Novembro 25, 2024
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Operações com Pix passam a ter limite de R$ 1 mil durante a noite

A partir desta segunda-feira (4), as transferências e pagamentos feitos com o Pix por pessoas físicas, entre 20h e 6h, terão limite de R$ 1 mil. A medida foi aprovada pelo Banco Central (BC) em setembro para coibir casos de fraudes, sequestros e roubos noturnos.

As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pelas novas regras. A restrição vale tanto para transações por Pix, sistema de pagamento instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido, em vez de ser concedidos instantaneamente, como era feito por alguns bancos.

Cliente pode mudar limites

As instituições financeiras também devem oferecer aos clientes a possibilidade de definir limites distintos de movimentação no Pix durante o dia e a noite, permitindo limites mais baixos no período noturno. Ainda será permitido o cadastramento prévio de contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos, mantendo os limites baixos para as demais transações.

Na semana passada, o BC estabeleceu medidas adicionais de segurança para o sistema instantâneo de pagamentos, que entrarão em vigor em 16 de novembro. Uma delas é o bloqueio do recebimento de transferências via Pix a pessoas físicas por até 72 horas, caso haja suspeita de que a conta beneficiada seja usada para fraudes.

Maior incidência de crimes

O especialista em segurança da informação Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks, em entrevista à CNN, comentou que esse limite de R$ 1.000 para transferências via Pix das 20h às 6h foi determinado pelo Banco Central ao observar um maior número de incidências de crime nesse intervalo de tempo.

Mas faz um contraponto: “Não significa que os crimes aconteçam só das 20h às 6h, e nem que R$ 1.000 é pouco ou é muito. Por exemplo, eu acredito que a maior parte da nossa população muitas vezes nem tem R$ 1.000 disponíveis na conta, então, a fraude pode acontecer com R$ 100, R$ 200 ou R$ 300. Essa discussão é mais profunda”, diz.


Com informações da Agência Brasil e CNN

Fonte: Rede Brasil Atual