Abril 30, 2025
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Imprensa

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A Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e representantes do banco se reuniram nesta quinta-feira (7) para uma nova rodada de negociação sobre o acordo de teletrabalho e banco de horas. Houve uma sinalização positiva do banco para avançar em alguns pontos, como a redução do prazo de compensação das horas-extras e o aumento do valor da ajuda de custo, como propuseram os representantes dos empregados na última minuta enviada ao banco.

Houve progresso também na discussão sobre o acesso dos sindicatos aos empregados em trabalho remoto. Para a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é preciso estar claro no acordo que a Caixa vai garantir o acesso dos sindicatos aos empregados em teletrabalho. “Precisamos ter acesso aos trabalhadores para assegurar os direitos que eles possuem, mesmo realizando suas funções neste modelo, como a jornada de trabalho, a garantia das condições de saúde e de trabalho, entre outros itens”. Os representantes do banco informaram que vão viabilizar o acesso e este ponto estará na minuta.

Controle de jornada

A cláusula ainda em dificuldade de acordo é o controle da jornada no trabalho remoto. O banco quer estabelecer que o controle seja facultativo, mediante negociação entre o gestor e o empregado. Para Fabiana, este ponto é inegociável. “Para nós é extremamente importante e o acordo não avançará se não houver controle de jornada para todos os empregados que estão em teletrabalho ou home office”, disse ao lembrar que são diversas as situações em que a Caixa abusa da jornada de trabalho para quem não tem registro de ponto. “E o registro deve refletir o modelo de trabalho presencial, assim como é feito no Banco do Brasil e em outros bancos. “A Caixa é o único banco que adota teletrabalho sem controle de jornada”, completou a dirigente da Contraf-CUT.

Rogério Campanate, integrante da Comissão e presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) do Rio de Janeiro, acrescentou que o registro facultativo não dá garantias ao trabalhador. “Enquanto a gente não encontrar uma forma de garantir ao empregado que a opção é realmente dele, vamos nos manter contrários ao registro de ponto facultativo”, ressaltou.

Rogério explicou que, no ano passado, quando o sistema de rodízio começou a ser desfeito, os trabalhadores sofreram pressão para retornar ao trabalho presencial. “Houve uma pressão imensa para que o empregado solicitasse o retorno do rodízio. Isso não foi uma escolha, foi pressão e assédio. E é o que provavelmente pode acontecer se o ponto for ‘facultativo’”, destacou.

A CEE/Caixa e os representantes do banco vão ajustar a proposta de acordo para discutir o modelo na próxima reunião, marcada para o dia 18 de outubro.

Outras negociações

No início da reunião, a CEE cobrou datas para negociação de outras reivindicações que já foram passadas ao banco, como o novo modelo de gestão e custeio do Saúde Caixa, o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), condições de trabalho, Promoção por Mérito e as mudanças no programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “Precisamos avançar nesses assuntos que são tão importantes quanto teletrabalho e banco de horas. Enquanto o banco segura estas negociações, os trabalhadores continuam sobrecarregados, extrapolando, e muito, a jornada de trabalho e ainda sofrendo pressões por metas”, concluiu a coordenadora da CEE.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

 

Neste mês de outubro, um alerta está sendo feito às mulheres. É a campanha do Outubro Rosa, que tem como objetivo principal chamar a atenção das mulheres e da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e também do câncer de colo do útero.

O câncer de mama é um tumor maligno que ataca o tecido mamário e é um dos tipos mais comuns, segundo o Inca. Caso esse tipo de câncer seja diagnosticado precocemente, as chances de cura aumentam em 95%, de acordo com o Instituto Oncoguia.

O diagnóstico da doença é realizado por meio do autoexame e exames de imagem, como o ultrassom, a mamografia e a biópsia. É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal. Pode ser no banho, durante a troca de roupa ou em outro momento da rotina.

Para fazer o autoexame, a mulher precisa colocar uma das mãos atrás da cabeça. Usar os dedos da outra mão para tocar a mama. Também precisa fazer movimentos circulares iniciando no mamilo e estendendo-se até a axila. O autoexame permite que a mulher identifique prematuramente alterações presentes nas mamas, seja de tamanho ou a aparição de pequenos nódulos. É importante destacar que o autoexame não substitui a visita ao médico.

A realização de exames médicos para prevenir o câncer de mama ainda está abaixo do adequado no país. Em 2020, deveriam ter sido realizadas 11,5 milhões de mamografias no Brasil, mas apenas 2,7 milhões foram feitas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia.

Em novembro de 2019 fui reeleita, em primeiro turno, como representante dos empregados para o Conselho de Administração. Recebi 82% dos votos válidos, numa disputa com 203 candidatos. O resultado me emocionou e garantiu a coragem necessária para seguir em frente, defendendo de forma intransigente a Caixa Pública e os direitos dos empregados. A participação recorde dos colegas na votação e o apoio das entidades mostraram a força do coletivo, da união.

Eu vinha de uma gestão marcada por constantes reuniões em locais de trabalho, cheguei a visitar 22 estados brasileiros, mas poucos meses depois, com a chegada da pandemia de covid-19, esses encontros passaram a ser remotos, resultando em rápida expansão da nossa comunicação virtual, com lives, publicações, podcasts.

A crise sanitária trouxe para os bancários e prestadores de serviço da Caixa um sentido maior da palavra superação, já que a covid-19 acarretou mortes, tristeza e a necessidade de cumprimento do papel social da empresa, exigindo de seus trabalhadores rotinas extensas (e com grande risco de contaminação) para atender dignamente a milhões de brasileiros desamparados pela crise econômica e social.

Junto com as entidades, defendi a necessidade do home office, protocolos de segurança nas agências, vacina para todos, contratações, investimentos em tecnologia e humanização das relações de trabalho, sem a cobrança exacerbada por metas.

No debate interno do Conselho me posicionei contra a colocação de teto no Saúde Caixa no estatuto, a privatização das operações (Cartões, Loterias, DTVM, Seguros) e todo tipo de fatiamento do banco, como os IPOs; votei contra a devolução dos IHCDs – instrumentos foram usados para que o banco ampliasse sua atuação nas políticas públicas; e a criação do banco digital (outra instituição financeira).

Fui a favor de todas as pautas que envolvem a expansão do papel da Caixa, ampliação das operações, abertura de agências, ocupação de cargos de dirigentes por empregados de carreira, respeito a diversidade, aprimoramento das medidas de sustentabilidade, integridade e maior transparência.

Obviamente, ser minoria não é fácil: o CA é composto por 8 membros e, destes, 7, incluindo o presidente do banco, são indicados pelo governo. Sou a única empregada – até setembro era a única mulher – e voz destoante da maioria dos conselheiros em assuntos que envolvam a privatização das operações, a retirada de direitos dos empregados e ameaças à sustentabilidade, perenidade, uso da imagem da instituição.

Com isso, a pressão é grande e se dá de várias formas. No último período foi aberto procedimento interno no colegiado contra mim, sobre supostos conflitos de interesses. Em um deles questionam meu posicionamento a favor de greve dos empregados ocorrida em abril. Situação parecida acontece também com conselheiros eleitos de outras estatais. Exemplo dos ataques que vivemos no país hoje contra as representações dos trabalhadores e a democracia.

Em resposta surgiu uma forte onda de solidariedade e apoio vindo dos empregados e entidades, referendando minha atuação. Primeiro veio dos colegas, com a pesquisa virtual realizada em março passado que apontou que minha atuação como representante dos empregados no Conselho de Administração tem a aprovação de 94% dos trabalhadores da ativa: 79% a consideraram ótima e 15% boa. A pesquisa foi respondida por 1.754 bancários, sendo 1.201 da ativa e 553 aposentados. Mais recentemente, as entidades sindicais e associativas que representam os empregados da Caixa divulgaram documento em que ratificam o apoio ao mandato.

Os desafios continuam grandes, mas acredito que nosso futuro é muito maior que nosso presente, e por essa razão sigo nessa jornada de lutas com vocês. Sou uma única voz, mas sei que não estou sozinha.

Mais uma vez, convido cada um a participar da gestão, mandando sugestões, críticas, opiniões e fortalecendo, assim, a tão expressiva e bela palavra que nos une desde a origem: Juntos, para o que der e vier.

Maria Rita Serrano é conselheira de administração da Caixa eleita pelos empregados. Mestre em Administração, é autora do livro ´Caixa, banco dos brasileiros´ (2018) e coautora de ´Se é Público é para todos´ (2018). Também é coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e conselheira fiscal na Fenae

Washington Reis, Prefeito de Duque de Caxias, publicou, na tarde da última terça-feira (05), um decreto desobrigando o uso de máscara facial no município, mesmo sem apresentar nenhum parecer técnico da área de saúde para justificar a decisão.

Sua justificativa é que “basta ser bom em matemática” para entender.

O decreto não leva em consideração os riscos que estão expostos os profissionais da área de saúde, comércio, educação, serviços e outros setores como bancos, onde os trabalhadores estão expostos o tempo todo ao vírus covid 19 e suas variantes.

De acordo com dados do Painel da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva em Caxias está em 37% e de enfermaria em 40%.

E, apesar do número baixo de internações, a taxa de letalidade da doença no município é 6,57%, muito maior do que a taxa de letalidade do Brasil, que é de 2,8%.

Alem disso, o Rio de Janeiro, junto com Santa Catarina, Espírito Santo, Ceará, Distrito Federal, são as cinco unidades da federação onde os casos de COVID-19 ainda estão em crescimento.

Esses dados são fornecidos pelo consórcio de veículos de imprensa, junto às secretarias de saúde dos Estados.

A Coordenação Geral do Sindicato dos Bancários repudia este decreto, por entender que se coloca em risco a vida de profissionais essenciais que, desde o início da pandemia, não deixaram de atender a população e, em especial, os trabalhadores bancários.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense irá buscar os recursos necessários para proteger os trabalhadores e as trabalhadoras em Duque de Caxias.

Nesta quinta-feira, 7 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma bancária: desta vez, uma trabalhadora do Banco Santander.
 
ENTENDA O CASO
 
O Departamento Jurídico do Sindicato já havia obtido uma liminar, ano passado (2020), em decisão proferida pela 4ª Vara do Trabalho de Duque de Caxias. No entanto, o banco impetrou Mandado de Segurança no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, conseguindo cassar a decisão que havia determinado a reintegração da bancária. 
 
Contrariado com a decisão, o Departamento Jurídico apresentou os recursos cabíveis e, após julgamento realizado em setembro de 2021, foi julgado o Mandado de Segurança, sendo restabelecida a liminar deferida no ano de 2020. 
 
Desta forma, hoje, o Sindicato e a bancária Monica da Silva Nunes puderam comemorar juntos esta GRANDE VITÓRIA, cumprindo a reintegração. 
 
A bancária também foi desligada em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.
 
A reintegração foi realizada na agência localizada em Gramacho e foi acompanhada pelos diretores Martins, Gentil Ramos, Marcelo Silva, Roberto Domingos, Ricardo Sá e Dialas Coelho.
 
IMPORTANTE
 
Monica é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi atendida pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.
 
É de fundamental importância que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.
 
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O Programa Bolsa Família custa muito menos aos cofres públicos do que outras políticas de combate a pobreza e desigualdade social. Segundo avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), custa menos, por exemplo, do que o Benefício de Prestação Continuada (BPC), abono salarial, salário família e previdência rural.

Conforme os auditores do tribunal, que consultaram diversas bases de dados, o Bolsa Família é capaz de reduzir em 1 ponto percentual a distância média do rendimento dos pobres com a aplicação de R$ 12,63 bilhões anuais. Já para reduzir no mesmo 1 ponto percentual a desigualdade social, seriam necessários R$ 27,91 bilhões anuais.

Para atingir o mesmo resultado em termos de pobreza, o BPC carece de R$ 24,30 bilhões anuais; o salário família, de R$ 30,93; e o abono salarial, R$ 61,01. De acordo com o relatório do TCU, BPC, abono salarial, salário família e previdência rural são mais custosos também para reduzir em 1% o índice de Gini (redução de desigualdade) em relação ao Bolsa Família.

Criado em outubro de 2003, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Bolsa Família resulta da reorganização dos programas sociais, ampliando de 3 milhões para 14 milhões o número de famílias beneficiadas. O direito ao pagamento do benefício passou a ser atrelado à inserção em políticas educacionais, de saúde e de geração de renda, entre outros.

Exclusão a caminho

O programa foi ampliado nos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT), mas foi encolhendo. A estimativa de alcance do programa atualmente é de cerca de 14,6 milhões de pessoas. O governo de Jair Bolsonaro, que planeja um “novo” programa para colocar sua marca, e assim tentar a reeleição, fala em ampliar para 17 milhões. No entanto, não apresenta dados concretos, tampouco fonte de financiamento. Há estimativa de que 22 milhões de pessoas estariam serão excluídas do programa, enquanto o governo Bolsonaro tenta emplacar o chamado Auxílio Brasil. Um programa que não deixa claro quantos serão os beneficiários nem qual será o valor exato.

Em entrevista recente à RBA, a economista Tereza Campello afirmou que o mais grave é que a medida de Bolsonaro irá promover a “maior exclusão da história da proteção social”, com 22 milhões de beneficiários a menos. A ex-ministra do Desenvolvimento Social e Comabte à Fome entende que a medida provi´sória que extingue o Bolsa Fam´ília também acaba com o auxílio emergencial, deixando milhões de pessoas desassistidas em meio à crise sanitária e econômica.

Bolsa Família e a nutrição infantil

Pesquisas indicam o impacto do programa na melhora da nutrição infantil e, de modo indireto, na redução do trabalho infantil, na melhora da saúde, educação e assistência social. Houve aumento da frequência escolar, redução do índice da evasão e de repetência.

Além disso, os auditores do TCU constataram que o Bolsa Família e os outros programas são instrumentos úteis para a redução não só da desigualdade social, como também da desigualdade regional e entre a região metropolitana e interior dos estados.

Porém, o levantamento aponta para um desequilíbrio do sistema de proteção social. O BPC, o abono salarial, o salário família e a previdência rural, segundo os auditores, alcançam mais as famílias com pessoas idosas. Por outro lado, cobrem apenas 4% daquelas com crianças e adolescentes, sem renda. Justamente as que possuem taxa de pobreza 10 vezes superior ao das famílias com pessoas mais velhas.

“Em outras palavras, há indícios de má distribuição do orçamento dos programas de transferência de renda, no sentido de não mitigar a pobreza entre jovens e adolescentes”, destaca outro trecho do relat´ório.

Além disso, observa o relatório, a maioria das famílias brasileiras não recebe nenhum benefício (40 milhões de famílias) ou apenas um benefício (28,9 milhões). Não há famílias recebendo mais de quatro benefícios diferentes

Fonte: Rede Brasil Atual

O custo médio da cesta básica, aferido pelo Dieese, aumentou em 11 capitais e caiu em seis no mês passado. No acumulado do ano, apenas uma cidade não tem alta. Em 12 meses, os preços aumentam em todas, variando até 38,56%, caso de Brasília. A inflação oficial está em torno de 10% ao ano. Para comprar uma cesta, o trabalhador que ganha salário mínimo gasta mais da metade de sua renda.

As maiores altas em setembro foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Já as quedas mais intensas ocorreram em João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).

Alta generalizada

Na comparação com setembro de 2020, o preço médio da cesta básica aumentou em todas as capitais. No acumulado deste ano, 16 das 17 capitais tiveram elevação, de 0,19% (Aracaju) a 13,05% (Curitiba). A exceção foi Salvador (-0,05%). Em 12 meses, alta generalizada: de 4,25% (Salvador) a 38,56%. Depois vêm Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

A cesta mais cara foi calculada em São Paulo (R$ 673,45), enquanto a de menor custo foi a de Aracaju (R$ 454,03). Com base na primeira, o Dieese estimou em R$ 5.657,66, o salário mínimo necessário para as compras básicas de um trabalhador e sua família, ou 5,14 vezes o valor oficial (R$ 1.100). A proporção aumentou em relação a agosto (5,08).

Salário rende menos

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta subiu para 115 horas e 2 minutos (113 horas e 49 minutos em agosto). Quem recebe o salário mínimo líquido (já descontada a Previdência) comprometeu 56,53% de sua renda para adquirir os alimentos básicos. Também mais do que no mês anterior (55,93%).

Segundo o Dieese, em setembro o preço do açúcar subiu em todas as capitais, chegando a 11,96% em Belo Horizonte. Já o café aumentou em 16, com alta de 15,69% em Goiânia. O óleo de soja teve alta em 15 cidades e o preço do pão francês, em 14. Manteiga (12 cidades), leite integral (11) e carne bovina (11) também registraram aumentos na maioria dos locais. Já o preço do feijão caiu em 13 capitais e o do arroz, em 10.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Brasil chega nesta quarta-feira (6) a um dia de ultrapassar a marca oficial de 600 mil mortos pela covid-19, após registrar mais 530 vítimas no último período de 24 horas monitorado pelas secretarias de Saúde do país. O total chega agora a 599.359 óbitos causados pelo novo coronavírus. Isso sem contar a subnotificação denunciada por cientistas e reconhecida até mesmo pelo governo federal. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), também foram notificados 17.758 novos casos da doença, totalizando 21.516.832 desde o início da pandemia, em março de 2020. Trata-se do segundo país com mais mortes no mundo, mas líder em vítimas neste ano.

A média móvel de mortes, calculada em sete dias, está em 462, mantendo tendência de estabilidade após movimento de queda observado desde a segunda quinzena de abril. O mesmo é observado em relação à média de novos casos, que está em 16.775. A vacinação apresenta resultados inegáveis e o país vive uma situação “confortável” de ocupação de leitos, em comparação com momentos mais graves do surto. Entretanto, cientistas alertam que o cenário ainda inspira cuidados e que o país precisa avançar na imunização.

 
Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass)

Vacinas salvam

Até o momento, 47,11% dos brasileiros estão com esquema vacinal completo com duas doses ou dose única, segundo o Ministério da Saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que esta porcentagem deve ser superior a 80% para considerar o surto sob controle. Receberam a primeira dose ao menos 75,88% da população, também segundo o ministério.

Um estudo preliminar divulgado hoje (6) pelo Hospital Emílio Ribas, referência em doenças contagiosas em São Paulo, atesta os bons resultados da vacinação. Os dados dão conta de que quase nove em cada 10 pacientes internados com coronavírus no hospital não estavam com esquema vacinal completo, ou não tinham sido vacinados.

De 1.172 pacientes observados, apenas 138 tinham tomado as duas doses ou vacina de dose única. Entre janeiro e setembro, morreram 274 pessoas no hospital. Destes, 237 não estavam vacinados; 21 tinham recebido a primeira dose e 16, as duas. “Esse número chapado, do jeito que está, já mostra claramente o papel da vacina na contenção da pandemia. E esse recorte é importante porque, na primeira fase, a vacinação abrangeu os sujeitos mais vulneráveis, a população do extremo da faixa etária”, disse em entrevista coletiva o médico infectologista Jamal Suleiman.

Bolsonarismo contra a vida

Estudos chamados “do mundo real” cumprem um papel decisivo, de acordo com os médicos, de conscientizar para a importância da vacinação. Embora conte com boa adesão da sociedade , a imunização contra a covid ainda enfrenta desafios no Brasil. Além do atraso no início do processo, o presidente Jair Bolsonaro é porta-voz do negacionismo no país. Ele é responsável direto por disseminar mentiras sobre a segurança das vacinas, do uso de máscaras e de estimular e promover aglomerações constantemente.

Um dos resultados dessa investida de grupos negacionistas foi levantada hoje pelo portal Metrópoles. Policiais e bombeiros militares pelo país, grupo com grande presença de bolsonaristas, estão em atraso em relação ao restante da população. São 76,2 mil policiais sem nenhuma dose de vacinas, ou 9,85% de todo o contingente. Como grupo prioritário, os trabalhadores da segurança pública tiveram acesso aos imunizantes facilitado ainda em janeiro.

No topo da lista de faltosos está o Maranhão, com apenas 45% dos membros das forças de segurança e salvamento imunizados. Na sequência vem o Acre, com 51,7%; a Paraíba, com 53,2%; e o Paraná, com 53,1%. “As informações vindas do governo federal são muito consumidas por esse público. E temos o maior líder político do país com esse discurso. Então para eles não é fake news, é tudo verdade”, disse o doutor em Administração Pública e governo pela FGV e associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública Alan Fernandes, em entrevista ao Metrópoles.

Fonte: Rede Brasil Atual

No Dia Internacional do Trabalho Decente (7 de outubro), entidades sindicais de todo o mundo vão fazer atividades para incluir a saúde e a segurança no trabalho como um direito fundamental na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entre entidades de todo o mundo, participam da campanha a UNI Global Union, federação sindical global para setores e áreas de serviços, e a brasileira Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). As entidades organizam para esta quinta-feira, às 11h, um tuitaço mundial para defender a inclusão dessas questões nas convenções da OIT.

Após quase 18 meses de pandemia, sindicatos de todo o mundo deixaram claro o papel fundamental que desempenham na proteção da saúde da classe trabalhadora, seja por meio da negociação de normas de segurança contra a Covid-19 por meio do desenvolvimento de uma série de protocolos específicos para o local de trabalho, incluindo a proteção contra a violência. A Contraf-CUT teve papel pioneiro no Brasil e desde o início da pandemia do país negociou com os bancos a proteção da categoria bancária, inclusive com a transferência de boa parte de bancárias e bancários para o teletrabalho.

Direitos humanos e fundamentais

“Depois da pandemia da Covid-19, que mostrou ser uma obrigação dos estados e empregadores zelar pela proteção da vida de empregados, ficou claro para todos que segurança e saúde no trabalho têm que ser direitos humanos e fundamentais”, afirmou o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

A OIT tem diversas convenções sobre o trabalho, mas oito delas são consideradas fundamentais: a Convenção 182, que trata das piores formas de trabalho infantil, a Convenção 138, que trata da idade mínima para trabalhar, a Concenção111, contra toda discriminação, a Convenção 105 que defende abolir trabalho forçado (escravidão), a Convenção 100 que defende igualdade de remuneração, a Convenção 98 que defende o direito à negociação e organização dos trabalhadores, a Convenção 87 que defende a liberdade e autonomia dos sindicatos e a Convenção 29 que também trata de trabalho forçado ou obrigatório.

Tuitaço global

A UNI Global Union e a Contraf-CUT querem que a Convenção 155 que trata de segurança e saúde dos trabalhadores seja a nona convenção fundamental. Para tanto, vão organizar um tuitaço de escala global.  Nesta quinta-feira (7), às 11h (horário de Brasília), no Dia Internacional do Trabalho Decente, as duas entidades e seus sindicatos filiados vão estar impulsionando nas redes sociais as hashtags #HealthSafety4All e #WDDW2021.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Itaú deram o seu recado nas redes sociais nesta segunda-feira (4). Antes do apagão das redes sociais ligadas ao Facebook, a hashtag #QueVergonhaItaú ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil. Graças a uma ação de mobilização dos sindicatos de todo o Brasil que se organizaram para denunciar as centenas de demissões promovidas pelo banco durante a pandemia e também a pressão a que os trabalhadores estão sendo submetidos na empresa para o cumprimento de metas absurdas.

“Os sucessivos processos de reestruturação do banco têm afetado significativamente os trabalhadores por meio de demissões, fechamento de agências e alteração nas funções. Simultaneamente, os programas de metas abusivas determinados pela direção do banco têm gerado uma realidade de assédio moral institucionalizado na empresa, o que também tem resultado no adoecimento de um grande número de bancários. Todas estas medidas tomadas pela direção da instituição financeira elevam a sobrecarga de trabalho e ampliam a rotatividade nos postos de trabalho”, explicou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

Retorno ao trabalho presencial

Nesta segunda-feira (4), começou o processo de retorno ao trabalho presencial dos funcionários do grupo de risco. A COE Itaú orienta os trabalhadores a procurarem o sindicato de sua base caso haja algum tipo de irregularidade. Todo o processo de retorno está sendo acompanhado pelo movimento sindical.

Fonte: Contraf-CUT