Abril 28, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú debateu, na última quinta-feira (9), o programa Recomece, voltado para todos os funcionários que estão aptos a voltar ao trabalho, após afastamento por problemas de saúde, mas necessitam de um retorno gradual. A apresentação foi feita pela área de medicina ocupacional do banco.

O Recomece é voltado para todos os funcionários que estão aptos a retornar ao trabalho, após afastamento por problemas de saúde, mas necessitam de um retorno gradual. Os trabalhadores que ficaram mais de 180 dias afastados entram no programa automaticamente e os que ficaram menos de 180 dias, só entram no programa após indicação médica. A validade do programa é de 15 dias e pode ser ampliada a 30 dias. O acompanhamento é feito pelo banco, orientado por uma assistente social e também um tutor, que pode ser o próprio gestor do trabalhador.

Luciana Duarte, coordenadora do GT de Saúde do banco, criticou a apresentação do programa, mesmo com as negociações em curso sobre o programa de retorno ao trabalho previsto na cláusula 43 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. “O prazo foi reduzido de seis meses a um ano, como previsto CCT, para 15 a 30 dias no programa do banco. Nossa, avaliação é que essa redução tem de ser sempre avaliada por um médico assistente”, apontou.

A coordenadora apontou ainda que os bancários, já sobrecarregados, além de se preocupar com as metas absurdas, ainda terão uma responsabilidade a mais. “Antes era a medicina ocupacional do banco que fazia este acompanhamento. Somos favoráveis a uma gestão humanizada, mas isto também passa também por metas humanizadas”.

O GT entende que o programa poderá cumprir uma importante função em alguns casos. Porém, quando o afastamento for por doença relacionada ao trabalho, principalmente, quando causado por problemas de gestão, ter a figura do gestor como responsável pela readaptação ou como tutor não é a melhor escolha.

Para a coordenadora do GT, o afastamento do trabalho é um momento traumático para o trabalhador que tem que lidar com a doença e a insegurança. “O momento do retorno deverá ser feito com o objetivo de reinserir este trabalhador de forma gradativa, respeitando suas limitações e, principalmente, em ambiente livre dos problemas que ocasionaram seu adoecimento”.

Ao ser questionado por não ter procurado o movimento sindical para construção do Recomece, o banco informou que o programa encontra-se em construção e propôs um calendário para discussões.

PDV

O GT também denunciou ao banco o assédio informado pelos trabalhadores elegíveis ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV). “Como o nome diz, a adesão deveria ser voluntária. No entanto, há denúncias de constrangimento para a adesão”, afirmou Carlos Damarindo, membro do GT de Saúde. O banco informou que não concorda com tais práticas.

Fonte: Contraf-CUT

A semana começou com boas notícias! 

Mais uma funcionária do Banco Santander foi reintegrada pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense. A reintegração aconteceu nesta segunda-feira, 9 de maio, na agência localizada em Xerém, distrito de Duque de Caxias, e foi acompanhada pelos diretores Ricardo Sá, Martins, Roberto Domingos e Newton França.

Patricia Galdino Foly é funcionária do banco há 17 anos e foi demitida em novembro de 2021. Na época, além da bancária estar acometida com doença ocupacional, o banco a demitiu em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram. 

IMPORTANTE

Patricia é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

 

 

Neste ano os sindicatos voltaram às praças para comemorar o 1º de maio. Retomar as ruas, mesmo com o corte de financiamento promovido por Temer e Bolsonaro, mostra como os sindicatos estão vivos!

O ato das Centrais Sindicais na Praça Charles Miller completou o conjunto de atos do Dia do Trabalhador realizados desde o aprofundamento, com a posse de Jair Bolsonaro, da escalada recessiva e conservadora. Nos quatro anos desta gestão presidencial marcada por um perfil antitrabalhador fizemos bem em unir nossas forças para enfrentar todos os males que tivemos e ainda temos que enfrentar. Realizamos dois atos online nos anos em que a pandemia estava mais forte, 2020 e 2021, e presenciais, um no início e outro no fim do desgoverno.

Comparações que alguns insistem em fazer com os megaeventos realizados na Praça Campo de Bagatelle, com shows populares e sorteios de prêmios para a população, são incorretas. Desde 2017 as comemorações expressam nossa resistência, nosso pesar com a pandemia, além de reafirmar nossas lutas.

Importante trazer esse contexto para desfazer interpretações que usam métricas de comparação incompatíveis com a realidade atual. Importante porque os atos do 1º de Maio servem como um termômetro político e isso tem um peso muito grande em um ano eleitoral. A falsa comparação do 1º de Maio de 2022 com outros eventos e a cobrança de uma linearidade que não existe induz a uma avaliação política errada, de esvaziamento, quando na verdade estamos atuando em prol das mudanças que o país precisa.

Não vamos deixar de fazer aqui um balanço daquilo que podemos melhorar. Para além dos discursos sobre nossas pautas, que são necessários, mas que precisam fluir melhor, a comemoração do Dia do Trabalhador deve, antes de tudo, atrair o povo. E não há incompatibilidade em fazer um evento popular com um nível político elevado.

Podemos, nós sindicalistas, mudar algumas coisas, mexer aqui e ali, fazer juntos ou separados, convidar artistas de sucesso e até mesmo realizar sorteios para que o público compareça para prestigiar, se divertir e se envolver nos debates acerca dos rumos do país. Avançamos em nosso papel de mobilizar e de atualizar o movimento sindical.

Mas, à parte todo e esforço e boa vontade, devemos considerar, e muitos analistas escondem ou não se dão conta, que existem questões de fundo que dizem respeito à disseminação no senso comum de uma campanha antissindical. Campanha que tem a mesma raiz da mentalidade escravocrata que se perpetua no Brasil, mesmo após a abolição de 1888. Isso está no centro dos problemas que pavimentaram as reformas liberais de Michel Temer, a vitória de Jair Bolsonaro, a pobreza, o desemprego, a precarização.

Hoje a mentalidade antissindical se traveste de um discurso moderno. Os defensores da reforma trabalhista, por exemplo, dizem que devemos olhar para a frente e não olhar para trás. Como se restituir direitos fosse olhar para trás e aprofundar a reforma, olhar para frente, quando na verdade é a reforma, com sua ampla retirada de direitos que é o retrocesso ao Brasil pré-CLT.

Mais do que isso, a fantasia pós-moderna que prega um discurso antissindical mascara ideias conservadoras que não ajudam os trabalhadores. Estamos falando da exaltação de discursos que incentivam a divisão do movimento social e político em pautas individuais baseadas em diferenças em detrimento da união de forças daqueles que querem e precisam se organizar para a luta. Esta é uma arma que atualmente os neoliberais usam para colocar os trabalhadores uns contra os outros e, sobretudo, contra o movimento sindical. Está claro quem ganha com isso. E, percebendo sua decadência, os arautos do liberalismo tenderão a ficar ainda mais agressivos.

Após a longa pandemia e com a crise política e econômica, entretanto, a realidade se impõe, a consciência sobre a importância dos sindicatos e da luta pelos direitos ganha espaço e cada vez mais pessoas percebem a falsidade do discurso meramente identitário sem base social e de classe. A fundação do sindicato na Amazon nos EUA e as mudanças na legislação trabalhista na Espanha são alguns exemplos. 

Essas são as questões de fundo que não só desafiam o nosso 1º de Maio, mas que tentam nos liquidar dia a dia. Por tudo isso, aproveitando o ensejo do mês inaugurado com o Dia do Trabalhador, além de continuar avançando em nossos atos e exercícios de diálogo e de unidade, precisamos também reforçar o discurso pró-trabalhador e empreender um esforço para elevar a consciência política do povo brasileiro.

Lançar o mês do trabalhador é uma forma de valorizar e reforçar nossa identidade operária para que todos e todas tenham em mente tudo pelo que devemos lutar: jornada de trabalho decente, valorização salarial, saúde e segurança no trabalho, aposentadoria digna, convenção coletiva. Nosso movimento é agregador, promove a diversidade e aproxima a todos. E é com ele que vamos superar a crise, o desgoverno e criar condições para um país melhor.

*João Carlos Gonçalves é metalúrgico, secretário Geral da Força Sindical e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo; Ronaldo Leite é carteiro, secretário geral da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Conselheiro Fiscal dos Correios no Rio de Janeiro.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Sindicalistas de diversos países da América Latina se reuniram entre os dias 3 e 5 de maio, em Montevidéu, no Uruguai, para realizar mais uma etapa das Jornadas Internacionais de Sistemas de Pensão, promovidas pela UNI Global Union e pela sua representação regional, a Uni Américas Finanzas. “Os neoliberais estão organizados e agem em todo o mundo para destruir os sistemas de previdência social em cada um dos países. Por isso, é importante que nós, trabalhadores, também nos organizemos mundialmente para barrar estas iniciativas de privatização”, disse a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa.

“Estas privatizações visam abrir espaço para empresas privadas venderem planos de previdência privadas e lucrarem em cima do sofrimento dos trabalhadores, que, depois de trabalharem a vida toda, acabam passando fome por não poder contar com a seguridade social”, completou.

Representantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Paraguai, Peru e Uruguai participaram da jornada e expuseram a situação da seguridade social em seus países. “A constatação geral é que, onde a previdência social foi privatizada nos anos 1980 e 1990, a maioria da população ficou sem cobertura previdenciária e a maioria dos idosos não tem aposentadoria, sendo obrigados a trabalhar até a morte ou então condenados à pobreza e indigência”, informou o ex-presidente da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar (Anapar) e ex-diretor eleito da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), José Ricardo Sasseron, que representou o Brasil na mesa de debates.

Histórico

O primeiro país a privatizar a previdência foi o Chile em 1981, no regime ditatorial de Pinochet, com a colaboração do atual Ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, e sob a orientação de organismos internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI). “O modelo chileno foi adotado pela maioria dos países da América Latina. No modelo privado foi abolida a contribuição patronal e o trabalhador passou a ser o responsável por fazer sua própria poupança individual para ter direito à aposentadoria. Destruíram aquele que é o principal pilar da seguridade social – a solidariedade entre os trabalhadores”, explicou Sasseron.

Segundo Sasseron, os economistas neoliberais que construíram este modelo de previdência privada garantiam que o trabalhador teria uma aposentadoria próxima do seu último salário e que a poupança acumulada ao longo da vida era dele e somente dele. “Mas, após algumas décadas, o que se observa em todos os países que adotaram a previdência privada é que a maioria dos trabalhadores não consegue fazer a sua poupança, porque a grande maioria recebe baixos salários e passa a maior parte da vida trabalhando informalmente, sem contribuir para a previdência”, criticou o representante brasileiro.

Corrigir o erro

A situação se tornou tão grave que os governos nacionais vêm sendo obrigados a criar um benefício de pensão mínima para atender a população mais necessitada e evitar que grande parte dos idosos morram de fome. Protestos contra as administradoras de fundos de pensão e pelo restabelecimento da previdência pública têm levado centenas de milhares de pessoas às ruas no Chile e na Colômbia.

“Os únicos beneficiados pela privatização da previdência foram os bancos, que cobram altas taxas para administrar os fundos de previdência privada, abocanhando cerca de um terço de toda a poupança previdenciária feita pelo trabalhador ao longo da vida e deixando os trabalhadores com aposentadorias irrisórias”, disse Sasseron.

A exceção entre os países da América Latina são o Brasil, que manteve a previdência pública aprovada pela Constituição Federal de 1988; a Argentina, que reestatizou a previdência no governo de Cristina Kirchner; o Uruguai, que adotou um sistema misto com um benefício mínimo de aposentadoria garantido a todos os trabalhadores. Nestes três países, mais de 90% dos idosos maiores que 65 anos têm um benefício previdenciário. Nos demais países, esta cobertura se limita, em alguns casos, a somente 20%.

Defesa da seguridade social

Os participantes da Jornada aprovaram documento que defende a seguridade social como um direito humano fundamental, englobando previdência, saúde, assistência social e seguro desemprego. O documento defende que os sistemas de previdência sejam públicos, universais e obrigatórios, baseados na solidariedade intergeracional e em benefícios definidos.

“Defendemos que a seguridade social seja um sistema solidário que combata a exclusão, as desigualdades e promova a justiça social, com contribuições patronais e dos trabalhadores. Também defendemos uma reforma tributária que adote a progressividade no pagamento de impostos, onerando os mais ricos, os milionários, os ganhos financeiros e de capital como forma de combater a concentração de renda e para financiar a seguridade social”, disse o ex-presidente da Anapar.

Fonte: Contraf-CUT

A oficina Teletrabalho – A Experiência dos Bancários e a Negociação Coletiva foi a primeira das três oficinas que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) organizou para o Fórum Social Mundial 2022, que está sendo realizado desde o dia 1º de maio e segue até o próximo dia 6, com eventos presenciais na Cidade do México, atividades híbridas e outras totalmente online.

“A gente já tinha teletrabalho no nosso setor, mas com a pandemia o processo foi muito acelerado”, lembrou Walcir Previtale, secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, na abertura da oficina. “O nosso propósito é fazer um comparativo entre a situação do teletrabalho nos países para mostrar que a gente precisa ter um olhar crítico que fortaleça o processo de negociação coletiva do teletrabalho”, disse.

No evento da manhã desta terça-feira (3), a técnica da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Contraf-CUT, Vivian Machado, fez um histórico das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desde o início da pandemia da covid-19.

“A negociação, iniciada assim que a pandemia foi decretada, com a reivindicação de adoção do teletrabalho para a categoria e de medidas protetivas para quem ficou nas agências mostrou-se acertada. Contudo, não se fechou uma cláusula sobre o tema a ser mantida na CCT dos bancários. Definiu-se que a negociação seria por banco. Alguns já finalizaram esse acordo, mas, apenas um banco já está cumprindo com suas cláusulas, antes mesmo do final da pandemia”, explicou Vivian.

A economista afirmou que a negociação sobre o teletrabalho passa por alguns pontos essenciais, como o controle eficaz da jornada de trabalho e o pagamento de horas extras quando devidas; a responsabilização do empregador no fornecimento de equipamentos, condições adequadas de trabalho e em relação à saúde e segurança no trabalho; a garantia de direitos equiparados aos de trabalhadores presenciais, incluindo acesso a informações e oportunidade de promoção; a implementação e melhoria de canais de gestão do home office; e o pagamento de um auxílio mensal.

Classe trabalhadora tem de ser internacional

Em sua fala, Patricia Plada, da Associação dos Empregados Bancários do Uruguai, lamentou o fato de os trabalhadores não terem participado da regulamentação do teletrabalho no Uruguai. “Com isso, muitos dos interesses dos trabalhadores ficaram de fora da lei, como o controle da jornada, o principal problema que enfrentamos atualmente”.

Para Patricia, agora é hora de “garantir com a negociação coletiva que as trabalhadoras e os trabalhadores garantam sua voz ativa neste processo”.

Claudia Ormachea, deputada da Argentina e secretária nacional dos Direitos Humanos, Gênero e Igualdade de La Bancária, o sindicato local da categoria, ao ouvir as colegas que a antecederam, percebeu que os problemas são os mesmos, independentemente do país. “Precisa de união para conquistarmos o direito a desconexão. Temos de buscar a redução dessa jornada laboral, para permita que as pessoas recuperem o pedaço de vida que perdemos com tudo o que significou a pandemia”, disse.

Para ela, o sentimento de solidariedade dos trabalhadores também precisa ser resgatado. “Quando o valor do coletivo se recupera, ele não se perde mais. Isso é uma responsabilidade da organização sindical. Temos que mirar isso no pós-pandemia. Não consigo imaginar um país como a Argentina, sem sindicatos”, concluiu.

Basta! Não Irão Nos Calar!

A segunda das três oficinas da Contraf-CUT no Fórum Social Mundial irá abordar a atuação dos sindicatos no combate à violência de gênero, na quarta-feira (4), às 10h. Para se inscrever, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT

“Se a gente quer um mundo melhor, o Fórum Social Mundial foi criado exatamente para isso, precisamos combater todos os tipos de desigualdades, e a desigualdades de gênero é umas das mais cruéis em todo o mundo”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na abertura da oficina Basta! Não Irão nos Calar!, na manhã desta quarta-feira (4).

A segunda das três oficinas que a Contraf-CUT organizou para a programação geral do Fórum Social Mundial abordou a atuação dos sindicatos no combate à violência de gênero. “Não é só desigualdade de gênero, mas sim violência de gênero. A escolha deste tema para o fórum foi feita pelos próprios sindicatos de todo o Brasil, por notarem como este é um problema muito frequente nos ambientes de trabalho. Por isso, precisamos educar os trabalhadores, debater constantemente o assunto para todos conhecerem a importância dele”, completou Juvandia.

Para Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Contraf-CUT, ficou evidente que a violência de gênero é algo que ocorre no mundo todo. “Só com organização social e sindical, como na Espanha e no Brasil, a gente ajuda a minimizar essa violência. Ajuda a dar um apoio, um acolhimento. Passando pela importância de governos democráticos que também apoiem o combate a essa violência, o que nunca ocorreu na Colômbia e não acontece atualmente no Brasil”, disse.

Desigualdade de gênero no mundo

A desigualdade de gênero não está só presente em todos os espaços, mas também em todo o mundo, como evidenciaram as duas palestrantes internacionais da oficina Maricarmen Donate, secretária Internacional da União Geral de Trabalhadores (UGT) da Espanha, e Sofia Trinidad Espinoza Ortiz, presidenta da União Nacional dos Empregados Bancários da Colômbia.

Ao relatar a situação da Espanha, onde em outubro de 2020 foram aprovados dois decretos que buscam regulamentar a igualdade salarial entre homens e mulheres, Maricarmen afirmou que a igualdade de gênero vai além do direito universal, é uma questão de justiça social, fundamental para o crescimento e estabilidade econômica de um país.

As normativas exigem que as empresas adaptassem seu registro salarial para corrigir as desigualdades e fizessem uma auditoria de remuneração. Com isso, o governo cobra que as empresas elaborem um plano de ação para corrigir as diferenças e preveni-las no futuro através de negociações coletivas.

“O movimento sindical foi fundamental na implementação do plano de igualdade, com a coleta de informações, e o plano também foi importante para o movimento sindical, já que todas empresas precisaram se adaptar e tiveram que procurar os sindicatos, mesmo as que sempre evitaram qualquer tipo de relacionamento com o movimento”, explicou. “Tudo isso só foi possível, porque nosso governo é um governo de esquerda, senão nada disso teria acontecido”, completou.

Sofia relatou que a Colômbia está muito atrasada em relação a Espanha. Entretanto, vive um momento de grande expectativa de mudança pela política. “Nós queremos, pela primeira vez na história do nosso país, ter um presidente progressista, um presidente que represente as classes menos favorecidas. Aqui sempre tivemos governo de direita ou de ultradireita”, disse.

Em março, os colombianos foram às urnas para eleger a nova composição do Congresso, o que mostrou um crescimento histórico da esquerda no país. Nas eleições presidenciais, que serão realizadas em 29 de maio, o líder do bloco de esquerda Pacto Histórico, o senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro, é o favorito. Sua candidata a vice-presidência é Francia Márquez, uma mulher negra e feminista que vem das lutas sociais.

“Hoje temos a maior representação de mulheres no Senado da história, pois metade das mulheres foram eleitas pela primeira vez. Isso já é um fato real. Agora, temos um programa construído pelas mulheres, escrito pelas mulheres, por isso nós queremos que Gustavo seja eleito, para termos um governo que respeite o direito das mulheres”, afirmou antes de convocar os trabalhadores de todo o mundo. “Para o mundo do trabalho, temos um programa muito audacioso para conseguir a igualdade entre os gêneros. Precisamos que todos os movimentos sindicais e sociais do mundo nos apoiem em busca de grandes proteções às mulheres”, completou a presidenta da União Nacional dos Empregados Bancários da Colômbia.

Para ela, a vitória nas urnas representa uma renovação da história colombiana. “Vamos mudar a Colômbia graças ao Brasil que mostrou, com o Lula, que é possível tirar um país da miséria e diminuir as desigualdades. Por isso, é importante que o Brasil reeleja Lula, para entrar novamente no rumo do desenvolvimento social e econômico.”

Projeto Basta!

A oficina continuou com a apresentação projeto Basta! Não Irão Nos Calar!, desenvolvido pela Contraf-CUT para apoiar a implantação de serviços e atendimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar nas federações e nos sindicatos da categoria bancária. Juntas, as entidades que criaram os canais já atenderam 280 mulheres.

O atendimento é de assessoria jurídica, desde a orientação para a procura dos canais e serviços públicos até orientações sobre questões como guarda dos filhos. “A violência atinge todo mundo. Não deveria atingir ninguém, mas – infelizmente – atinge todo mundo”, lamentou Phamela Godoy, advogada e coordenadora do projeto Basta! Não irão nos calar!, ao comentar o estranhamento das outras categorias ao saber dos números entre trabalhadoras do ramo financeiro.

Bancos Públicos

A terceira das três oficinas que a Contraf-CUT organizou para o Fórum Social Mundial 2022, acontece na quinta-feira (5), às 10 horas, com o tema desigualdade social se combate com bancos públicos fortes.

“A oficina nos dará uma ampla visão sobre o papel fundamental dos bancos públicos para a inclusão da população mais pobre do país na economia. Poderemos no final das apresentações ver a importância dos bancos públicos de desenvolvimento na geração de emprego e renda”, convidou a diretora executiva e coordenadora de Bancos Públicos da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

A atividade será totalmente online. Para se inscrever, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT

O mecanismo de “curva forçada”, introduzido no programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) da Caixa Econômica Federal em 2021, está gerando milhares de vítimas entre os empregados do banco. Segundo a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Fabiana Uehara Proscholdt, 65% do quadro estão classificados de razoável para ruim.

“É um mecanismo retrógrado, que foi abandonado pela iniciativa privada nos anos 1980, por não conseguir melhorar o desempenho dos trabalhadores e ser utilizado apenas para reduzir remuneração e justificar demissões. Mas, a Caixa, mesmo sabendo disso, resolveu implantá-lo para ‘criar uma nova cultura empresarial’ nos gestores e seus subordinados”, observou a coordenadora da CEE, ao lembrar que, após inserir o mecanismo na GDP e ser cobrada a dar explicações, a Caixa, em reunião com a representação dos empregados, reconheceu que a “curva forçada” visa mudar a cultura dos empregados da Caixa, estabelecer valores empresariais de mercado e forçar a competição pela venda de produtos. “O mecanismo conseguiu piorar ainda mais a GDP, que já era ruim por utilizar critérios subjetivos e opressores para a avaliação dos empregados”, completou.

Conforme o Regulamento do Ciclo 2021 da GDP, todos os grupos de avaliação terão limite de 5% dos empregados avaliados com o desempenho “excelente” e 30% com “excelente” e “superior”.

“Além de limitar a quantidade de empregados que podem ser classificados como excelente, também define que 5% será mantido como ‘insatisfatório’. Tudo isso, independente do resultado que os mesmos tenham tido. Assim, ela é utilizada apenas como ferramenta de assédio”, criticou a coordenadora da CEE.

Competição X colaboração

Para a representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Rita Serrano, o conceito da GDP não é adequado. “Ele incentiva a competição entre as pessoas, instiga o individualismo e acaba com a relação de solidariedade e com a produção pelo prazer e pelo bem comum”, avaliou. “Existem outros modelos mais adequados para a gestão de desempenho do pessoal”, completou a representante dos empregados no CA da Caixa.

Rita observa que a GDP define o pagamento do bônus Caixa, que é um pagamento para os gestores, “mas há questionamento, inclusive, se os critérios para avaliação e pagamento do bônus foram aplicados de maneira correta, conforme as premissas definidas pelo próprio banco”, disse. Muitos empregados estão reclamando das enormes disparidades nas avaliações e que na segunda-feira (2) à tarde a Caixa bloqueou o acesso à avaliação.

Para a coordenadora da CEE, a GDP ataca as relações e direitos trabalhistas e expõe os empregados a uma disputa insana. “Os empregados já têm valores empresariais, atuam no mercado. Nem por isso precisam ser massacrados”, criticou. “Reflete a maneira como foi implementado, sem negociação com as entidades de representação dos trabalhadores, com critérios obscuros. Por isso sempre fomos contra a GDP. Agora, com a inserção da ‘curva forçada’ na GDP, somos ainda mais contra e insistimos para que tal mecanismo seja abandonado pelo banco”, completou.

Fabiana diz que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da CEE, vai cobrar que a Caixa cumpra sua promessa de que debateria a GDP com os empregados e suas representações sindicais. “Além disso, vamos questionar a Caixa sobre quais critérios foram utilizados pelo banco para efetuar o pagamento”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

A terceira das três oficinas que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) organizou para o Fórum Social Mundial 2022, que acontece entre os dias 1º e 6 de maio, com eventos presenciais na Cidade do México, atividades híbridas e outras totalmente online, acontece na quinta-feira (5), às 10 horas, com o tema desigualdade social se combate com bancos públicos fortes.

“A oficina nos dará uma ampla visão sobre o papel fundamental dos bancos públicos para a inclusão da população mais pobre do país na economia. Poderemos no final das apresentações ver a importância dos bancos públicos de desenvolvimento na geração de emprego e renda”, convidou a diretora executiva e coordenadora de Bancos Públicos da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para se inscrever, clique aqui.

Veja a programação completa do evento:

  • 10h – Abertura: Eliana Brasil e Rafael Zanon (Contraf/CUT).
  • 10h20 – Apresentação do Dieese sobre bancos públicos, por Fernando Amorim Teixeira, técnico do Dieese, doutorando em Economia pela Universidade Federal Fluminense (PPGE/UFF) e Professor Substituto do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IRID/UFRJ).
  • 10h40 – Painel 1. Rita Serrano: está no terceiro mandato como representante eleita dos empregados no Conselho de Administração da Caixa Federal. Mestra em Administração Pública. Coordena o Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas. Autora de vários livros e artigos, entre eles, Caixa, Banco dos brasileiros (2018); coautora de O futuro é público (2020) e de A era digital e o trabalho bancário (2021).
  • 11h00 – Painel 2. Arthur Koblitz, graduado e doutorado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, presidente da AFBNDES, membro titular do Conselho de Administração do BNDES.
  • 11h20 – Painel 3. Débora Cristina Fonseca, funcionária do Banco do Brasil, bacharel em Comunicação Social, tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos, MBA em Gestão Bancária e Finanças Corporativas, CPA 10 e CPA 20, pós-graduada em Gestão da Inovação, Tecnologia e Conhecimento, fez curso para Conselheira de Administração pelo IBGC.
  • Perguntas.
  • Considerações Finais.

Para finalizar o evento, Rita Serrano vai falar sobre seu livro O futuro é público. A obra possui 248 páginas e foi baseada na pesquisa do Transnational Institute (TNI), centro de estudos em democracia e sustentabilidade sediado na Holanda.

O estudo do TNI revela que mais de 1,4 mil serviços foram reestatizados no mundo todo entre 2000 e 2017. Na maioria dos casos, a decisão de retornar esses serviços ao controle estatal se deu após a administração pela inciativa privada se mostrar problemática e ineficaz. “Esse denso trabalho traduz em fatos e números que privatizar os bens públicos não é a solução. Muito pelo contrário. A privatização tem gerado uma série de distorções e prejudicado sobremaneira a população mais carente, que é a que mais precisa da rede de proteção do Estado”, afirma a Rita Serrano.

O livro é gratuito e está disponível na versão digital aqui.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense firmou mais um novo convênio: Com a Corpo Light Estética.

As bancárias e bancários tem 20% de desconto em todos os serviços oferecidos pela empresa, como tratamentos faciais (limpeza de pele, tratamento de acne, etc), emagrecimento inteligente (pré e pós cirúrgico, criolipo, massagem modeladora, etc), pilates, fisioterapia e ventosaterapia.

Para obter o benefício, basta o bancário comparecer na sede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, em Duque de Caxias, e solicitar uma carta de apresentação que irá comprovar sua sindicalização.

Os interessados também podem entrar em contato pelos telefones: (21) 3848-3774 / (21) 99408-3579

Endereço: Rua Manoel Vieira, 273 (Centro de Duque de Caxias)

Há quem pense que a Campanha Nacional dos Bancários começa apenas com a entrega da minuta com a pauta de reivindicações da categoria pelo Comando Nacional dos Bancários para a Federação Nacional dos Bancos. Mas, na verdade, ela começa muito antes, com a consulta realizada aos bancários, sindicalizados ou não, que trabalham nas agências e departamentos bancários em todo o país.

“É uma fase muito importante. Pois traz para o âmbito nacional os anseios de cada bancária e de cada bancário. Por isso, é importante que haja uma grande participação e, desta forma, o resultado reflita, de maneira mais real possível, as reivindicações mais importantes para a categoria”, disse presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. 

Convocação

Juvandia orienta que todos os sindicatos do país mobilizem bancárias e bancários de suas bases, mesmo que não sejam filiados, a participar da consulta e apontar quais devem ser, em sua opinião, as prioridades da campanha nos aspectos sociais, de remuneração, de saúde e de condições de trabalho.

Para facilitar a participação, foi disponibilizado um sistema de votação eletrônica pela internet, que estará disponível até o dia 3 de junho. Para responder, quem for da base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região deve acessar o link https://consulta-campanha-2022.spbancarios.com.br/. Os bancários das demais bases devem acessar https://consultacn2022-bancarios.votabem.com.br/, ou pelo link que será divulgado pelos sindicatos de cada base específica, uma vez que cada entidade pode utilizar um sistema próprio para o levantamento dos dados.

Minuta de reivindicações

As respostas da consulta serão compiladas e se somarão às resoluções das conferências estaduais e regionais, além daquelas definidas nos encontros nacionais específicos dos trabalhadores de bancos públicos e de bancos privados, para serem debatidas na Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada nos dias 10 a 12 de junho e terá como principal tarefa a definição da pauta de reivindicações da categoria.

Logo após ser aprovada em assembleias a serem realizadas por sindicatos de bancários de todo o país, a minuta será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para dar início à fase de negociações da Campanha Nacional. O objetivo é negociar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) específicos dos bancos públicos, uma vez que a vigência dos mesmos se encerra no dia 31 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro.

Fonte: Contraf-CUT