Abril 30, 2025
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A mesa de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e os representantes do banco, prevista para esta quinta-feira (23), foi suspensa. A reunião daria continuidade às negociações sobre o modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa a ser implementado a partir de janeiro de 2022.

Para a Comissão, os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional são premissas inegociáveis. Outro ponto a ser tratado é o calendário para as assembleias. A CEE/Caixa defende que o calendário permita apresentar a proposta e fazer os debates e esclarecimentos necessários.  “Toda e qualquer proposta sobre o plano de assistência à saúde será amplamente debatida com os colegas. Desde o início dos trabalhos temos reforçado a importância de os usuários do plano acompanharem este debate pela importância que esse assunto tem”, disse a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fonte: Fenae

Um ano depois de chegar à Câmara e após muitas reviravoltas, a Proposta de Emenda `à Constituição 32, a PEC da “reforma” administrativa, irá a plenário para votação. Nesta quinta-feira (22), a comissão especial criada para analisar o projeto aprovou o parecer por 28 a 18 – foi a sétima versão do relatório, o que provocou várias reclamações da oposição. Falta ainda votar os destaques. Ampliação da terceirização, favorecimento da iniciativa privada e contratações temporárias (por até 10 anos) e possibilidade de redução de jornada e salário são alguns dos principais problemas apontados pela oposição, que aposta agora na votação em plenário para derrubar o projeto. O governo enfrentou dificuldades na comissão, adiou a votação várias vezes e substituiu deputados para garantir apoio.

Para o analista Antônio Augusto de Queiroz, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a “reforma” administrativa é ainda pior que a trabalhista. “Ao diminuir o tamanho e o papel do Estado, a “consequência será o aumento da negligência governamental no combate às desigualdades regionais e de renda, e a redução da presença dos pobres no orçamento público”, afirma. “Isso ocorre invariavelmente com a diminuição ou retirada do Estado no provimento de bens e serviços aos cidadãos, às populações, aos territórios vulneráveis e aos desassistidos”, acrescenta.



Assim como na noite de ontem, a reunião da comissão especial, iniciada na manhã desta quinta-feira (23), foi tumultuada. Deputados da oposição acusaram o relator da PEC, Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), de apresentar um novo relatório, surgido às 21h08, depois de um acordo feito com base em texto apresentado à tarde. Dessa forma, a votação só foi concluída no final da tarde – o resultado foi anunciado às 17h32.

Irritado, Maia disse que as alterações se referiam a “aspectos de redação”, sem mudança de mérito. Foi contestado. “Da forma que está sendo colocado aqui, parece que tentei dar um golpe.” Ele afirmou que o texto, apesar de vindo do governo, tem “produção” do Legislativo. A inclusão do Judiciário deverá ser objeto de destaque no plenário.

“Maldades” de volta

Segundo Alessandro Molon (PSB-RJ), um acordo previa apresentação de um texto na tarde de ontem, “depois de v´árias conversas com o presidente da Casa, Arthur Lira”. Esse texto foi divulgado às 16h30, e foi nele que a oposição se baseou para apresentar seus destaques. Até que surgiu novo documento, à noite, com retomada de “maldades” que haviam sido excluídas.

A oposição fez novo pedido de retirada de pauta, mas a proposição foi rejeitada por 31 a 15. Pouco tempo depois, houve requerimento de adiamento da discussão, também recusado, quase com o mesmo placar (30 a 15). Na orientação às bancadas, MDB e PSDB, por exemplo, votaram a favor do projeto, junto com o Novo, entre outros.

Direto ao plenário

Enquanto isso, passou a circular a informação de que a PEC 32 não seria mais votada na comissão especial e passaria diretamente ao plenário. Assim, José Guimarães (PT-CE) fez apelo ao presidente do colegiado, Fernando Monteiro (PP-PE), para que não permitisse essa manobra. “Se assim fizer, na prática Vossa Excelência está sendo desmoralizado.” Segundo Guimarães, a complementação do relatório trazia mudanças de mérito.

“Não é uma mudança trivial”, afirmou Guimarães. A deputada Erika Kokay (PT-DF) acrescentou que o relator apresentou, “na calada da noite”, uma complementação de voto “com mudanças substanciais”. Já Alencar Santana Braga (PT-SP) observou que a nova versão, que o relator chamou de “ajuste de redação”, foi alterada em 20%.

Molon observou que o governo substituiu seis integrantes da comissão. Para ele, “prova de que o governo não tem segurança para aprovar essa matéria”. “Se passar aqui na comissão, vai perder no plenário. Se tirarem daqui, é a prova que nem aqui conseguem aprovar. É uma reforma malfadada.”

Para Fábio Trad (PSD-MS), a PEC “amesquinha, corrompe, destrói o serviço público”. Ele afirmou que poucas vezes votou “com tanta convicção contra uma PEC”. Talíria Petrone (Psol-RJ) ironizou: “A maior mazela do Estado brasileiro é o presidente Bolsonaro e quem o sustenta. Quem usa os serviços públicos é justamente o trabalhador mais precarizado”.

Governo birrento

Para André Figueiredo (PDT-CE), aprovar o projeto passou a sre uma questão de “birra”. Por isso, segundo ele, foi reapresentad um relatório “absolutamente nefasto que contradiz frontalmente as plavras do deputado Arthur Maia, onde ele defendia o funcionalismo público com palavras que parecia de um deputado da oposição.” Ele apontou a existência de uma “assessoria do mal, que chega e diz o que pode e o que não pode”.

Mas o parlamentar, assim como outros, continua apostando que o governo não conseguirá aprovar a proposta no plenário, onde são necessários três quintos dos votos. “A PEC não tem o apoio necessário de 308 deputados”, afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Campanha Tributar os Super-Ricos foi às ruas para apresentar a campanha à população e mostrar a disparidade entre os super-ricos do país e a grande maioria dos brasileiros e produziu um vídeo com algumas das pessoas abordadas.

“Levamos a proposta da campanha Tributar os Super-Ricos pras ruas, com a distribuição de panfletos com as imagens dos cinco maiores bilionários do país e tirinhas da Niara, nossa mascote, com os endereços das nossas redes sociais”, explicou a jornalista Katia Marko, responsável pela comunicação da campanha. “Aproveitamos para produzir um vídeo mostrando a reação de pessoas abordadas pela nossa equipe”, completou.

O vídeo

Para Katia, o vídeo mostra que o povo trabalhador não sabe quem são os super-ricos. “Mas, chamou a atenção que sabem da injustiça tributária no nosso país”, observou.

Katia ressaltou a reação de uma das pessoas com a desigualdade socioeconômica do país e os privilégios dos mais ricos.

“São mundos completamente diferentes. Pra quem trabalha duro para sobreviver, como o Paulo, que vende alho num banquinho no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, chega a ser chocante saber o valor das fortunas que as pessoas que foram apresentadas a ele possuem. E mais ainda que, proporcionalmente, estas mesmas pessoas pagam menos impostos do que ele”, disse a jornalista.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta última quinta-feira, 23 de setembro, iria ser votado o Projeto de Lei 4772/2021. Mas, novamente após pedido do movimento sindical bancário, a proposta que permite que as agências bancárias funcionem sem as portas giratórias, foi retirada de pauta.

Apesar da proposta ter como objetivo facilitar o acesso de idosos, gestantes, obesos e portadores de deficiência, ela não leva em consideração a insegurança que a medida causaria. A proposta coloca em risco a segurança de funcionários, clientes, vigilantes e prestadores de serviço.

Após o Projeto de Lei ser retirado de pauta, o Deputado Estadual e Presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), André Ceciliano (PT), recebeu representantes do movimento sindical bancário.

Pedro Batista, Coordenador Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, esteve presente na reunião com o parlamentar. Também participaram: Nilton Damião Esperança (Presidente da Fetraf RJ/ES); Adriana Nalesso (Presidenta da Federa-RJ); José Ferreira (Presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro); André Spiga (Diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT); Paulo Sérgio (Funcionário do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro).

Na reunião, o parlamentar ouviu os motivos e argumentos pelos quais a proposta deve ser retirada de pauta em definitivo. Também foi entregue um material impresso onde mostra, em números, a importância das portas giratórias nas agências bancárias, em termos de segurança. Em seguida, André Ceciliano confirmou aos presentes que já solicitou que seu nome seja retirado deste Projeto de Lei.

Na próxima terça-feira, 28 de setembro, o autor do projeto, Rosenverg Reis (MDB), irá receber os representantes do movimento sindical bancário.

 

 

 

A Comissão Executiva dos Trabalhadores (CEE) da Caixa Econômica Federal se reúne com os representantes do banco nesta quinta-feira (23), a partir das 16h, para dar continuidade às negociações sobre o modelo de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados do banco, o Saúde Caixa.

Na última reunião, a CEE reafirmou as premissas definidas pelos empregados para a proposta e conseguiu superar dois impasses: a utilização da média entre as projeções de custo realizadas pelas assessorias atuariais contratadas pelo banco e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae); e o descarte divisão paritária dos custos entre usuários e a Caixa.

“A paridade era uma imposição do banco com base na CGPAR 23, que perdeu seus efeitos após a aprovação do PDL 342/2021 (antigo PDC 956/2018). Mas, a manutenção do modelo de custeio 70/30 ainda enfrenta um impasse devido ao teto de custo a ser pago pelo de 6,5% da folha de pagamentos, que é definido no novo estatuto da Caixa”, explicou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Outros pontos

A CEE também pede a dilatação do calendário de aprovação da proposta de custeio do Saúde Caixa, de forma que haja maior tempo para a apresentação e debate da proposta pelos empregados. “Não existe a possibilidade de aprovação de qualquer proposta pelos empregados da Caixa sobre o plano de assistência à saúde sem que haja análise cuidadosa e debate sobre cada um dos pontos. É preciso estender este calendário em, pelo menos, uma semana”, disse Fabiana.

Outro ponto ressaltado pelo representante da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Jorge Luiz Furlan, é com relação à transparência e gestão do plano. “Estamos deixando claro que é extremamente importante que os empregados participem da gestão do plano para termos conhecimento sobre possíveis reajustes no futuro e qualquer outra medida. Por isso, é fundamental que o Conselho dos Usuários tenha voz ativa e seja ouvido, é importante termos acesso aos dados que nos permitam fazemos nossas próprias projeções, sem termos que brigar para ter acesso a estes dados. Precisamos, também reativar os comitês de credenciamento e descredenciamento”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional d@s Bancári@s se reúne nesta sexta-feira (24) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir o teletrabalho. Na ocasião, será apresentada a 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária. A pesquisa avaliou as condições para a categoria realizar o teletrabalho, após mais de um ano de duração dessa modalidade, durante a pandemia da Covid-19. Uma das preocupações do Comando é com a questão do retorno ao trabalho presencial, que começa a ser feita pelos bancos sem negociação ou critérios definidos.

“É importante retomarmos esse debate com os bancos porque temos pontos importantes a serem tratados como a questão do retorno ao trabalho presencial. Sabemos que já começam as pressões para que bancárias e bancários retornem ao trabalho presencial, mas é preciso haver critérios claros. A pesquisa mostra também como a categoria avalia as condições do teletrabalho. Há avanços, mas também problemas a serem superados”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT, Juvandia Moreira, coordenadora do comando Nacional.

A 2ª Pesquisa de Teletrabalho da Categoria Bancária revela pontos que devem ser aperfeiçoados nessa modalidade de serviço e coletou respostas de 12.979 bancários e bancárias de todo o país. Na primeira pesquisa, realizada no ano passado, foram ouvidos 10.939 bancários e bancárias. A categoria bancária foi pioneira e boa parte dela foi deslocada para o teletrabalho assim que começou a pandemia. Na ocasião, o teletrabalho foi negociado pelo Comando junto à Fenaban.

Carestia

A disparada da inflação, que em 12 meses registrou alta de 9,68% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pesou mais nas despesas das bancárias e bancários que foram trabalhar em casa com custos maiores de energia elétrica, alimentação, gás, etc). Enquanto isso bancos economizaram R$ 766 milhões, na comparação das despesas administrativas entre 2019 e 2020. “A população brasileira, e aí também está a categoria bancária, sofre com a alta de preços, com a inflação. A carestia agrava uma situação já enfrentada pelas bancárias e bancários com mais custos domésticos no teletrabalho. Já os bancos foram extremamente beneficiados com o teletrabalho. Isso precisa ser discutido e a categoria ter compensações com a alta nas suas despesas domésticas”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O ambiente nas empresas ainda não é acolhedor com a comunidade LGBTQIA+. De acordo com uma pesquisa da consultoria Mais Diversidade, até 55% dos trabalhadores LGBTQIA+ falam tranquilamente sobre sua orientação sexual e identidade de gênero com todos os colegas. Mas 20% dos entrevistados afirmam que, ainda hoje, não conversam com ninguém sobre o tema com medo da exposição e das consequências no trabalho. 

Esse índice fica ainda maior quando questionados sobre a abordagem da orientação sexual e identidade de gênero com os chefes. Ao menos 85% dos profissionais disseram não falar explicitamente sobre o assunto com as suas lideranças. Na análise do coordenador do Coletivo LGBT do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Anderson Pirota, isso ocorre porque os desafios aumentam ainda mais para o trabalhador LGBTQIA+. “Além de provar que tem uma certa formação para exercer determinada função dentro de uma empresa, ele ainda tem que provar que é competente tanto ou até mais que um outro trabalhador”, analisa ao repórter Jô Miyagui do Seu Jornal, da TVT

Na pesquisa “O Cenário Brasileiro LGBTI+”, 55% responderam que ter LGBTs em cargos executivos “é muito importante”, e 45% entendem que as empresas precisam dar oportunidades de desenvolvimento de carreira. Especialistas consultados pela reportagem afirmam que as empresas têm discutido inclusão, mas a realidade é diferente. 

Combate à LGBTFobia

O advogado Isaac Porto alerta que a possiblidade do trabalhador expressar quem ele realmente é “permite inclusive que ele desenvolva muito mais as suas habilidades. Porque a energia que você gasta se escondendo e preocupado com comentários, olhares, posicionamentos institucionais ou pequenos comportamentos pessoais que fazem diferença no dia a dia. Tudo isso limita imensamente justamente as possiblidade de crescimento de entrega do profissional.” 

A avaliação é que as empresas têm um papel importante na diminuição da LGBTfobia. Principalmente nesse momento em que, graças à atuação de movimentos sociais, parte da população abraçou a causa LGBTQIA+. Mas a ascensão do conservadorismo também acentuou o preconceito em outra parte da sociedade. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) é contrária ao comunicado interno divulgado pelo Banco do Brasil, na última quinta-feira (15), para informar que as funcionárias e os funcionários que estão em home office, e não pertencem ao grupo de risco, poderão retornar ao trabalho presencial de forma opcional a partir do dia 20 de setembro, mesmo aqueles que ainda não se vacinaram ou completaram as duas doses do imunizante.

“Mesmo seguindo todas as regras e protocolos de distanciamento e higiene, não precisamos ir muito longe para saber que o trabalho presencial aumenta o risco de contaminação pela Covid-19”, ponderou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. O Banco do Brasil se comprometeu a se reunir com o Sindicato Bancários de Brasília na próxima sexta-feira (24). “Até momento o BB não se reuniu com a Comissão de Empresa dos Funcionários. Enaltecemos a importância da reunião que ocorrerá na sexta, com o Sindicato de Brasília, mas continuamos cobrando uma reunião com os representantes de todo o país, pois afinal os problemas estão aumentando e cada vez mais de voluntário somente a fala do presidente”, completou Fernanda.

“A cada dia que passa, recebemos relatos do Brasil inteiro em que o fato de ser voluntario passou a ser uma nova forma do banco cobrar metas de volta de pessoas. Denúncias de gerentes gerais convocando indiscriminadamente funcionários na Ditec, em departamentos como Cenops e ainda alguns postando fotos falando que tem torta para comer. Chega à beira o ridículo essa postura da direção do BB. Os funcionários merecem mais respeito, através da vacinação e não de tortas”, finalizou.

Protesto e fiscalização em Brasília

Nesta segunda-feira (20), antes das 7h, diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) já se encontravam nos prédios administrativos em protesto contra a decisão do banco.

O objetivo dos protestos era buscar diálogo com os trabalhadores que foram pegos de surpresa na última quinta-feira (16), quando o banco divulgou comunicado interno informando que os bancários e bancárias que estão em home office, e não pertençam ao grupo de risco, poderiam retornar ao trabalho presencial de forma “voluntária” a partir desta segunda.

Para o presidente do sindicato, Kleytton Morais, “não dá para o BB, unilateralmente por em risco a construção negocial que ao longo desse um ano e sete meses garantiu protocolos de saúde e segurança decisivos à proteção das vidas. A postura adotada pelo banco desrespeita a mesa de negociação, rompe o acordo e coloca em risco a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do banco. Nós dialogamos com a ciência e é sabido que ainda não é a hora de retornar. Esperamos que a direção do banco reveja esta medida e se sensibilize para proteger a vida”.

Bancário do BB, Kleytton frisa ainda que o processo de retorno ao trabalho precisa ser algo pensado, dialogado e organizado, observando os números de involução da doença para salvaguardar a vida dos bancários.

“Pudemos verificar, diretamente nos locais de trabalho, situações que temíamos com a postura unilateral adotada pelo banco. Neste aspecto, tivemos a oportunidade de destacar diretamente à direção do BB os riscos que a medida poderia ensejar. Ainda estamos na pandemia, por isso é inadmissível tratar a questão do retorno ao presencial como algo voluntário. Pelo contrário, o banco precisará de toda atenção, planejamento e prudência para restabelecer, no momento adequado, o trabalho presencial. Atenção e planejamento que precisam, com urgência, serem reforçados nas unidades de negócios e PSO, de modo a reforçar a proteção dos colegas e assegurar condições dignas de trabalho. Esse sim um critério de justiça a se adotar”, destacou Kleytton.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, dia 22 de setembro, membros da Comissão de Organização dos Funcionários do Banco Bradesco irão se reunir, virtualmente, com representantes da direção do banco, para debater sobre diversas pautas.

A reunião será realizada através de videoconferência, em função da manutenção das medidas protetivas em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

As pautas são: 

- Entrega da minuta atualizada 2021;

- Discussão sobre acordo assinado com o banco de teletrabalho 2020;

- Emprego;

- Retorno ao trabalho presencial com toda segurança à saúde dos bancários e bancárias;

- Plano de saúde/ Odontológico.

A pandemia de covid-19 é a maior crise sanitária do planeta em mais de 100 anos, após a Gripe Espanhola de 1918. Naturalmente, com a doença, surgem muitas dúvidas a serem solucionadas. O novo coronavírus se torna um problema no fim de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei. O alcance e letalidade do surto despertaram um movimento global de enfrentamento e levou a uma corrida científica que alcançou feitos inéditos.

Neste pouco menos de dois anos, foram desenvolvidas, testadas e aplicadas vacinas com diferentes tecnologias – um tempo até então recorde. A comunidade científica globalizou os estudos e os avanços no entendimento da covid-19 são diários. Imunizantes testados e aprovados com urgência utilizam, inclusive, a promissora e inovadora tecnologia de mRNA, ou RNA mensageiro, que deve ser base para a cura futura de outras doenças. Também avançaram protocolos de tratamentos que reduziram a letalidade do vírus ao longo dos meses.

Da mesma forma como provocou a aceleração de avanços científicos, a covid também criou a necessidade de os governos formularem políticas públicas com agilidade, para atuar diretamente no processo de superação da crise. Para esclarecer sobre os avanços de ambas as áreas no trato da pandemia, a RBA apresenta algumas informações atualizadas. Leia a seguir:

Qual o panorama atual da covid-19 no Brasil?

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por covid-19. De acordo com o último balanço do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), foram 590.955 vítimas oficialmente registradas até ontem (20). Entretanto, cientistas argumentam que estes números são subnotificados. De acordo com estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), corrigidos os erros nos bancos de dados apenas de 2020, os mortos superam 630 mil. Estas incongruências, atrasos e erros de preenchimento em atestados de óbitos seguramente se repetem neste ano.

Se em 2020 os Estados Unidos lideraram o registro de mortos por covid, este ano é o Brasil que está à frente neste indicador. O principal fator de impacto foi a chamada segunda onda da pandemia, que atingiu o país entre o fim de fevereiro e a segunda quinzena de julho. Àquela altura, os norte-americanos já haviam adotado o rigor no protocolos de distanciamento social e conseguiram diminuir significativamente o número de óbitos. Mesmo o então presidente Donald Trump abandonou sua postura negacionista e passou até mesmo a apoiar a vacinação. Diferentemente de Bolsonaro, que até hoje não reconhece a importância da imunização em massa.

Celeiro de variantes

A ausência de políticas públicas para o enfrentamento da covid-19 no Brasil resultou na falta de medidas que garantissem segurança às famílias durante o isolamento social. Além disso, o país é dos que menos aplicou testes à sua população, dificultando os trabalhos de rastreio e controle do contágio. A subnotificação é uma realidade admitida até pelo governo federal. O resultado dessa ausência de políticas de cuidado foi o aumento de mortes evitáveis.

Mais que isso, transformou o país em um “celeiro” de mutações virais. Por circular sem controle, o novo coronavírus encontrou terreno fértil no Brasil e aqui produziu uma das mutações mais agressivas detectadas até agora. Conhecida como gamma, ou P.1, a variante surge em Manaus, uma das cidades mais afetadas pelo surto no Brasil.

A situação da capital do Amazonas foi denunciada pela RBA antes mesmo de explodir. Entretanto, investigações da CPI da Covid apontam que a cidade pode ter sido utilizada como “cobaia” de um estudo eticamente inaceitável e que, por fim, mostrou-se trágico. Influenciado pelo negacionismo de Bolsonaro, o governo local facilitou a ampla disseminação do vírus com finalidade de promover a chamada “imunidade de rebanho”. Isso, com uma doença de alta letalidade e causadora de extremo sofrimento aos pacientes.

Negacionismo e corrupção

Bolsonaro também apostou em medicamentos comprovadamente ineficazes contra o coronavírus, como a cloroquina e a ivermectina. Além de não serem eficazes, são perigosos. Grande variedade de estudos publicados em relevantes revistas científicas apontam para o risco de efeitos colaterais graves por estes medicamento. Os principais são hepatites medicamentosas e problemas cardíacos relacionados. Porém, ignorando todos os alertas, Bolsonaro recomendou o uso do chamado “kit covid” em repetidos discursos.

Além da má gestão já apontada, o presidente estimulou e promoveu aglomerações, além de diariamente divulgar mentiras e fake news sobre tudo que se relaciona à pandemia. Segundo levantamento da ONG Artigo 19, foram mais de 1.600 de mentiras em cerca de um ano. Bolsonaro ataca a eficácia e segurança de vacinas, por exemplo, postura que se reflete também no atraso da vacinação no Brasil. O governo federal ignorou as ofertas de imunizantes feitas por várias farmacêuticas. Ao mesmo tempo, trabalhou para boicotar a produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan, de São Paulo, governado pelo seu desafeto político João Doria (PSDB). Por outro lado, “fechou os olhos” para negócios obscuros dentro do Ministério da Saúde para a compra de vacinas indianas da Covaxin, com contratos fraudulentos e superfaturados. Escândalo este em investigação na CPI da Covid.

Qual o panorama da vacinação no Brasil?

Apesar do triste panorama a que chegou o Brasil, pelo desgoverno de seu presidente, a pressão dos movimentos sociais e das bancadas de oposição no Congresso fizeram chegar as vacinas. E elas estão produzindo resultados efetivos. Desde a segunda quinzena de abril, com o avanço da imunização, naquele momento, sobretudo dos idosos, as mortes começaram a cair significativamente. No dia 12 de abril, a média diária de óbitos, calculada em sete dias, era de 3.124. No dia 10 de setembro, eram 454 vítimas diárias.

Entretanto, a manutenção de resultados positivos até a eventual erradicação da doença não está assegurada já que, com o fim precoce das medidas de distanciamento por estados e municípios, a ampla circulação do vírus pode estimular mutações. Junte-se a isso, o ainda pequeno percentual de vacinados no país. Até ontem, o Ministério da Saúde contabilizava 40,03% da população completamente imunizada, isto é, com duas doses ou vacina de dose única, no caso da Janssen. Porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indica ser necessário mais de 80% da população vacinada para considerar o surto sob controle. Já tomaram a primeira dose 72,78% dos brasileiros dentro do público-alvo.

Mas, o fato de o Brasil sob Bolsonaro ter um Plano Nacional de Imunização (PNI) errático e sem coordenação efetiva levou os estados a adotar planos diferentes. Parte dos cientistas critica o método utilizado pela maioria das unidades da federação – de aplicar o máximo de primeiras doses, o que chegou a provocar uma escassez para a segunda. Como resultado, apesar de bom número de imunizados com uma dose, o país tem mais de 9 milhões de pessoas com o reforço em falta, e tem percentual de totalmente imunizados baixo, atrás de países como Argentina, Uruguai, Equador e Chile, e similar a Bolívia e Colômbia.

E no mundo?

No Brasil, mesmo com toda a campanha contra de Bolsonaro, a adesão da população está em patamares acima de 90%, chegando à totalidade em algumas faixas etárias. Em outros países, a situação é variada. Mais de 80% das vacinas produzidas foram direcionadas para 10% dos países mais ricos. Isso provoca uma desigualdade vacinal em larga escala, com escassez absoluta em algumas regiões. No continente africano, por exemplo, menos de 3% da população está totalmente imunizada.

A desigualdade na distribuição de vacinas atingiu, inclusive, a OMS. A entidade liderou, ainda na época da produção das vacinas, uma iniciativa chamada Covax Facility. O objetivo era distribuir mais de 1 bilhão de doses para países mais pobres. Esse consórcio não deve alcançar 30% de seu objetivo neste ano. Com isso, o presidente da OMS, Tedros Adhanom, pediu uma “moratória” na aplicação de terceiras doses. Como estudos, inclusive revisões de agências sanitárias europeias e americanas, apontam que duas doses são o suficiente para a maior parte da população, a OMS pede que apenas idosos acima de 60 ou 65 anos recebam o reforço. Também entram neste grupo imunossuprimidos, como pacientes em tratamento de quimioterapia.

Outro destaque negativo na vacinação global fica por conta do negacionismo. Países com ampla oferta de vacinas sofrem com uma parcela da população que rejeita os imunizantes. Um dos casos mais sérios são os Estados Unidos, onde milhares de doses perdem a validade por falta de americanos que queiram se vacinar. Governos locais chegaram a pagar 100 dólares para quem se vacinasse. Mesmo assim, apenas 50,3% da população está totalmente imunizada. Autoridades locais identificaram que cerca de 90% das mortes por covid-19 neste ano são de pessoas não vacinadas.

As vacinas são seguras e eficazes?

Objetivamente: a resposta é sim. Embora exista um grande fluxo de desinformação sobre a segurança das vacinas, para todas as faixas etárias estudadas os benefícios superam (e muito) os riscos, como de tromboses ou questões cardíacas. As porcentagens evidenciam que os perigos são baixos ou inexistentes, ao contrário do que foi observado para cloroquina e ivermectina, além de estas substâncias simplesmente não funcionarem contra a covid-19.

Além dos estudos de eficácia que orientam a aprovação do uso das vacinas, muitos estudos de efetividade já foram divulgados. Quando se fala em efetividade, está em jogo o “mundo real”, ou seja, os resultados obtidos através da aplicação em massa dos imunizantes.

Tabela de efetividades das vacinas em uso no mundo. Fonte: Mellanie Fontes-Dutra (UFRGS)

Pode tomar duas doses de vacinas diferentes?

Sim, como visto na tabela de efetividade das vacinas, o uso combinado de imunizantes, além de seguro, funciona. Em alguns casos, o uso heterógeno das vacinas se mostra, inclusive, mais eficaz.

Combinar vacinas diferentes é seguro e eficaz. Entenda

Quais os riscos da covid-19 entre os mais jovens? Como está a vacinação neste grupo?

As taxas de mortalidade da covid-19 despencam conforme a idade é reduzida. Entretanto, existem riscos sérios. Dados de Israel apontam que 10% dos jovens acometidos por covid-19 sintomática sofrem da chamada “covid longa“, uma forma mais persistente e de difícil tratamento da doença. Após meses de contágio, estes jovens ainda apresentam sintomas. Existem iniciativas para classificar este impacto do vírus como uma “doença autoimune” adquirida, de tão sérias e duradouras as consequências. No Brasil, em 2021, a covid-19 é a maior responsável pela morte de adolescentes.

Uma ampla variedade de estudos classifica a vacinação entre os mais jovens como segura e necessária. Além das mortes que são realidade, estes grupo, por frequentarem ambientes de risco, como escolas, são responsáveis por grande transmissão. Então, a OMS, a Anvisa, os conselhos de secretários de Saúde, e a comunidade internacional recomendam a vacinação. Entretanto, Bolsonaro pressionou o Ministério da Saúde para que o Brasil parasse de vacinar os mais jovens.

Mesmo com a postura do governo federal, a maioria dos estados segue com a vacinação. Entre os estados que ignoraram a orientação de Bolsonaro estão São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e todo o Nordeste. Estão sendo vacinados jovens acima de 12 anos, conforme aprovação da Anvisa e recomendação em bula da Pfizer, único imunizante autorizado no país para esta faixa etária. Já são mais de 4 milhões de adolescentes em processo de imunização. Em São Paulo, 90,3% deste grupo já tomou a primeira dose, comprovando a ampla adesão também dos jovens.

A Pfizer divulgou um estudo também ontem (20) demonstrando eficácia e segurança em crianças de cinco a 11 anos. Em Cuba, por exemplo, a vacina Soberana já é aplicada em crianças acima de dois anos.

Qual o intervalo entre doses das vacinas disponíveis? É seguro antecipar ou postergar?

Alguns estudos publicados em periódicos relevantes e depositários de artigos científicos apontam que um maior intervalo entre doses de algumas vacinas mostra-se mais eficaz. A partir disso, em caso de atraso da segunda dose, a orientação é para que se busque o reforço o quanto antes.

Existe uma ampla discussão em andamento sobre o tema. Entretanto, com o avanço de variantes mais contagiosas, sobretudo a delta, a imunização completa mostra-se essencial. Com este fator sobre a mesa, calendários com maior breviedade possível são amplamente adotados pelos países.

No caso da Pfizer, o recomendado em bula é o intervalo de 21 dias. No Brasil, este intervalo flutua entre 90 e 21 dias. O Rio de Janeiro divulgou hoje, por exemplo, que reduziu o intervalo para o mínimo recomendado, 21 dias, para quem tem mais de 50 anos. Em São Paulo, os imunizados com Pfizer ou AstraZeneca, que também foi adotada em regime de 90 dias inicialmente, podem se inscrever na “xepa” após 21 dias. Já para a CoronaVac, o intervalo recomendado e utilizado é o descrito em bula, de 21 dias.

Após a vacinação, é seguro se aglomerar?

Diferentes cientistas e institutos como a Fiocruz, recomendam que as medidas de segurança devem continuar. A Fiocruz considera precipitado o fim do distanciamento social nos estados. Contudo, a saúde mental também é algo a se levar em conta. A partir disso, a ciência recomenda atividades ao ar livre, onde as chances de contaminação são reduzidas. Estudos também apontam para maior eficácia de máscaras do tipo PFF2 ou N95, com desempenho superior às de pano ou cirúrgicas. Entretanto, na falta delas, o essencial é usar máscaras. Contudo, riscos sempre existem e estudos indicam que as novas variantes do novo coronavírus podem circular mesmo entre vacinados, apesar de reduzidas as chances de mortalidade.

Quando a pandemia vai acabar?

O médico sanitarista e fundador da Anvisa Gonzalo Vecina teme que o fim não esteja tão perto. Questionado sobre a realização do Carnaval do ano que vem, o especialista se posiciona contra. “Em 2024 teremos um belo carnaval”, avalia. Em um mundo globalizado, a segurança sanitária plena só virá com a comunidade internacional, de forma conjunta, combatendo o vírus. Não está descartada a necessidade de novas doses de imunizantes. Estudos ainda estão em andamento e a certeza da duração da imunidade só virá com o tempo. Contudo, artigos e levantamentos internacionais recentes apontam que a eficácia das vacinas supera as expectativas, e que este fim pode estar mais próximo.

O médico e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) analisa cenários diferentes para o fim da pandemia. Em um deles, com a imunização coletiva, cepas contagiosas mas menos agressivas se sobressairão. Algo como o ocorrido com a Gripe Espanhola, que se tornou endêmica nos países como gripe comum. Por outro lado, também existem os riscos de novas mutações serem tão agressivas e diferentes em sua forma genética que possam derrubar a eficácia das vacinas existentes. Neste cenário pessimista, seria necessário voltar à prancheta para a elaboração de novos imunizantes.

Fontes: Rastrador do covid Microsoft; Fiocruz; Lancet; Mellanie Fontes-Dutra (UFRGS); Alexandre Padilha (PT-SP); Jesem Orellana (Fiocruz); Ministério da Saúde; GloboNews; Agência Brasil; Denise Garret (CDC-EUA/Sabin Vaccine); Rede Análise Covid-19; Rede Brasileira de Mulheres Cientistas; Pfizer; Oxford Universitie; Sinovac