Abril 28, 2025
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Itaú UnibancoBradesco e Santander, os três maiores bancos privados do país, lucraram R$ 18,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Somados aos R$ 6,6 bilhões do Banco do Brasil – que é público, mas de capital aberto –, vai a R$ 24,7 bilhões o lucro dos principais bancos do país no período. No entanto, as quatro instituições financeiras, juntas, fecharam 1.007 agências entre março de 2021 e março deste ano. Os bancos apostam no atendimento virtual, principalmente pelo celular. Mas o resultado é a piora do atendimento aos clientes nas agências.

“Só durante a pandemia, foram 353 agências. São muitas agências fechadas, principalmente onde mais precisa. Ou seja, nas periferias. Hoje tem bairros de São Paulo em que as pessoas têm que andar às vezes 10 quilômetros, pegar uma condução, para achar uma agência bancária”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

Em entrevista a Heródoto Barbeiro, no programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, Ivone ressaltou que os mais pobres e os idosos são os que mais sofrem com o fechamento das agências. Os primeiros, porque às vezes falta dinheiro para pagar a internet do celular, ou não têm um aparelho compatível com o aplicativo do banco. Já os aposentados, seja pela dificuldade com a tecnologia ou por hábito, querem acompanhar de perto, nas agências, a sua vida financeira.

“E muitas vezes eles chegam lá, e não tem ninguém para atendê-los. Antes não tinha mais o caixa físico. Hoje estão sumindo das agências até os caixas eletrônicos. Você chega na agência e a fila dos caixas eletrônicos é enorme. Um total desrespeito à população”, disse ela. 

Reclamações

Reportagem de Giuliana Saringer, no portal UOL, mostra que, somente neste, ano o Procon-SP registrou 69 reclamações pela demora nas filas nas agências. Para efeito de comparação, em 2020, foram 24 reclamações, ainda que a ida aos bancos estivesse mais restrita, em função da gravidade da pandemia naquele momento. A publicação também traz depoimentos de clientes do Bradesco que relatam que passaram horas nas filas das agências, cheias por conta do fechamento de outras unidades próximas.

Demissões

Além da piora no atendimento, outra consequência do fechamento das agências é o aumento das demissões. Na última sexta-feira (27) o Sindicato dos Bancários realizou um protesto no Radar, concentração bancária do Santander localizada em Santo Amaro, contra o processo de terceirização e demissões promovidas pelo banco espanhol. Desde o início do ano, já são cerca de 200 demissões, sem reposição do quadro de funcionários.

Roberto Paulino, dirigente do sindicato e bancário do Santander, destacou que a terceirização é uma forma do banco reduzir despesas às custas dos direitos e da remuneração dos seus funcionários. Ele lembrou que o banco espanhol retira do Brasil quase 30% do seu lucro global, e cobrou responsabilidade social com o país.

“Isso significa gerar empregos decentes, e não precarizar relações de trabalho e demitir trabalhadores, contribuindo para aumentar o já enorme índice de desemprego. Cobramos do banco o fim das demissões, a realocação dos trabalhadores impactados e que interrompa o processo de terceirização”.

No mesmo dia, o sindicato também se reuniu com a direção do Itaú para tratar do fechamentos das agências e da demissão indevida dos trabalhadores. Estão sendo demitidos principalmente trabalhadores com histórico de adoecimento e idade próxima aos 50 anos. O banco alega que a maior parte não teria cumprido as metas de desemprenho nos últimos anos, apesar dos lucros bilionários.

“Não basta o Itaú pregar que ‘muda o mundo’ em suas propagandas e, por outro lado, demitir trabalhadores adoecidos ou com mais tempo de banco. Isso é desumano, e com certeza muda o mundo pra pior”, critica Sérgio Francisco, dirigente do sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Fonte: Rede Brasil Atual com informações do SPBancários

O projeto Brigadas Digitais nasce do protagonismo da CUT em dialogar com a população diante de um Brasil desigual, com comida cara, contas altas e fome alastrada nos mais distintos rincões e periferias.

Nasce também com objetivo de combater uma série de mentiras ditas por Jair Bolsonaro (PL), desde o dia de sua posse como presidente. Para se ter uma ideia, até 27 de maio, segundo levantamento do site ‘Aos Fatos’, o presidente da República já soma 5.457 declarações falsas ou distorcidas, em 1.242 dias à frente do país.

Esse conjunto de situações levou à formatação do projeto das Brigadas Digitais, para enfrentar toda e qualquer ameaça à democracia e à liberdade, com informações precisas, verdadeiras, de qualidade e apuração séria.

O projeto foi pensado em três etapas:

1) a formação de formadores em comunicação popular digital;

2) a formação de organizadores de brigadas; 

3) a organização das Brigadas Digitais das CUT.

Como detalha o site do projeto (clique aqui), cada uma dessas etapas consiste em ter um público e uma jornada de formação para “ocupar o mundo digital e as redes sociais de maneira articulada e organizada para lutar pelos direitos da classe trabalhadora e derrotar a extrema direita e o bolsonarismo”.

No site é possível encontrar como participar, assim como materiais formativos já disponíveis.

O balanço desse final de maio de 2022 é que o projeto nacionalmente já construiu uma rede de 11 mil brigadistas interessados em se aperfeiçoar cada vez mais, em serem formadores, em organizarem mais brigadas pelo Brasil afora, acreditando que é mais do que urgente transformar o Brasil.


Belmiro Moreira é secretário de comunicação da CUT-SP

Os sinais estavam todos lá, bastante claros, mas como o pior cego é aquele que não quer ver, continuamos de olhos bem fechados para o extremismo e a violência online, sobretudo aquela que afeta – e mata – crianças e adolescentes.

Muito antes de invadir uma escola no Texas e abrir fogo contra seus ocupantes, matando duas professoras e 19 alunos, um jovem de 18 anos deixou rastros digitais. No Instagram, por exemplo, pode-se ver no perfil do atirador a foto de uma mão segurando uma revista sobre armas. No TikTok, uma mensagem alertando crianças para "terem cuidado", e a imagem de dois rifles semi-automáticos. 

A tragédia de Uvalde não começou na manhã do dia 24 de maio; começou quando passamos a negligenciar o impacto das redes e da mídia na saúde mental dos usuários, especialmente os menores de idade.

"Crianças e jovens são naturalmente fascinados por tudo que é estranho, único e extremo, e as mídias sociais podem ser um perigo, porque os algoritmos potencializam certos comportamentos, explica ao Brasil de Fato a pesquisadora Linda Charmaraman, diretora do Laboratório de Mídia, Juventude e Bem-Estar do Wellesley Centers for Women. "Essas redes começam a sugerir influencers e conteúdos com interesses similares, de forma que o sistema seja estruturado para lhe dar o que quer – mesmo que não seja bom", completa. 

O problema fica mais grave quando passamos a analisar as redes sociais como um espelho; um reflexo perfeito da sociedade, o que não é o caso. "As redes sociais são um prisma, não um espelho: no Twitter, por exemplo, 6% dos usuários são responsáveis por 73% dos posts políticos nos Estados Unidos, mas esses 6% mais 'barulhento' é também bastante extremista", pontua Chris Bail, professor de sociologia da Duke University

Essa superexposição a argumentos extremos tende a normalizar as coisas, ou pelo menos flexibilizar uma régua moral, tornando-se um coquetel explosivo para quem procura validação externa. "Estamos constantemente examinando nosso ambiente social em busca de pistas sobre como pertencer, como nos encaixamos, quem é amigo e quem é inimigo e, infelizmente, quando a mídia social distorce com quem interagimos, quando interagimos com esses extremistas, passamos a entendê-los como moderados", explica.

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O professor continua: "Muita gente que se sente isolada no mundo offline recorre à internet para obter o tão sonhado senso de comunidade, e os likes, a interação, os compartilhamentos e o reconhecimento de outros usuários, que são mais frequentes em posts e atividades extremistas, reforçam esse comportamento".  Em contrapartida, pessoas mais moderadas se sentem acanhadas em falar sobre política e assuntos polêmicos online, "porque se tornam alvos de quem pensa de forma diferente e, às vezes, até de quem pensa de forma parecida, mas que acha errado não ser tão extremo". 

Ainda segundo o professor, é necessário reestruturar toda a dinâmica social, porque a atual apenas incentiva discursos extremistas. Foi pensando nisso que a Califórnia passou a estudar um projeto de lei que permite a pais processar as redes sociais pelo vício de seus filhos.

Alegando que o uso deliberado traz consequências físicas, emocionais, psicológicas e até financeiras a crianças e adolescentes, a Califórnia entende que é função das grandes empresas de tecnologia desabilitar mecanismos que possam provocar seu uso exacerbado por adolescentes.

Caso seja aprovada, qualquer indivíduo exercendo a parentalidade de um jovem menor de 18 anos, que tenha vontade de diminuir a interação com as telas, mas que seja incapaz de fazê-lo por fatores emocionais ou psicológicos, pode abrir um processo de até US$ 25 mil por caso. 

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Essa medida é contestada por alguns pesquisadores, que questionam a fiscalização das propostas, bem como a interpretação de vício e de prejuízo assinalada no projeto. Enquanto os parlamentares estadunidenses discutem a medida, Linda diz que é muito comum a delegação da "culpa" pelo fracasso social. "Pais culpam a tecnologia, a tecnologia culpa o governo, o governo culpa as escolhas e por aí vai. No final, não é uma coisa ou outra. Todos esses atores têm um papel importante no desenvolvimento dos jovens", afirma. 

Importante ressaltar que quando falamos em educação e comportamento online, o bom ou mau desempenho de uma pessoa em ambiente digital nada tem a ver com a sua formação ou vida acadêmica. "Um estudo que analisou a atividade online de diferentes pessoas constatou que a habilidade cognitiva de uma pessoa pouco tem a ver com a sua postura nas redes sociais", diz Bail, "o fator número um para que alguém compartilhe uma notícia falsa, por exemplo, é a sua crença. Ou seja, as palavras são usadas como armas para defender sua visão de mundo, mesmo que sejam palavras falsas".

Alheio ao caos online, jovens americanos passam mais tempo do que nunca em frente às telas. Durante a pandemia de covid-19, as atividades digitais de crianças e adolescentes, nos Estados Unidos, passaram de 3,8 horas por dia, para 7,7 horas diárias. 

Mais tempo conectado, num país que não aprendeu a lidar com o discurso e o posicionamento extremista, on e offline, tende a ser uma equação perigoso para um país que sequer fez o "logout" da posse de armas.

Fonte: Brasil de Fato

O aumento do combustível, da conta de luz e a falta de recursos para políticas públicas colocaram as empresas estatais no centro do debate eleitoral. Afinal, para resolver esses problemas, é melhor vender as companhias controladas pelo governo ou mantê-las para tentar usá-las como solução?

Os dois pré-candidatos a presidente que lideram com folga as pesquisas de intenção de voto já demonstraram ter visões opostas sobre o assunto. O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) é favorável às privatizações. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem discursado pela preservação do controle estatal sobre empresas estratégicas.

A disputa entre eles deve definir o futuro das estatais brasileiras. Se reeleito, Bolsonaro deve encaminhar a venda dos Correios, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e até da Petrobras. Já se Lula ganhar, esses projetos devem ser paralisados.

Leia mais: Homens mais ricos do país agem para privatizar Eletrobras

Promessa não cumprida

As privatizações foram promessa de campanha de Bolsonaro já em 2018. Naquela época, falava-se que a venda empresas poderiam render mais de R$ 1 trilhão à União e que esse dinheiro reduziria a dívida pública.

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Desde que Bolsonaro assumiu, entretanto, ele e membros de seu governo, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, se queixam de dificuldades para o avanço dessas ideias. Segundo eles, o Congresso Nacional não colaborou com a agenda de privatizações no início da gestão Bolsonaro. Já em 2020 e 2021, a pandemia teria monopolizado a pauta política.

Neste ano, porém, a discussão foi retomada. Nos últimos meses, o Bolsonaro conseguiu destravar a privatização da Eletrobras, aprovou a operação no Tribunal de Contas da União (TCU) e prometeu concluir a venda do controle da empresa no próximo dia 13.

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Segundo o governo, a conta de luz, que já subiu até 24% neste ano, tende a cair com a operação --o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) prevê ainda mais aumentos.

Em sua participação no Fórum Econômico Mundial, o ministro Guedes afirmou que, se Bolsonaro for reeleito, a Petrobras também será privatizada. Para ele, a venda da maior estatal brasileira reduziria o preço da gasolina e do diesel, que já subiram mais de 150% desde que Bolsonaro chegou à Presidência.

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Funcionários dos Correios também temem a privatização da empresa. Um projeto de lei sobre o assunto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados no ano passado. Seguiu para a análise do Senado, mas não avançou. A eventual reeleição de Bolsonaro poderia reativar a discussão sobre o futuro da estatal, segundo economistas ouvidos pelo Brasil de Fato.

“É muito possível num eventual segundo governo de Bolsonaro empresas como a Petrobras e especialmente os Correios entrem na pauta da privatização”, alertou Juliane Furno, economista-chefe do IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa).

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André Roncaglia, economista e professor da Universidade Federal de São Paulo, concorda que a pauta de privatizações tende a ganhar força num eventual segundo governo Bolsonaro. Segundo ele, a promessa de venda de estatais serve, inclusive, como forma de atrair apoio de setores interessados nessas operações para sua campanha.

“Está se tornando uma moeda de troca”, disse Roncaglia. “Estão tentando ganhar apoio da classe mais endinheirada e, depois, da classe mais popular usando o discurso de que estatais encarecem produtos e não prestam serviços que a população merece.”

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Lula faz oposição

O ex-presidente Lula já afirmou ser contra a privatização da Eletrobras. Em seu perfil no Twitter, ele disse que foi o controle do governo sobre a companhia que possibilitou que ela atuasse no Programa Luz para Todos, criado justamente durante seu governo para levar energia elétrica a áreas até então não atendidas por concessionárias.

Lula também já disse ser opositor à privatização da Petrobras. Para ele, por ser uma estatal, a Petrobras poderia “abrasileirar” o preço dos combustíveis vendidos no país. 

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Hoje, a empresa vende gasolina e diesel a preços baseados no mercado internacional. Isso, segundo a própria Petrobras, elevou os preços no Brasil.

Lula também já disse ser contra a privatização dos Correios e do Banco do Brasil (BB). Paulo Guedes, por sua vez, já defendeu a privatização do BB e de partes da Caixa Econômica Federal.

Segundo o último balanço de estatais do governo, apresentado no final de 2021, o governo federal controla 189 empresas. Tem participação minoritária em outras 54.

Além de Lula, o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT), terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, e outros pré-candidatos de partidos de esquerda são contra a privatização dessas companhias.

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Fonte: Brasil de Fato

O Brasil registrou nesta segunda-feira (30) 63 mortes e 24.082 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média móvel calculada em sete dias ficou em 24.809 novos casos, aumento de 70% em uma semana. Além disso, é a maior marca desde 31 de março, quando estava em 25.745. Já média móvel de óbitos, que ficou em 121, registrou alta de 24,7% em uma semana.

Além disso, a taxa de transmissão da covid-19 no país está em 1,42. Significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142. Conforme estimativa da plataforma Info Tracker (USP/Unesp), essa taxa deve chegar a 1,57 na próxima segunda-feira (6), o que indica que a transmissão está acelerando.

São diversos os fatores que explicam essa novo aumento de casos de covid. Em primeiro lugar, especialistas destacam que foi precipitada a decisão de flexibilizar as medidas de segurança sanitária, principalmente a liberação do uso de máscaras em locais fechados. Além disso, com a chegada das baixas temperaturas, o risco de transmissão aumenta, na medida em que as pessoas tendem a reduzir a circulação de ar nos ambientes.

Estagnação da vacinação

Outro fator é a estagnação da cobertura vacinal no Brasil. Recentemente, o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou que, desde o final de fevereiro, o avanço da vacinação passa pelo seu “pior desempenho”. O principal desafio atualmente é ampliar a imunização das crianças de 5 a 11 anos.

Por outro lado, a curva de cobertura da terceira dose vem desacelerando. Até o momento, pouco mais da metade da população (56,39%) com 18 ou mais tomou a dose de reforço. O que significa que a outra metade está especialmente vulnerável ao contágio pela variante ômicron, capaz de escapar da proteção conferida por apenas duas doses dos imunizantes. Além disso, as vacinas também perdem eficácia ao longo do tempo.

Alerta

“Outra onda de covid e é bom lembrar que máscara funciona”, alertou o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino. Pelas redes sociais, ele destacou um estudo do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos indicando que as máscaras de alta proteção – N95/PFF2 – reduzem em até 83% as chances de contaminação pela covid-19. Máscaras cirúrgicas e de pano tiveram 66% e 56%, respectivamente, de efetividade na prevenção do contágio.

“Lembrando que a máscara não só diminui a chance de pegar, como (reduz) a quantidade de vírus com a qual entramos em contato. Ou seja, você tem menos chances de pegar e, se pegar, pode ser uma covid mais leve, graças à mascara”, tuitou o especialista.

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancários de São PauloMato Grosso do SulParanáCentro Norte do país, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina realizaram neste final de semana (de quinta-feira, 26, a domingo, 29) conferências locais para debater sobre questões que afetam o dia a dia de trabalho das bancárias e bancários.

Além das conferências, também ocorreram no final de semana duas atividades nacionais de funcionários de bancos. Na quinta-feira (26), ocorreu o Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Mercantil do Brasil e na sexta-feira (27) e sábado (28) ocorreu o 14º Congresso Nacional dos Empregados do Banco da Amazônia.

As resoluções serão somadas às das demais conferências e encontros específicos e aos resultados que serão compilados a partir da Consulta Nacional, que está sendo respondida em todo o país até a próxima sexta-feira, 3 de junho.

Encontros nacionais

Após as conferências, serão realizados os encontros dos trabalhadores de bancos públicos e bancos privados, que levantam pontos e reivindicações específicas de cada instituição.

“Nossa campanha é construída em conjunto. Por meio da Consulta Nacional, cada bancária e cada bancário pode participar da definição das nossas prioridades e, tanto as conferências estaduais e regionais, quanto os encontros específicos de trabalhadores de bancos públicos e bancos privados são momentos fundamentais para que os resultados reflitam os reais anseios de toda a categoria”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

O processo de definição das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários se encerra com a Conferência Nacional, que será realizada nos dias 10 a 12 de junho.

Veja abaixo o calendário

ENCONTROS E CONFERÊNCIAS ESTADUAIS E REGIONAIS  
Conferência Estadual dos Bancários do Pará 13 e 14/05/2022
37º Encontro Estadual dos Bancários do Piauí 14/05/2022
24ª Conferência Estadual de Bancários(as)da Fetrafi RS 14/05/2022
FEEB Bahia e Sergipe 14/05/2022
Encontro Estadual dos Bancários de Pernambuco 2022 18/05/2022
Fetrafi Minas Gerais 20, 21 e 22/05/2022
Federa Rio de Janeiro 21/05/2022
Congresso Estadual dos Bancários de Rondônia 21/05/2022
FEEB São Paulo e Mato Grosso do Sul 26/05/2022
Fetrafi Nordeste 27, 28 e 29/05/2022
Fetec Paraná 27 e 28/05/2022
15ª Conferência Regional da Fetec Centro Norte 28/05/2022
Fetraf Rio de Janeiro e Espírito Santo 28/05/2022
Fetrafi Santa Catarina 28 e 29/05/2022
Fetec São Paulo 28/05/2022
     
ENCONTROS NACIONAIS DE TRABALHADORES DE BANCOS PÚBLICOS E DE BANCOS PRIVADOS
14º CNEBASA 27 e 28/05/2022  
Encontro Nacional dos Funcionários do BMB 26/05/2022  
28º CNFBNB 03 e 04/06/2022  
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Bradesco 09/06/2022  
Encontro Nacional dos Funcionários do Banco Santander 09/06/2022  
Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú-Unibanco 09/06/2022  
38º CONECEF 08, 09 e 10/06/2022  
33º CNFBB 08, 09 e 10/06/2022  
BNDES A definir  

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú cobrou na tarde desta sexta-feira (27) o fim do fechamento de agências. Para os representantes dos trabalhadores, esse processo tem culminado em demissões, sobrecarga de trabalho e, consequente, adoecimento para os trabalhadores que ficam. O movimento sindical também apontou o prejuízo aos clientes, que ficam com atendimento precário.

Neste ano, já foram encerradas 211 agências, 108 delas só em São Paulo. “O número de fechamentos de agências informado por eles é assustador. Mas, nós acreditamos que a realidade é ainda pior e ela não se justifica, já que o lucro do banco em 2021 teve um salto de 45% em relação a 2020, segundo o próprio balanço do Itaú, o que lhe garantiu um lucro de R$ 26,9 bilhões. Está na hora de o banco ter responsabilidade social, com seus funcionários e com toda da população. Chega de demissões”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE.

O movimento sindical reivindicou ainda acompanhar o processo de realocação dos funcionários das agências fechadas dentro do banco.

Banco de horas negativas

Os representantes do Itaú apresentaram a situação atual do banco de horas negativas. As partes acertaram prorrogar o prazo por mais seis meses, com final até 28 de fevereiro de 2023, o limite para a compensação. O banco se comprometeu a voltar a negociar a situação de alguns trabalhadores, principalmente os de oito horas, que não conseguirem compensar.

Fonte: Contraf-CUT

Neste sábado, 28 de maio, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) realizou a 24ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias.

O evento, que ocorreu de forma virtual, teve uma participação expressiva de bancários e bancárias da base da Fetraf RJ/ES, e contou com Marcelo Freixo (Deputado Federal e pré-candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro), Mauro Salles (Secretário de Saúde da Contraf-CUT) e Fernando Benfica (Técnico do Dieese/RJ e Doutorando em Economia na UFF), como convidados.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado à Fetraf RJ/ES.

CONFERÊNCIA NACIONAL

Na 24ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias foram definidas as prioridades e propostas que serão levadas para a Conferência Nacional, que será realizada nos dias 10 a 12 de junho. Também foram eleitos os delegados e delegadas que irão representar a Fetraf RJ/ES no evento.

O EVENTO

A Conferência começou com Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, fazendo uma saudação à todas e todos os presentes e falando da importância de um evento grandioso, que faz jus ao tamanho e força da Federação.

Em seguida, a palavra foi passada para Juvandia Moreira, Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT). Juvandia disse que o ano de 2022 é decisivo para a vida de todos os brasileiros. Citou a importância da campanha nacional, mas que a principal campanha será a derrubada de Jair Bolsonaro da presidência da república. “O restabelecimento da democracia é fundamental”, disse ela, que também espera que a categoria bancária saia vitoriosa nas negociações com os bancos.

Claudio Merçon Vieira (Cacau), diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, também fez sua saudação. Ele substituiu Idelmar Casagrande, inicialmente escalado para falar. Cacau disse que é urgente derrubar o governo Bolsonaro. Emocionado, citou o papel fundamental que os movimentos sociais e a população em geral tem ao ocupar as ruas.

Depois foi a vez de Sandro Cezar (Sandrão), Presidente da CUT-Rio, fazer sua saudação aos presentes. Citou a categoria bancária como uma categoria que deveria servir de exemplo para as demais, visto seu poder de mobilização. “É um orgulho participar deste evento e um orgulho maior ter a Fetraf RJ/ES como entidade parceira da CUT.”, disse Sandrão.

Logo após, foram exibidos vídeos de políticos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, desejando um bom evento e parabenizando a Federação. Enviaram suas saudações: José Maria Rangel, Reimont, Gilbertinho Campos, Glauber Braga e André Ceciliano.

O Regimento Interno da 24ª Conferência Interestadual dos Bancários e das Bancárias foi lido pelo Secretário Geral da entidade, Max Bezerra, que, posteriormente, foi aprovado pela grande maioria dos presentes, com apenas um voto contra e nenhuma abstenção.

Depois foi a vez dos representantes dos sete Sindicatos dos Bancários de base da Fetraf RJ/ES falarem: Rogério Salvador, por Angra dos Reis, Pedro Batista, pela Baixada Fluminense, Hudson Bretas, por Itaperuna, Rita Lima pelo Espírito Santo, Paulo Alves, por Macaé, Max Bezerra e Luiz Gabriel por Nova Fribuergo, e Nilton Damião, por Três Rios.

CONVIDADOS

Marcelo Freixo, Deputado Federal e pré-candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, um dos convidados do evento, fez sua participação em seguida. Citou a importância da categoria bancária e disse, inclusive, que já foi bancário. Sabendo, de alguma maneira, dos anseios da categoria, que está presente em todos os lugares do Rio de Janeiro e do Brasil. Freixo disse que as eleições de outubro serão as mais importantes da história. E que os bancárias e bancários serão decisivos durante o processo eleitoral. “Precisamos estar em todos os lugares para derrotar o fascismo. A democracia está em jogo”, disse ele.

Após o parlamentar responder algumas perguntas dos presentes e se despedir, foi exibido o documentário ´4 contos – A tragédia por trás do lucro´, produzido pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e dirigido por Marcelo Monteiro.

Depois, foi a vez de outro convidado, Mauro Salles, Secretário de Saúde da Contraf-CUT fazer sua palestra sobre o “Contexto da Saúde dos Bancários e a Campanha Salarial” e abrir para as perguntas.

O último convidado a se apresentar foi Fernando Benfica, Técnico do Dieese/RJ e Doutorando em Economia (UFF), com a palestra “Crise pra quem? O alto desempenho dos maiores bancos que operam no Brasil numa economia em frangalhos”.

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião Esperança, fez mais uma inserção para agradecer a presença e trabalho dos convidados.

Adilma Nunes, Secretária de Formação da Federação, fez uma fala e deu explicações sobre a criação da Brigadas Digitais. Também foi apresentado um vídeo sobre o assunto.

EMOÇÃO

Um momento de muita emoção para todas e todos os presentes, foi a leitura do texto “Capacetes e carapuças”, de autoria de Fabrício Coelho, Diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, lido pelo próprio., que retrata a realidade dos tempos difíceis que estamos vivendo e vivenciando.

PROPOSTAS

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Damião explicou como seria a dinâmica para a aprovação da propostas.

Em seguida, as propostas foram lidas e apresentadas para, posteriormente, irem à votação.

As propostas aprovadas serão levadas para a Conferência Nacional.

Nilton agradeceu o comprometimento da categoria: “Fico muito feliz com o resultado desta Conferência. A unidade, palavra que tanto pregamos e falamos, prevaleceu. Próximo passo é a Conferência Nacional. Muito obrigado a todas e todos os presentes. Rumo à vitória!”

Fonte: Fetraf RJ/ES

Bancárias e bancários do Mercantil do Brasil realizaram, na quinta-feira (26), seu Encontro Nacional para definir a pauta de reivindicações, que será negociada com o banco, e um plano de luta. O evento híbrido, com participantes presenciais e de forma remota, ocorreu na sede da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG), em Belo Horizonte.

Na abertura, o presidente do Sindicato dos Bancários de BH e Região, Ramon Peres, afirmou que os encontros de bancários reforçam a organização da categoria, que vem assegurando conquistas há décadas. “Esses encontros nacionais têm, também, a importância de definir uma estratégia para a nossa Campanha Nacional, que vai ser dura e ocorrer em uma conjuntura em que não há muita definição política e econômica no país. Mas, temos total condição de fazer este enfrentamento na defesa das bancárias e dos bancários”, destacou.

Reivindicações

No encontro, foi construída uma minuta de reinvindicações que deverá ser entregue à direção do Mercantil do Brasil, com os tópicos: PLR mais justa e igualitária; contratação de mais funcionários e fim da extrapolação da jornada; fim da alta rotatividade; implementação de planos de carreira, cargos e salários; fim das metas abusivas; fim do assédio moral e da violência organizacional; extensão dos programas de vacinação; segurança bancária e manutenção do auxílio educacional 2022; entre outros.

Análise de conjuntura e sistema financeiro

Durante o encontro, Catia Uehara, economista e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), falou sobre o atual cenário econômico do Brasil, com juros altos, inflação e desemprego. Mesmo assim, apenas no primeiro trimestre de 2022, os bancos somaram lucro de R$ 28 bilhões. Ao mesmo tempo, vê-se a redução no número de agências e de postos de trabalho bancários. Veja aqui a apresentação.

Catia apresentou, ainda, dados dos balanços do Mercantil do Brasil, com destaque para o lucro recorde de R$ 184,5 milhões, em 2021, e a queda de 8% no lucro do primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Veja aqui os destaques do Dieese.

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves, os números apresentados pelo Dieese sobre a alta rotatividade, de 24% no banco, atestam que o banco se utiliza dessa fria estratégia para demitir funcionários com mais tempo de casa e maiores salários e contratar trabalhadores com menores remunerações, reduzindo assim o valor da folha de pagamento. “Exigimos respeito e valorização dos funcionários do Mercantil do Brasil. Não somos apenas números, somos humanos que entregamos o resultado e contribuímos com crescimento do banco. Neste sentido, nossa campanha salarial é primordial para a manutenção dos direitos e para mostrarmos a força da categoria bancária. Só a luta nos garante!”, afirmou.

Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região com Contraf-CUT

“Em seus pronunciamentos, o Fausto Ribeiro sempre diz que ‘o Banco do Brasil é do mercado e do Brasil’. Os acionistas sempre querem mais lucros. Isso significa redução de postos de trabalho e a consequente sobrecarga e adoecimento dos funcionários. Significa precarizar o atendimento aos clientes, não apenas com a redução dos funcionários, mas também com o fechamento de agências e o aumento das tarifas e taxas”, comentou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, sobre a distribuição de R$ 714,2 milhões de reais em juros sobre o capital próprio a título de remuneração antecipada aos acionistas da instituição, anunciado na manhã desta sexta-feira (27), em comunicado.

O valor é relativo ao segundo trimestre de 2022 e será pago com base na posição acionária de 13 de junho. “A sociedade e os funcionários (e o Fausto é um funcionário) não podem se deixar enganar que ‘o mercado’ quer o bem do Banco do Brasil e da sociedade. Eles querem lucro cada vez maior, mesmo se for necessário sacrificar os funcionários e o povo”, completou.

Fukunaga lembra ainda que já faz muitos anos que o banco apresenta resultados positivos. “O BB já passou pelas reestruturações necessárias para transformá-lo em uma instituição eficiente e lucrativa. As estruturações que vêm ocorrendo nos últimos três ou quatro anos são para saciar a sede de lucro dos acionistas minoritários e para preparar a instituição para a entrega do patrimônio público ao mercado, com uma possível privatização, ou perda de competitividade”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT