre os fatos que envolvem o banco. Entre 12h e 13h houve um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil, que levou as denúncias aos assuntos mais comentados do Twitter.

“Esta foi uma das ações que pensamos em realizar para defender os interesses dos funcionários, que estão sujeitos ao cumprimento de metas inatingíveis para que não sejam demitidos”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia. “Esperamos que não seja preciso realizar todas as ações planejadas. Que o banco nos chame para a mesa de negociações e comunique que não haverá mais cobranças de metas abusivas e tampouco demissões sem justa causa de funcionários”, completou.

Metas abusivas e demissões

Segundo o dirigente da Contraf-CUT, o banco Santander já foi condenado pela cobrança de metas abusivas e está proibido pela Justiça de estabelecê-las. “O banco tem histórico neste tipo de ‘gestão’ de pessoal. Já foi condenado por isso e reincide no erro”, observou.

Mario diz, ainda, que existem relatos de que o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, realizou videoconferência com funcionários em cargos de gestão e disse que as metas devem ser cobradas mesmo em período de pandemia. E, mais, que o não cumprimento das metas deve ser punido com a demissão. Na ocasião, Rial teria dito que “aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade”.

“Para não serem punidos, os gestores, municiados pelo marketing do banco, pressionam seus funcionários. E a cada semana vemos uma nova campanha com novas metas estabelecidas. Se isso já é inaceitável em tempo de normalidade, imagina na pandemia que estamos vivendo”, afirmou.

O banco vem cumprindo a ordem de Rial. Já demitiu uma série de funcionários, mas, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, pode haver demissão em massa de 20% do quadro de pessoal. O banco diz que haverá demissões, mas não deve chegar aos 20% anunciados pelo jornal. No entanto, confirma que as demissões ocorreram pelo não cumprimento de metas.
Ranking de funcionários

O dirigente da Contraf-CUT lembra, ainda, que a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária proíbe o ranking individual de funcionários. Mas, para ele, da forma como as campanhas de vendas acontecem, possibilitam aos gestores realizar tal ranking.

“Se tenho, por exemplo, quatro funcionários que trabalham com venda de produtos em uma unidade. Um publica uma foto #sou10, outro #sou50 e outro #sou55. Já tenho ranking. Aquele que não publicou foto da meta é demitido e o que vendeu 10 produtos está em apuros”, explicou. “Por si isso é desumano, mas, além disso, não é permitido pela nossa CCT”, concluiu.

Próximas ações

O dirigente disse que a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander vai avaliar a ação desta terça-feira e planejar outras. Mas, adianta que a campanha possui diversas peças para ação nas redes sociais, contatos diretos com funcionários e com veículos de comunicação.

Fonte: Contraf-CUT

De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que gerencia o canal Disque 100, foram registradas 846 denúncias de violência contra pessoas LGBTQIA+ em 2019. O documento indica que a casa é o lugar onde mais acontecem violações físicas, psicológicas e verbais (56% dos casos).  

Para Adilson Barros, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), as agressões relacionadas a casais homossexuais também podem ser caracterizadas como violência doméstica. “Esse tipo de violência, infelizmente, acontece com frequência na comunidade LGBTQIA+ e as vitimas têm dificuldade para reconhecer a agressão vinda de seus pares. Há muita resistência de casais homoafetivos em registrar queixa, principalmente homens gays. Motivos não faltam. Exposições, descasos, reação ao ver que são dois homens ou duas mulheres, delegacia especializada, entre outros. Mas é preciso reforçar o enquadramento da lei Maria da Penha e utilizar os espaços para denúncia e sensibilização do assunto”, explicou.

A Lei n° 11.340/06, Lei Maria da Penha, torna obrigatória a proteção das mulheres contra a violência doméstica e todo aquele em situação vulnerável. Desta forma, os casais gays que passam por essa situação podem ser vitimados. “Acredito ser preciso começar com a quebra de tabu e tornar visível esta forma de violência entre LGBTs. A violência a nós é tão gritante e chocante que infelizmente passa desapercebido entre os casais. É necessário a realização de campanhas preventivas e incentivo a denuncias de violência contra LGBTQIA+”, afirmou Adilson Barros.

Fonte: Contraf-CUT

O Senado aprovou nesta terça-feira (16) o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2020 (MP 936/2020), que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que, segundo o governo, visa preservar o emprego e a renda; garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública. O texto será encaminhado para a sanção presidencial.

O Senado impugnou os artigos 27 e 32 do PLV 15, aprovado pela Câmara dos Deputados, que inseriam matérias estranhas ao objeto principal da MPV 936 enviada pelo governo ao Congresso. Com isso, atendendo a um requerimento do Partido dos Trabalhadores, dos 81 senadores 46 votaram exclusão do texto a alteração na jornada e hora-extra de bancários e mudança na correção de débitos trabalhistas, que eram tratados no artigo 32.

O artigo 27 aumentava em 5% a margem de empréstimo consignado para servidor público e aposentado, que passaria de 35% para 40%.

“A derrubada do artigo 32 foi muito boa para os bancários, uma vez que não haverá qualquer alteração no artigo 224 da CLT, que trata da jornada da categoria. Mas, se sancionada sem veto presidencial, terá sido uma vitória para toda a classe trabalhadora, que conseguiu promover alterações importantes durante a tramitação na Câmara dos Deputados, como a ultratividade das cláusulas das convenções ou dos acordos coletivos que venceram ou vier a vencerem durante o período de vigência do Estado de Calamidade Pública”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A ultratividade está prevista no inciso IV do artigo 17 do texto aprovado pelo Congresso Nacional.

A Contraf-CUT chegou mandar ofício para o relator do projeto no Senado, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), solicitando a exclusão da alteração que era feita pelo artigo 32 do PLV 15/2020 no artigo 224 da CLT, que aumentaria a carga horária dos bancários de 30 para 40 horas semanais.

Por 46 votos a 30, foi aprovada retirada desse trecho do relatório final que será enviado à sanção presidencial.

Com a derrubada do artigo 32, caíram todas as alterações que eram promovidas na CLT pelo PLV 15.

“O engajamento das centrais sindicais com os partidos que defendem interesses da classe trabalhadora foi fundamental para a melhoria da proposta original durante a tramitação na Câmara dos Deputados e também no Senado, para excluir trechos incluídos na Câmara que tentavam ressuscitar propostas contra os trabalhadores que já haviam sido derrotadas durante a tramitação da revogada MP 905”, concluiu o secretário de Relações de Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira (Jefão).

Fonte: Contraf-CUT

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) conquistaram avanços na mesa de negociações com o Banco do Brasil, realizada por videoconferência nesta segunda-feira (15). Abono dos dias 7 a 9 de abril, o desconto de 10% do total de horas negativas e o compromisso de não descomissionamento por desempenho até o final da pandemia estão entre os destaques. Sindicatos vão realizar assembleias com votação por meio eletrônico para que os funcionários digam se aprovam o acordo.

“É importante ressaltar que estamos em uma conjuntura difícil, com cortes e ataques de direitos dos trabalhadores, principalmente os do setor público. Por isso, temos que valorizar os avanços obtidos na mesa de negociações de hoje”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Entre os ataques aos direitos dos trabalhadores estão os contidos nas Medidas Provisórias 927 e 936, que permitem aos empregadores o uso do banco de horas, as férias compulsórias e a redução proporcional de 25% a 70% da jornada de trabalho e dos salários, podendo chegar a 100% de redução em caso de suspensão do contrato.

Fruto das negociações

Alguns dos avanços obtidos são frutos de negociações iniciadas faz quase três meses, quando se estabeleceu a mesa de negociação permanente sobre Covid-19, como o afastamento dos funcionários que fazem parte de grupos de risco ou que coabitam com pessoas destes grupos, o fornecimento de equipamentos de segurança, flexibilização de jornada no momento que não se sabia o que as escolas iriam fazer, acrílico para proteção nas agências, escudo facial para os funcionários e protocolos claros de prevenção.

Na negociação de segunda-feira, o banco estabeleceu um compromisso público sobre a impossibilidade de descomissionamento por desempenho. Com isso, os funcionários não poderão perder gratificações de função por causa do não cumprimento de metas, mesmo que sejam atribuídas notas baixas na Gestão de Desempenho de Pessoal (GDP).

O coordenador da CEBB, João Fukunaga, explica que a conquista de não descomissionamento garante o salário das pessoas nesse momento de pandemia em que as pessoas estão aflitas. “O acirramento da cobrança de metas por parte do banco neste período deixou muitas pessoas inseguras e preocupadas que somente o pessoal em home office e o pessoal de agência está focada no atendimento. Então, essa medida foi fundamental para garantir a comissão e o salário das pessoas até, pelo menos, o fim do decreto de calamidade pública, que vai até 31/12, mas pode ser prorrogado e aí prorroga também a nossa garantia de não descomissionamento”, explicou.

Banco de horas e abono 478

O BB também aceitou conceder um desconto de 10% sobre o total do banco de horas negativo e com 18 meses para a compensação.

O atual banco de horas do Banco do Brasil, que consta no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/20, prevê o pagamento das horas positivas ou descontos das horas negativas em ate seis meses. O que se conquistou para este cenário de pandemia é a ampliação do prazo, com um desconto 10% nas horas totais. Vale ressaltar, também, que não se pode ter pressão por parte dos administradores. Deve-se respeitar as condições individuais para se realizar a compensação a partir do fim da pandemia. Também foi cobrada a ampliação do home office para diminuir a quantidade de horas negativas futuras.

Quando o governo editou a MP 927/2020, o Banco do Brasil enviou um comunicado interno aos gestores informando que utilizaria mecanismos previstos na medida provisória sobre o banco de horas e a definição de férias compulsórias. O banco também proibiu, a partir daquele dia (7 de abril), o abono de dias pelo código 478 (em casa à disposição do banco). As pessoas que haviam sido afastadas do local de trabalho e não estavam em home office teriam que optar por tirar férias, entrar em banco de horas negativo, ou usar alguma folga a que tem direito para abonar sua ausência.

“O banco cometeu um erro na comunicação aos gestores. As alternativas apresentadas em substituição ao abono pelo código 478 precisam da autorização dos funcionários. Os gestores não poderiam simplesmente acessar o sistema e fazer a alteração da situação. Precisariam do consentimento dos funcionários, mas foram levados ao erro pelo banco”, explicou o coordenador da CEBB. “Tampouco poderiam colocá-los em férias, devido ao prazo mínimo de 48 horas definido pela MP 927. O próprio sistema bloqueia essa possibilidade. Por isso, insistimos para que o banco mantivesse o abono para estes funcionários pelo código 478 para os dias entre 7 e 13 de abril”, completou.

Outras conquistas

Outra conquista da negociação desta segunda-feira é a possibilidade de os funcionários que tiveram suas férias zeradas compulsoriamente poderem, ao final da pandemia, tirar abonos, folgas, bancos de horas positivo ou licença prêmio de forma sequencial, ou seja, poderão usufruir de até uma semana de folga combinadas com gestor.

As entidades de representação dos funcionários também conseguiram preservar o direito a 15 dias de férias em aquisição.

“Neste tempo de pandemia, a prioridade deve ser os cuidados com a saúde e a vida e não a venda de produtos para a garantia do lucro do banco”, disse a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB, Fernanda Lopes.

“Assim, garantimos o direito de descanso e de lazer, que foi retirado pela MP 927, a essas pessoas que tiveram que ficar afastadas do trabalho por uma questão de saúde pública e, impositivamente, precisam usar suas férias”, explicou o coordenador da CEBB. “O tempo de descanso é importante, também, para garantir a saúde e o bem estar dos funcionários”, defendeu.

O banco também refirmou o compromisso de manter e padronizar todos os protocolos de sanitização das unidades e garantia da saúde dos funcionários e clientes por cota da Covid-19.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na sexta-feira (12) para debater uma série de medidas que vem sendo adotas pelo banco em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus. Entre os temas debatidos, estão a padronização dos protocolos de sanitização e saúde dos funcionários, banco de horas negativo, férias compulsórias, metas e flexibilização do horário. A reunião se prolongou e continua na tarde desta segunda-feira (15).

“O banco apresentou dados importante de medidas que vem adotando em conjunto com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) para prevenir o contágio do novo coronavírus e resguardar a saúde dos funcionários, clientes e da população em geral”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Mas, existem muitos pontos que precisam ser discutidos para evitarmos prejuízos aos funcionários que estão em casa, cumprindo o isolamento social e também daqueles que estão trabalhando”, completou.

A sanitização das unidades, protocolos de afastamentos de funcionários com suspeita de contágio e casos confirmados, assim como dos colegas que tiveram contato com eles, e a cobrança de metas são algumas das questões que envolvem os trabalhadores que cumprem suas jornadas em seus locais de trabalho.

“A não padronização dos protocolos tem levado gestores a tomar medidas distintas para casos semelhantes. Isso prejudica alguns dos funcionários. Também estamos exigindo que todos sejam testados para constatar a presença do vírus”, informou Fukunaga.

Banco de horas

A CEBB também voltou a discutir com o BB a respeito do banco de horas negativo. A proposta do banco é que os funcionários afastados de suas unidades de trabalho que não têm como exercerem o trabalho em home office, tenham que pagar as horas não trabalhadas, sem qualquer negociação sobre a quantidade de horas ou o valor a ser descontado.

“Sobre o banco de horas, existem duas questões. A primeira é que os funcionários estão afastados devido à pandemia. É uma questão de saúde. Não estão de folga. Em outros países, os trabalhadores estão tendo suas horas abonadas por determinação do governo. Aqui, o governo lançou uma MP que permite as empresas a criar banco de horas e descontar os salários dos trabalhadores. A segunda questão é que, pelo nosso Acordo Coletivo, as horas precisam começar a ser pagas já no mês que vem. Isso quer dizer que o banco pode deixar sem salário funcionários que estão afastados por uma questão de saúde pública”, explicou.

Férias

Outro ponto de debate são as férias compulsórias. Funcionários já estão faz quase dois meses de férias compulsórias e, muitos deles terão que, além de terem perdido suas férias, entrar no banco de horas para manter o isolamento social.

Fonte: Contraf-CUT

A sétima transmissão ao vivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já está confirmada, será no dia 17, às 13h, na página do Facebook da Confederação.

No dia, a presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, vai continuar o tour para conhecer a realidade dos bancários durante a pandemia do Coronavírus (Covid-19), nas mais diferentes regiões do Brasil. Para isso, já temos a presença confirmada do diretor de Comunicação da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras no Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Juberlei Bacelos, do secretário-geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ ES), Max José Neves, e do presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-PR), Deonísio Venceslau Schmidt.

Quem perdeu as outras transmissões, pode assisti-las no facebook da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT