Maio 15, 2025
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De acordo com estimativas, aproximadamente 25% dos negócios no mundo já acontecem por meio da chamada economia digital. Calcula-se que ela vai movimentar US$ 100 trilhões nos próximos 10 anos em todos os segmentos produtivos (…) e que a quase totalidade dos empregos atuais deverá sofrer mudanças em virtude dos avanços tecnológicos. Essa transformação implica uma série de mudanças em termos de produção, distribuição e venda de produtos e serviços. Surgem novos modelos de negócios e hábitos de consumo.

As últimas décadas vivenciaram a passagem de uma economia de domínio físico (manufatureira) para uma economia digital. No topo do ranking das 10 maiores empresas, ao longo do século XX, estavam empresas como US Steel, Standard Oil, International Harvester, General Motors, General Eletric, American Telephone & Telegrafh, Polaroid e Sears. Hoje, estão Apple, Google, Alphabet, Microsoft, Amazon e Facebook, entre outras das áreas de entretenimento, informação e comunicação.

 

As novas empresas do século XXI não seguem os parâmetros das antigas empresas. Elas possuem modelos híbridos e escaláveis de negócios (isto é, com praticamente o mesmo volume de recursos conseguem incrementar exponencialmente os seus negócios). O uso intenso de tecnologias de comunicação (internet e aplicativos) é uma de suas principais características. As startups estão entre estes novos formatos de negócios.

 

Um exemplo claro da influência da tecnologia e da digitalização é o setor financeiro. Os bancos digitais e as fintechs têm promovido mudanças importantes no setor, com a expansão do mobile banking e da internet banking.

Mais: a economia digital tem nas moedas virtuais, como o bitcoin, uma forte alavanca de impulso. E esta alavanca torna-se ainda mais poderosa quando, em meados de 2019, o Facebook anunciou sua intenção de criar uma moeda digital, a libra. Esta moeda permitiria transferências instantâneas e gratuitas, servindo de meio de pagamento universal e forma de reserva de riqueza. O Facebook chegou inclusive a anunciar também a criação da Associação Libra, que reuniria parceiros como Mastercard, Visa, Paypal, Uber e Spotify.

Novos negócios

Mesmo no caso do setor manufatureiro, quando se olha para as tendências do futuro, por meio de projetos como a chamada Indústria 4.0, nota-se também o papel decisivo jogado pelas ferramentas digitais. Alguns autores defendem que a Quarta Revolução Industrial, em curso desde 2010, incorpora tecnologias da terceira fase da revolução industrial, ocorrida na segunda metade do século XX (como o computador, o fax, a engenharia genética, o celular, entre outros), mas agrega acentuadamente as tecnologias digitais, físicas e biológicas.

Isto permite o surgimento de novas empresas, linguagens, profissões (assim como conduz a extinção de uma série de outras). A Indústria 4.0 também altera as relações entre as máquinas sobretudopor meio da inteligência artificial.

Nestas novas economia e sociedade, verificam-se novos formatos de consumo, de empresas, hospitais, escolas e cidades, que passam a ser ‘inteligentes’ e conectadas. Entretanto, isso requer um alto nível de desenvolvimento tecnológico, segurança de dados e internet de alta velocidade, entre outros.

Os países centrais, como os Estados Unidos, os países europeus (Inglaterra, Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Espanha e Itália, principalmente) e o Japão, possuem tecnologia de ponta que os colocam à frente neste novo mundo. A China, que disputa a hegemonia mundial com os EUA, tem feito investimentos massivos em tecnologias de ponta.

Já os países emergentes periféricos, como o Brasil, estão atrasados nesta transição para a economia digital. Entre as barreiras estão o alto valor dos royalties e de registro de patentes e o baixo investimento no desenvolvimento de pesquisas na área de Desenvolvimento e Inovação, em especial na área de tecnologia da informação.

Desiguais

Há aqueles que apontam que as novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC’s) têm contribuído para o aumento da assimetria e a exclusão no processo de globalização econômica, na medida em que a desigualdade impede o acesso e a criação de oportunidades iguais entre os indivíduos.

