Abril 29, 2025
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A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco se reuniram na tarde desta quarta-feira (2) para discutir sobre a melhoria dos protocolos de segurança sanitária e de prevenção à Covid-19 e as dificuldades de implantação dos mesmos, seja devido à falta de respeito, ou desconhecimento dos protocolos pelos gestores, seja pelo não afastamento de trabalhadores contaminados, ou a falta da adequada sanitização, muitas vezes para cumprir metas estabelecidas pelo banco.

“As negociações trouxeram avanços importantes, mas é preciso que todos se mantenham mobilizados para garantirmos a melhoria dos protocolos contra a Covid-19 e também de outras questões que afetam o dia a dia e as condições de trabalho dos empregados”, avaliou o representante da Federação dos Bancários do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Jorge Luiz Furlan, que coordenou a representação dos trabalhadores. “Por isso, todos devem participar, nesta quinta-feira (3), das atividades do Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa”, convocou Furlan.

Máscaras

O banco acatou a reivindicação dos empregados com relação ao fornecimento de máscaras adequadas para resguardar os empregados do contágio e transmissão das novas cepas do vírus da Covid-19. Ainda não está definido, no entanto, se o banco vai conceder recursos para a compra pelas próprias unidades, ou se será feita a compra centralizada para distribuição. A resposta sobre a forma de operacionalização deve ser dada na próxima semana.

A representação dos empregados avalia que este é um importante avanço, uma vez que a Portaria publicada pelo governo diz que as máscaras poderiam ser de pano, que, segundo os especialistas, não são eficazes para a prevenção contra a variante Ômicron, por exemplo.

Controle de acesso

O banco disse que não existe nenhuma previsão para que haja qualquer tipo de contingenciamento do acesso de clientes às agências. Inclusive, reforçou que os contratos que permitiram a disponibilização de seguranças e recepcionistas para contribuir com a organização das filas e instrução aos clientes foram encerrados e não existe nenhuma previsão para que novas contratações com esta finalidade sejam realizadas.

Concurso de 2014

O banco confirmou, porém, que serão nomeados, pelo menos, mais 1.000 novos empregados entre os aprovados do concurso de 2014. A imprensa está noticiando a contratação de 10 mil novos empregados.

“Sabemos que a demanda é maior. Mas, esses 1.000 novos empregados poderão dar uma grande ajuda para reduzir a sobrecarga a qual os empregados estão submetidos, principalmente se estes forem nomeados para o atendimento nas agências”, disse o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e do Sergipe (Feeb/BA-SE), Emanoel Souza.

Implementação dos protocolos

Em resposta às criticas dos trabalhadores, os representantes da Caixa disseram que todos os gestores e empregados são orientados a seguirem à risca todos os protocolos de segurança sanitária e prevenção contra Covid-19 e que são disponibilizadas máscaras, álcool em gel e em líquido 70%, além de cloro para a higienização das unidades. Ressaltaram, ainda, que todos os dias se faz a higienização de todas as unidades, independentemente de haver casos confirmados de contágio, e que, caso haja casos confirmados, é feita a devida sanitização do ambiente.

Os trabalhadores contestaram tal afirmação e disseram que em muitos casos não existe nem álcool em gel para as mãos, quanto mais os produtos adequados para a higienização e sanitização da agência. “No papel é tudo muito bonito, mas isso não acontece na prática. Nós, que visitamos as agências, recebemos reclamações todos os dias de que faltam produtos e que gestores se recusam a encaminhar empregados com suspeita de contaminação para a realização de testes ou de fecharem a unidade para a sanitização”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG), Eliana Brasil.

“Muitos gestores sequer usam a máscara de proteção. Quando isso acontece, seus subordinados não se sentem obrigados a cumprir os protocolos”, completou a representante da Fetrafi/MG.

Os representantes da Caixa disseram que é importante que a CEE traga os casos para a mesa, pois estes problemas não deveriam existir. O banco se comprometeu a reforçar as orientações para os gestores de que os protocolos devem ser totalmente cumpridos e pediu a contribuição do movimento sindical para que esta informação seja transmitida para todo o país. Pediu também para que a fiscalização continue ocorrendo.

Fórum paritário

O banco aceitou criar um fórum paritário, com representantes da Caixa e do movimento de representação dos empregados, para debater sobre os problemas que afetam o dia a dia de trabalho nas unidades da Caixa e permita a resolução de problemas de uma forma mais rápida.

A previsão é de que este fórum se reúna semanalmente já a partir da semana que vem. Neste primeiro momento, os debates vão girar em torno dos protocolos de prevenção contra a Covid-19. “Este fórum servirá de apoio à CEE e terá apenas uma função operacional, com a finalidade de agilizar a resolução dos problemas”, explicou Furlan. “Trata-se de uma antiga reivindicação do movimento sindical”, completou.

PLR e Promoção por mérito

Os trabalhadores questionaram o banco sobre a possibilidade de antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), conforme solicitado pela Contraf-CUT em ofício ao banco. O banco se limitou a dizer que recebeu a solicitação, mas que não existe resposta para a demanda. Se o pedido da Contraf-CUT não for atendido, a data de pagamento permanece como prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (31/3/2022).

O banco também não tem resposta sobre a proposta ratificada pelos trabalhadores na reunião do Grupo de Trabalho de Avaliação por Mérito ocorrida na última segunda-feira (31/1). Segundo o banco, ainda é preciso que a mesma seja analisada para que se faça um estudo sobre a possibilidade, ou não, de se acatar a proposta dos trabalhadores, que prevê a distribuição de um Delta para todos e que o segundo Delta seja oferecido àqueles que atendem aos critérios estabelecidos pelo banco.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 3 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve em agências da Caixa Econômica Federal, na Baixada Fluminense, pelo Dia Nacional de Luta da Caixa.
 
Os atos, que ocorreram em Duque de Caxias e São João de Meriti, contaram com faixas, panfletos, com os diretores e diretoras do Sindicato falando com bancários, bancárias e com o público em geral, explicando os motivos do movimento sindical exigir da instituição financeira: melhores condições de trabalho e protocolos efetivos de proteção contra a Covid-19.
 
Além disso, houveram diversas publicações nas redes sociais que, também, tiveram o objetivo de pressionar o banco.
 
*Confira as fotos dos atos em nossas redes sociais.

 

No dia 1 de fevereiro, às 9 horas, a Comissão Eleitoral se reuniu na Sub-Sede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, para deliberar sobre a escolha do presidente da comissão eleitoral e sobre o calendário eleitoral.

Para presidente da comissão eleitoral ficou eleito, por consenso, o bancário aposentado Adjalmo Klein Class.

O calendário eleitoral foi deliberado a luz do estatuto da entidade, com as inscrições iniciando em 01 de fevereiro de 2022 e encerrando-se em 21 de fevereiro 2022 , já publicado de imediato no site do Sindicato.

Segue abaixo o calendário completo do processo eleitoral:

1. Inscrição

Se iniciará no dia 01 de fevereiro e se encerrará no dia 21 de fevereiro de 2022.

1.1 - A Comissão Eleitoral terá o prazo não superior de 24 horas para comunicar à Chapa a irregularidade de documentação, ocasião que será concedido o prazo de 48 horas para apresentar nova documentação;

1.2 - A renúncia de candidato, requerida por escrito e endereçada à Comissão Eleitoral, poderá ser realizada até a data de encerramento das inscrições de Chapas.

1.3 - A Comissão Eleitoral no prazo de 24 horas, comunicará por escrito à Chapa a renúncia do candidato.

1.4 - A renúncia do candidato não impedirá à Chapa de concorrer às eleições, devendo manter o número mínimo de composição e, não havendo, terá o prazo de 48 horas para indicar o substituto.

1.5 - A impugnação de candidatura apresentada no prazo de cinco (5) dias, a contar da publicação da relação nominal da chapa, deverá versar sobre inelegibilidade e será decidida pela Comissão Eleitoral no prazo de 48 horas.

1.6 - Apresentado o parecer por escrito ao Candidato impugnado, este poderá apresentar recursos no prazo de 24 horas, que será apreciado e decidido, no prazo de 48 horas, também pela Comissão Eleitoral, com nova comunicação por escrito a Chapa impugnada.

2. Data da Eleição

A coleta de voto será realizada do dia 15 de março ao dia 17 de março de 2022.

3. Apuração

A apuração das eleições se dará de imediato ao final da coleta de votos, no dia 17 de março de 2022, onde, ao final, a comissão eleitoral fará a homologação do resultado, declarando a chapa vencedora.

Além de segurar a concessão de crédito para estados comandados por adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Banco do Brasil empresta milhões para estados e municípios, liderados por apoiadores do atual presidente da República, sem cobrar garantias em caso de inadimplência. As revelações são de matérias dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo.

“O Banco do Brasil é fundamental para a economia do país. Não podemos permitir que a ingerência política coloque em risco o equilíbrio desse instrumento que deveria estar contribuindo para a retomada do desenvolvimento e não para agradar parceiros políticos de Bolsonaro”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Entre os estados prejudicados pelo banco, por serem liderados por adversários políticos de Bolsonaro, está Alagoas, que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para concessão de crédito depois que o BB abandonou as negociações sem maiores justificativas.

Matéria da Folha de S.Paulo conta ainda que a Bahia, governada pelo petista Rui Costa, também teve suas operações de crédito paralisadas pelo banco. O estado, agora, tem cobrado do BB “tratamento isonômico” em relação aos demais entes federativos.

Outra reportagem, do jornal O Globo, mostrou que, em 2021, o BB emprestou R$ 5,35 bilhões para estados liderados por políticos de partidos que compõe a base parlamentar do governo federal no Congresso. Entres os que encabeçaram a lista de beneficiados estão o Paraná, governado por Ratinho Júnior (PSD), com R$ 1,4 bilhão, e o Amazonas, comandando por Wilson Lima (PSC), com outros R$ 1,1 bilhão.

Na última segunda-feira (31), a Folha de S.Paulo divulgou uma nova matéria revelando que, no ano passado, o Banco do Brasil emprestou outros R$ 775 milhões para estados e municípios sem qualquer garantia em casos de inadimplência. Nessas operações, caso o ente federativo que contratou o empréstimo deixe de pagar as parcelas, o banco não poderá recorrer à União.

Insegurança jurídica

Mas, um outro detalhe chama a atenção nesses empréstimos sem garantia revelados pelo jornal. Neles, o BB aplica taxas mais elevadas, entre 159,4% e 230% do CDI, ou Certificado de Depósito Interbancário, que tem rendimento próximo à Selic, hoje em 9,25% ao ano. “Essa informação é mais uma que aponta para a instrumentalização meramente política do BB e de seus recursos neste governo. O exercício é o seguinte: o empréstimo sai rápido para prefeitos e governadores da base bolsonarista. Mas, o pagamento da fatura pode durar até uma década e a juros mais altos do que em outros tipos de crédito, contribuindo negativamente para o equilíbrio financeiro dos estados e municípios”, observou Fukunaga. “Enfim, essa é a lógica bolsonarista na gestão do BB. Um instrumento que deveria ser usado de forma inteligente pelo desenvolvimento nacional, mas que agora realiza empréstimos sem garantia em prejuízo próprio ou em prejuízo dos contribuintes dos estados e municípios”, concluiu.

“Uma operação de crédito sem garantia e de longo prazo traz sérios riscos jurídicos futuros ao banco. O próximo governante pode não querer pagar o empréstimo, alegando que o contrato foi realizado com taxas muito altas para o setor público, por exemplo”, avaliou o ex-diretor da Previ e aposentado do BB José Ricardo Sasseron, que conversou com a Contraf-CUT. “Esse tipo de crédito, normalmente, tem como previsão de garantia o tesouro da União. Ou seja, o banco costuma ofertar crédito para iniciativas que são de interesse público, desde que haja garantia do tesouro. O que não é o caso desses contratos revelados na matéria da Folha”, completou, lembrando que a concessão de crédito, sem garantias, pode ferir a Lei das Estatais, nº 13.303/2016, que estabelece critérios de transparência na administração.

Sasseron destacou ainda que, para ser aprovada, toda operação de crédito de grandes proporções passa por uma série de pessoas, dentro do banco. “Existe um rito de tramitação que envolvem muitos trabalhadores. Então, esse tipo de ingerência política dentro do BB pode comprometer uma cadeia inteira de pessoas. É importante salientar, portanto, que os bancários, de forma geral, têm que ter tranquilidade de não aceitar uma operação quando tiverem alguma desconfiança. Claro que existem pressões, mas os funcionários têm o amparo de normas que são do próprio banco”, esclareceu.

Sobre o prejuízo dessas notícias à imagem do Banco do Brasil no mercado e junto à população, o ex-diretor da Previ avaliou que, ao longo dos anos, o BB foi capaz de construir uma estrutura de governança robusta, “com procedimentos claros, decisões coerentes, relacionamentos e prestações de contas transparentes”.

“Até o começo de 2021, o Banco do Brasil vinha acumulando avaliações positivas de entidades de mercado, em termos de potencial de lucratividade da ação e crescimento da instituição, superando, até mesmo, o banco Itaú. Agora, certamente, esse tipo de notícia expõe o BB a fragilidades”, pontuou ele, completando: “Que tipo de providência o Comitê de Auditoria e Comitê de Gestão de Riscos e Capital do Banco do Brasil vão tomar? Afinal de contas, são dois órgãos que têm que zelar pelas boas práticas de gestão de risco, pela aderência aos normativos internos e externos do banco, pelo comportamento íntegro dos administradores. E todas as questões que as matérias colocam atentam contra isso. Então, o que esses dois órgãos estatutários vão fazer diante dessa situação?”, questionou.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), vão entrar com recurso na Ação Civil Pública 0000059-10.2016.5.10.0006 para que a Justiça mantenha a validade do concurso realizado pela Caixa Econômica Federal em 2014 e a Caixa convoque os aprovados. Por meio de suas redes sociais, segundo matéria publicada na Folha Dirigida, a Caixa tem dito que poderá realizar um novo concurso público de ampla concorrência.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, é um absurdo a Caixa não convocar os aprovados de 2014, faltando tantos empregados nas agências. “Esse governo não tem compromisso com a população. Quer abrir concurso sem necessidade, mesmo sabendo que é ano eleitoral e não poderá convocar”, avaliou. Segundo o calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, a partir de 2 de julho não será mais possível nomear funcionários públicos. “A Caixa precisa contratar mais empregados com urgência para acabar com a sobrecarga dos empregados. E as contratações devem levar em conta a lista de aprovados no concurso de 2014, como determina a Justiça”, observou a presidenta da Contraf-CUT, lembrando de uma decisão de 2021 do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, que prorrogou a validade do concurso de 2014 e determinou que o banco deve dar prioridade aos aprovados no concurso de 2014, até que a ação transite em julgado.

Defasagem do quadro

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos relatórios de balanço dos bancos, aponta que, ao final de dezembro de 2015, o quadro de trabalho da Caixa era composto por 97.458 empregados. No balanço do terceiro trimestre de 2021 o banco informa que possuía 84.751 empregados.

“De dezembro de 2015 a setembro de 2021 houve uma redução de 12.707 postos no quadro de trabalhadores da Caixa. Mesmo com o aumento dos atendimentos feitos pelo banco. Os empregados estão sobrecarregados”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Em 2020, a Caixa realizou o atendimento de 121,3 milhões de pessoas que foram ao banco para receber o Auxílio Emergencial, efetuar o saque emergencial do FGTS, do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM) e do abono do PIS.

Adoecimento

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária da Cultura da Contraf-CUT, avalia que a falta de empregados prejudica as condições de trabalho e afeta, inclusive, o cumprimento dos protocolos de segurança sanitária e prevenção contra a Covid-19.

“A maioria dos meus colegas de trabalho está estressada. Eles tiveram que trabalhar em horário estendido e aos sábados para atender a demanda. Não conseguem fazer pausa para descanso e convívio com a família e amigos e o banco ainda lhes impõe metas absurdas em plena pandemia”, disse Fabiana. “E, mesmo diante de tanto trabalho, o banco implementou um mecanismo em seu programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) que classifica 5% dos empregados entre aqueles que não conseguem cumprir o que foi estabelecido, independente do resultado que os mesmos tenham obtido”, criticou a representante dos empregados ao lembrar da chamada “curva forçada”.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, lembrou que, após as cobranças do movimento sindical, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou a contratação de novos empregados e o presidente da Caixa afirmou que realizaria as contratações.

“É fundamental que a Caixa contrate mais trabalhadores. Os empregados estão sobrecarregados e a direção da Caixa desrespeita a todos ao expô-los a essas condições. Nossa luta é por mais contratações para melhorar as condições de trabalho e para melhorar o atendimento à população”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião realizada na segunda-feira (31), os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal formalizaram ao banco que não aceitam a imposição do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) como critério absoluto para avaliação e distribuição dos deltas (plano de carreira) aos trabalhadores, como quer a direção do banco.

O coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan, informou que levou a proposta da Caixa à Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa, que também recusou a proposta do banco.

“Fizemos um histórico sobre as negociações e os parâmetros oferecidos pela Caixa e, de fato, houve a discordância da Comissão, reafirmando nossa posição contra a GDP como único critério para avaliação”, informou.

A representação dos empregados reafirmou a proposta de distribuição linear de 1 delta para todos os empregados elegíveis.

Na reunião anterior, que aconteceu no dia 8 de dezembro, a Caixa chegou a ampliar o número de empregados elegíveis ao primeiro delta, mas manteve a GDP como critério único para avaliação.

“Entendemos que a Caixa fez um esforço para ampliar o número de empregados aptos ao primeiro delta, mas recusamos a GDP como critério absoluto porque entendemos que ela utiliza pontos subjetivos para a avaliação que impossibilitam sua mensuração. Além de uma ‘curva forçada’ para mudar a cultura de avaliação dentro da empresa”, destacou Marcelo Lopes de Lima, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb- SP/MS) no GT.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, reforça o posicionamento sobre a GDP. “Ela tem sido usada principalmente para assediar os empregados, especialmente no cumprimento de metas desumanas. E é um absurdo chegarmos ao final de janeiro sem termos critérios claros de avaliação dos empregados para a Promoção por Mérito. Isso é uma falta de respeito do banco com seus trabalhadores”, disse Takemoto.

A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, informou que vai entrar em contato com o banco para tentar avançar no impasse. “Se a negociação não for possível no GT, a discussão sobre a Promoção por Mérito será levada para a mesa permanente de negociação”, informou.

Fonte: Fenae

Em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na tarde desta segunda-feira (31), os bancos deram retorno sobre as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria, apresentadas na reunião realizada do dia 18 de janeiro.

“Obtivemos algumas respostas positivas, mas ainda insuficientes para garantir a saúde e a vida dos bancários e evitar que os bancos se tornem um foco de transmissão da doença para toda a sociedade”, disse a coordenadora do Comando, Ivone Silva, que também é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “É importante que haja um protocolo mínimo e mais rígido, pois deixar nas mãos dos gestores, isso acaba não sendo cumprido, principalmente na questão das máscaras e da sanitização”, completou, destacando a preocupação do movimento com relação ao relaxamento e à banalização no cumprimento dos protocolos de prevenção à Covid-19. “Vamos continuar cobrando, pois não foram satisfatórias as respostas dos bancos”, garantiu.

“Os bancos garantiram que os trabalhadores que mantiveram contato com colegas com caso confirmado de Covid-19 devem ser testados para que haja o retorno ao trabalho. Caso não haja condições de efetuar o teste, o retorno deve ocorrer somente no 11º dia após o contato”, informou o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

A Fenaban disse que os bancos vão enviar comunicados aos gestores orientando o afastamento de 10 dias, com retorno somente a partir do 11º dia, no caso de não haver testes disponíveis, podendo ser reduzido para 7 dias, com retorno a partir do 8º dia, caso haja um segundo teste negativo, após o 5º dia de sintomas.

“É importante que essa orientação seja formalizada para que isso não fique a critério dos gestores, pois muitos estão evitando cumprir estes protocolos para atender as metas colocadas pelos bancos. Ou seja, é mais importante o cumprimento de metas do que a prevenção da saúde e a garantia da vida dos trabalhadores”, ressaltou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Home office

Em decorrência do novo aumento dos casos de contaminação, internações e óbitos por Covid-19, o Comando Nacional dos Bancários voltou a cobrar o retorno do teletrabalho, principalmente para aqueles que possuem alguma doença que possa ser agravada nos casos de contaminação pelo vírus da Sars-Cov-2 (comorbidade).

“Desde o início da pandemia no país, nossas negociações com os bancos fizeram com que o setor bancário conseguisse evitar que o número de contágio e mortes fosse ainda maior. Agora, estamos vendo um retrocesso que não está diferenciando o setor bancário dos outros setores. Isso pode levar ao aumento dos casos na categoria e isso não podemos permitir”, disse Ivone.

Máscaras

Os bancos não aceitaram fornecer máscaras adequadas para seus funcionários, que sejam capazes de minimizar as possibilidades de contágio e transmissão do vírus. Alegam que existem bancários que preferem usar suas próprias máscaras de pano.

“Reivindicamos fornecimento de máscaras adequadas, indicadas por especialistas, pois não podemos aceitar falsa sensação de segurança. A maioria dos especialistas aponta que máscaras de pano não protegem da variante Ômicron”, observou Mauro Salles. “O que nos parece é que os bancos estão sendo negacionistas e estão tratando a doença como uma ‘gripezinha’. Sabemos que não se trata de uma ‘gripezinha’”, completou.

Vacinação contra a gripe

O Comando reivindicou ainda que os bancos adiantem a vacinação contra a gripe, como forma de prevenção contra a doença e para evitar que haja confusão dos casos de gripe com os de Covid-19, uma vez que os sintomas são muito parecidos.

A Fenaban informou que os bancos vão adquirir as vacinas assim que as mesmas forem disponibilizadas, com a atualização da fórmula para a proteção contra a H3N2 e as novas cepas do vírus da gripe. Mas, pode ser que não haja tanta antecipação, pois os laboratórios precisam produzir a vacina e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa autorizar a importação. A previsão é de que a vacinação nos bancos seja realizada entre abril e junho, dependendo de quando a nova vacina ficar pronta e do tempo que a Anvisa levará para autorizar sua importação.

Reivindicações que permanecem

  • Sanitização das agências e unidades administrativas com casos confirmados;
  • Exigência do passaporte da vacina dos clientes;
  • Distribuição de máscaras adequadas (PFF2/N95) para os funcionários;
  • Protocolo unificado;
  • Retomada do teletrabalho em home office;
  • Controle de acesso de clientes;
  • Redução do horário de atendimento para diminuir tempo de exposição;
  • Garantia de álcool-gel nas agências e departamentos;
  • Manutenção de marcação do distanciamento;
  • Suspensão de visitas a clientes, pelo menos neste momento de alta de casos de infecção;
  • Melhorar o atendimento da telemedicina;
  • Compromisso com a não-demissão;
  • Antecipação da vacinação contra a gripe.

Fonte: Contraf-CUT

Mais uma trabalhadora bancária teve sua dignidade e seus direitos profissionais restabelecidos. 

Nesta terça-feira, 1 de fevereiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma funcionária do Banco Itaú.

A reintegração ocorreu na agência Km 32, localizada no município de Nova Iguaçu e foi acompanhada pelos diretores do Sindicato: Marcio Wanderley e Renata Soeiro.

Roberta Nery da Silva foi desligada em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

Além disso, a bancária também obteve o benefício previdenciário na modalidade B-31, auxílio doença, durante a projeção do aviso prévio, caracterizando que estava inapta, quando houve a demissão.

IMPORTANTE

Roberta é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), enviou nesta segunda-feira (31) ofício aos bancos Santander, Bradesco, Itaú, Safra, Banco do Brasil, Banco do Nordete (BNB) e Banco da Amazônia (Basa) para reivindicar a antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) aos bancários.

A Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da categoria determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito. Todos os anos a Contraf-CUT solicita a antecipação, muitas vezes atendida pelas instituições financeiras.

Março é a data do pagamento da segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários. É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional no teto da PLR 2021.

PLR

A categoria bancária foi a primeira no Brasil a conquistar participação no lucro das empresas. Desde 1995, a CCT determina o pagamento da PLR pelos bancos.

A PLR é composta por regra básica e parcela adicional:

1- Regra Básica: corresponde a 90% do salário-base + verbas fixas de natureza salarial, reajustados em setembro de 2021, mais o valor fixo de R$ 2.807,03, limitada ao valor individual de R$ 15.058,34.

A regra básica tem como teto o percentual de 12,8% do lucro líquido do banco; e, como mínimo, o percentual de 5% do lucro líquido do banco. Ou seja, se o valor total da “Regra Básica” da PLR for inferior a 5% do lucro líquido do banco, em 2021, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários do empregado e limitado ao valor de R$ 33.128,31, ou até que o valor total da “Regra Básica” da PLR atinja 5% do lucro líquido, o que ocorrer primeiro.

2- Parcela Adicional: corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido, pelo número total de empregados, em partes iguais, até o limite individual de R$ 5.614,06.


De acordo com a CCT, todas as instituições financeiras que apresentaram lucro estão obrigadas a pagar a PLR, com exceção das que tiveram prejuízo em 2021.

Confira o calendário de divulgação dos balanços dos bancos

  • Santander – 02/02
  • Bradesco – 08/02
  • BB – 14/02
  • Itaú – 10/02
  • Basa – 31/03

*Os demais bancos não divulgaram as datas da divulgação dos resultados

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco, na tarde desta sexta-feira (28), para exigir a aplicação de medidas de segurança contra a Covid-19 e outras doenças virais. O encontro ocorreu em meio ao aumento exponencial de funcionárias e funcionários contaminados em todo o país.

Os representantes dos trabalhadores apontaram que os protocolos de segurança do Manual de Trabalho Presencial não são observados da mesma maneira em todas as unidades. Há também registro de que os funcionários terceirizados, além de não receberem equipamentos de segurança adequados, não são orientados da mesma maneira que os concursados.

Outra denúncia é que os funcionários da Central de Relacionamento do BB (CRBB), de atendimento telefônico, não estão trabalhando com o afastamento de um metro, distância mínima entre duas pessoas para reduzir as chances de contágio, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“É um absurdo, na altura dos acontecimentos, que ainda seja necessário sentar com o banco para fazer exigências óbvias pela segurança dos trabalhadores”, lamentou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Nesta semana, a Covid-19 voltou a ser a principal causa de morte no Brasil. Em entrevista ao portal UOL, o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto destacou que a capacidade de dispersão da variante Ômicron é “absurdamente elevada”. “Nós estamos tendo um crescimento imenso de casos e isso está levando muita gente para o hospital, principalmente aqueles com comorbidades”, completou o especialista.

O banco também foi cobrado pela longa fila de espera no atendimento da telemedicina da Cassi. “O BB tem responsabilidade direta, uma vez que divide a gestão com os diretores eleitos da entidade”, pontuou Fukunaga.

O movimento sindical pede ainda ao banco a rápida implementação das seguintes medidas:

  • Cobrança de passaporte vacinal;
  • Redução do horário de atendimento nas agências;
  • Limitação de entrada dos clientes nas agências;
  • Punição pra quem não usar máscara e para gestor que não orientar;
  • Punição para quem insistir em permanecer no local do trabalho com sintomas ou positivado;
  • Teletrabalho para locais de grande aglomeração e todos dos grupos de risco;
  • Fechamento de agências para sanitização e não apenas higienização;
  • Estabelecimento de critérios para o fechamento das agências em caso de falta de funcionário; e
  • Testagem de casos suspeitos.

O banco disse que irá analisar os pedidos, mas adiantou não haver perspectivas para o trabalho remoto institucionalizado, alegando que a aplicação do teletrabalho poderia criar insegurança no ambiente de trabalho.

“O banco precisa entender que não estamos exigindo a implementação do acordo de teletrabalho por capricho, mas porque é possível ao banco continuar funcionando normalmente com parte dos trabalhadores em home office, como já aconteceu em 2020 e 2021. Agora que os índices de contaminação voltam a aumentar, não entendemos o motivo desta resistência em institucionalizar o teletrabalho, que pode contribuir para proteger não apenas os funcionários, mas também seus familiares”, respondeu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT