Maio 01, 2025
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No pronunciamento transmitido em rede de rádio e televisão para comemorar ao Dia do Trabalho (1º de maio), a presidenta Dilma Rousseff cobrou dos bancos privados mais esforços para reduzir as taxas de juros cobradas em empréstimos, cartões de crédito e no cheque especial. E aconselhou o brasileiro a procurar os bancos que ofereçam as taxas mais baixas.

 

 

“É inadmissível que o Brasil, que tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos, continue com um dos juros mais altos do mundo. Esses valores não podem continuar tão altos. O Brasil de hoje não justifica isso. Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e para o consumidor, enquanto a taxa básica Selic cai, a economia se mantém estável e a maioria esmagadora dos brasileiros honra com presteza e honestidade os seus compromissos”, disse Dilma no discurso veiculado na noite desta segunda-feira (30).

 

Para a presidenta, com a queda da taxa básica de juros e inflação estável, os bancos privados estão sem argumento para explicar a manutenção dos altos juros cobrados dos clientes. “O setor financeiro, portanto, não tem como explicar essa lógica perversa aos brasileiros. A Selic baixa, a inflação permanece estável, mas os juros do cheque especial, das prestações ou do cartão de crédito não diminuem”.

 

Para pressionar os bancos privados, a presidenta espera contar com a pressão dos próprios clientes, que podem estimular a competição entre os bancos. “É bom, também que você consumidor, faça prevalecer os seus direitos escolhendo as empresas que lhe ofereçam melhores condições”, disse.

 

Dilma Rousseff espera que os bancos privados sigam os mesmos passos dos bancos públicos, que reduziram as taxas das linhas de crédito voltadas ao consumo e do cheque especial. “A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil escolheram o caminho do bom exemplo e da saudável concorrência de mercado, provando que é possível baixar os juros cobrados dos seus clientes em empréstimos, cartões, cheque especial, inclusive no crédito consignado”.

 

De acordo com a presidenta, somente quando os juros nacionais chegarem ao patamar das taxas internacionais, a economia brasileira “será plenamente competitiva”, saudável e moderna.

 

Para fortalecer a economia do país e estimular a abertura de vagas de trabalho, Dilma citou que, no governo dela, retirou impostos incidentes sobre a folha de pagamento, “dando mais alívio ao empregador e mais segurança ao empregado”. E defendeu a necessidade de se investir em educação de qualidade “em todos os níveis” e, também, na qualificação e treinamento dos trabalhadores.

 

Fonte: Agência Brasil

17 de Maio de 2014 – Auditório do Sindicato dos Bancários do RJ Vimos, pelo presente, comunicar-lhes que a FETRAF RJ/ES realizará o Encontro Estadual dos/as Funcionários/as do RJ da Caixa Economica Federal no auditório do SEEB do Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 2014, sábado, das 9h às 13:30h. Ressaltamos que o Encontro é aberto a todos/as os/as empregados/as da Caixa Economica Federal, ativos/as ou aposentados/as. Nesse encontro também serão eleitos os delegados que participaram do encontro Nacional da CEF. Credenciamento até 12h.

Alô Bancários!

 

NÃO PERCAM!!! PRIMEIRO FLASH BACK DO ANO.

 

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense convida a categoria para uma noite especial com Flash Back , o melhor dos anos 60 70 80 e 90, no próximo dia 18, sexta-feira, na sede em Duque de Caxias.

A Conferência Interestadual acontecerá no dia 29 de junho, sábado de 9h às 17h, no SESC Guarapari, localizado no bairro Muquiçaba, Espírito Santo. O evento é aberto a todos os bancários de bancos públicos e privados e tem como maior objetivo eleger os delegados que irão integrar a Conferência Nacional de 2013.

 

Os delegados eleitos irão discutir temas relacionados à organização e à pauta de reivindicações como emprego, remuneração, condições de trabalho, saúde e segurança bancária. As teses serão apresentadas, discutidas e posteriormente encaminhadas à Conferência Nacional da categoria, que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 de julho no hotel Holliday Inn, em São Paulo.

 

Participe! Os interessados têm até o dia 19 de junho para se inscrevem. Para outras informações, ligue nos telefones do Sindicato

 

O Sindicato disponibilizará ônibus para os interessados em participar da 15ª Conferência Interestadual
Data da saída: 28 de junho

10 de Maio de 2014 – Auditório do Sindicato dos Bancários do RJVimos, pelo presente, comunicar-lhes que a FETRAF RJ/ES realizará o Encontro Estadual dos/as Funcionários/as do RJ do Banco do Brasil no auditório do SEEB do Rio de Janeiro no dia 10 de maio de 2014, sábado, das 9h às 13:30h. Ressaltamos que o Encontro é aberto a todos/as os/as empregados/as do Banco do Brasil no estado do RJ, ativos/as ou aposentados/as. Nesse encontro também serão eleitos os delegados que participaram do encontro Nacional do Banco do Brasil. Credenciamento até 12h.

Demitida por justa causa em outubro de 2010, após dirigir expressão de baixo calão a um cliente, uma teleoperadora da Atento Brasil S.A. comprovou que sua reação foi causada pela síndrome de burnout, também chamada de síndrome do esgotamento profissional. Com isso, conseguiu reverter, na Justiça do Trabalho, a demissão em dispensa imotivada e receber indenização por danos morais em decorrência de doença ocupacional no valor de R$ 5 mil.

O processo foi julgado pela Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que negou provimento ao agravo de instrumento da Atento. A relatora do processo, ministra Kátia Magalhães Arruda, manteve o despacho do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) que negou seguimento aos recursos de revista de ambas as partes. A teleoperadora tinha interposto recurso adesivo, pleiteando aumento da indenização para R$ 15 mil, mas, como o recurso adesivo segue o resultado do principal, seu agravo foi julgado prejudicado.

Atendimentos desgastantes

O episódio que motivou a dispensa aconteceu durante um atendimento em que o cliente ficou irritado com o procedimento da empresa e tinha dificuldades em entender as explicações sobre as providências cabíveis. Na reclamação trabalhista, a teleoperadora juntou atestado médico concedido dias após o episódio, com diagnóstico de problema mental. Em juízo, a perícia técnica reconheceu a síndrome de burnout, com nexo de causalidade com o trabalho. Ao julgar o caso, o TRT-GO condenou a empresa a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais, salientando o cotidiano de trabalho demasiado estressante dos teleoperadores.

Entre os diversos fatores, citou cobrança de metas, contenção de emoções no atendimento e reclamações diárias de usuários agressivos. Diante desse cenário, sobretudo pela ausência de pausas após os atendimentos desgastantes em que havia agressões verbais, o Regional entendeu caracterizada a doença ocupacional e devida a indenização, por ofensa à integridade psíquica da trabalhadora, de quem empresa não citou problemas relativos ao histórico funcional.

A Atento, então, recorreu ao TST. Alegou, quanto à indenização, que a perícia não foi realizada no local de trabalho e que a concessão de pausas reconhecida pela própria operadora, não foi levada em conta para a decisão.

A ministra Kátia Arruda, ao fundamentar seu voto, destacou que o reexame das alegações da empresa de que não foram demonstrados os pressupostos para a configuração do dano moral demandaria nova análise das provas, o que é vedado pela Súmula 126 do TST. Observou também que o fato de não ter havido perícia in loco “não modifica a conclusão do TRT sobre a constatação de dano moral, uma vez que a valorização das provas cabe ao juízo, o qual, segundo o princípio do livre convencimento motivado, decide sobre o direito postulado”.

O que é a síndrome de burnout

De acordo com o laudo pericial que serviu de base à decisão, a síndrome de burnout “é um quadro no qual o indivíduo não consegue mais manter sua atividades habituais por total falta de energia”. Entre os aspectos do ambiente de trabalho que contribuem para o quadro estão excesso de trabalho, recompensa insuficiente, altos níveis de exigência psicológica, baixos níveis de liberdade de decisão e de apoio social e estresse.

Os principais sintomas são a exaustão emocional, a despersonalização (reação negativa ou de insensibilidade em relação ao público que deveria receber seus serviços) e diminuição do envolvimento pessoal no trabalho. O quadro envolve ainda irritabilidade e alterações do humor, evoluindo para manifestações de agressividade, alteração do sono e perda do autocontrole emocional, entre outros aspectos.

Ainda segundo o laudo, estatisticamente a síndrome afeta principalmente profissionais da área de serviços. Os fatores determinantes do burnout podem ser classificados segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 10) como “problemas relacionados ao emprego e desemprego: ritmo de trabalho penoso” ou “circunstância relativa às condições de trabalho”.

No Brasil, o Regulamento da Previdência Social (Decreto 3048/1999), em seu Anexo II, cita a “Sensação de Estar Acabado” (“Síndrome de Burnout”, “Síndrome do Esgotamento Profissional”) como sinônimos.

Fonte: TST

Os trabalhadores cobraram e a presidenta Dilma Rousseff atendeu parte da pauta que a CUT e as demais centrais sindicais levaram à 8ª Marcha da Classe Trabalhadora, no dia 9 de abril.

Durante pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite desta quarta-feira (30), Dilma anunciou a correção da tabela do imposto de renda (IR), que será de 4,5%, e a manutenção da política de valorização do salário mínimo.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que participou da celebração do 1º de Maio da CUT-SP, no Vale do Anhangabaú, o anúncio foi “excepcional” e apontou a importância das medidas para o bolso dos trabalhadores.

“Quem paga imposto no Brasil é o trabalhador e a correção da tabela do IR impede que o “Leão” fique com os aumentos reais que conquistamos nas campanhas salariais e com o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados”, afirmou.

Sobre a manutenção da política de valorização do mínimo, Vagner ressaltou que a postura da presidenta representa também um enfrentamento a uma corrente conservadora que defende o aumento do salário como estopim para a elevação da inflação.

“Há uma guerra hoje no Brasil encampada por políticos atrasados e candidatos financiados pelos bancos e pelos empresários em defesa dessa conquista da classe trabalhadora. E a Dilma disse que no governo dela a elevação do mínimo, como defendemos, continua”, ressaltou.

O dirigente alerta, porém, que a pressão das centrais continuará em defesa de outros dois pontos considerados prioritários pelos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário e o fim do fator previdenciário.

Ambos os pontos foram discutidos na terça-feria (29) com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN). Ficou definido que uma audiência na Comissão Geral do Trabalho da Casa discutir as reivindicações trabalhistas.

“A redução da jornada vai gerar mais empregos e permitir melhor a qualificação, porque vai sobrar mais tempo para o trabalhador estudar. Enquanto o fim do fator é essencial para corrigir uma injustiça, a queda da renda do trabalhador que se aposenta justamente no período em que mais precisa e após ter contribuído por anos coma construção do país.”

Questionado sobre a postura do governo na negociação no governo, Vagner disse que o Executivo entende que o momento não é propício e rebateu a alegação de quem defende a necessidade da medida como mecanismo para não quebrar a Previdência.

“O governo diz que a mudança agora não seria uma boa sinalização para o mercado, mas não concordamos. Essa é uma herança maldita do período FHC e por isso vamos fazer mobilização para mudar, porque quem quebra a Previdência não é o fim do fator e sim fazer desoneração sem contrapartida das empresas de não demitir. A rotatividade acaba por aumentar o custo do seguro-desemprego e isso sim impacta na Previdência”, defendeu.

Cultura e luta 

Com o tema “Comunicação: o desafio do século”, a celebração do 1º de Maio da CUT-SP na região central da capital paulista, terá teatro e shows até as 20h deste sábado.

Para o presidente da Central paulista, Adi dos Santos Lima, o casamento entre a cultura e a reflexão sobre as pautas trabalhistas é perfeito e permite a aproximação com a sociedade para discutir temas que muitas vezes não são tratados pelos grandes meios de comunicação.

“Ano após ano, com o 1º de Maio damos um recado aos empresários de que nossas reivindicações estão fortalecidas. Essa é uma oportunidade única para conversar com a população e fazer com que nossa pauta tenha maior impacto no diálogo com os patrões”, avaliou.

Democratizar a comunicação

Também presente na celebração, o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, afirmou que um dos grandes desafios da classe trabalhadora é a democratização dos meios de comunicação. Para ele, a mídia representa apenas os interesses de grupos minoritários controlados por seis famílias.

“A classe trabalhadora e os movimentos sindical e social contribuíram com a história de nosso país, mas não são apresentados nos rádios, nas televisões e nos jornais. Fazemos lutas para melhorar as condições de trabalho e, no entanto, ainda estamos somos invisibilizados”, disse Nobre.

Em Portugal, falou o dirigente, as centrais sindicais têm dois períodos ao longo do ano para falar em cadeia nacional e mostrar aquilo que o movimento sindical pensa. “Por que isso não é possível no Brasil?”, questiona.

Nobre citou a importância da TVT, construída pelo movimento sindical cutista. “É o mais extraordinário projeto que classe trabalhadora produziu na sua história de comunicação. A televisão atinge de forma mais rápida a maior parte da população. Por isso, o movimento sindical precisa abraçar este iniciativa que tem se consolidado e fazer dela em 10 ou 15 anos a maior emissora de TV no Brasil. Temos muita esperança que isso vai acontecer”.

Fonte: Luiz Carvalho e Vanessa Ramos – CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram nesta segunda-feira (27), em Brasília, o aditivo ao acordo coletivo de trabalho 2012/2103, que estabelece a nova estrutura salarial da carreira profissional da Caixa Econômica Federal. A cerimônia contou com a participação dos representantes das entidades, integrantes da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e representantes da empresa, entre eles o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Rodrigues.

 

A nova tabela salarial contempla aproximadamente 3.500 profissionais, entre engenheiros, arquitetos, advogados, médicos, dentistas e outras categorias. A proposta, que abrange 36 níveis, prevê reajuste no teto da tabela salarial, contemplando, inclusive, o Adicional por Tempo de Serviço (ATS), embutido na tabela. Os salários passam a variar de R$ 7.445 até R$ 17.523.

 

Foi mantida, no entanto, a discriminação do REG/Replan não-saldado, fato criticado pelo coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, durante a assinatura do aditivo.

 

A proposta da Caixa, que foi aprovada em assembleias realizadas nas bases onde a empresa tem empregados da carreira profissional, contempla diversas reivindicações deste segmento com valorização na carreira.

 

“A proposta apresentada para a carreira profissional contempla diversos itens pendentes desde 2006 e ajuda na unificação a partir de agora, além de incorporar em sua tabela item importante de Adicional por Tempo de Serviço”, afirmou Jair.

 

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Carolina Mandl
Valor Econômico

 

Em um negócio global anunciado ontem (30), o Santander Brasil receberá 822 milhões de euros pela venda de 100% da sua área de gestão de fundos de investimento. O Santander Espanha informou que venderá 50% da Santander Asset Management, que foi avaliada em 2,047 bilhões de euros, para fundos de private equity da Warburg Pincus e da General Atlantic.

 

Os três serão sócios em uma nova holding, dedicada à gestão de ativos. A transação, prevista para ser concluída até o fim do ano, envolve gestoras de 11 países, incluindo o Brasil.

 

Quando a transferência da unidade brasileira for concluída, o Santander Brasil deixará de ser responsável pela gestão de R$ 122 bilhões em fundos, o que fez do banco o sexto maior gestor do país. Só o Santander Espanha permanecerá com a atividade de gestão, detendo diretamente parte da operação brasileira.

 

O Santander Brasil continuará, porém, com a distribuição e a administração dos produtos. Será remunerado por essa atividade por um valor ainda não informado. Distribuidores desse tipo de produto no Brasil costumam receber pelo menos 50% das taxas cobradas pelos fundos.

 

Não é a primeira vez que o Santander Espanha decide se desfazer de parte de uma área considerada não bancária. Em 2011, o banco vendeu 51% de seu braço segurador no Brasil, no México, no Chile, na Argentina e no Uruguai para a suíça Zurich. Para o Brasil, a transação rendeu R$ 2,7 bilhões. O país ficou apenas com a distribuição dos seguros.

 

O objetivo do Santander Espanha com a transação é acelerar sua expansão pelo mundo ao lado dos novos parceiros. Ao mesmo tempo, o banco fortalecerá sua estrutura de capital.

 

Fonte: Valor Econômico

Valor Econômico
Carlos Giffoni

Enquanto no Brasil as centrais sindicais lutam pela ampliação dos direitos trabalhistas, como a extensão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para mais categorias e a inclusão de dependentes em benefícios como o plano de saúde, os vizinhos do Mercosul e alguns integrantes do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda correm atrás de causas que aos poucos já foram conquistadas pelo sindicalismo no Brasil.

 

Na China, o tamanho da população, que ultrapassa 1,3 bilhão de pessoas, e a sua dimensão continental, criam um forte desequilíbrio entre as regiões. Garantir os direitos para os trabalhadores de todo o país é o maior desafio do sindicalismo. Na Rússia, a luta é contra a terceirização e encontra forte resistência do governo, que faz uso da força policial para conter a mobilização sindical. Na Argentina, o ganho de produtividade não refletiu em redistribuição e valorização salarial condizente com esse ganho, segundo sindicalistas. E, no Paraguai, a grande presença do emprego informal, e a falta de perspectiva de mudança, ainda preocupam os trabalhadores.

 

A taxa de desemprego no Brasil é a menor entre os países do Brics e do Mercosul. Em 2011, ela ficou em 6%, mesmo índice registrado no Uruguai. Considerando os oito países que compõem esses dois grupos, apenas África do Sul (23,9%) e Índia (9,8%) apresentaram altos índices. Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto (PIB) de todos esses países cresceu no ano passado, só que quando se considera o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), nem Mercosul nem Brics vão bem. O Brasil aparece na 73ª posição no ranking de 169 países calculado pela Organização das Nações Unidas.

 

É de uma distribuição mais igualitária das riquezas que o país produz que o movimento sindical brasileiro corre atrás. Essa distribuição toma forma no ganho real acumulado pelas categorias de trabalhadores – no ano passado, a média conquistada, segundo monitoramento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), foi de 1,38% -, na Participação de Lucros e Resultados (PLRs) robusta que categorias como a de metalúrgicos e a de bancários recebem, na valorização da cesta básica negociada em convenções coletivas e no pagamento de horas extras.

 

Por outro lado, a luta em outros países ainda é mais focada na garantia de direitos básicos dos trabalhadores. “A luta pela redução da jornada de trabalho só ocorre no Brasil. Os outros países estão atrás da gente nessa questão”, explica Adi dos Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo.

 

Em um seminário sindical internacional, organizado pela CUT, como parte da agenda da central para as comemorações do 1º de Maio, representantes desses países, do governo brasileiro e de entidades de pesquisa discutiram o quanto do crescimento econômico está sendo transformado em desenvolvimento social. A China é um conhecido exemplo de país em que os saltos galopantes da economia não refletem, necessariamente, em melhor condição de vida para a população.

 

“Lutamos para garantir todo o tipo de direito, para todos os trabalhadores, mas a China é um país com uma população muito numerosa e existe uma diferença notável entre as zonas do país. É um desenvolvimento desequilibrado o que vivemos”, diz Wencaig Guo, diretor da Federação Nacional dos Sindicatos da China. O sindicalista acredita que faltam no país a propagação dos direitos políticos dos trabalhadores e maior acesso à cultura – a ser incentivado no ambiente de trabalho.

 

A economia chinesa, que hoje é a segunda maior do mundo, viveu um ritmo de crescimento inédito desde que abriu o seu mercado. No entanto, o reflexo na vida da população foi menos intenso. “A renda do povo chinês cresceu, o sistema de seguridade social está mais completo, há vagas para as pessoas se colocarem no mercado de trabalho, mas a vida das pessoas ainda é modestamente acomodada”, diz Guo. “O desenvolvimento lá não é sustentável.”

 

Na Rússia, o governo é o principal obstáculo à articulação das centrais, mas elas vêm ganhando força com o apoio dos jovens. O Sindicato dos Trabalhadores de Indústrias Automobilísticas da Rússia (MPRA) tem 3 milhões de filiados, sendo que, aos 25 anos, Artem Iashenkov, atual membro do comitê sindical, é treinado para ser o presidente do sindicato. Segundo ele, é comum que a polícia seja chamada para intervir em greves. “O movimento está crescendo rapidamente, puxado pela participação dos jovens. As pessoas procuram nossa ajuda onde as condições de trabalho são muito ruins”, diz Iashenkov.

 

O movimento no Brasil vai na contramão do que ocorre na Rússia, pois o governo incentiva o fortalecimento do movimento sindical. Por lei, 10% da contribuição sindical recolhida dos trabalhadores brasileiros é repassado às centrais desde abril de 2008.

 

Segundo o jovem sindicalista russo, a luta das centrais no seu país se dá pela valorização dos salários, que estão muito aquém do desejado, da distribuição das riquezas e também pela proibição da terceirização. “O crescimento da riqueza na Rússia não representou melhorias para os trabalhadores. Os salários são baixos e vemos casos de péssimas condições de trabalho”, afirma, referindo-se à segurança em algumas empresas.

 

De acordo com dados do sindicato russo, o salário médio dos metalúrgicos na Rússia está em US$ 1.200. No Brasil, a média fica US$ 2.200 nas montadoras. Iashenkov conta que, no ano passado, o sindicato conseguiu reduzir de 20% para 5% o máximo de trabalhadores terceirizados permitido na Ford.

 

Victorio Paulon, secretário de relações internacionais da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA), diz que houve uma recomposição dos salários no país na última década, acompanhada de ganho de produtividade. Porém, segundo ele, uma fatia significativa desse ganho foi abocanhada pela iniciativa privada. “Os salários se valorizaram cerca de 30% [em termos reais], mas a produtividade aumentou e o custo da mão de obra no país caiu pelo menos 30% nas grandes empresas. Os lucros aumentaram bem mais que os salários”, explica.

 

A questão salarial também afeta os trabalhadores no Paraguai, mas é a informalidade do mercado de trabalho o que mais preocupa, na visão de Victor Ferreira, secretário-geral da Central Unitária dos Trabalhadores Autêntica. “O crescimento de 15% do PIB do Paraguai [em 2010; no ano passado, foi de 6,4%] foi somente para os grandes empresários. Os trabalhadores, sem contrato, continuam preocupados com os baixos salários”, critica Ferreira.

 

Vagner Freitas, tesoureiro da CUT que deve ser eleito presidente da central sindical neste ano, questiona o destaque que se dá ao PIB e traz para a discussão um problema brasileiro. “Há diferenças claras entre crescimento e desenvolvimento. Hoje, os países estão muito preocupados com os números que refletem o avanço do seu PIB, mas um alto crescimento do PIB nem sempre representa melhorias de condição de vida para a classe trabalhadora. Para isso, o desenvolvimento tem de ser perene, e não instável como está sendo no Brasil nos últimos anos”, diz.

 

Para Santos, presidente da CUT-SP, o crescimento brasileiro não está sendo acompanhado pelo desenvolvimento igualitário nas macrorregiões. “O Nordeste, por exemplo, cresce mais que o Sul, mas sabemos que a qualidade de vida lá não está avançando da mesma maneira. O IDH brasileiro ainda é menor que o de vizinhos sul-americanos”, afirma. “O emprego no Nordeste cresceu muito, mas ainda temos o desafio da educação. Não há, no Brasil, política de integração com o semiárido”, complementa Manoel Messias, secretário de relações do trabalho da CUT.

 

Na avaliação de Esther Bemerguy, secretária de planejamento e investimento estratégicos do Ministério do Planejamento, o Brasil assumiu um modelo de crescimento satisfatório desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. “O país construiu um modelo de desenvolvimento próximo do sustentável. Houve um processo de inclusão social nos últimos dez anos, com a criação de 18 milhões de empregos e a valorização em 66% do salário mínimo, além do avanço de programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família”, diz.

 

Para Esther, esses fatores colocam o Brasil à frente de “países semelhantes”, como os Brics e os outros membros do Mercosul. “Nossa matriz energética é a mais limpa do mundo, nós nos importamos com a questão ambiental e, aqui, a democracia é respeitada. Esses fatores nos fortalecem”, avalia.

 

Fonte: Valor Econômico