O Bradesco atendeu a reivindicação Comissão de Organização dos Empregados (COE) e ampliou a vacinação contra a gripe H1N1, que começou nesta segunda-feira (19), a todos os dependentes dos empregados do banco. Até o dia 30 de abril, todos os funcionários e dependentes poderão se vacinar nas agências ou nas clínicas credenciadas. O Bradesco também irá disponibilizar um Drive Thru na Cidade de Deus, para funcionários e dependentes do plano de saúde, entre os dias 22 de abril e 8 de maio.
Outro pedido dos trabalhadores atendido foi a prorrogação dos testes sorológicos para saber se está com a Covid-19 dos funcionários e seus dependentes, aprendizes e estagiários até sábado (24). O exame é realizado a partir da amostra de sangue. Não é necessário estar de jejum e não precisa agendar. Só levar documento com foto.
Emprego, GERA e protocolos de saúde e segurança contra a disseminação da Covid-19 foram os assuntos da pauta da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, realizada por videoconferência na tarde desta sexta-feira (16). Os temas foram antecipados em ofício enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na quinta-feira (15), para dar mais eficiência ao encontro.
No documento, o movimento sindical reivindicou a suspensão da implantação do programa de remuneração variável GERA. “Nós entendemos que o momento de pandemia não é o mais adequado para a implantação desse novo modelo, já que ainda existem muitas dúvidas dos trabalhadores, além da informação de que a cobrança pelo cumprimento de metas aumentou substancialmente. Além do mais, os empregados estão preocupados, pois a pressão tem sido grande e não conseguem se sentir motivados a cumprir o proposto pelo banco”, afirmou Jair Alves, coordenador do COE Itaú.
Segundo ele, denúncias dos trabalhadores apontam que o novo modelo é bem mais complexo e prejudicial, comparado ao AGIR, com metas mais difíceis de serem atingidas, principalmente na pandemia. E isso tem criado um clima de instabilidade, adoecimento e medo no ambiente de trabalho. “Há ainda a exigência de que os empregados tenham a certificação Ambima para fazer jus ao novo programa GERA. E, como é de conhecimento geral, essas provas, por enquanto, permanecem suspensas até 31 de maio de 2021, com previsão de retomada apenas em 1º de junho de 2021, o que ainda poderá sofrer alterações”, completou.
Emprego
O ofício pediu também a suspensão de qualquer processo de demissão de trabalhadores durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na reunião, o banco apresentou o quadro de contratações e desligamentos e justificou que os demitidos não faziam mais o perfil do banco. O movimento sindical pontuou que o número de trabalhadores demitidos está muito alto, em meio a uma pandemia.
“O banco tem condições de manter o emprego desses trabalhadores. Caso o banco ache que estes funcionários não são mais uteis nos locais de trabalho atuais, eles podem ser realocados”, afirmou Maria Izabel, integrante da COE Itaú.
Protocolos
A COE cobrou também o cumprimento dos protocolos de saúde e segurança no trabalho. “Recebemos muitas denúncias de demissões injustificadas e de agências que não estão seguindo os protocolos. Isso não pode acontecer num momento como o que vivemos”, disse Valeska Pincovai, também da COE.
O banco apresentou todos os protocolos passados aos trabalhadores e garantiu que está intensificando a importância do cumprimento de todos eles. Além disso, anunciou também a diminuição do horário de atendimento, com fechamento das agências às 14 horas, a suspensão das visitas a clientes e o reforço das limpezas nas agências. A direção do Itaú estimulou que os trabalhadores denunciem ao movimento sindical se a sua agência não cumprir o que é devido.
“Queremos que esses protocolos sejam devidamente seguidos. Sabemos de casos de funcionários trabalhando com parentes próximos contaminados, que talvez eles também estejam contaminados, só que assintomáticos, mas que não falam por medo de serem demitidos, já que terão dificuldade em bater as metas. Por isso, é importante a suspensão das metas”, afirmou Valeska.
O Itaú apresentou um quadro que apontou o cumprimento de 18% das horas negativas dos trabalhadores. A situação será reavaliada a cada três meses. Caso os trabalhadores não conseguirem cumprir, o período de pagamento das horas será modificado.
O banco anunciou também que a vacinação contra a gripe dos trabalhadores do Itaú começa na segunda-feira (19). Ficou agendado uma próxima reunião para a primeira semana de maio.
Em live com o novo presidente, Fausto Ribeiro, o superintendente do Banco do Brasil (BB) em Mato Grosso, Oberti Finger, não fez nenhuma questão de esconder que todas as operações de crédito para pequenos agricultores são realizadas em seu estado através de correspondentes bancários, e não em agências.
No vídeo que circula na internet, Finger diz: “Quem olha de fora, parece que o Mato Grosso só trabalha com grandes empresários, mas 30% da nossa carteira do agronegócio é composta por pequenos produtores, e 100% das operações são acolhidas por cobans (correspondentes bancários)”.
Para o presidente da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga, o uso de cobans para realizar o trabalho de bancário é uma estratégia de enfraquecimento do banco e precarização do trabalho, já que o correspondente não tem direito a todas as conquistas e direitos clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.
“O novo presidente do BB afirma que valoriza os funcionários, mas a fala do superintendente não deixa dúvidas de que o desmonte é um projeto do governo de Jair Bolsonaro. Ao invés de contratar mais para reduzir a sobrecarga de trabalho que pesa sobre os bancários, o banco terceiriza as funções e esvazia ainda mais a importância do Banco do Brasil e de seus funcionários”, criticou.
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou pela primeira vez em sua história uma eleição inteiramente virtual e a categoria elegeu a Chapa 1 Unidade na Luta. A eleição transcorreu de forma tranquila, com boa participação da categoria: 5.456 votantes, ou 52,33% dos 10.427 aptos a votar.
Diante do momento de resistência aos ataques do governo Bolsonaro, dos bancos e da maioria governista no Congresso, a opção foi formar uma chapa única como a melhor forma de defender os direitos dos bancários e aumentar o movimento dos trabalhadores por democracia.
A chapa 1 – Unidade na Luta obteve 5.262 votos (96,44% do total), 143 (2,62%) foram nulos e 51 (0,93%) em branco. A declaração da eleição da nova diretoria para o período de 2021 a 2025 foi feita pela Comissão Eleitoral, ao fim da votação, que ocorreu às 18h desta quinta-feira (15), coordenada pela ex-presidente do Sindicato, Fernanda Carísio.
O presidente eleito do Sindicato, José Ferreira, frisou que a vitória da Unidade na Luta precisa ser celebrada como um marco de valorização da participação, da consciência em relação ao grave momento que vivemos e ao compromisso de aprofundar a nossa organização e a nossa luta. E acrescentou: “Bancários e bancárias confiaram em nós e iremos honrar a confiança que nos foi dada”, afirmou.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, também comemorou o resultado. “Esta eleição foi uma vitória significativa da categoria bancária e da democracia, seja pela participação expressiva na votação, por ter sido a primeira virtual realizada na história do Sindicato e com uma chapa de unidade para podermos fortalecer a entidade e enfrentar os ataques que estão por vir”, afirmou. Parabenizou o presidente e a vice-presidente eleitos, José Ferreira e Kátia Branco, no auditório do Sindicato e deu um recado às bancárias e bancários: “Mais do que nunca, este é um momento de lutarmos juntos por direitos, pela democracia e pela vida”.
Com informações do site do SEEB do Rio de Janeiro.
Os bancos Bradesco, Santander e Banco do Brasil irão iniciar a vacinação contra a gripe (H1N1) nesta segunda-feira, 19 de abril.
BRADESCO
A vacinação contra a gripe H1N1 para todos os empregados do Bradesco começa nesta segunda-feira (19), de acordo com calendário divulgado na última sexta-feira (16). Até o dia 30 de abril, todos os funcionários poderão se vacinar nas agências ou nas clínicas credenciadas. O banco também irá disponibilizar um Drive Thru na Cidade de Deus, para funcionários e dependentes do plano de saúde, entre os dias 22 de abril e 8 de maio.
SANTANDER
O Banco Santander divulgou o calendário de vacinação na última quinta-feira (15), em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Funcionários, estagiários e jovens aprendizes do banco Santander poderão se vacinar contra a gripe (H1N1) a partir de segunda-feira (19). O banco divulgou o calendário de vacinação, nesta quinta-feira (15), em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE).
A vacinação será realizada nas unidades de trabalho, conforme calendário enviado pelo banco a todos os funcionários. Aqueles que não puderem comparecer nas datas definidas devem agendar a vacinação na relação de clínicas conveniadas. O banco não reembolsará os custos de vacinação em clínicas não conveniadas.
Em caso de dúvidas ou dificuldades para ser vacinado, o funcionário deve acessar o portal RH e consultar as respostas às perguntas frequentes. Se as dúvidas permanecerem, deve entrar em contato com o RH do banco, ou com seu sindicato.
BANCO DO BRASIL
O Banco do Brasil também anunciou na última sexta-feira (16) que iniciará nesta segunda-feira (19) a campanha de vacinação dos funcionários e seus dependentes contra a gripe (H1N1), com o objetivo de promover a saúde e prevenir o adoecimento.
Como a adesão é voluntária, os funcionários que tiverem interesse em se vacinar devem verificar o cronograma de vacinação para sua localidade. Aqueles que não puderem comparecer na data estipulada poderão ser vacinados em uma clínica credenciada apresentando o crachá do banco. Tanto o cronograma de vacinação, quanto a relação de clínicas credenciadas, assim como informações complementares estão disponíveis no site do Serviço Especializado em Segurança do Trabalho (SESMT) do banco.
Atenção!
Quem receber qualquer dose da vacina contra a Covid-19 deve aguardar 14 dias para ser imunizado contra a gripe e quem contraiu o novo coronavírus deve adiar a vacinação contra a H1N1 até a total recuperação e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.
Funcionários, estagiários e jovens aprendizes do banco Santander poderão se vacinar contra a gripe (H1N1) a partir de segunda-feira (19). O banco divulgou o calendário de vacinação, nesta quinta-feira (15), em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE).
A vacinação será realizada nas unidades de trabalho, conforme calendário enviado pelo banco a todos os funcionários. Aqueles que não puderem comparecer nas datas definidas devem agendar a vacinação na relação de clínicas conveniadas. O banco não reembolsará os custos de vacinação em clínicas não conveniadas.
“Trata-se de uma importante ação preventiva e de promoção à saúde reivindicada pelas entidades sindicais em benefício dos funcionários”, informou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia.
“Se a vacinação contra a gripe já era importante antes, no atual contexto, de pandemia de Covid-19, torna-se imprescindível. Por isso, orientamos que todos os funcionários se esforcem para participar desta campanha de vacinação”, completou ao lembrar que a vacina contra a gripe não protege contra o coronavírus, mas o Ministério da Saúde ressalta a importância de se vacinar contra a gripe comum para evitar a confusão de diagnósticos e proteger a população contra as formas mais graves da doença.
Em caso de dúvidas ou dificuldades para ser vacinado, o funcionário deve acessar o portal RH e consultar as respostas às perguntas frequentes. Se as dúvidas permanecerem, deve entrar em contato com o RH do banco, ou com seu sindicato.
O terceiro dia de análise dos balanços dos bancos públicos, para destacar sua viabilidade comercial e sua importância social, destacou os resultados do Banco do Brasil e os ataques que o mesmo vem sofrendo nos últimos anos e os prejuízos que isso pode causar para o país.
O mediador do debate, José Ricardo Sasseron, explicou que o evento faz parte de um curso sobre os bancos públicos realizado em parceria entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), apresentou debatedores do dia e passou a palavra para os representantes da Fenae e da Contraf-CUT fazerem uma saudação inicial.
O presidente da Fenae, Sergio Takemoto, disse que é uma alegria muito grande fazer esse debate em um momento em que o Banco do Brasil e os demais bancos públicos estão sofrendo mais uma tentativa de enxugamento. “O novo presidente afirma que o BB é de mercado. É importante prepararmos os dirigentes sindicais para fazer uma defesa adequada do Banco do Brasil, da Caixa e dos demais bancos públicos junto à sociedade”.
Gustavo Tabatinga, secretário-geral da Conraf-CUT também ressaltou a importância do ciclo de debates sobre os bancos públicos. “Quem teve a oportunidade de participar dos debates anteriores já pôde ver o quanto é importante defendermos os bancos públicos. Hoje, vamos destacar o Banco do Brasil, um banco que tem 213 anos de existência. Mais uma vez, veremos que sem os bancos públicos o não haverá o desenvolvimento do país”.
Os números
A apresentação da economista Nádia Vieira de Souza, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) reforçou a visão de que o Banco do Brasil, assim como os demais bancos públicos, desempenha um importante papel no desenvolvimento do país, tanto em decorrência da concessão de crédito, principalmente no crédito rural, mas também na execução de programas sociais do Governo Federal. “Mas, nos últimos anos, temos visto um ataque sistemático a todos os bancos públicos, incluindo o Banco do Brasil. Isso tem reduzido cada vez mais sua atuação”, observou a economista. “Mas, mesmo com esses ataques, a participação do BB no total de crédito fechou 2020 em 19,4%, com peso ainda maior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste”, completou.
Além do crédito, Nádia também destacou a capilaridade do BB, que atua na maior parte dos municípios brasileiros. “O banco, no entanto, vem sofrendo um forte enxugamento nos últimos anos e, em janeiro, foi anunciada mais uma reestruturação, com fechamento de agências e uma redução de 6% do pessoal, o que causará um forte impacto no trabalho e sobrecarregará os funcionários que permanecerão no quadro”, ressaltou.
A representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB (Caref), Débora Fonseca, também ressaltou a capilaridade do Banco do Brasil. “A presença do BB é muito marcante em muitos municípios, principalmente naqueles onde ele é o único banco da cidade. E em muitos deles essa relação de proximidade com os agricultores contribui com a atuação junto ao agronegócio. Com o fechamento de agências abre-se espaço para as cooperativas de crédito”, disse.
Banco do mercado
Débora Fonseca, também apontou a dubiedade do discurso do novo presidente do banco, Fausto Ribeiro. “Depois de ter dado diversas declarações destacando que dará atenção aos funcionários, no Conselho de Administração, onde há a presença dos acionistas, o novo presidente do BB focou sua fala no retorno aos investidores”.
A Caref do BB lembrou, ainda que as devoluções de recursos para o Tesouro Nacional por meio dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) pode trazer prejuízos para o banco e sua atuação de fomento ao desenvolvimento e, consequentemente para o país. “Isso pode encarecer o crédito e gerar grande impacto não apenas na compra de maquinários, mas do agro como um todo”, afirmou. “É ruim para o Estado, é ruim para o produtor, é ruim pra todo mundo! Ninguém é beneficiado, a não ser os bancos privados, que poderão competir em melhores condições no segmento agro”, completou.
Geração de empregos
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga fechou o debate. Em sua fala ele destacou a importância do Banco do Brasil para a geração de emprego.
“O Banco do Brasil sempre foi um importante ator no segmento de crédito para as micros e pequenas empresas, que são as que mais geram emprego no país. No ano passado, se não fosse o BB, teríamos um número ainda maior de fechamento de empresas, que receberam recursos do governo para conceder crédito a estas empresas, mas se esconderam com medo do calote. Foi o BB quem, mais uma vez, fez este serviço”, disse, ao lembrar dos dados apresentados pela economista do Dieese, que apontam que o BB foi o responsável por 25,6% do crédito às MPEs em 2020.
Mais debate
A semana de análise crítica sobre os bancos públicos será encerrada nesta sexta-feira (16), a partir das 19h, com um debate, que será transmitido ao vivo, sobre a autonomia do Banco Central, com a participação do deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, do presidente da Fenae, Sergio Takemoto, e do Economista Sergio Mendonça.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para a Caixa solicitando o envio de minuta de acordo coletivo de trabalho referente à modalidade “Teletrabalho” e “Banco de Horas” para continuar as negociações coletivas sobre o assunto. O documento reforça o retorno das demandas feitas durante a última mesa de negociação, realizada no dia 16 de março.
“Esses assuntos são de interesse de todos os empregados, pois fazem parte do dia a dia e tem reflexos. A mesa de negociação permanente é conquista dos trabalhadores e o que é debatido e fica pendente precisa ter retorno”, explicou a secretária da Cultura da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
O documento cobra ainda um posicionamento sobre outros temas listados debatidos na mesma reunião, que não tiveram retorno, como reestruturação; Não exposição de “Nome e Sobrenome” de empregados em mensagens de “SMS” de avaliação de atendimento; Inibir que empregados atuem nas áreas externas à agência (após a porta giratória); Debate CR444 (PQV); Transmissão de “Lives” durante horário de atendimento; PSIs (transparência); e fim dos objetivos SMART da VIRED.
“Enquanto representantes da categoria, precisamos ter respostas da Caixa para as reinvindicações dos empregados. Os assuntos vão se acumulando sem o devido retorno por parte da empresa, mas não pode ser assim. Todos os temas são relevantes e merecem atenção e respeito. Por isso, reiteramos a cobrança e tiramos um calendário de luta para as próximas semanas”, afirmou Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e integrante da CEE/ Caixa.
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne com a direção do banco, na tarde desta sexta-feira (16), para continuar os debates sobre o GERA, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir, e garantias de emprego.
Durante o encontro, que será realizado por videoconferência, o Itaú deve apresentar o fluxo do acordo de Banco de Horas Negativas e o nível de emprego em 2020 e no primeiro trimestre de 2021.
“Nós queremos avançar nesse assunto que já dura alguns encontros e são de suma importância para o dia a dia dos Trabalhadores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
Em meio à pandemia, os empregados da Caixa Econômica Federal (CEF) estão se desdobrando para atender os milhões de brasileiros que necessitam do auxílio emergencial, ao mesmo tempo em que são coagidos a cumprirem metas relativas à venda de ações da Caixa Seguridade. Com “requintes de crueldade”, os próprios trabalhadores têm sido pressionados a adquirirem essas ações, forçados, assim, a se tornarem “cúmplices” do processo de privatização em curso, com a venda fatiada dos ativos mais lucrativos.
Além disso, eles denunciam a precarização do atendimento à população em função da perda de funcionários. Nos últimos anos, cerca de 20 mil trabalhadores foram demitidos sem que houvesse a devida reposição.
Diante desse quadro de ameaça de privatização e ataques a direitos, os trabalhadores da Caixa preparam mobilizações. Na semana que vem, eles se reúnem em plenárias e assembleias por todo o país. E não descartam eventual paralisação.
O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e da Federação das Associações de Pessoal dos Empregados (Fenae) da Caixa, Dionísio Reis, destaca que a covid-19 já vitimou ao menos 45 colegas em todo o país. Por outro lado, em vez de valorizar os trabalhadores que estão na linha de frente, a direção do banco cortou parte da participação nos lucros ou resultados (PLR).
“A nossa orientação é para que não comprem e também não vendam essas ações. Querem colocar como se os empregados tivessem concordado com a privatização”, afirmou Dionísio, em entrevista a Marilu Cabañas, no Jornal Brasil Atual desta quinta-feira (15).
Descapitalização
De acordo com Dionísio, desde o golpe do impeachment de 2016, a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES vêm passando por um processo de “descapitalização”. A consequência é a redução da oferta de crédito barato para a população. Os juros praticados pelos bancos públicos também subiram, de forma a atender aos interesses do setor financeiro privado.
Ele destaca que os bancos públicos chegaram a ser responsáveis por 56% da oferta de crédito no país. A “descapitalização”, segundo ele, tem afetado programas de acesso a crédito para o setor imobiliário e a agricultura familiar, por exemplo. Como resultado, os preços dos alimentos ficam mais elevados, os empregos diminuem e a população vê mais distante o sonho da casa própria. “É bom lembrar que desde 2018 a Caixa não realiza mais o Feirão da Casa Própria, que movimentava o setor imobiliário.”
Entrega fatiada
Depois da abertura de capitais da Caixa Seguridade, a direção do banco planeja fazer o mesmo com outra áreas mais rentáveis e estratégicas. No plano de privatização do ministro da Economia, Paulo Guedes, a Caixa também corre o risco de deixar de ser 100% pública, tornando-se uma empresa de economia mista, com ações negociadas na bolsa.
Nesse modelo, uma das consequências seria o enxugamento do número de agências. Pequenos municípios e periferias das grandes cidades seriam os alvos principais desses fechamentos.
“O projeto é vender as partes mais lucrativas, formar uma S/A e passar todas as operações para esse novo banco. A população e os pequenos empresários estão sentindo o impacto dos altos preços dos alimentos, que também decorrem do crédito mais caro. Esse impacto se dá por conta da cartelização e isso está se agudizando. Temos um sistema financeiro muito concentrado. E os bancos públicos não têm mais a oportunidade de ofertarem crédito mais barato”, alertou Dionísio.