Muitos entendem que a inclusão digital impõe uma série de desafios à sociedade. Para que o processo de exclusão digital no país diminua, são necessárias que as políticas públicas sejam norteadas pelos seguintes fatores:

  • Inserção no mercado de trabalho e geração de renda;
  • Melhorar relacionamento entre cidadãos e poderes públicos;
  • Melhorar e facilitar tarefas cotidianas das pessoas, o que pode incluir aspectos do item anterior;
  • Incrementar valores culturais e sociais e aprimorar a cidadania;
  • Difundir conhecimento tecnológico.

Alguns números que ilustram a influência crescente da economia digital dos brasileiros:

As compras on-line estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. O Sebrae, em parceria com a Consultoria IDC Brasil e a Associação Brasileira de Empresas de Software, destacam que, em 2017, o mercado mundial de tecnologia da informação e telecomunicações (TIC: TI + Telecom) totalizou US$ 3,55 trilhões, sendo US$ 2,07 trilhões (58%) relativos ao mercado de tecnologia da informação, como hardwares, softwares e serviços.

Segundo o relatório do NeoTrust (E- commerce Brasil, 2020), o faturamenteo do comércio eletrônico no país, em 2019, foi de R$ 75,1 bilhões, o que significou um crescimento de 22,7% em relação ao ano de 2018. Estimativas feitas pela empresa Huawei apontam que a economia digital no mundo terá o valor de US$ 23 trilhões daqui a cinco anos, em 2025.

Levantamento do relatório Neotrust, que analisa as informações coletadas pela Compre&Confie, indica que, antes da chegada do coronavírus, havia no Brasil uma expectativa de faturamento de R$ 90,7 bilhões em 2020, um crescimento de 21% em relação ao ano de 2019.

Apesar do avanço da economia digital nos últimos anos e da tendência à sua expansão nos próximos anos, a ainda baixa conectividade dos brasileiros traz preocupações.

Segundo dados da TIinside (2018), apenas 66% da população possui acesso à internet. Um contingente de 58% das pessoas entrevistadas acredita que as novas tecnologias oferecem mais oportunidades que riscos. Isto, apesar de aproximadamente 85% das pessoas que acessam a internet fazerem a conexão diariamente e 84% acharem que é importante proteger os dados e rede. A maioria dos acessos on-line ocorre via smartphone (cerca de 60%).

Efeitos do isolamento social

O mundo tem se esforçado pelo controle e diminuição da pandemia do novo coronavírus. Para evitar o aumento da velocidade da difusão da doença, tem-se recomendado – e eventualmente até tornado obrigatório – o distanciamento social. Desde então, vários países têm decretado o isolamento social, objetivando o “achatamento da curva de transmissão da doença” para evitar a sobrecarga de demanda, considerando a restrita oferta dos serviços públicos e privados de saúde.

A rigor, ante o cenário brasileiro atual, somente as áreas essenciais deveriam estar em funcionamento. As atividades econômicas não essenciais praticamente pararam ou tiveram reduzidas suas operações. Os trabalhadores e trabalhadoras, cujas funções e tarefas podem ser executadas de casa, por meio do home office, tiveram que fazê-lo. Empresas afetadas buscam incrementar suas vendas e negócios online.

O distanciamento social impõe uma série de desafios e mudanças na vida das pessoas, principalmente no que tange à conectividade digital. Os compromissos bancários, como as idas às agências bancárias, que já vinham diminuindo com o acesso à internet, foram trocados pelo uso do internet banking ou pelo uso dos aplicativos de bancos nos aparelhos smartphones. As idas às lojas e aos supermercados para compras de produtos estão sendo trocadas pelas visitas e compras via internet. Os serviços de entrega de produtos, que já vinham num ritmo expressivo de crescimento, tendem a aumentar com a crise pandêmica do coronavírus.

O setor da educação no Brasil (ensino fundamental, médio, superior, entre outros) já vinha apresentando crescimento no número de cursos e alunos na modalidade “ensino à distância – EAD”. Com a pandemia do coronavírus, muitas instituições tiveram que disponibilizar os conteúdos das aulas no formato em EAD (educação a distância) para os alunos do ensino presencial.

Entretanto, esse setor ainda sofre com a dificuldade de conectividade (nem todos os alunos possuem o acesso à internet, baixa velocidade de conexão, entre outros). O segmento esbarra ainda com a falta de experiência de professores e alunos.

O Brasil é um país com vários problemas estruturais. Um deles é a elevada desigualdade social. A má distribuição de renda e de riqueza se reproduz na economia digital, por meio da exclusão digital. Este é um dos maiores desafios a ser enfrentados pelo país neste novo campo da economia.


Jefferson José da Conceição – Professor e Coordenador do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS. Autor do livro “Entre a mão invisível e o Leviatã: contribuições heterodoxas à economia brasileira”. Editora Didakt, 2019 (407 págs.). Disponível em www.estantevirtual.com.br.

Gisele Yamauchi – Economista.Turismóloga. MBA Empresarial e Industrial pela USCS. Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela USJT. Pesquisadora do Observatório de Políticas Públicas, Empreendedorismo e Conjuntura da USCS – CONJUSCS.

Fonte: Rede Brasil Atual

O boletim divulgado no início da noite deste domingo (14) pelo Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass)s informa que o Brasil chega oficialmente a 43.332 mortes por complicações decorrentes da covid-19 desde o início da pandemia, em fevereiro. No último período de 24 horas contabilizado pela entidade, entre as 16h de sábado (13) e as 16h deste domingo, o país registrou oficialmente mais 612 mortes pela infecção.

Segundo o Conass, o país acumula agora um total de 867.624 casos de pessoas testadas que deram positivo para a covid-19, somando mais 17.110 novos contágios registrados no período.

Nas 24 horas contabilizadas entre as 16h de sábado (13) e as 16h deste domingo, foram registrados pelas secretarias estaduais de saúde 17.110 novos contágios testados e 612 mortes. Caso esse ritmo de alastramento, o Brasil terá um milhão de infectados até o fim da próxima semana. 

O país ultrapassou o Reino Unido, onde já morreram 41.783 pessoas, na lista de nações com maior número de mortes pelo coronavírus, ficando agora atrás apenas dos Estados Unidos (2.090.358 casos e 115.645 mortes).

A questão brasileira se agrava também pela subnotificação, reconhecida até mesmo pelo Ministério da Saúde do governo Bolsonaro. Ela ocorre principalmente porque o Brasil faz poucos testes entre a população – os testes mais seguros estão sendo realizados somente nos casos mais graves.

Dados de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) têm sido usados por especialistas para estimar que a disseminação da covid-19 em território brasileiro pode ser mais grave que a mostrada pelos números oficiais. Até ano passado, a síndrome era relativamente rara no Brasil – entre março e junho de 2019 causou menos de 400 mortes. Esta ano, porém, já são quase nove mil óbitos tendo a SRAG sido apontada como a causadora.

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro segue menosprezando a pandemia e demonstrando total desrespeitos pelas vítimas e suas família. Depois de, em sua live semanal da última quinta-feira (11), estimular seguidores a invadir hospitais para checar se há, de fato, presença de doentes de covid-19, ao menos três ocorrências em unidades de atendimento foram registradas até este domingo.

Por conta dos episódios, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou que os Ministérios Públicos estaduais investiguem as invasões de hospitais estimuladas por pelo presidente.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu na quarta-feira (10) e definiu o calendário de conferências, congressos e assembleias para dar início à Campanha Nacional dos Bancários 2020.

Esse calendário poderá ser alterado caso seja prorrogada a validade dos Acordos e Convenções Coletivas, ou se o Congresso Nacional aprovar a ultratividade discutida na MP 936. O Comando também cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última reunião de negociação, a resposta sobre a reivindicação para que os bancos garantam a ultratividade da CCT e dos ACTs, mas até o momento não houve resposta dos bancos.

Mesmo em isolamento social, a categoria será chamada a participar da campanha desde o princípio, com a já tradicional Consulta Nacional aos Bancários, que permite a todos os trabalhadores darem sua opinião sobre temas importantes, as prioridades da campanha, as formas como os sindicatos deves se comunicar e até como pretende participar das ações da campanha. Neste ano, a consulta será totalmente eletrônica e poderá ser respondida até o dia 25 de junho.

As conferências estaduais/regionais começam a ser realizadas no dia 26 de junho e seguem até 4 de julho.

Os congressos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal serão realizados de 10 a 12 de julho e a Conferência Nacional dos Bancários, onde se define a minuta de reivindicações, nos dias 17 e 18 de julho, para a categoria deliberar sobre a pauta em assembleias que devem ser realizadas nos dias 20 e 21 julho e a minuta de reivindicações podendo ser entregue à Federação Nacional dos Bancos no dia 23 de julho.

Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19), todas as atividades serão realizadas por videoconferência.

Veja abaixo o calendário da Campanha Nacional dos Bancários

 

Fonte: Contraf-CUT

Depois de cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa anunciou, na manhã desta sexta-feira (12), em comunicado interno aos empregados a prorrogação do “Projeto Remoto” até o dia 30 de junho.

Vale lembrar que a reivindicação dos empregados a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O Projeto Remoto é uma modalidade de Trabalho Remoto Simplificado. Foi lançando em março. A renovação é feita automaticamente pela área responsável.

O banco anunciou unilateralmente a volta dos supervisores de regionais ao trabalho presencial na próxima segunda-feira (15). A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobra negociação para discutir este tema, além da questão das metas e dos protocolos de saúde.

Fonte: Contraf-CUT

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) entrou com requerimento para que o Senado desconsidere as alterações promovidas pela Câmara dos Deputados nos parágrafos 2º e 3º do artigo 224 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Os deputados aprovaram alterações na CLT por meio do artigo 32 da Medida Provisória 936, que tramita no Senado como PLV nº 15, de 2020 e, tratam-se de matérias estranhas ao objeto principal da MPV 936, de 2020. O senador informa que o requerimento se fundamenta no entendimento do Supremo Tribunal Federal e também no Regimento Interno do Senado, que proíbe a inserção pelo Legislativo de matérias estranhas em Medidas Provisórias.

“Como é de conhecimento público, a Medida Provisória 936, de 01/04/2020, foi editada para instituir o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, no âmbito do Ministério da Economia, com os objetivos de preservar o emprego e a renda; garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública”, observa o senado na justificativa do requerimento.

“Ocorre que, no decorrer do processo de tramitação na Câmara dos Deputados, foram introduzidos nos parágrafos 2º e 3º do artigo 224 da CLT, alterados pelo artigo 32 do PLV nº 15, de 2020, que veiculam matéria estranha à Medida Provisória”, explica o texto.

A MP 936/2020, que foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados no dia 28 de maio e agora tramita no Senado como PLV15/2020, está prevista para entrar na pauta de votação na semana que vem.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já enviou um ofício ao relator da Medida Provisória (MP)senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), solicitando a exclusão das alterações nos  artigo 224 da CLT.

Fonte: Contraf-CUT

A sessão deliberativa remota do Senado Federal que votaria, nesta quinta-feira (10), a Medida Provisória (936) foi cancelada pela Presidência do Senado. Ela foi transferida para a próxima terça-feira (16), às 14h.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já se manifestou contrariamente à inclusão no relatório da alteração no artigo 224 da CLT que atinge diretamente a jornada dos bancários.

O parecer do relator, senador Vanderlan Cardoso do PSD-GO, é contrário às emendas supressivas da alteração do parágrafo 2º do artigo 224 da CLT que altera a jornada dos bancários, mantendo, portanto, o texto aprovado pela Câmara. “Estamos vigilantes e atuando no Congresso para que o tal “jabuti”, já tão rechaçado anteriormente pelo próprio Senado em outra MP enviada pelo governo, seja derrotado”, afirma Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações de Relações do Trabalho da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Clientes e funcionários do Mercantil do Brasil de todo o país foram surpreendidos nesta quarta-feira (10) com a falta de humanidade e a ganância sem precedentes do banco, que efetuou dezenas de demissões sumárias de trabalhadores em plena pandemia de Covid-19.

Em tempos de pandemia, os usuários dos serviços do Mercantil, em sua maioria beneficiários e pensionistas do INSS, vêm sofrendo com atendimento precário, superlotação de agências e filas enormes nas portas e interior das agências e postos.

Mesmo com esse cenário preocupante, o Mercantil não titubeou em demitir dezenas de bancários e diminuir ainda mais o quadro de funcionários dessas unidades. Isto, consequentemente, gerará um aumento do déficit no atendimento e mais demora e sofrimento, sem contar a possibilidade de aumento dos casos de contágio entre grupo de risco, que são os aposentados idosos acima de 60 anos.

Há pouco tempo, agências do Mercantil do Brasil de Juiz de Fora, em Minas Gerais, tiveram que ser fechadas pelo Sindicato local por conta de testes positivos de Covid-19 em funcionários, que poderiam retransmitir o vírus para os milhares de clientes atendidos diariamente.

É importante destacar, também, que o Mercantil do Brasil não conseguiu oferecer a todos seus funcionários, em 2020, a vacinação corporativa contra o vírus influenza H1N1 e ainda se negou a aumentar o reembolso, de míseros R$ 50, para aqueles trabalhadores que buscaram a imunização em laboratórios particulares.

Não obstante ao momento atual adverso que passam milhares de empresas brasileiras, o Sindicato ressalta que a saúde financeira do Mercantil do Brasil vai muito bem. Somente no primeiro trimestre de 2020, o banco obteve lucro líquido de R$ 47 milhões e também vem investindo maciçamente em mídia e lives de cantores e duplas sertanejas. Mais um motivo para o repúdio aos desligamentos arbitrários dos trabalhadores.

Para Marco Aurélio Alves, que é diretor do Sindicato e coordenador da COE Mercantil, a demissão em qualquer época é terrível, mas demitir em plena pandemia e com as agências superlotadas de clientes é inadmissível e desumano. “Os sindicatos irão denunciar essa arbitrariedade do Mercantil do Brasil em todos os órgãos fiscalizadores do país”, destacou.

Vanderci Antônio da Silva, também diretor do Sindicato, reiterou que nada justifica a demissão de trabalhadores em plena pandemia. “O Mercantil do Brasil nunca esteve tão bem financeiramente e o lucro histórico de R$ 47 milhões, apenas nos três primeiros meses de 2020, aponta que não há desculpas para as demissões e para o sofrimento das dezenas de pais e mães de família demitidos. No mínimo, é desumana essa postura imperdoável do banco”, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região

 

A Comissão de Organização dos Financiários encaminhou à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) a pauta de reivindicações dos financiários, que tem a data-base em 1 de junho.

A categoria reivindica a renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pelo período de dois anos, com validade entre 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2022, e assinatura de termo de compromisso para prorrogação das cláusulas econômicas até o mês de setembro de 2020, com a discussão futura sobre a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sobre os valores da CCT vigente, retroativa a 1º de junho de 2020. Isto corresponderá à reposição da inflação acumulada no período compreendido entre 1º de junho de 2019 a 31 de maio de 2020, além de aumento real de para igual período e o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para os exercícios de 2020 e de 2021.

Pontos da pauta

Um dos pontos mais atuais da pauta de reivindicação é a concessão gratuitamente da vacina contra a gripe H1N1 aos empregados e seus dependentes ou ainda reembolsar as despesas com a vacinação nos exercícios de 2020 e 2021 e o debate para a criação de instrumento aditivo à CCT dos Financiários sobre a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, a fim de minimizar os efeitos sobre a categoria.

Outros anseios dos trabalhadores em financeiras são um período maior da assistência médica e hospitalar aos empregados despedidos, a inclusão do debate sobre o combate à violência contra a mulher e criação de protocolo, nos moldes daquele firmado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com a inclusão de aditivo à CCT dos Financiários.

“A preocupação em relação ao elevado número de casos de violência contra a mulher, que se manifesta de várias maneiras, através de agressão física, sexual, moral, patrimonial, psicológica e até mesmo virtual, precisa estar nos nossos debates constantemente. A norma coletiva será destinada às mulheres financiárias que necessitarem de ajuda, para superar situações de violência doméstica e familiar, visando romper o ciclo dessa violência. Precisamos conter qualquer tipo de agressão contra a mulher na nossa categoria”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Financiários.

Com o documento entregue, a Comissão de Organização dos Financiários aguarda o contato da Fenacrefi para iniciar a negociação.

Fonte: Contraf-CUT

Bradesco amplia aplicação de testes de Covid-19

A pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Bradesco informou nesta terça-feira (9), a extensão dos testes de Covid-19 aos funcionários, estagiários e aprendizes de Porto Alegre, Curitiba, Campinas, Jundiaí, Salvador, Natal, Brasília, São Luiz, Recife, Manaus, Belém, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a aplicação dos testes, que já havia começado nas agências, agora também será estendida para departamentos e empresas ligadas. Na Cidade de Deus, os testes serão aplicados em esquema de drive-thru, no dia 15 de junho.

Os trabalhadores serão comunicados pelo e-mail corporativo ou pelo aplicativo whatsapp cadastrado no banco, a partir desta quarta-feira (10).

Fonte: Contraf-CUT

O banco Santander descumpriu promessa, anunciada à imprensa e confirmada às entidades sindicais, de que não demitiria funcionários durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Na última sexta-feira (5), o banco mandou embora ao menos 15 trabalhadores na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Há denúncias de que as demissões continuaram a ocorrer nesta segunda-feira e que atingiu outras cidades do país, como Rio de Janeiro e Niterói.

“O próprio banco anunciou o compromisso em seu site, dizendo claramente que não promoveria ‘nenhum processo de demissão em todo o território nacional durante o período mais crítico da epidemia de Covid-19’”, informou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mário Raia, que é funcionário do banco. “A suspensão das demissões foi uma reivindicação do movimento sindical, para que a categoria não fosse prejudicada e para impedir prejuízos ainda maiores à economia, uma vez que muitas empresas poderiam iniciar um processo de demissões que levaria à explosão do desemprego no país”, disse.

Dados consolidados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que foram fechados 1,1 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no Brasil nos meses de março e abril deste ano, período que combina com o início do isolamento social no país.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, mostra que a taxa de desocupação no Brasil fechou abril em 12,6%, mas pode ser ainda maior, segundo a economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“A metodologia da pesquisa só considera desempregado quem está procurando emprego, ou esteja disponível para trabalhar. Com o isolamento social, o dimensionamento pode ter sido prejudicado, uma vez que impediu a busca por uma vaga”, explicou a economista.

Em 23 de março anunciamos nosso compromisso público de não demitir funcionários durante o período crítico da pandemia.”

Vanessa Lobato, vice-presidente de RH do Santander no Brasil

Sem justificativa

Para Mário, não existem justificativas para as demissões, uma vez que o banco divulgou recentemente um lucro de R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses de 2020. Isso representa um crescimento de 10,5% na comparação com o mesmo período de 2019 e de 3,4% com o 4º trimestre. A rentabilidade do Santander no Brasil atingiu 22,3%.

O resultado é tão significativo que, pelo terceiro trimestre seguido, representa quase 30% de todo o lucro que banco tem no mundo todo. O banco lucra mais no Brasil do que em qualquer outro país, inclusive na Espanha.

“Além disso, o Banco Central liberou R$ 3,2 trilhões para os bancos, R$ 1,2 trilhão de liquidez. Esse dinheiro não pode ficar empoçado e servir apenas para os bancos ganharem ainda mais em cima de dinheiro público e não manter nenhum compromisso social”, ressaltou o dirigente sindical.

Curva crescente da Covid-19

“Também não dá para dizer que ‘o período mais crítico da epidemia’ já passou. Apesar de o governo querer esconder os dados, vemos que o número de mortes bate recorde a cada dia e o de infectados também não para de subir. Além disso, como destacou a reportagem do Estadão, o próprio banco divulgou estudo dizendo que o pior momento da crise só vai ocorrer no final do segundo trimestre”, observou.

Levantamento realizado pelo G1 aponta que 36.602 pessoas morreram por Covid-19 no país até domingo 7/6, quando foram confirmadas 1.382 mortes nas últimas 24h. O número de casos confirmados, segundo levantamento do G1 é de 694.116.

Fim do home office

Segundo a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, o banco, que já havia alterado o protocolo de sanitização das unidades onde foram confirmados casos de covid-19 e orientado seus diretores de rede de todo o país a produzirem e distribuírem vídeos aos funcionários dizendo que praticamente 100% das agências estão abertas e orientando que os funcionários distribuíssem os vídeos aos clientes, agora tem forçado o retorno ao trabalho presencial durante a pandemia, o que contraria as recomendações de especialistas em saúde e das autoridades sanitárias.

“O banco tem agido como se nada estivesse acontecendo no país. Mas, estamos vivendo uma pandemia que já matou mais de 36 mil brasileiros. Na Espanha, o Santander tem agido de maneira diferente, o que deixa claro que, por aqui, a direção se alinhou com o que há de pior para buscar enfraquecer as quarentenas e prejudicar os trabalhadores”, disse Mário Raia, que é membro da COE Santander.

Para os membros da COE, tanto as medidas adotadas pelo Santander, quanto os vídeos dos diretores de rede, seguem a linha ditada pelo presidente do banco no país, Sérgio Rial.

Segundo os relatos, em videoconferência com funcionários, Rial cobrou o cumprimento de metas e ameaçou demissões caso as mesmas não sejam cumpridas, dizendo, inclusive, que aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade.

Fonte: Contraf-CUT