Abril 30, 2025
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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e a direção do banco voltaram a se reunir, na noite da última sexta-feira (1), para continuar a discutir o retorno ao trabalho presencial.

Logo no início, os membros da CEBB reforçaram as críticas ao modo como a convocação do retorno foi feita, com ameaças de gestores aos trabalhadores que não querem retornar, e que ainda não é o momento de retornar, pois a pandemia do coronavírus (Covid-19) continua, uma média de mortes alta, e com a variante Delta, de alta transmissibilidade, predominando em vários estados.

O movimento sindical aponta ainda que trabalho presencial aumenta a concentração de pessoas e o risco de aglomeração nos prédios e agências, além de compartilharem o mesmo ambiente, tais como banheiros e cozinhas. Por isso, o uso de máscaras PFF2/N95 tem de ser obrigatório e fornecidas pela empresa, de acordo com as determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Além da necessidade da vacinação completa, com o respeito aos 15 dias após a segunda dose, e da testagem dos trabalhadores que aceitarem voltar. A CEBB reivindica também a proibição da volta dos trabalhadores do grupo de risco e dos que coabitam com pessoas do grupo do risco. 

*Veja abaixo outras reivindicações dos trabalhadores encaminhadas para o banco:*

- Trabalho Remoto permanecer como estratégia para a continuidade do serviço, podendo ser adotado sempre que a natureza do trabalho permitir;

- Respeito às normas municipais, estaduais e federais, acerca de ações para enfrentamento da pandemia de Covid-19, nos ambientes do BB;

- Rodízio entre os trabalhadores da mesma equipe do trabalho remoto, para evitar a eventual contaminação de todas as pessoas de uma mesma área;

- Retorno ao trabalho presencial de forma gradual, considerando a situação epidemiológica da Covid-19 no Brasil e na região onde a unidade está localizada;

- Possibilidade da flexibilização da jornada de trabalho dos funcionários (em até 1 hora para os que possuem jornada de 6 horas e até 2 horas para os de jornada de 8 horas) para que seja possível reduzir a quantidade de funcionários presentes nos ambientes de forma simultânea e estipulando turnos de trabalho, desde que não haja prejuízos às atividades desenvolvidas na dependência;

- Priorização do atendimento não presencial ao público;

- Reuniões presenciais devem ser evitadas;

- Acompanhamento dos gestores da sua equipe, verificando diariamente o estado de saúde de todos e a eventual manifestação de sintomas como tosse, cansaço, congestão nasal, coriza, mialgia (dor no corpo), dor de cabeça, dor de garganta, dificuldade para respirar, febre e perda de olfato; Cuidados no deslocamento para o trabalho para evitar transporte público nos horários de pico.

- Uma comissão bipartite será criada para a construção de um manual de conduta dos funcionários do Banco do Brasil no retorno ao trabalho presencial a partir de segunda-feira (4).

 

Representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram na última sexta-feira (1º) na Mesa Permanente de Saúde para discutir o protocolo base de segurança contra a Covid-19.

A formalização do protocolo é necessária no momento em que os bancos cada vez mais insistam na volta ao trabalho presencial. 

A Fenaban pediu mais um tempo para formalizar o protocolo. 

A reunião decidiu também retomar os encontros regulares da Mesa Permanente de Saúde e marcou, para o dia 25, novo encontro para tratar de outros pontos que envolvam a saúde de bancárias e bancários, como metas abusivas, sequelas da Covid-19 e atenção ao adoecido. Na ocasião, serão apresentados resultados da pesquisa feita na categoria sobre as sequelas nos contagiados pela pandemia.

 
 
Fonte: Fetraf RJ/ES

De acordo com o economista Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), são óbvios os conflitos de interesse envolvendo a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Ambos foram flagrados nos Panamá Papers como detentores de empresas offshore em paraísos fiscais, com milhões de dólares investidos. Trata-se dos principais responsáveis pela definição das políticas fiscal e monetária do país, podendo auferir lucros com suas próprias decisões. Mas muito mais do que os benefícios pessoais, o economista chama a atenção para um problema de ordem sistêmica.

Segundo Rossi, o governo Bolsonaro, com Guedes e Campos Neto à frente, vem conduzindo o maior processo de liberalização financeira da história recente no Brasil. E ele destaca que esta “agenda silenciosa”, que vai na contramão dos interesses nacionais, é levada adiante pelos mesmos agentes que fazer parte dessa elite.

 

“Quem está conduzindo esse processo são justamente os interessados, aqueles que fazem parte de uma plutocracia financeira que tem milhões em offshores”, disse Rossi, em entrevista a Glauco Faria, para o Jornal Brasil Atual, nesta terça-feira (5).

“O principal significado econômico do Pandora Papers é revelar que a elite financeira – a ‘plutocracia’ financeira – está gerindo a nossa política econômica, empreendendo uma agenda de liberalização financeira em benefício próprio. Muito mais do que um problema individual de Guedes ou Roberto Campos, este é um problema sistêmico”, afirmou o economista.

 

Agenda silenciosa

Como exemplo dessas mudanças que atendem aos interesses da elite financeira, Rossi cita decisão recente do Conselho Monetário Nacional (CNM). Na semana passada, o CMN autorizou medida que facilita operações de derivativos com empresas offshore. “Ou seja, podem fazer qualquer operação meramente especulativa a descoberto, sem ativos subjacentes”, destaca o economista. Mecanismos de desregulamentação como este estão nas origens da crise financeira mundial de 2008.

Anteriormente, o CMN também havia abolido a necessidade de serem comunicadas ao Banco Central operações de remessa ao exterior envolvendo valores inferiores a US$ 1 milhão. Outro exemplo de medida que beneficia os especuladores que mantêm recursos em paraísos fiscais.

Nesse sentido, Rossi cita inclusive a própria autonomia do BC, aprovada pelo Congresso Nacional no início do ano. Ele destaca que a pressão foi tamanha que essa pauta acabou “furando a fila” de outras medidas mais importantes. A aprovação ocorreu ainda antes da extensão do auxílio emergencial e, até mesmo, da aprovação do orçamento de 2021.

No caso das normas infralegais decididas pelo CMN, a situação é ainda mais grave, segundo o economista, pois faltam participação democrática e transparência nessas decisões. Apenas três indivíduos – Guedes, Campos Neto e por Bruno Funchal, que é secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia – deliberam a portas fechadas.

Contra o interesse nacional

Legislando em benefício próprio, estes agentes atentam contra os interesses nacionais. Ao liberalizarem os fluxos de capitais, aumentam a vulnerabilidade do país diante de choques externos. Rossi afirma que, na época da crise de 2008, o sistema financeiro brasileiro estava mais protegido do que agora.

“O avanço desta agenda faz com que fiquemos mais vulneráveis a crises financeiras lá fora. E mais vulneráveis do ponto de vista macroeconômico, com volatividade cambial, fuga de capitais etc. Ou seja, essa elite financeira desestabiliza o país simplesmente colocando seus recursos lá fora, gerando crises cambiais”. Em situações como esta, o real se desvaloriza frente ao dólar. Uma das implicações diretas é o aumento da inflação, que impacta negativamente o conjunto da população brasileira, em especial os mais pobres.

“O que a democracia, a população e o Estado podem fazer em relação a isso? Regular”, sugere o economista. “É isso que deve ser feito. E o que está sendo feito por Guedes e Campos Neto, que são representantes dessa plutocracia, é desregulamentar ainda mais. Tirando as amarras e dando ainda mais poder, liberdade e rentabilidade a esses agentes”.

Silêncio da mídia

É o poder dessa elite plutocrata que comanda esse processo de liberalização que a imprensa tradicional tenta disfarçar. Por isso, segundo Rossi, é que a participação de Guedes e Campos Neto nos Pandora Papers foi praticamente escondida dos principais jornais. Ou, quando noticiaram, fizeram questão de apontar que não existe nenhuma ilegalidade nesse tipo de instrumento, que é utilizado principalmente para fugir da cobrança de impostos.

“É isso que a imprensa está ocultando. Porque é essa mesma elite que dá as cartas na própria imprensa. É evidente que não está correto. A gente tem um ministro da Economia que coloca dinheiro em paraíso fiscal. E provavelmente movimentou esse dinheiro”, disse ele.

“É evidente que há conflito de interesse. Isso nem deveria ser alvo de discussão. Mas o problema é muito mais profundo, é uma agenda econômica em benefício deles mesmos que está sendo conduzida, em benefício dessa elite plutocrática que movimenta seus recursos pelo mundo, em paraísos fiscais e offshore. E esses dois personagens estão conduzindo essa política”, acrescentou.

Na contramão do mundo

Organizador do livro Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico no Brasil (Ed. Autonomia Literária), Rossi afirma que essa agenda de liberalização econômica levada a cabo no Brasil está em descompasso com as ideias discutidas, e também postas em prática, ao redor do mundo. Desde a crise de 2008, e principalmente em função da pandemia, a regulamentação financeira e a participação do Estado como indutor do desenvolvimento econômico ganharam novo fôlego. Segundo ele, “a austeridade fiscal foi enterrada no debate internacional”.

Ele citou os três pacotes de estímulo anunciados pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que, juntos, somam US$ 6 trilhões em investimentos. Na mesma linha, a União Europeia também vem implementando um plano de recuperação econômica de € 750 bilhões. Essas ações buscam estimular a criação de empregos no pós-pandemia, além de estimular a transição para fontes de energias renováveis, como forma de conter as mudanças climáticas.

Tanto os Estados Unidos como os países europeus propõem elevar impostos sobre os mais ricos, como forma de financiar os investimentos públicos. Por aqui, a plutocracia se previne de eventuais efeitos como este, enviando seus dólares para paraísos fiscais.

“E o que estamos discutindo no Brasil? Nada em relação a emprego ou plano de recuperação. Na cabeça dos nossos líderes da política econômica, é o mercado que vai conduzir o processo. Não há nada na direção de um plano de recuperação. Pelo contrário. O que há é uma política econômica que vira as costas para o desemprego e para a recuperação econômica”, ressaltou. Rossi vaticina, no entanto, que essas políticas não se sustentam no longo prazo. “Vamos ter que discutir uma transformação profunda na economia brasileira”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT

A partir desta segunda-feira (4), as transferências e pagamentos feitos com o Pix por pessoas físicas, entre 20h e 6h, terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro para coibir casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, sistema de pagamento instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos.

Cliente pode mudar limites

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno. Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro. Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes.

Maior incidência de crimes

O especialista em segurança da informação Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks, em entrevista à CNN, comentou que esse limite de R$ 1.000 para transferências via Pix das 20h às 6h foi determinado pelo Banco Central ao observar um maior número de incidências de crime nesse intervalo de tempo.

Mas faz um contraponto: “Não significa que os crimes aconteçam só das 20h às 6h, e nem que R$ 1.000 é pouco ou é muito. Por exemplo, eu acredito que a maior parte da nossa população muitas vezes nem tem R$ 1.000 disponíveis na conta, então, a fraude pode acontecer com R$ 100, R$ 200 ou R$ 300. Essa discussão é mais profunda”, diz.


Com informações da Agência Brasil e CNN

Fonte: Rede Brasil Atual

A internet assistiu, na última segunda-feira (4), uma pane global no Facebook, WhatsApp e Instagram. A queda dessas redes sociais afetou comunicações de usuários e até negócios de vendedores. Para a advogada especializada em telecomunicações e integrante do Coletivo Intervozes, Flávia Lefèvre, o fato expôs um problema grave no Brasil: o acesso restrito e limitado à internet.

Até as 19h de ontem os aplicativos não carregavam e era impossível atualizar as páginas, postar imagens, enviar ou receber mensagens. Instagram e Facebook começaram a “voltar” pouco depois das 19h. Meia hora depois, o WhatsApp, instável, voltou primeiro nos celulares e, depois, permitindo a sincronização com o Web WhatsApp, em computadores.

A especialista lembra que o acesso à internet já é pouco democrático, devido aos custos cobrados pelas operadoras. Além disso, 85% das classes D e E acessam o mundo virtual por meio de dispositivos móveis, usam planos pré-pagos, com limites de dados, mas com dois únicos acessos ilimitados: Facebook e WhatsApp.

“Esse caso expõe alguns problemas. Infelizmente, boa parte dos consumidores brasileiros acessa a internet por dispositivos móveis e com acesso ilimitado ao Facebook e WhatsApp. Então, num momento como esse, há uma distinção entre acesso à internet e acesso às aplicações de internet. O Facebook tem um poder incrível e criou uma dependência enorme aos usuários brasileiros”, criticou Flávia, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

Facebook e a exclusão digital

Com a falta de acesso livre à toda internet, os usuários possuem sua a navegação limitada ao Facebook e WhatsApp. O caos nas plataformas das empresas de Mark Zuckerberg pode ter levado também a instabilidades nas operadoras de telefonia e internet, já que foram registradas reclamações também sobre esses serviços. O mesmo em relação ao Telegram, plataforma concorrente do WhatsApp.

De acordo com Flávia, se 70 milhões de brasileiros possuem limitação para navegar na internet, é preciso políticas públicas que ampliem o acesso do consumidor. Caso contrário, o poder dessas empresas ficará ainda maior e aumentando a dependência dos usuários.

“Essas plataformas não são a internet, são empresas que ocupam um espaço público. O nosso modelo de internet aqui é lesivo. A pandemia revelou o fosso digital que existe e como as classes mais baixas têm um acesso à internet desqualificado. Isso está relacionado com o poder dessas plataformas. As grandes empresas de comunicação estão associadas aos Facebook e WhatsApp, isso é um problema gigante”, acrescentou.

Fonte: Rede Brasil Atual

Com o avanço da vacinação em todo o País, setores econômicos se organizam para o retorno ao trabalho presencial. Mas mesmo com a pandemia ainda não totalmente controlada, muitos trabalhadores têm sido pressionados a voltar sem qualquer garantia de controle para evitar a contaminação por covid-19, como mostra reportagem de Dayane Ponte no Seu Jornal, na TVT.

Os bancários têm relatado muita pressão para o retorno presencial ao trabalho. Por isso, o Comando Nacional da categoria retoma nesta sexta-feira (1°) a mesa de negociação sobre saúde para discutir com representantes dos bancos os protocolos de segurança contra a covid-19.

“Os bancos colocaram uma forma gradual de retorno, considerando as pessoas com as duas vacinas e após 15 dias do processo de imunização, mas ainda sim perdurando o regime de teletrabalho para aqueles que são de grupos de risco”, afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga. “Com o pessoal da Caixa Econômica a gente conseguiu prorrogar o acordo de teletrabalho até o fim do ano”, diz.

Com os Petroleiros não é diferente. Pesquisa realizada com trabalhadores da Petrobras que estão em trabalho remoto mostra que 92% dos entrevistados querem a participação dos sindicatos nas negociações das medidas de segurança contra covid-19. Mas a empresa insiste no retorno ao trabalho presencial, sem qualquer negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos.

“O trabalho presencial começou a voltar em julho e agora em 1° de outubro 20% da categoria que estava em teletrabalho vai voltar e ainda em novembro mais 40% e isso se conclui até dezembro. Então, em janeiro do ano que vem todo mundo vai voltar ao trabalho presencial. É uma volta que com escala de até três dias teletrabalho”, diz a diretora da FUP Cibele Vieira.

Os bancários também responderam a uma pergunta realizada pelo Dieese sobre teletrabalho. A pesquisa revela que os bancos ainda não cumprem totalmente os termos negociados, mas reconhecem que o trabalho remoto evitou que mais trabalhadores ficassem expostos aos riscos de contágio pelo coronavírus.

“Em alguns bancos a gente conseguiu avançar, por meio de acordo coletivo da negociação permanente”, diz Tabatinga. “A gente conseguiu não só o fornecimento de computador e internet, como também um auxílio em dinheiro, que varia entre R$ 70 e R$ 100. Na noite dessa quinta-feira (30), a FUP realizou videoconferência para debater com os petroleiros os termos da negociação entre a Petrobras e a categoria. E a Contraf deve seguir conversando com a Federação Nacional dos Bancos para garantir a efetivação das medidas contra covid-19.

Fonte: Rede Brasil Atual

O banco Santander comunicou clientes que, a partir de segunda-feira (4), suas “lojas” voltarão a atender o público até às 16h. Os gestores foram orientados a, nesta quinta-feira (30), afixar cartazes informando a alteração do horário, que volta a ser o mesmo de antes da pandemia: das 9h às 10h para atendimento exclusivo para o público prioritário e das 10h às 16h para o público em geral.

“Lamentamos que, mais uma vez, o banco tome uma medida que tem consequências diretas no dia a dia de trabalho sem negociar com a representação dos trabalhadores, em desrespeito ao que determina o acordo coletivo que o banco tem firmado com o movimento sindical”, criticou o coordenador interino da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia.

O dirigente da Contraf-CUT se refere ao Comitê de Relações Trabalhistas, previsto na cláusula 35 do Acordo Coletivo de Trabalho firmado entre o banco e seus funcionários, que em seu parágrafo primeiro define que as demandas do Santander e dos empregados, que não tratem de questões econômicas e de interesse local dos sindicatos, deverão ser encaminhadas através do Comitê”.

Pioneiro

A volta da abertura das agências até às 16h era uma pauta que estava sendo debatida entre os bancos que fazem parte da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), mas não houve consenso e o encaminhamento foi de que a medida seria tomada de forma individual.

“O Santander, como sempre, é o pioneiro entre os bancos nestas questões que podem causar algum dano aos trabalhadores. O banco não tem medo de mostrar que não se importa com o que possa acontecer com seus funcionários. A única coisa que importa é o lucro”, lamentou o dirigente da Contraf-CUT.

Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avaliou as condições de teletrabalho da categoria após mais de um ano de duração dessa modalidade neste período de pandemia de Covid-19. Mais de 13 mil bancárias e bancários responderam ao questionário e feitos vários recortes na pesquisa, que aponta maior incidência de diagnóstico positivo de Covid-19 (38%) entre os que permaneceram no trabalho presencial do que entre aqueles que passaram a modalidade em home office (23%). Chamou a atenção o fato de que o banco que menos colocou trabalhadores em teletrabalho foi o que mais teve registros de contaminação.

Fonte: Contraf-CUT

 
 
Isolado internacionalmente, o Brasil não conta com as ferramentas de outrora para reagir a turbulências no mercado internacional. Nesta quarta-feira (29), as principais bolsas do planeta fecharam em queda, arrastando também o mercado brasileiro. Diante das incertezas em relação à recuperação da economia dos Estados Unidos e com a alta dos derivados do petróleo, que afetam todos os demais países, os brasileiros sofrem com a alta generalizada dos preços.

Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, falta ao Brasil um projeto autônomo de desenvolvimento. Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta quinta (30), ele relacionou as flutuações nos mercados internacionais ao receio de que as economias centrais cresçam menos do que o esperado.

“No mundo, as coisas não estão correndo tão bem como muita gente imaginava. A conta da pandemia não vai sair barata. É um cenário internacional bastante delicado, de muita insegurança ainda. No Brasil, estamos bem longe de construir pontes efetivas para sair deste momento”, afirmou.

“Ou seja, a depender do que acontece no cenário internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami aqui no Brasil. É o que nós estamos assistindo agora”, acrescentou.

Custo da crise

Diante dessas incertezas, além da alta do petróleo, o Brasil enfrenta a desvalorização do real frente ao dólar. É o que explica a alta dos preços, principalmente dos combustíveis e dos alimentos. “Quem paga o preço, principalmente, são os mais pobres”, destacou Fausto

Nesse sentido, ele afirmou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (a Selic) contribui para o “esfriamento” ainda mais acentuado da economia brasileira. A elevação dos juros não tem o efeito pretendido sobre a inflação. Também não serve para atrair investimentos externos, dada a degradação da imagem do país no cenário internacional. A principal consequência é o encarecimento do crédito para famílias e empresas.

Debilidades

Para reagir à crise internacional de 2008/2009, o governo Lula apostou no fortalecimento do mercado interno. Bancos públicos baratearam o crédito para estimular o consumo, mantendo assim os níveis de emprego. Desde 2016, e principalmente agora, durante o governo Bolsonaro, a aposta é em reformas ultraliberais, que fragilizaram ainda mais o mercado de trabalho.

Além disso, no plano internacional, optou-se por um maior alinhamento à economia estadunidense, em vez do multilateralismo adotado no período anterior, segundo Fausto. Com isso, o Brasil vem enfrentando dificuldades, como nas negociações do Mercosul com a União Europeia. Também perdeu protagonismo em organismos internacionais como o G20, e enfraqueceu as relações com o bloco dos Brics.

Fonte: Rede Brasil Atual

Será retomada nesta sexta-feira (1º de outubro) a Mesa Permanente de Saúde da categoria bancária e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para definir o protocolo de segurança contra a Covid-19.

A preocupação de bancárias e bancários é que o retorno ao trabalho presencial aconteça em um momento em que a pandemia não está controlada e que o ritmo de vacinação continua lento.

Outra preocupação dos representantes da categoria na mesa de negociação é com a volta ao presencial do grupo de risco. As sequelas dos que contraíram e foram curados da doença é outra questão que preocupa os representantes da categoria. 

Fonte: Fetraf RJ/ES

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reúne, na tarde desta quinta-feira (30), com a direção do Banco do Brasil para negociar o retorno ao trabalho presencial. A reunião é uma reivindicação da representação dos funcionários desde que o Banco do Brasil começou a emitir convite para os trabalhadores se voluntariarem a voltarem a trabalhar presencialmente.

“Esta negociação e fundamental para criarmos um protocolo com medidas que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Nós acreditamos que ainda não é o momento para a volta de todos os trabalhadores, principalmente os do grupo de risco, mas faremos o possível para preservar a vida dos funcionários do banco do Brasil”, completou.

“O convite foi feito pelo Banco sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores, de forma desorganizada, inclusive com funcionários sendo convocados e depois enviados novamente para o trabalho remoto”, lamentou Kleytton Moraes, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e membro da CEBB. “Precisamos estabelecer parâmetros. Não podemos colocar os trabalhadores em risco e contar com o bom senso de cada gestor, muitos que só mudam de postura após pressão dos Sindicatos”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT