Abril 29, 2025
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O lucro líquido do Itaú foi de R$ 26,879 bilhões, um crescimento de 45% em relação ao ano de 2020. No 4º trimestre, o lucro líquido do banco foi de R$ 7,159 bilhões, uma alta de 5,6% em relação aos três meses anteriores, quando o valor foi de R$ 6,779 bilhões. No país, a rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o patrimônio líquido anualizado – ROE) foi de 19,9%, elevação de 4,6 pontos percentuais (p.p.) no período.

De acordo com o Itaú Unibanco, o resultado se deve ao crescimento e à mudança do “mix” da carteira de crédito da carteira no segmento do varejo, que elevaram em 8,3% a margem financeira com clientes. O aumento dos juros, segundo a instituição, também ampliou a remuneração do capital de giro próprio e a margem de passivos, que se somam ao aumento na margem financeira com o mercado e à redução no custo do crédito no período.

Outros negócios do banco também tiveram crescimento sensível, como carteira de crédito (18,2%, subindo para R$ 1.027 bilhões), operações com pessoas físicas no país (30,2%, para R$ 331,7 bilhões) e operações com pessoas jurídicas (11,3%, para R$ 282,6 bilhões). O segmento de micro e pequenas empresas foi responsável pela movimentação de R$ 149,6 bilhões, valor que representa alta de 23,1%, enquanto a carteira de grandes empresas cresceu apenas 0,6% no período, com um total de R$ 133,1 bilhões. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 9,3% e alcançou os R$ 43,3 bilhões. As despesas de pessoal, considerada a PLR, por sua vez, cresceram 10,8%, com um total de R$ 24,8 bilhões.

Ao final de 2021, a holding tinha 87.341 empregados no país, com abertura de 3.422 postos de trabalho em doze meses. Esse saldo, porém, se deve a contratações para a área de TI, visando a acelerar o processo de transformação digital, o que levou ao fechamento de 15 agências físicas, reduzidas a 3.026 unidades, e à abertura de 28 agências digitais, que agora são 223 no país. “Esse resultado do banco que parece excelente, na verdade reflete a difícil situação econômica do Brasil; a alta dos juros, por exemplo, foi um dos fatores responsáveis pela elevação do lucro da instituição”, explica Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú. Outro ponto que ele ressalta é com relação ao aumento de empregados. “As contratações estão vinculadas ao crescimento de agências digitais, voltadas para a área de tecnologia. Nas agências houve diminuição de funcionários, e aqueles ficaram estão com acumulo de funções, assim, esse lucro é também fruto da sobrecarga de trabalho que funcionários do Itaú estão tendo”, completa o coordenador.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatísticas de Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco cobrou, da entidade, mais rigor no protocolo de segurança sanitária para garantir a saúde e a vida da categoria, além de reduzir a propagação e o contágio da população pelo vírus da Covid-19 e suas variantes. A representação dos trabalhadores também solicitou a suspensão de visitas a clientes neste momento de alta de casos de infecção; o controle de acesso às agências bancárias, para garantir o distanciamento dos clientes e funcionários; o fornecimento de máscaras N95, que são compatíveis com o alto índice de contágio; e a testagem de todos os trabalhadores da agência, bancários e terceirizados.

A coordenadora da COE Bradesco, Magaly Fagundes, lembrou que a pandemia não acabou. “Precisamos manter a atenção nos protocolos obtidos graças à atuação do movimento sindical. Por isso, cobramos do banco mais rigor nas medidas de segurança para garantir a saúde e a vida dos bancários e clientes, além de evitar a disseminação da doença para a sociedade.”

A COE Bradesco cobra ainda o cumprimento do protocolo de afastamento e o fechamento de agências e a sanitização adequada em casos de contaminação de bancários e terceirizados.

O banco informou que medidas estão sendo revistas – como o processo de sanitização, que está mais célere, devido à utilização de um novo produto que permite a abertura da agência 45 minutos após sua aplicação – e firmou o compromisso de responder às demandas apresentadas. O Bradesco se comprometeu também a reforçar a importância com a atenção aos protocolos a todos os funcionários do banco.

Grupo de risco

O Bradesco solicitou o início das tratativas para o retorno ao trabalho presencial do grupo de risco. O movimento sindical conquistou a manutenção do grupo de risco em home office até a primeira semana de março. O banco assumiu o compromisso de se reunir com os representantes      dos trabalhadores, após o carnaval, para negociar o tema.

A COE voltou a reivindicar também o acordo de teletrabalho, que até o momento não foi aplicado pelo Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT

A Faculdade 28 de Agosto oferece seu primeiro curso totalmente à distância sobre os conceitos de Inteligência Emocional, Mindset e Psicologia Positiva aplicados ao cotidiano do ambiente profissional e pessoal. O curso, que acontece nos dias 15, 17, 22 e 24/02, é oferecido com desconto para todos os sócios de sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que é o caso do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense. 

Para fazer inscrições, abertas até 14 de fevereiro, o interessado deve acessar o site. Para tirar dúvidas deve entrar em contato via WhatsApp. O curso será realizado mediante o número mínimo de inscritos.

Maurício Lambiasi é quem ministra as aulas. Além de professor, hoje ele atua como consultor, já tendo trabalhado 37 anos no Banco do Brasil nas áreas de processos, negócios e gestão de pessoas. Lambiasi também é pós-graduado em Administração Geral pela FEA-USP, mestre em Recursos Humanos pela Mackenzie, graduado em Psicologia Clínica pela Universidad Latinoamericana de México e, por fim, doutorando em Ciencias Empresariales y Sociales pela Universidad de Ciencias Empresariales y Sociales de Buenos Aires.

Veja a grade

R$100,00 – R$200,00.
Carga horária: 8 horas.
04 encontros virtuais de 2h cada, às terças e quintas-feiras, das 19h30 às 21h30.
Certificado com 75% de frequência.
Pré-requisitos: Não há.

Módulo I – Inteligência Emocional

  • O cérebro humano
  • O cérebro emocional
  • A natureza da inteligência emocional
  • Como expandir sua inteligência emocional.
  • Como usar sua inteligência emocional nas relações com as outras pessoas
  • Atenção Plena – Mindfulness
  • Exercícios

Módulo II – Mindset

  • Os mindsets
  • Por dentro dos mindsets
  • A verdade sobre aptidão e realização
  • Mindset: negócios, esporte, relacionamentos
  • Mudança de mindset
  • Exercícios

Módulo III – Psicologia Positiva

  • O que é Psicologia Positiva
  • Psicologia Positiva em contexto
  • Estados e processos emocionais positivos
  • Estados e processos cognitivos positivos
  • Comportamento pró-social
  • Compreendendo e mudando o comportamento humano
  • Ambientes positivos
  • Exercícios
  • Objetivos Proporcionar ao interessado a compreensão dos conceitos de Inteligência Emocional, Mindset e Psicologia Positiva, bem como sua aplicabilidade para a realidade atual, uma vez que as intensas e rápidas transformações que vem ocorrendo na sociedade, em escala global, indicam as necessidades das pessoas agirem com equilíbrio e postura positiva perante a vida para poder evoluir pessoal e profissionalmente, com qualidade de vida.
  • Compreender como desenvolver a Inteligência Emocional e a sua aplicação para conhecer a si mesmo e o outro de forma a garantir, além do próprio crescimento nos âmbitos pessoal e profissional, o desenvolvimento de relações interpessoais saudáveis e duradouras.
  • Compreender como desenvolver um Mindset de crescimento para a superação de desafios e obtenção de êxito pessoal e profissional.
  • Compreender a importância da Psicologia Positiva para a obtenção de emoções positivas, qualidade das relações humanas aplicando a empatia, altruísmo, gratidão, vínculos e amor, de modo a desenvolver uma postura positiva perante a vida, com consequente desenvolvimento pessoal e profissional.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Recorrente, que exclui eventos extraordinários, de R$ 26.215 bilhões, em 2021. O resultado representa alta de 34,7% em relação ao ano de 2020 e queda de 2,3% na comparação do 4º trimestre (R$ 6.613 bilhões) em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 6.767 bilhões).

Em contrapartida, o banco encerrou o ano com 87.274 empregados, fechamento de 2.301 postos de trabalho em doze meses (no trimestre, foram fechados 452 postos de trabalho). No ano, foram encerradas ainda 448 agências, enquanto foram abertas e 273 unidades de negócio.

“O banco continua aumentando seus lucros em plena pandemia do coronavírus graça aos esforços dos trabalhadores. Mesmo assim, ao invés de reconhecimento, eles recebem muita cobrança de metas altíssimas e, quando não consegue atingi-las, correm o risco de demissão. O Bradesco precisa rever sua política de metas e ter mais responsabilidade social”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organiza dos Empregados (COE) Bradesco. Ela lembrou que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) terá o pagamento do teto na próxima sexta-feira (11).

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

site do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC) poderá ser acessado a partir do dia 14 de fevereiro para consultar valores devidos por bancos e instituições financeiras a pessoas e empresas. 

Para utilizar a plataforma, será necessário realizar um cadastro pelo site ou pelo aplicativo gov.br.  

"O cidadão precisará [minimamente] de um login gov.br nível prata ou ouro para acessar o Sistema Valores a Receber. Não será possível acessar o sistema com seu login registrato", como era possível antigamente, informou o Banco Central.

login gov.br nível "prata' ou "ouro" exige um nível maior de segurança, como o reconhecimento facial. 

Entenda: o que é a conta gov.br?

Como aumentar o nível da conta gov.br? 

O nível de segurança da conta gov.br já é informado logo depois que o cidadão acessa o site.  

Alguns cidadãos já têm algum tipo de acesso. Os cidadãos que criaram a conta por meio do formulário online do INSS ou da Receita Federal, por exemplo, têm acesso ao nível bronze, que é considerado apenas básico. 

Para obter o nível prata, é necessário realizar a validação facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto nas bases da Carteira de Habilitação (CNH), a validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado ou dos dados com usuário e senha do Sistema de Gestão de Pessoas (SIGEPE), se o cidadão for servidor público federal. 

Já para ter acesso ao nível ouro, o cidadão precisa fazer a validação facial pelo aplicativo gov.br para conferência da foto nas bases da Justiça Eleitoral ou a validação dos seus dados com Certificado Digital compatível com ICP-Brasil. 

Para todas as opções, é necessário seguir as instruções ou entrar em "Privacidade/Selos de Confiabilidade" ao fazer login no gov.br.  

Passo a passo para consultar os valores e solicitar o resgate 

A partir do dia 14 de fevereiro será possível acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br, informando o CPF ou CNPJ. Já  os valores começarão a ser pagos a partir do dia 7 de março. As informações sobre valores e data de resgate serão informados no portal.  

Caso o cidadão perca a data do resgate, é possível acessar novamente o sistema, e este, então, irá informar uma nova data para retorno. 

Caso não consiga acessar a plataforma somente com CPF ou CNPJ, é necessário fazer o cadastro em gov.br ou aumentar o nível de segurança. Feito isso, é possível ao site valoresareceber.bcb.gov.br para saber qual o valor disponível e solicitar a transferência. 

Como fazer para receber os valores? 

Os valores podem ser recebidos de duas formas. A primeira por via PIX na conta registrada no sistema. Nesse caso, os bancos e instituições financeiras precisam ter aderido a um termo específico do Banco Central.  

Um outro meio de pagamento é por transferência bancária. Nessa opção, o usuário deve informar os dados para receber os valores, e a instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a transferência.   

"O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução", informou o Banco Central. 

Da onde vêm os valores?  

> Contas-correntes ou poupança encerradas, mas com saldo disponível; 

> Tarifas ou parcelas obrigatórias relativas a cobranças indevidas, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado entre a instituição financeira e o Banco Central; 

> Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; 

> Recursos não procurados de consórcios encerrados. 

Em caso de dúvidas, o Banco Central atende o público por meio do número telefônico 145. Instituições financeiras podem consultar o BC sobre o serviço pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Alta demanda 

No dia de 25 de janeiro, o BC disponibilizou o site, mas suspendeu o acesso no dia seguinte depois que a alta demanda derrubou a plataforma.  

De acordo com o BC, os valores que bancos e instituições financeiras devem a cerca de 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas chegam a R$ 8 bilhões. Antes de o site ser suspenso, 79 mil pessoas e empresas conseguiram consultar a página. Neste curto espaço de tempo, 8.500 pedidos de resgate de recursos foram feitos e R$ 900 mil foram resgatados. 

A primeira etapa de devolução desse montante será de R$3,9 bilhões e deve beneficiar quase 30 milhões de brasileiros, a maioria de pessoas físicas. As próximas etapas serão divulgadas pelo BC nos próximos meses.

Fonte: Brasil de Fato

Treze de julho de 2017 foi uma data festiva em Brasília, pelo menos para um grupo restrito, que se reuniu no Palácio do Planalto. Ali, o presidente Michel Temer sancionava a Lei 13.467, da “reforma” trabalhista. O auditório estava lotado, mas apenas com representantes empresariais. Não havia entidades de trabalhadores na cerimônia. “Esta era uma demanda antiga no país”, celebrou Paulo Afonso Ferreira, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que em grande medida inspirou o teor da lei, que entraria em vigor dali a quatro meses. Temer engrossou o coro otimista: “Estamos dando mais um passo rumo a um Brasil de mais crescimento, empregos, e mais oportunidades”.

Quase cinco anos depois, sabe-se que os empregos não vieram, tampouco a “segurança jurídica” ou mesmo a valorização da negociação coletiva. E o Congresso Nacional teve papel central, ao aprovar a “reforma” trabalhista em tempo recorde. “Penso que a grande maioria dos deputados jamais leu o projeto”, comenta o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese, durante debate realizado na noite de ontem (8). Todos os participantes concordam que será preciso mudar o perfil do parlamento brasileiro para tentar rever não apenas a lei de 2017, mas outros instrumentos legais, que comprometeram a economia.

Situação “dramaticamente” perversa

Representante do Fórum das Centrais, Clemente avalia que possivelmente uma revisão ou reversão da “reforma” trabalhista será insuficiente, dada a situação do país, que ele chama de “dramaticamente” perversa. Com outra reforma, a da Previdência, já no atual governo, o país terá menos gente contribuindo e menos gente com acesso ao sistema de proteção. “O governo Bolsonaro entregará a Previdência destruída do ponto de vista de seu financiamento”, afirma o sociólogo, no debate promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, com apoio da TVT (assista aqui).

Entre os mais de 140 países que fizeram mudanças trabalhistas nas últimas décadas, diz ainda Clemente, o Brasil promoveu talvez o mais “violento” processo de mudança. “Sem diálogo, um golpe dentro do golpe, contra os trabalhadores.” Repetiu-se a cantilena de que era preciso reduzir o custo do trabalho com a promessa, nunca cumprida, de que isso criaria empregos. O que aconteceu foi a queda da renda e da demanda. Uma “debilitação estrutural da dinâmica econômica”, define. Clemente identifica uma “situação de pós guerra na sociedade brasileira e no mundo do trabalho”.

População quer mudanças

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, concorda que a eleição deste ano tem caráter plebiscitário. “O trabalhador e a população estão dizendo claramente, nas pesquisas, o povo está dizendo que quer mudança. As pessoas viram o que significou (o impeachment e a eleição do atual governo) para o Brasil, para a vida do povo brasileiro. A gente voltou para o Mapa da Fome, perdeu emprego, perdeu direitos”, sintetiza. Mas, além da eleição presidencial, reforça Juvandia, é preciso mudar o parlamento. “Se a gente ficar com esse Congresso fisiológico, esse Centrão…”

Uma das mudanças necessárias na questão trabalhista, diz a dirigente bancária, é acabar com os acordos individuais. Ela observa que trabalhador, sozinho, não tem poder de recusar imposições patronais. “O golpe aconteceu para isso, para implementar esse projeto.” A discussão agora, completa Juvandia, é sobre “qual país nós queremos”.

Novas ofensivas

Para a economista Ana Georgina Dias, do Dieese, as consequências para o mercado de trabalho não deixam dúvidas sobre o caráter “danoso” da reforma trabalhista. Além disso, desde então não foram poucas as tentativas de aprofundar as mudanças, algumas temporariamente barradas, como a “carteira verde e amarela”. Mas há agora uma série de recomendações apresentadas no final de 2021 por um grupo de estudos formado pelo governo, o Gaet, que também não teve a presença de representantes dos trabalhadores. E em 28 de janeiro o governo lançou a Medida Provisória (MP) 1.099, sobre prestação de serviço civil voluntário. Na visão das centrais sindicais, mais uma tentativa de “flexibilização” e precarização trabalhista.

Os danos atuais já são “absolutamente profundos”, destaca Ana Georgina. “Ainda que se consiga um movimento de reversão, não será fácil, nem rápida”, avalia, ressaltando a importância da governabilidade. “Neste momento me preocupa muito a correlação e a composição de forças do próximo Congresso Nacional. Já tivemos (trabalhadores) uma representatividade muito maior.”

Inspiração patronal

A própria Lei 13.467 se originou, em boa medida, de um documento da CNI (101 Propostas para Modernização Trabalhista) de 2012, lembra o analista político e consultor Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, ex-diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Anos depois, o relator do projeto, o então deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), modificou drasticamente o texto original. Assim, recorda Toninho, um projeto com 12 mudanças “sai do Congresso com aproximadamente 200”. (Marinho não foi reeleito, mas ganhou cargos no governo.)

Por enquanto, concordou o analista, foi possível segurar novas investidas, até por “erros táticos” do governo. Mas se a eleição trouxer o mesmo governo, ou semelhante, serão usadas as medidas do Gaet, o que será “trágico”, alerta.

Sustentação da Previdência

Assim como Clemente, ele destaca a necessidade de se buscar novas fontes de financiamento para a Previdência, já que a folha de pagamento não dará mais conta de mantê-la. Ele acredita, por outro lado, que a possibilidade de criação das federações partidárias possa aumentar as chances de “ampliar significativamente” a representação dos trabalhadores no Congresso. “Vai beneficiar enormemente quem estiver unido. (…) O sistema de distribuição das cadeiras foi profundamente alterado.” A primeira coisa a fazer é “desinterditar” o debate, pede Toninho, que já em 2014, no mesmo Barão de Itararé, chamava a atenção para a ofensiva patronal que se confirmou nos anos seguintes.

É preciso também, acrescenta Clemente, “denunciar o estrago” feito desde então. O país “destruiu proteção e retirou dinamismo da economia”, afirma. O sociólogo chama a atenção também para a recente revisão da legislação trabalhista aprovada na Espanha. “Muito menor do que a destruição que foi feita, mas é importante. O processo pactuado considera que a negociação coletiva é um instrumento central para a regulação das relações de trabalho onde há um mundo produtivo organizado. (E o) crescimento do salário é indutor do crescimento econômico.” O debate eleitoral irá “mostrar que é possível outro caminho”.

Fonte: Rede Brasil Atual

Em resposta ao ofício enviado pelo Movimento Sindical Bancário, solicitando a antecipação de pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o Banco Bradesco informou, nesta quarta-feira (9), que irá efetuar o crédito na próxima sexta-feira, 11 de fevereiro.

ENTENDA

A Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da categoria determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito. Todos os anos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicita a antecipação, muitas vezes atendida pelas instituições financeiras.

Março é a data do pagamento da segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários. É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional no teto da PLR 2021.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, na tarde desta terça-feira (8), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para apresentar a “Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-CoV2 no sistema nervoso em bancários”. A pesquisa foi coordenada pelas professoras doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, que participaram da reunião.

Márcia Bandini revelou que prefere utilizar a palavra “efeitos prolongados” ao invés de “sequelas desta doença”, completando: “Aparentemente, os efeitos da Covid-19 são temporários. A gente sabe que nossos colegas de trabalho ou familiares que foram contaminados não são os mesmos. A gente sempre soube, também, que a Covid-19 provoca efeitos logo após a passagem da doença. Alguns deles descobrimos que passam no curto prazo, outros não.”

Para a professora doutora Clarissa Yasuda, participar de uma reunião como a desta terça-feira foi uma experiência diferente e inovadora. “Participo com muita satisfação, por transformar os dados que a gente coleta em algo que seja útil para os trabalhadores e para toda a sociedade.”

Juvandia Moreira, coordenador do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), afirmou que além de apresentar o corte para a categoria bancária da pesquisa, o encontro também serviu para reforçar as reivindicações da categoria com relação aos protocolos de segurança sanitária, que garantem a saúde e a vida da categoria, apresentadas nas reuniões realizadas dias 18 e 31 de janeiro. “O que nós queremos é que os trabalhadores sejam atendidos, assistidos, cuidados, para que depois não vire afastamento, com efeitos piores, e, posteriormente, demissões. Nós queremos continuar com este debate na mesa e também fazer uma discussão banco a banco.”

A outra coordenadora do Comando, Ivone Silva, que também é presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, completou: “A gente tem visto que os estudos estão avançados muito, por isso é fundamental este debate, para darmos o melhor respaldo possível a todos os bancários.”

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, afirmou que entender a situação é peça-chave para a proteção dos bancários. “Essa pesquisa tem mostrado uma necessidade séria de ter um cuidado especial com o pós-covid. A doença impacta a saúde e a vida profissional. Tem colega voltando sem plenas condições para os trabalhos. Precisamos nos debruçar sobre esta situação, com informações sérias, dados concretos, pesquisas cientificas, para aprofundar este tema e definir algumas medidas que resolvam o problema. Nós temos responsabilidade na representação dos colegas e os bancos têm responsabilidades com a saúda e a vida dos seus trabalhadores.”

Carnaval

O Comando Nacional dos Bancários cobrou ainda a decisão da Febraban sobre os dias do Carnaval. Para os representantes dos trabalhadores, o feriado deve ser mantido.

A Fenaban informou que não haverá atendimento ao público nas agências na segunda e na terça-feira (28 de fevereiro e 1 de março). Na quarta-feira de cinzas (2), o atendimento começa às 12h, com fechamento no horário normal. Nas localidades em que os fechamentos são antecipados, desde o início da pandemia, será garantido o mínimo de três horas de atendimento.

*Com informações da Contraf-CUT

Começa nesta terça-feira (8) o pagamento do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) referente a 2020. O calendário de pagamentos seguirá de acordo com o mês de nascimento dos beneficiários. Nesta terça, recebem os nascidos em janeiro. Aqueles que nasceram em dezembro receberão em 31 de março.  

O cronograma ainda prevê o início do pagamento em 15 de fevereiro para servidores públicos beneficiados pelo Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Neste caso, o calendário seguirá o número final da inscrição do trabalhador.  

No total, cerca de 23 milhões de trabalhadores receberão um total de aproximadamente R$ 21 milhões. Todos, servidores ou funcionários da iniciativa privada, devem receber os valores até 29 de março e os saques devem ser efetuados até 29 de dezembro. 

Confira o calendário  

PIS  

Janeiro: 8 de fevereiro   
Fevereiro: 10 de fevereiro   
Março: 15 de fevereiro  
Abril: 17 de fevereiro   
Maio: 22 de fevereiro   
Junho: 24 de fevereiro  
Julho: 15 de março  
Agosto: 17 de março   
Setembro: 22 de março  
Outubro: 24 de março   
Novembro: 29 de março 
Dezembro: 31 de março 

Pasep    

0 e 1: 15 de fevereiro   
2 e 3: 17 de fevereiro   
4: 22 de fevereiro   
5: 24 de fevereiro   
6: 15 de março  
7: 17 de março   
8: 22 de março  
9: 24 de março 

Quem pode receber?  

Aqueles que têm direito ao abono salarial são os trabalhadores que exerceram qualquer atividade remunerada por mais de 30 dias em 2020, com carteira assinada e receberam até dois salários mínimos por mês (R$ 2.424). Para isso, é preciso também estar inscrito no PIS-Pasep por pelo menos cinco anos e ter os dados atualizados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) pelo empregador também são requisitos.   

O valor do abano depende da quantidade de meses em que o trabalhador esteve empregado com carteira assinada em 2020, não ultrapassando o valor de um salário mínimo (R$ 1.212).  

Para o trabalhador da iniciativa privada saber se tem direito ao benefício, quando e quanto irá receber, basta ligar no número 158 da Central de Atendimento Alô Trabalho ou consultar nos aplicativos da carteira de trabalho digital, Caixa Trabalhador ou Caixa Tem. 

Trabalhadores vinculados ao Pasep podem fazer a consulta por meio do site do Banco do Brasil ou da Central de Atendimento do BB: 4004-0001, capitais e regiões metropolitanas, ou 0800 729 0001, interior.

Como será feito o pagamento? 

Para os servidores públicos, o pagamento é feito pelo Banco do Brasil, por meio de crédito em conta para os clientes do banco. Para correntistas de demais instituições, é possível fazer uma transferência bancária. Os beneficiários também podem realizar o saque nas agências do banco, mediante a apresentação de um documento de identidade oficial. 

::É possível sacar o PIS ou FGTS de pessoa falecida?::

Já para os trabalhadores da iniciativa privada, pela Caixa Econômica Federal, para quem tem conta no banco. Aqueles que não possuem, os valores serão depositados na Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível abrir uma conta digital, o saque deve ser feito com o Cartão do Cidadão e senha, nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências. 

Fundo PIS/Pasep    

Entre 1971 e 4 de outubro de 1988, as empresas e órgãos públicos transferiam um valor no fundo PIS/Pasep em nome de cada um dos funcionários. O saque, no entanto, só era liberado em caso de aposentadoria, doença grave ou ao completar 70 anos. O Fundo foi descontinuado pela Constituição Federal de 1988, mas isso não trouxe efeito para o pagamento do abono salarial.   

Fonte: Brasil de Fato

O saldo do emprego bancário aumentou 6,9 mil postos de trabalho em 2021, de acordo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

O resultado foi fortemente impactado pelas contratações da Caixa Econômica Federal, motivadas por decisão judicial após ações movidas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), e contratações em ocupações ligadas à Tecnologia da Informação. Durante todo o período da pandemia, no entanto, foram fechados mais de 5 mil empregos no setor.

O emprego formal no Brasil apresentou a geração de 2.730.597 novas vagas, decorrência de 20.699.802 admissões contra 17.969.205 desligamentos, apesar do saldo negativo de 265.811 postos de trabalho, em dezembro de 2021. O saldo positivo do ano ocorreu em todos os grandes grupos de atividades econômicas: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+ 140.927); Indústria Geral (+ 475.141); Construção (+244.755); Comércio (+643.754) e Serviços (+ 1.226.026).

Em quais atividades foram gerados empregos no Ramo Financeiro?

Somente a atividade de crédito cooperativo criou 9,9 mil vagas em 2021. Já atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificados, como os serviços de consultoria em investimentos financeiros e serviços de intermediação na obtenção de empréstimos, criaram 7,8 mil vagas e a atividade de administração de cartões de crédito gerou 6,6 mil postos de emprego. Nestas duas últimas atividades é comum encontrar as fintechs que não possuem uma atividade específica organizada.

Considerando a totalidade do Ramo Financeiro, incluindo atividade bancária, foram geradas 58,5 mil novas vagas formais em 2021, o que corresponde a praticamente 5% do emprego criado no Setor de Serviços.

Movimentação do emprego bancário

A trajetória do emprego formal no setor bancário tem apresentado criação de postos de trabalho desde abril de 2021. A geração de emprego no ano foi de 6.934 novas vagas contra a eliminação de 11.804 vagas em 2020. Durante a pandemia, decretada em março de 2020, foram extintos mais de 5 mil empregos na categoria bancária.

Onde foram criadas as vagas no Setor Bancário?

A ampliação no volume de investimentos em tecnologia bancária realizado pelos principais bancos nos últimos anos indica a importância de contratação de força de trabalho em ocupações diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação. Em 2021, houve a ampliação de 3.722 empregos nestas ocupações. Em todos os meses, é notado o crescimento destas vagas. Por outro lado, em vários meses há fechamento de postos nas demais ocupações.

Analisando propriamente as ocupações, temos que em grande medida os postos de trabalho estão sendo criados fora das agências bancárias (com exceção de escriturário de banco, cargo admissão de concurso da Caixa).

No que tange a distribuição geográfica, houve fechamento de emprego em 6 dos 27 estados da federação: Paraná (-172 vagas), Rio de Janeiro (-367 vagas), Rio Grande do Sul (-238 vagas), Santa Catarina (-16 vagas) e Sergipe (-119 vagas). Em contrapartida, os melhores resultados se deram nos estados de São Paulo (+ 3.397 vagas), Minas Gerais (+1.415 vagas), Pará (+ 473 vagas), Pernambuco (+ 401 vagas) e Distrito Federal (+ 328 vagas).

Cabe destacar que a criação de vagas no Estado de São Paulo está concentrada na capital paulista. Os números apontam aumento de 4.194 postos, sendo 2.874 em ocupações de TI.

Qual o perfil da movimentação dos trabalhadores bancários?

Sobre a distribuição de gênero da movimentação do emprego o saldo positivo foi mais atribuído ao sexo masculino com abertura de 4.904 vagas, enquanto houve criação de 2.030 postos de trabalho entre as mulheres. As admissões de mulheres foram 18,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 7,8% inferiores.

Já em relação as faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 12.007 vagas e para as faixas etárias acima dos 40 anos, foi notado movimento contrário, com o fechamento de 5.073 vagas. A idade média do trabalhador admitido em 2021 foi de 30 anos e a idade média do trabalhador desligado foi de 37 anos.

A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (63,0%) e com superior completo (55,4%), assim como o perfil da maioria dos desligados. As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 30,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 23,0%.

Outro tema que merece ser evidenciado é a movimentação de trabalhadores enquadrados como PCD, pessoa com deficiência. Além de existir previsão legislativa existe a importância em caráter inclusivo social.

Na categoria bancária, em 2021, o número de trabalhadores com deficiência foi reduzido em 157 postos de trabalho, ou seja, o número de desligamentos superou as admissões. Tal fato ocorreu em todas as atividades, inclusive na Caixa.

Em relação a jornada de trabalho, de maneira geral, 38,1% dos trabalhadores admitidos foram contratados para jornada entre 30 e 40 horas semanais, 29,7% para jornada acima de 40 horas e 29,4% para jornadas abaixo de 30 horas por semana. Entre os desligamentos, 47,0% dos trabalhadores possuíam jornada entre 30 e 40 horas semanais, 28,5% com jornadas acima de 40 horas semanais e 19,8% dos desligados possuíam jornada de trabalho inferior a 30 horas por semana. A particularidade da jornada de trabalho está diretamente ligada a atividade bancária bem como a ocupação.

Cabe destacar o elevado número de desligamentos por pedido. Em janeiro, 29,6% das demissões foram a pedido dos trabalhadores e em dezembro o percentual saltou para 46,2% do total de despensas. Compreender a motivação do desligamento, no entanto, não é uma tarefa fácil. As principais hipóteses são: o aumento na na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro com migração de trabalhadores para fintechs e corretoras de valores; facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas. Alguns dados corroboram com a primeira hipótese, como o aumento de 23,6% no número de agentes autônomos de investimento entre 2020 e 2021, conforme dados da CVM, e números da PNAD que informam elevação de ocupações por conta própria no setor financeiro.

Remuneração Média

Por fim, o salário mensal médio de um bancário admitido em dezembro de 2021 foi de R$ 5.293,59 enquanto o do desligado foi de R$ 7.009,76, isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 75,0% do desligado. Esta diferença se dá de forma distinta entre as atividades bancárias. Nos Bancos Comerciais o salário do admitido correspondeu a 32,7% do trabalhador desligado e, na outra ponta, o trabalhador admitido num banco de investimento obteve salário médio superior ao do trabalhador demitido.

A diferença entre o salário médio do trabalhador admitido e a do trabalhador desligado pode ser verificado ao longo de 2021. Exceto nos meses de junho, julho e novembro, os demais meses o salário médio dos admitidos sempre foi inferior ao salário médio dos desligados.

Além destas diferenças entre os valores de admitidos e desligados, verifica-se que o valor do salário médio de admissão em dezembro foi 13,5% inferior ao salário de admissão de janeiro, já descontada a inflação segundo INPC. Evidentemente que há variáveis importantes a serem observadas como ocupação, tempo de emprego e atividade, contudo a tendência média é um indicador necessário para análises gerais.

Vale ressaltar ainda que o salário de admissão de um trabalhador bancário é quase 3 vezes superior ao salário de admissão do trabalhador formal brasileiro geral, resultado de uma política de valorização salarial a partir da negociação coletiva.

Fonte: Contraf-CUT