Abril 28, 2025
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O aumento do preço dos alimentos e os anos sem reajuste real relevante no valor do salário mínimo têm tornado a vida do trabalhador – especialmente o mais pobre e residente em grandes cidades – cada vez mais difícil. Por conta da combinação desses dois fatores, hoje um empregado que ganha o mínimo de R$ 1.212 e mora numa capital trabalha cerca da metade do mês somente para comprar o necessário para sua alimentação.

O cálculo foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que todos os meses pesquisa em 17 capitais brasileiras o valor de uma cesta de produtos definida com base num decreto sobre piso salarial. A composição e o preço da cesta variam conforme a cidade. São Paulo, cidade mais populosa do país, também tem a cesta mais cara: R$ 803,99, em abril deste ano.

:: Por que o café está tão caro e até onde isso pode chegar? ::

Especificamente na capital paulista, um empregado que ganha um salário mínimo trabalha quase 66% da sua jornada mensal somente para pagar essa cesta. São mais de 145 horas trabalhadas das 220 horas mensais previstas na legislação trabalhista. A cesta mais barata (ou menos cara) segundo o último levantamento do Dieese é a de Aracaju: R$ 551,47 – ou seja, 49,19% do salário mínimo, praticamente metade.

Um trabalhador não comprometia tanto tempo de trabalho para comprar uma cesta básica desde janeiro de 2005. Em janeiro de 2012, por exemplo, eram necessárias 101 horas trabalhadas para comprar uma cesta na capital paulista – menos da metade da jornada mensal. Contudo, desde o final de 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), essa quantidade de horas vem subindo. Cresceu de forma ainda mais abrupta a partir de 2020, já no governo de Jair Bolsonaro (PL), justamente porque os alimentos passaram a subir mais e o salário mínimo, menos.

Desde o fim de 2016, já após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) até hoje, o salário mínimo subiu de R$ 880 para R$ 1.212 –alta de 37,7%. Já o custo de uma cesta básica em São Paulo passou de R$ 438 para R$ 804 – aumento de 83%, mais que o dobro do percentual acumulado de reajustes do piso concedidos por Temer e Bolsonaro.

Sem aumento real

Durante os governos de Temer e Bolsonaro, aliás, o salário mínimo praticamente não teve aumento real, isto é, foi reajustado somente com base no índice da inflação.

Segundo cálculos da consultoria Tullett Prebon Brasil divulgados esta semana, durante a gestão Temer (de setembro de 2016 a dezembro de 2018), o salário mínimo subiu só 3,28% mais do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Já de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, durante o governo Bolsonaro, o reajuste total deve ser 1,77% menor que a inflação, considerando as previsões divulgadas pelo Banco Central.

Se a previsão se confirmar, Bolsonaro será o primeiro presidente desde 1994 a deixar o governo sem conceder aumento real do salário mínimo.

Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o piso subiu 50,9% acima da inflação; em oito anos de governo de Luiz Inácio Lula da Silva, 57,8%; em quase seis anos de governo Dilma, 12,67%. Os cálculos são da Tullett Prebon Brasil.


Evolução do valor do salário mínimo em relação à inflação no Brasil nos últimos anos / Dieese/IBGE

“A falta de política de valorização do salário mínimo é dramática porque não aumenta os ganhos de quem já ganha pouco e que gasta a maior parte de seu salário com comida, que tem subido mais que inflação”, descreve o economista e engenheiro agrônomo José Giacomo Baccarin, secretário de Segurança Alimentar e Nutricional do governo federal entre 2003 e 2005, durante a gestão de Lula.

Alimentos em alta

Baccarin disse que o preço da comida no país aumentou principalmente a partir de 2020, período do início da pandemia. Segundo ele, o preço dos alimentos subiu no mercado internacional. O produtor brasileiro, então, resolveu priorizar a exportação, reduzindo a oferta no mercado interno e causando a elevação de preços para a população brasileira.

A economista e supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, confirmou esse cenário de aumentos causados pelo cenário externo e exportações. Ela afirmou ainda que a guerra entre Rússia e Ucrânia pressionou ainda mais os preços no Brasil, já que mexeu com a cotação do trigo e do petróleo no mercado internacional.

O preço do petróleo influencia no custo do combustível, que por sua vez compõe o custo de transporte e, por isso, também mexe no preço final dos produtos alimentícios.

prévia da inflação do mês de abril calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no último dia 27, indica o maior aumento de preços para o mês desde 1995. Comparando preços levantados de fevereiro a março com preços coletados entre março e abril, foi registrado um aumento médio de 1,73% em 30 dias.

Esse percentual, entretanto, é uma média de várias categorias de produtos. Itens de alimentos e bebidas subiram 2,25%, ou seja, mais que a média.

Em um ano, o café moído já subiu mais de 60%; o açúcar, mais de 40%; o óleo de soja, mais de 20%. Todos esses produtos fazem parte da cesta básica. O aumento deles afeta principalmente os mais pobres, explicou a economista-chefe do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresas (IREE), Juliane Furno.

“Isso afeta mais os mais pobres porque um percentual maior da sua renda é gasto em consumo de alimentos”, disse Furno. “Como o salário mínimo nem recompôs a inflação, fica pior ainda.”

Valorização e estoques

Patrícia Costa, do Dieese, afirmou que uma forma de controlar o aumento de preços de alimentos no Brasil seria a criação de estoques públicos de determinados produtos. Baccarin também defende a medida.

Ele diz que o governo precisa aumentar o apoio a agricultores que se dedicam a produzir alimentos para consumo interno, não para exportação. Isso tende a reduzir a pressão do mercado internacional sobre o preço da alimentação no país.

Leia também: Área plantada de feijão, arroz e mandioca em 2022 é a menor dos últimos 45 anos

Baccarin e Costa defenderam ainda uma política de valorização do salário mínimo. Segundo Baccarin, isso foi feito durante os governos de Lula e Dilma. Melhorou as condições de vida da população e ainda serviu como motor de crescimento econômico.

Fonte: Brasil de Fato

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira (11) que os números de casos e mortes pela covid-19 caíram 12% e 25%, respectivamente, em todo o mundo. No entanto, entre os dias 2 e 8 de abril, os novos casos da doenças aumentaram 14% nas Américas e 12% no continente africano. Em relação aos óbitos causados pela doença, a África registrou aumento de 84% na comparação com a semana anterior. Nas Américas, os óbitos avançaram 3%.

Entre os países, os Estados Unidos lideram os rankings de novos casos, com cerca de 450 mil diagnósticos no período, alta de 19%. A Austrália também registrou cerca de 430 mil novos casos, alta de 59%. Alemanha, Itália e Coreia do Sul aparecem logo atrás, mas com queda de até 29% em relação à semana anterior.

Da mesma maneira, os Estados Unidos também registraram o maior número de mortes – 2.652 – na última semana, também com alta de 19%. A Rússia aparece na sequência, com 915 mortes, mas com queda de 19%. Na Itália, foram 910 mortes, com queda de 1%. Na França, 732 mortes, com alta de 19%, no entanto. O Brasil aparece na quinta colocação, com 681 óbitos, 20% a menos do que na semana anterior.

Até o momento, a OMS computou cerca de 514 milhões de casos de covid-19, com mais de 6 milhões de mortes confirmadas em todo o planeta.

Subvariantes

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, as subvariantes da ômicron são responsáveis pelo aumento de casos de covid-19, que atinge pelo menos 50 países. Até o momento, a subvariante BA.2 continua sendo a dominante em todos os territórios. No entanto, as linhagens BA.4 e BA.5 também vem impulsionando a transmissão do vírus, especialmente na África do Sul.

Em entrevista coletiva nesta terça (10), Tedros afirmou que a disseminação dessas subvariantes destacam a “volatilidade” do novo coronavírus. Por outro lado, ele ressaltou que as hospitalizações e as mortes não estão aumentando tão rapidamente quanto nas ondas anteriores.

“Essa pandemia não acabou, e precisamos que todos os líderes intensifiquem os esforços para aumentar a imunidade da população e trabalhar coletivamente para obter testes, tratamentos e vacinas para todos”, voltou a defender o chefe da OMS.

Covid no Brasil

O Brasil registrou hoje 126 mortes e 23.398 novos casos de covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média diária de mortes calculada em sete dia ficou em 108, após oito dias abaixo de 100. Na comparação com a última quarta (4), o aumento foi de 16%.

Já a média móvel de casos ficou em 16.469, alta de 11% em relação à semana passada. Em 14 dias, o aumento foi de 32%. Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil tem 664.516 óbitos e cerca de 30,6 milhões de casos de covid-19 confirmados oficialmente.

Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Fonte: Rede Brasil Atual

Renata Soeiro se tornou a primeira mulher a tomar posse como Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A eleição ocorreu em abril, tendo a "Chapa 1 - Bancário é Essencial” como vencedora, com 99% dos votos.

Renata é bancária há 25 anos e ocupa, atualmente, o cargo de Gerente de Contas no Banco Bradesco. A nova Coordenadora Geral tem, também, 23 anos de movimento sindical.

Ela também foi Tesoureira, Secretária Geral e Secretária de Formação no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, que representa 10 municípios, entre os quais Duque de Caxias e Nova Iguaçu que tem, nesta base, 55% da categoria composta por mulheres.

”Havia a necessidade dessa representação. E esse foi um grande passo dado pela diretoria e pelos filiados, um exemplo a ser seguido por outras categorias”, disse Renata. “Uma mulher negra tem que provar sua capacidade duas vezes em nossa sociedade, e eu provei o meu valor todos os dias”, completou ela, ressaltando outro avanço em sua eleição, que é a representação racial.

 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense apoia a “Chapa 1 – Consciência e Luta”, nas eleições do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Região, para o período entre os anos 2022 a 2024.

As eleições ocorrem no dia 26 de Maio de 2022.

Os Sindicatos dos Bancários de Nova Friburgo e Região e da Baixada Fluminense são filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e todos os Sindicatos de sua base estão apoiando a Chapa 1.

Até o fim do prazo para inscrição de chapas, apenas uma foi inscrita. E grande destaque e mudança é o nome de Luiz Gabriel Almeida Velloso, que vem como candidato a Presidente.

É de extrema importância a participação de todos os bancários e bancárias nos dias de votação.

ONDE VOTAR

O Sindicato disponibilizará uma urna fixa no auditório da entidade. Além disso, mais 7 urnas irão percorrer as cidades de sua base e dos bairros de Nova Friburgo. Os mesários terão listagens dos associados de cada banco e cidades.

PARA VOTAR

Tem direito a voto todos as associadas e os associados com mais de 3 meses de filiação ao Sindicato.

A identificação será feita através de carteira de identidade ou crachá do banco.

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lançamento do movimento “Vamos Juntos pelo Brasil”, no sábado (7), em São Paulo, foi uma festa de dimensões históricas, como as manifestações das Diretas Já e a campanha de 1989, que vai ser lembrado como o marco do início do caminho de reconstrução e do restabelecimento da democracia no país. O ato contou com discursos do ex-presidente Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin, além da presença de lideranças do PT, PSB, PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede, centrais sindicais, movimentos sociais, artistas e outras personalidades.

No evento, Lula enfatizou a importância da recuperação da cidadania e da dignidade do povo brasileiro, roubadas por um governo golpista e socialmente insensível. “A principal virtude que um bom governante precisa ter é a capacidade de viver em sintonia com as aspirações e os sentimentos das pessoas, especialmente das que mais precisam”, disse no início de seu discurso. O ex-presidente também destacou a importância dos bancos públicos na geração de empregos dignos ao povo brasileiro, com a oferta de crédito barato, o financiamento de obras de saneamento e construção de moradia e o apoio ao pequeno agricultor, como feito nos governos do PT. (leia a íntegra do discurso).

Alckmin: “A solução virá com Lula”

Diagnosticado com Covid-19, o ex-governador Geraldo Alckmin fez um discurso de casa, exibido ao vivo, por telão. Ele reforçou a necessidade de uma ampla aliança para o país derrotar ameaças contra a democracia e restabelecer o desenvolvimento com justiça social.

“Há momentos, em que antes de uma aliança, determinar a sua missão é a própria missão que determina a sua aliança”, discursou Alckmin. “É o que vemos acontecer aqui hoje entre PT, PSB, Solidariedade, Rede, PV, PCdoB, PSOL, valorosíssimas lideranças políticas das mais diversas convicções ideológicas, que aqui comparecem, patriótica e corajosamente, independente da presença institucional de seus próprios partidos, para dar ainda mais força e representatividade à nossa união, no cumprimento da nossa missão”.

Segundo o ex-governador, o futuro do Brasil está em jogo. “Quando a ignorância se une à mentira como estratégia política para demonizar eleições livres e aviltar a democracia, nós não devemos vacilar. O caminho é com Lula. Quando brasileiros são relegados à própria sorte, em meio às mazelas de uma pandemia letal, não devemos aceitar, vamos responder com Lula. Quando as injustiças sociais, graças à omissão do governo, e a pobreza, a miséria e a fome assumem dimensões vergonhosas e intoleráveis, não podemos hesitar. A solução virá com Lula”.

Fonte: Contraf-CUT, com informações da CUT e do PT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) volta a se reunir com o banco na próxima quinta-feira (12), às 10h, para debater assédio moral e cobrança excessiva de metas nas Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBBs).

O tema já foi debatido em reunião no dia 14 de abril, quando os representantes dos funcionários apresentaram denúncias de casos nas unidades de São Paulo, Curitiba, São José dos Pinhais (PR) e em outras localidades do país.

A expectativa é que a direção traga uma reposta oficial, após apuração das denúncias. “Todos os problemas apresentados não são novos. Já aconteceram anteriormente e foram resolvidos. Por isso, esperamos uma nova solução, mas – desta vez – definitiva. Para isso, é necessária uma atuação mais assertiva junto aos gestores”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve lucro líquido contábil de R$ 7,009 bilhões, no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 13,9% em relação ao mesmo período de 2021 e de 121,1% comparando-se com o resultado do quarto trimestre de 2021 (R$ 3,170 bilhões). O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROAE) do banco ficou em 18,5%, com alta de 0,9 pontos percentuais (p.p.) em doze meses.

Mesmo com esses excelentes resultados, a holding encerrou março de 2022 com 87.488 empregados, o que revela o fechamento de 1.199 postos de trabalho em doze meses, ainda que, no trimestre, tenham sido abertos 214 postos de trabalho. No mesmo período, foram encerradas 364 agências, enquanto foram abertas 200 unidades de negócio.

De acordo com o relatório do banco, esse resultado se deve ao bom desempenho da margem financeira, das receitas de prestação de serviços e das despesas operacionais do banco. “Na verdade, os números mostram o compromisso, dedicação e responsabilidade dos trabalhadores, que cada vez mais são sobrecarregados, pela demissão dos colegas, e têm suas vidas drasticamente alteradas, com o fechamento de agência e a consequente mudança de logística para chegar ao seu local de trabalho”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Bradesco.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 7,361 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O valor representa alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021 e de 2,8% em relação ao 4º trimestre de 2021, quando o resultado foi de R$ 7,159 bilhões.

De acordo com os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os principais afetados por esses números astronômicos são os clientes do banco, que pagaram muitas tarifas e perderam agências físicas. A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 11,8% em doze meses, totalizando cerca de R$ 11,1 bilhões. Em contrapartida, foram fechadas 207 agências físicas no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Após 11 meses de resultados positivos, o setor bancário apresentou, no mês de março, queda no emprego formal de 212 postos de trabalho (2.892 admissões e 3.103 desligamentos). Nos últimos 12 meses, o saldo ainda é positivo, em 11,7 mil postos, impactado pela contratação de profissionais de tecnologia da informação, vagas não ligadas diretamente a serviços bancários, e pela convocação, pela Caixa Econômica Federal, de aprovados no concurso de 2014, seguindo ordem judicial.

Durante a pandemia do novo coronavírus, de março de 2020 a março de 2022, foram fechados cerca de 2 mil postos de empregos bancários. Já nos últimos 12 meses, foram 47.978 admissões (12,6% da Caixa) e 36.240 demissões. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Gênero, idade e remuneração

No mês marcado pela luta das mulheres, o saldo de emprego bancário entre os homens foi positivo em 96 postos, e entre as mulheres, negativo em 308 vagas. Para Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), “os números mostram que a discriminação é estrutural no Brasil, e se manifesta mesmo contra uma categoria bem organizada, como a nossa. Por isso, a luta pela igualdade de gênero deve ser constante, não devemos baixar a guarda nunca”.

No que se refere às faixas etárias, houve ampliação apenas na faixa de 18 a 29 anos, com 447 vagas. Para as demais idades, foram fechados 659 postos. O salário mensal médio de um bancário admitido em março foi de R$ 5.558,55, enquanto o do desligado era de R$ 6.414,92. Ou seja, nas novas contratações a remuneração ficou em 86,7% abaixo da de quem foi demitido. Para Bianca Garbelini, secretária da Juventude da Contraf-CUT, “é compreensível que um funcionário iniciante tenha um salário menor, mas o jovem trabalhador enfrenta a precarização em todos os âmbitos e não é diferente no ramo financeiro. A categoria deve estar muito atenta para que os bancos não adotem essa prática para reduzir a folha, sem respeito a quem esteja em uma fase adiante na carreira”.

Ramo financeiro

No ramo financeiro, sem contar a categoria bancária, houve mais contratações que demissões em todos os últimos 12 meses, com a geração de 47,6 mil postos. Em março, foram abertas 3.402 novas vagas, 12,4% a mais que fevereiro. No entanto, em comparação ao mesmo mês do ano de 2021 houve redução de 25,9%.

Entre as atividades financeiras, as que mais contribuíram para o impacto favorável foram crédito cooperativo (860 vagas), holdings de instituições não financeiras (813) e corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde (480).

Caged geral

Em março de 2022, o Novo Caged mostra que o emprego com carteira assinada teve crescimento de 136.189 postos. Em relação aos resultados gerais do mercado, que inclui o trabalho informal, no primeiro trimestre de 2022, a desocupação estava em 11,1%, ou 12 milhões de trabalhadores, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Havia também 27,3 milhões de pessoas subutilizadas e cerca de 4,7 milhões desalentados. Dos 95,2 milhões de ocupados, 46,2 milhões (48,5%) estão em postos sem carteira assinada ou atuam por conta própria, montante superior aos protegidos pela legislação trabalhista, dados que reforçam a precarização no mercado de trabalho brasileiro.

Confira análise mais detalhada no estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), subseção Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT