Abril 29, 2025
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O saldo do emprego bancário aumentou 6,9 mil postos de trabalho em 2021, de acordo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

O resultado foi fortemente impactado pelas contratações da Caixa Econômica Federal, motivadas por decisão judicial após ações movidas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), e contratações em ocupações ligadas à Tecnologia da Informação. Durante todo o período da pandemia, no entanto, foram fechados mais de 5 mil empregos no setor.

O emprego formal no Brasil apresentou a geração de 2.730.597 novas vagas, decorrência de 20.699.802 admissões contra 17.969.205 desligamentos, apesar do saldo negativo de 265.811 postos de trabalho, em dezembro de 2021. O saldo positivo do ano ocorreu em todos os grandes grupos de atividades econômicas: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+ 140.927); Indústria Geral (+ 475.141); Construção (+244.755); Comércio (+643.754) e Serviços (+ 1.226.026).

Em quais atividades foram gerados empregos no Ramo Financeiro?

Somente a atividade de crédito cooperativo criou 9,9 mil vagas em 2021. Já atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificados, como os serviços de consultoria em investimentos financeiros e serviços de intermediação na obtenção de empréstimos, criaram 7,8 mil vagas e a atividade de administração de cartões de crédito gerou 6,6 mil postos de emprego. Nestas duas últimas atividades é comum encontrar as fintechs que não possuem uma atividade específica organizada.

Considerando a totalidade do Ramo Financeiro, incluindo atividade bancária, foram geradas 58,5 mil novas vagas formais em 2021, o que corresponde a praticamente 5% do emprego criado no Setor de Serviços.

Movimentação do emprego bancário

A trajetória do emprego formal no setor bancário tem apresentado criação de postos de trabalho desde abril de 2021. A geração de emprego no ano foi de 6.934 novas vagas contra a eliminação de 11.804 vagas em 2020. Durante a pandemia, decretada em março de 2020, foram extintos mais de 5 mil empregos na categoria bancária.

Onde foram criadas as vagas no Setor Bancário?

A ampliação no volume de investimentos em tecnologia bancária realizado pelos principais bancos nos últimos anos indica a importância de contratação de força de trabalho em ocupações diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação. Em 2021, houve a ampliação de 3.722 empregos nestas ocupações. Em todos os meses, é notado o crescimento destas vagas. Por outro lado, em vários meses há fechamento de postos nas demais ocupações.

Analisando propriamente as ocupações, temos que em grande medida os postos de trabalho estão sendo criados fora das agências bancárias (com exceção de escriturário de banco, cargo admissão de concurso da Caixa).

No que tange a distribuição geográfica, houve fechamento de emprego em 6 dos 27 estados da federação: Paraná (-172 vagas), Rio de Janeiro (-367 vagas), Rio Grande do Sul (-238 vagas), Santa Catarina (-16 vagas) e Sergipe (-119 vagas). Em contrapartida, os melhores resultados se deram nos estados de São Paulo (+ 3.397 vagas), Minas Gerais (+1.415 vagas), Pará (+ 473 vagas), Pernambuco (+ 401 vagas) e Distrito Federal (+ 328 vagas).

Cabe destacar que a criação de vagas no Estado de São Paulo está concentrada na capital paulista. Os números apontam aumento de 4.194 postos, sendo 2.874 em ocupações de TI.

Qual o perfil da movimentação dos trabalhadores bancários?

Sobre a distribuição de gênero da movimentação do emprego o saldo positivo foi mais atribuído ao sexo masculino com abertura de 4.904 vagas, enquanto houve criação de 2.030 postos de trabalho entre as mulheres. As admissões de mulheres foram 18,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 7,8% inferiores.

Já em relação as faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 12.007 vagas e para as faixas etárias acima dos 40 anos, foi notado movimento contrário, com o fechamento de 5.073 vagas. A idade média do trabalhador admitido em 2021 foi de 30 anos e a idade média do trabalhador desligado foi de 37 anos.

A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (63,0%) e com superior completo (55,4%), assim como o perfil da maioria dos desligados. As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 30,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 23,0%.

Outro tema que merece ser evidenciado é a movimentação de trabalhadores enquadrados como PCD, pessoa com deficiência. Além de existir previsão legislativa existe a importância em caráter inclusivo social.

Na categoria bancária, em 2021, o número de trabalhadores com deficiência foi reduzido em 157 postos de trabalho, ou seja, o número de desligamentos superou as admissões. Tal fato ocorreu em todas as atividades, inclusive na Caixa.

Em relação a jornada de trabalho, de maneira geral, 38,1% dos trabalhadores admitidos foram contratados para jornada entre 30 e 40 horas semanais, 29,7% para jornada acima de 40 horas e 29,4% para jornadas abaixo de 30 horas por semana. Entre os desligamentos, 47,0% dos trabalhadores possuíam jornada entre 30 e 40 horas semanais, 28,5% com jornadas acima de 40 horas semanais e 19,8% dos desligados possuíam jornada de trabalho inferior a 30 horas por semana. A particularidade da jornada de trabalho está diretamente ligada a atividade bancária bem como a ocupação.

Cabe destacar o elevado número de desligamentos por pedido. Em janeiro, 29,6% das demissões foram a pedido dos trabalhadores e em dezembro o percentual saltou para 46,2% do total de despensas. Compreender a motivação do desligamento, no entanto, não é uma tarefa fácil. As principais hipóteses são: o aumento na na oferta de vagas em outros segmentos do setor financeiro com migração de trabalhadores para fintechs e corretoras de valores; facilidade de mudanças promovidas pelo home office e o esgotamento dos trabalhadores por conta de pressões com metas abusivas. Alguns dados corroboram com a primeira hipótese, como o aumento de 23,6% no número de agentes autônomos de investimento entre 2020 e 2021, conforme dados da CVM, e números da PNAD que informam elevação de ocupações por conta própria no setor financeiro.

Remuneração Média

Por fim, o salário mensal médio de um bancário admitido em dezembro de 2021 foi de R$ 5.293,59 enquanto o do desligado foi de R$ 7.009,76, isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 75,0% do desligado. Esta diferença se dá de forma distinta entre as atividades bancárias. Nos Bancos Comerciais o salário do admitido correspondeu a 32,7% do trabalhador desligado e, na outra ponta, o trabalhador admitido num banco de investimento obteve salário médio superior ao do trabalhador demitido.

A diferença entre o salário médio do trabalhador admitido e a do trabalhador desligado pode ser verificado ao longo de 2021. Exceto nos meses de junho, julho e novembro, os demais meses o salário médio dos admitidos sempre foi inferior ao salário médio dos desligados.

Além destas diferenças entre os valores de admitidos e desligados, verifica-se que o valor do salário médio de admissão em dezembro foi 13,5% inferior ao salário de admissão de janeiro, já descontada a inflação segundo INPC. Evidentemente que há variáveis importantes a serem observadas como ocupação, tempo de emprego e atividade, contudo a tendência média é um indicador necessário para análises gerais.

Vale ressaltar ainda que o salário de admissão de um trabalhador bancário é quase 3 vezes superior ao salário de admissão do trabalhador formal brasileiro geral, resultado de uma política de valorização salarial a partir da negociação coletiva.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) anunciou a redução na taxa de carregamento, cobrada em seus planos de benefícios, de 4% para 3,5%, a partir de abril desde ano. A mudança resultará em impactos positivos, principalmente aos associados do plano Previ Futuro, com aumento correspondente do saldo de conta e, consequentemente, no valor da futura aposentadoria.

O diretor de Administração da entidade, Márcio de Souza, explica que a queda na taxa de carregamento cumpre um compromisso dos dirigentes eleitos para representar os funcionários do BB dentro da entidade: “É uma reivindicação antiga, aprovada pelos trabalhadores nos Congressos Nacionais de Funcionários do Banco do Brasil”, destaca. “Cumprindo um compromisso dos dirigentes eleitos, temos reduzido, ao longo do tempo, a taxa de carregamento, que já foi de 5%”, completa.

Luciana Bagno, eleita conselheira Deliberativa da Previ, observa também que a redução da taxa de carregamento representa mais uma etapa no ganho de eficiência que a entidade vem conquistando ao longo dos anos: “É claro que nosso trabalho para reduzir as taxas tem sido feito de forma responsável, levando em consideração a sustentabilidade da Previ”, pontua.

Com a redução, o associado é duas vezes beneficiado, “uma vez que a taxa de carregamento incide tanto sobre a contribuição dos participantes, como do patrocinador Banco do Brasil” explica ainda Márcio de Souza, completando: “Essa diferença, portanto, é acrescentada ao saldo de conta de cada associado e depois na aposentadoria”.

Papel social

“Essa conquista dos associados na Previ é fruto do modelo de governança robusto da entidade, que, além de garantir a influência dos funcionários do BB em decisões importantes, protege a entidade contra eventuais ameaças externas, como tentativas de ingerência política ou interesses de agentes de mercado”, avalia o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Não podemos perder de vista que a Previ é o maior fundo de pensão do Brasil e que ela tem cumprindo, de forma eficiente, seu principal propósito que é gerar aposentadoria segura e digna para seus participantes”, completa.

Combinação mais competitiva do mercado

A taxa de carregamento (agora em 3,5%) compõe, ao lado da taxa de administração, as despesas administrativas da Previ. “Ela incide sobre cada contribuição feita ao Previ Futuro, incluindo os aportes do participante e do patrocinador, o BB. Enquanto que a taxa de administração incide sobre o saldo total de contas do participante”, explica Luciana.

Na Previ, a taxa de administração (despesas administrativas sobre o total de recursos garantidores) está hoje em 0,13% – o menor índice entre os cinco maiores fundos de pensão do país. A taxa de administração da Previ também representa menos da metade da taxa de administração média (0,28%) do sistema de previdência complementar fechado (composto por 292 entidades e 1.129 planos), conforme relatório, referente a 2020, da Previc, o órgão regulador do sistema de previdência complementar fechado.

O custo de administração médio da Previ também é 10 vezes menor se comparado aos 11.300 fundos de investimentos e mais de 1.200 fundos de previdência abertos vendidos no mercado, que, segundo dados da Anbima, é de 1,33% ao ano.

Fonte: Contraf-CUT

Com cartazes dizendo “vidas negras importam”, “justiça por Moïse” e “imigrantes importam”, milhares de manifestantes ocuparam as ruas de diversas cidades brasileiras neste sábado (05), para cobrar justiça pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe, morto no último dia 24, no Rio de Janeiro. O ato foi organizado por comunidades de imigrantes, coletivos e movimentos populares, em especial o movimento negro.

Moïse Kabagambe foi espancado por três homens no quiosque Tropicália onde trabalhava, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. Ele havia ido cobrar o pagamento de diárias atrasadas por serviços prestados ao estabelecimento, segundo relato de familiares. O caso ficou aproximadamente uma semana sem grandes repercussões.

Porém, após denúncia de familiares, movimentos populares convocaram um ato unificado e nacional para denunciar o racismo, xenofobia e a violência, explícitos no caso, com o mote “#JustiçaPorMoïse”. Ocorreram mobilizações no Rio de Janeiro, local do crime, e em São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.

No Rio, o ato se concentrou em frente ao quiosque Tropicália, onde Moïse foi assassinado, e reuniu familiares do congolês, além de dezenas de organizações defensoras dos direitos humanos e do movimento negro.

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, que participou do ato no Rio, disse que a tragédia vivida pela família africana não é um caso isolado, mas é fruto de uma sociedade racista que hoje conta com um explícito movimento político que levou Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

“A morte de Moïse é mais um assassinato fruto de uma sociedade racista e não podemos aceitar, em hipótese alguma, esta realidade de matança da população negra em nosso país. Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que, no Brasil, a cada 23 minutos morre um negro ou negra no Brasil. Queremos justiça para o Moïse, mas também para todos os negros que estão sendo mortos em nosso país todos os dias”, disse o sindicalista, lembrando também da morte de mais um negro, Durval Filho, na última quarta-feira (2) com três tiros por um militar que “confundiu” o seu vizinho com um bandido, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.

Durante o protesto, a prefeitura da cidade anunciou que transformará o quiosque em um estabelecimento voltado para a cultura africana. A proposta é que o local seja administrado pela família de Moïse e se transforme num reduto de empregos para refugiados.

Em São Paulo, que concentra um grande contingente de refugiados e imigrantes, os manifestantes se reuniram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Pelo menos 2 mil pessoas estiveram presentes, segundo a Coalização Negra por Direitos, uma das organizadoras do ato.

Participaram membros de comunidades angolanas e congolesas, que cobraram segurança e garantia de direitos para imigrantes. Em discursos, eles denunciaram o racismo, o desemprego e a violência como principais obstáculos para reconstruir a vida no Brasil.

Precarização do trabalho

Almir criticou ainda a precarização do trabalho fruto da reforma trabalhista criada pelo presidente Michel Temer e aprofundada no governo Bolsonaro na qual quem mais sofre sã os negros e as mulheres, sem direito à carteira assinada, férias remunerada, FGTS, 13º salário e bem sequer aposentadoria. “Quando um trabalhador não tem direito a nada beiramos ao trabalho quase escravo em que o empregado tem que ficar cobrando de seu patrão até mesmo o salário pelo trabalho realizado. Esta é a lógica da negociação direta do empregado com o empregador como propagam estes governos neoliberais”, acrescenta.

Fonte: Contraf-CUT

O senador Renan Calheiros (MDB/AL) protocolou, nesta quinta-feira (3), um requerimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para que o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, seja convidado a prestar esclarecimentos sobre denúncias veiculadas pelo jornal Folha de S.Paulo de ingerência política e restrição de crédito para estados liderados por opositores do governo Bolsonaro.

“Como se vê, a utilização personalista dos recursos públicos orçamentários, por meio do chamado orçamento secreto já denunciada no STF, agora é acrescida do uso discricionário e político dos recursos dos bancos públicos, como o BB, com efeitos nefastos no desenvolvimento econômico equilibrado dos estados”, diz Calheiros em um trecho do requerimento.

O senador faz referência a uma matéria veiculada pela Folha no dia 29 de janeiro. Nela, o jornal apurou que, em 2021, o BB emprestou R$ 5,3 bilhões para os estados, sendo dois terços do montante para aliados do governo federal. A reportagem também destacou que o vice-presidente de Governo do BB, Antônio Barreto, já manifestou que o banco estaria viabilizando operações em troca de “boa relação” com a gestão Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, os estados de Alagoas e Bahia, liderados por opositores do atual governo, tiveram suas negociações de crédito paralisadas pelo banco, sem maiores justificativas. Alagoas chegou a acionar o BB no STF para realizar o empréstimo já aprovado pela Assembleia Legislativa do estado.

Desgaste da imagem

“Ao contrário das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), as comissões permanentes não têm competência para convocar qualquer autoridade ou pessoa para depoimento. Elas só podem convocar ministros ou titulares de instituições diretamente ligadas à Presidência da República. No caso de outras autoridades ou qualquer cidadão, podem fazer apenas um convite solicitando o comparecimento”, explicou o secretário de Relações de Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento das questões de interesse dos trabalhadores que tramitam no Congresso Nacional.

“Então, mesmo com impossibilidade das comissões permanentes convocar pessoas, a motivação de um requerimento convidando o presidente de uma instituição centenária e sólida como o Banco do Brasil, para dar explicações tão graves sobre tal ingerência, já causa um desgaste gigantesco à imagem do BB junto à sociedade e ao mercado. A manipulação política dos recursos do BB, portanto, prejudica todo o zelo e o trabalho árduo dos funcionários e funcionárias da instituição”, avaliou.

Investigação no TCU

Na última terça-feira (1º), a pedido do Ministério Público, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou uma investigação a fim de apurar se o Banco do Brasil está cometendo ingerência política na concessão de empréstimos para estados e municípios.

“Esperamos que a investigação no TCU caminhe e também que a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprove o pedido de requerimento de Calheiros. Nós também queremos esclarecimentos de Fausto Ribeiro. Desde que Bolsonaro assumiu o governo, o movimento sindical vem apontando a ocorrência de ingerências políticas no BB”, destacou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Os bancos públicos têm papel fundamental na redução das desigualdades entre estados e municípios. Aliado às dotações orçamentárias anuais, o crédito dessas instituições é um instrumento fundamental para o desenvolvimento do país”, pontuou.

Fonte: Contraf-CUT

Neste sábado, 5 de fevereiro, protestos por todo o Brasil foram realizados para lembrar o brutal assassinato de Moïse Kabagambe e cobrar justiça para os responsáveis pelo espancamento do congolês, de 24 anos, dia 24 de janeiro.

No Rio de Janeiro, o ato foi em frente ao quiosque Tropicália, onde ele foi morto a pauladas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da Cidade. Centenas de pessoas se reuniram, em um ato pacífico, na luta contra o racismo e a xenofobia.

A Diretora de Formação do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro, esteve presente ao ato, representando a entidade.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou uma portaria na última segunda-feira (2), alterando as regras para a realização da prova de vida por aposentados e pensionistas. 

Até então, o aposentado ou pensionista precisava comparecer presencialmente ao banco onde recebe o benefício, fazer biometria e apresentar o cartão de débito e um documento com foto. Caso contrário, o benefício era suspenso. 

A partir de agora, o cruzamento de informações de bases de dados dos governos federal, estaduais e municipais e de instituições privadas será utilizado para comprovar se o beneficiário está vivo.

Quando será preciso comprovar?

Somente nos casos em que o cruzamento não for suficiente, o beneficiário será notificado para a realização do procedimento, preferencialmente, por meio eletrônico. 

"Se caso nós não encontrarmos um movimento do cidadão em uma das bases, mesmo assim, o cidadão não vai precisar sair de casa para fazer a prova de vida”, afirmou o presidente do INSS, José Carlos Oliveira. "O INSS proverá meios, com parcerias que fará, para que o servidor, o correio, para que essa entidade parceira vá na residência e faça a captura biométrica na porta do segurado. Para que o segurado não saia mais da sua residência." 

Processo de mudança

De acordo com o presidente do INSS, as mudanças devem ser implementadas completamente até 31 de dezembro deste ano. Até lá, o bloqueio de pagamento por falta da comprovação de vida fica suspenso. As mudanças valem para os segurados que fizerem aniversário a partir da data da publicação da portaria, ou seja, 2 de fevereiro de 2022. 

Segundo a portaria do INSS, serão utilizadas as seguintes informações para a prova de vida:

- realização de empréstimo consignado, com reconhecimento biométrico; atendimento presencial nas agências do INSS;
- perícia médica no sistema público de saúde ou rede conveniada;
- vacinação;
- cadastro ou recadastramento nos órgãos de trânsito ou segurança pública;
- atualizações no Cadastro Único; -
- votação nas eleições;
- emissão ou renovação de passaporte, carteira de identidade, carteira de motorista, carteira de trabalho, alistamento militar ou outros - - documentos oficiais que necessitem da presença física do usuário ou reconhecimento biométrico;
- recebimento do pagamento de benefício com reconhecimento biométrico;
- declaração de Imposto de Renda como titular ou dependente. 

Fonte: Brasil de Fato

Em sessão tensa e com reviravoltas, o Congresso da Espanha convalidou o projeto de reforma trabalhista negociado entre governo e entidades empresariais e de trabalhadores. O Decreto-lei real 32/2021, de 28 de dezembro, foi ratificado por apenas um voto: 175 a 174, com direito a erro de um deputado no momento da votação. O pleno do Congresso também rejeitou a tramitação do decreto como projeto de lei, o que permitiria propor modificações no texto.

Segundo a ministra do Trabalho e Economia Social, Yolanda Díaz, trata-se “da primeira reforma trabalhista de grande escala na democracia que conta com o respaldo do diálogo social”. Um dos pontos centrais da proposta é reduzir os contratos temporários, dando prioridade àqueles por tempo indeterminado. A discussão é acompanhada de perto no Brasil. Pré-candidato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é favorável a uma rediscussão da “reforma” feita em 2017.

Desequilíbrios do mercado

“A reforma que contém este decreto pretende corrigir de forma decisiva essa temporalidade excessiva, evitando essa rotina tão perniciosa que faz com que em cada crise se destrua sistematicamente o emprego”, diz o presidente Pedro Sanchéz, na apresentação do texto. “Esses importantes desequilíbrios, que o mercado de trabalho espanhol carrega há décadas, agravam os ciclos econômicos, prejudicam o crescimento da produtividade, aumentam a precariedade e aprofundam as diferenças sociais, territoriais e de gênero.”

Ministra Yolanda: proposta teve ‘respaldo do diálogo social’ (Congresso da Espanha)

Pelo acordo negociado, são anulados os contratos por obra e as empresas terão que justificar, expressamente, os casos de contratação temporária, sob determinadas circunstâncias econômicas. Se um posto de trabalho for ocupado durante 18, de um total de 24 meses, passará a ser fixo.

Alternativa aos desempregados

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o número de ocupados na Espanha cresceu 0,77% do terceiro para o quarto trimestre de 2021, somando agora 20.185 milhões. Em 12 meses, o emprego cresceu 4,35%. Também na variação anual, o número de assalariados aumentou em 732.700 – 425 mil por tempo indeterminado e 307.700 temporários. O total de desempregados caiu 16,56% em um ano, para estimados 3,104 milhões. A taxa de desemprego está em 13,3%.

CCOO
Unai Sordo, da CCOO: acordo priorizou ‘direitos dos precarizados’ (CCOO)

O secretário-geral da Comisiones Obreras (CCOO), Unai Sordo, pediu apoio dos partidos para a aprovação da reforma e disse que o acordo “priorizou os direitos dos precarizados”. Isso não impede, acrescentou, negociações complementares em temas como o das regras mais rígidas para demissões, uma das principais reclamações de aliados do governo contrários ao projeto. Ele acusou setores do que chamou de “esquerda nacionalista” de confundir “avalizar uma reforma para melhorar a vida das pessoas com avalizar um suposto projeto político”.

“Pela primeira vez”, acrescentou o sindicalista, “se oferece uma alternativa aos desempregados neste país, aproveitando o que aprendemos na pandemia com as medidas de regulação temporal do emprego”. Além disso, disse Sordo, o decreto “reforça a negociação coletiva ou recupera a ultratividade”. Por esse conceito, os contratos permanecem válidos após que se negocie outro. No Brasil, a ultratividade está suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para a UGT, o acordo “histórico” é resultado do diálogo entre os interlocutores sociais e o governo. “Pela primeira vez, os trabalhadores recuperam direitos com o consenso dos empresários e dos sindicatos”, diz a entidade. Já a CGT se opôs ao acordo, que para a entidade “não melhora significativamente as condições dos trabalhadores”. Para os dirigentes, o governo cedeu às exigências da entidades patronais.

Com informações do El País, centrais sindicais e do site do Congresso

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga se o Banco do Brasil está cometendo ingerência política na concessão de empréstimos para estados e municípios. A apuração foi instaurada a pedido do subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado.

As suspeitas começaram com a decisão do BB de suspender operações de crédito para Alagoas e Bahia. Alagoas recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a concessão do empréstimo de R$ 770 milhões que o BB abandonou sem maiores justificativas. O estado é governado por Renan Filho (MDB) que, além de ter como pai o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi relator da CPI da Covid-19, disputa protagonismo político no estado com o atual presidente da Câmara e aliado de Bolsonaro no Congresso, Arthur Lira (PP-AL).

Já a Bahia, liderada pelo petista Rui Costa, teve a operação de crédito de R$ 228 milhões também paralisada. O estado não chegou a entrar com recurso no STF, mas iniciou, nos bastidores, um movimento de cobrança por “tratamento isonômico” entre os entes federativos.

Os jornais Folha de S.Paulo e O Globo também divulgaram reportagens apontando que, além de prejudicar estados liderados pela oposição, o BB estaria favorecendo os que são comandados por políticos que compõe a base parlamentar do governo federal no Congresso. Em 2021, por exemplo, dos R$ 5,35 bilhões emprestados pelo banco aos entes federativos, dois terços foram pagos para governos ou partidos que apoiam a gestão bolsonarista.

>>>>> Jornais revelam ingerência política no Banco do Brasil

Não é a primeira vez que os funcionários e o movimento sindical apontam a ocorrência de ingerência do governo federal no Banco do Brasil. Em outras ocasiões, houve interferência na publicidade do banco, tanto com relação ao pagamento feito a “sites amigos”, como quando Bolsonaro vetou uma campanha publicitária voltada para o público jovem. E ficou famoso o caso de venda de carteira bilionária do banco para o BTG Pactual, que teve como fundador o atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Indicações bolsonaristas

Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, o direcionamento político de empréstimos, agora exposto pela imprensa, faz parte de um mecanismo maior de ingerência política dentro do BB: “A indicação dos quadros mais altos da administração do banco tem clara influência bolsonarista. Temos, desde a indicação de Fausto Ribeiro para assumir a presidência do BB, de viés negacionista, a ponto de obrigar o retorno ao trabalho presencial, mesmo diante do recrudescimento da pandemia, até a indicação de Carlos Motta à vice-presidência do Negócios de Varejo e de Antonio Hamilton Rossel Mourão à gerente executivo de Marketing e Comunicação do BB“, pontuou.

Durante a corrida presidencial de 2018, Carlos Motta dos Santos fez vaquinha para a campanha de Bolsonaro. Após a eleição, saiu do cargo de superintendente na Bahia para o cargo de vice-presidente de Distribuição e Varejo do banco. “Ninguém sai de superintendente estadual para vice-presidente da noite para o dia. Ele pulou vários cargos que essa trajetória obriga”, destacou Fukunaga.

O que dizer então da rápida ascensão de Antonio Hamilton Rossel Mourão? O filho do vice-presidente da República, general Mourão, mudou de cargo duas vezes em seis meses, passando de assessor empresarial da área de agronegócio, para assessor especial da Presidência e, depois, a gerente executivo de Marketing e Comunicação do BB. Nesse percurso, seu salário também triplicou.

Outro aliado do governo Bolsonaro beneficiado nos quadros do BB é Antônio José Barreto de Araújo Júnior, hoje vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial. Barreto foi auxiliar de Onyx Lorenzini, ministro do Trabalho e Previdência, em dois outros ministérios pelos quais passou o político que atualmente é filiado ao mesmo partido de Bolsonaro, o PL.

O vice-presidente de Agronegócios do BB, Renato Luiz Bellinetti Naegele, também é apontado como beneficiado politicamente por Bolsonaro. Ele passou de assessor da Presidência do BB para o cargo de VP por indicação do então presidente do banco Fausto Ribeiro. No passado, Naegale trabalhou no gabinete do senador Wellington Fagundes (PL), próximo do também senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro.

Fonte: Contraf-CUT

Em resposta ao ofício enviado pelo Movimento Sindical Bancário, no dia 31 de janeiro, solicitando a antecipação de pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o Banco Santander e o Banco Itaú informaram que irão efetuar o crédito no dia 25 de fevereiro.

Santander informou a decisão na última quarta-feira, dia 2 de fevereiro. O Banco irá efetuar o crédito no dia 25 de fevereiro, em folha de pagamento mensal, a qual ocorreria ordinariamente em 28 de fevereiro, mas foi antecipada. Na mesma data, também será efetuado o pagamento dos valores do programa próprio de participação nos resultados (PPRS). Este programa próprio está em fase de apuração final.

Já o Itaú, informou e confirmou a decisão nesta quinta-feira, dia 3 de fevereiro.

ENTENDA:

A Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) da categoria determina que os bancos têm até 1º de março para realizarem o crédito. Todos os anos a Contraf-CUT solicita a antecipação, muitas vezes atendida pelas instituições financeiras.

Março é a data do pagamento da segunda parcela da PLR 2021, descontado o valor pago como antecipação em setembro de 2021. Com os balanços dos bancos no ano de 2021 fechados e os resultados consolidados, cada instituição financeira já pode calcular o que pagará de PLR a seus funcionários. É importante lembrar que em 2020 a categoria bancária conquistou um acordo de dois anos que garantiu, entre outros avanços, um reajuste de 10,97% (reposição da inflação + aumento real de 0,5%) nas parcelas fixa e adicional no teto da PLR 2021.

O banco Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 16,347 bilhões em 2021, alta de 7% em relação a 2020, com rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROAE) de 21,2%. O lucro mundial do banco foi de € 8,654 bilhões, crescimento de 70,3%.  “Um banco que, mesmo em período de pandemia, lucra quase R$ 16,5 bilhões em um ano, pode fazer mais por seus funcionários e, principalmente, para o país”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias, ao ressaltar que os funcionários do banco cobram que o banco cumpra seu papel social, pare de demitir, melhore e respeite os protocolos de segurança sanitária e prevenção à Covid-19.

Menos agências, menos empregos

O resultado no Brasil representa 26,9% do lucro global, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em contrapartida, o Santander contribui com o desemprego no país. O banco encerrou 2021 com 48.834 empregados. O saldo entre contratações e demissões foi positivo nos três primeiros trimestres, mas no quarto houve uma redução de 452 postos de trabalho. No ano, o saldo foi positivo, com a abertura de 4.235 postos de trabalho em doze meses. “Apesar do aumento das contratações é fato que as mesmas ocorreram de terceiros e não de bancários. Com redução de direitos e condições de trabalho precárias”, observou Lucimara. Se considerarmos o período de dez anos (2012 a 2021) houve uma redução de 5.198 postos de trabalho bancário no Santander.

Outro desfalque que o banco causa ao país é o fechamento de agências bancárias. Em 2021 foram fechadas 166 agências bancárias e 27 postos de atendimento bancário (PABs). Mas, ao analisarmos os balanços de todo o período da pandemia, vemos que foram fechadas 341 agências e 128 PABs do Santander. A maior parte destas unidades fechadas era localizada em cidades distantes dos grandes centros de poder econômico do país, ou nas periferias das grandes cidades.

“Quando o banco fecha uma agência em uma cidade afastada dos grandes centros, muitas vezes, ele está fechando o único banco daquela localidade. Com isso, as pessoas de lá, que na maioria das vezes não tem as mesmas facilidades de acesso aos meios digitais de transação bancária, são obrigadas a deslocar por grandes distâncias para conseguir exercer seu direito constitucional de uso do sistema bancário. Assim, o banco deixa de cumprir sua obrigação social”, destacou a coordenadora da COE/Santander. “Além disso, a economia local é prejudicada, principalmente o comércio”, completou.

Crédito

A Carteira de Crédito Ampliada do banco no país teve alta de 11,8% em doze meses e de 1,9% no trimestre, atingindo R$ 536,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 20,6% em doze meses, chegando a R$ 210,2 bilhões, com crescimento em todas as linhas e impulsionadas, especialmente, pelo crédito pessoal / outros (+33,9%), crédito imobiliário (+20,5%), por Leasing / Veículos (+17,4%) e por Rural (+14,3%).

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 2,7%, com alta de 0,6 pontos percentuais em comparação a 2020. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram reduzidas em 6,8%, totalizando R$ 15,356 bilhões.

Fonte: Contraf-CUT