Maio 09, 2025
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Imprensa

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A cada três horas e 40 minutos, uma morte é registrada por acidente de trabalho no Brasil. Os dados são do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, que contabilizou 17.200 óbitos entre 2012 de 2018. 

A pesquisa mostra que os acidentes de trabalho são ainda mais frequentes: um a cada 49 segundos: no mesmo período, foram registrados 4,7 milhões. No comparativo, houve queda nos registros de mortes: 2.659 casos em 2014, 2.388 em 2015, 2.156 em 2016, 1.992 em 2017 e 2.022 em 2018.

O Observatório mostra que laceração, fraturas e contusões são as lesões mais comuns: 44% dos casos, quase 1,9 milhão dos acidentes. Segundo a pesquisa, entre os homens os acidentes foram mais frequentes na faixa etária dos 18 aos 24 anos. Já entre as mulheres, de 30 a 34 anos.

As áreas com maior incidência foram atendimento hospitalar (378 mil), comércio varejista, (142 mil), administração pública (119 mil), construção de edifícios (106 mil), transporte de cargas (100 mil) e correio (90 mil). Já no ranking por ocupação, as ocorrências mais frequentes foram as de alimentador de linha de produção (192 mil), técnico de enfermagem (174 mil), faxineiro (109 mil), servente de obras (97 mil) e motorista de caminhão (84 mil).

Já na distribuição geográfica, os estados com maior ocorrência destes incidentes foram São Paulo (1,3 milhão), Minas Gerais (353 mil), Rio Grande do Sul (278 mil) e Rio de Janeiro (271 mil).

Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT), Leonardo Mendonça, afirma que, apesar das empresas adotarem um discurso sobre a importância da segurança nos locais de trabalho, a preocupação com a produção ainda vem em primeiro lugar. "O ideal é ter um ambiente de trabalho organizado não apenas no sentido de um local limpo, mas saudável, que não seja propenso a adoecimentos”, defendeu.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os funcionários da ativa participantes do Plano II do Banesprev foram orientados a retificar declaração de imposto de renda. O Santander realizou ajustes no comprovante de rendimentos do ano calendário 2018.

Segundo comunicado do banco, divulgado na sexta-feira, foram ajustadas as informações referentes aos valores de Previdência Privada, uma vez que as contribuições extraordinárias para o plano Banesprev II deixaram de ser deduzidas da base de cálculo para apuração do Imposto de Renda a partir de abril de 2018 e estavam constando indevidamente no Comprovante de Rendimentos.

O banco informou que a alteração segue as orientações emitidas pela Receita Federal conforme a Solução de Consulta n° 354 – Cosit: ( SC Cosit nº 354-2017.pdf ), com posicionamento reiterado na Nota Cosit nº 50, de 27/02/2018. Os bancários do Santander participantes do Plano II do Banesprev que já enviaram sua Declaração de Ajuste Anual 2018/2019, foram orientados pelo banco a retificá-las para não gerar pendências junto à Receita Federal.

Fonte: Contraf-CUT

A conjuntura pede, por isso as bancárias e os bancários de todo o país darão um recado, na próxima quarta-feira (1): os trabalhadores brasileiros são contra a reforma da Previdência.

E essa voz não estará só nas ruas, durante o ato unificado de 1º de maio – realizado pela primeira vez na história por todas as centrais sindicais brasileiras, ela vai repercutir também em todas as redes. Para isso, contamos com você.

Convocamos os bancários a compartilhar nos seus perfis do Instagram, Facebook e Twitter, esta matéria com a hashtag lute pela sua aposentadoria. No dia dos atos, publique sua foto no local com a hashtag lute pela sua aposentadoria e marque as redes sociais da Contraf-CUT: Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. A CUT preparou os materiais de divulgação do 1º de maio.

Programação:

BAHIA

14h – 1º de maio unificado no Farol da Barra, em Salvador.

BRASÍLIA

13h – Ato do 1º de maio da classe trabalhadora no Taguaparque, com apresentações culturais de Vanessa da Mata, Odair José, Israel e Rodolffo, entre outras atrações locais.

No 1º de maio também será celebrado os 40 anos do Sindicato dos Professores de Brasília (Sinpro-DF).

CEARÁ

15h –  Concentração na Avenida Beira Mar, próximo ao espigão da Rui Barbosa,e ato unificado na Praia de Iracema, em Fortaleza, ao lado do Centro Cultural Belchior Largo Luis Assunção.

GOIÁS

14h – Concentração na Praça Cívica, em frente ao Coreto.

17h – Ato político e atividades culturais com shows e outras atrações na Praça Universitária.

MATO GROSSO

16h – Ato político e cultural, com artistas regionais, na Praça Cultural do Bairro Jardim Vitória, em Cuiabá.

MATO GROSSO DO SUL

9h às 12h – Ato unificado do 1º de maio na Rua Anacá com a Rua Barueri, bairro Moreninha II.

MINAS GERAIS

Contagem

7h – Missa do Trabalhador, na Praça da Cemig – Cidade Industrial, com ato e marcha após a missa

Venda Nova

9h – Carreata em frente à Praça da Matris, centro

Santa Luzia

8h – Praça da Juventude – Bairro Cristina B

PARÁ

9h – Ato do 1º de maio no Mercado de São Brás, em Belém.

PARAÍBA

14h – Caminhada com concentração em frente ao Centro de Zoonoses dos Bancários.

17 – Ato cultural no Mercado Público de Mangabeira.

PARANÁ

8h – Café da manhã, celebração ecumênica e caminhada, na Paróquia São João Batista, Rua Baltazar Carrasco dos Reis, 698, Bairro Rebouças.

PERNAMBUCO

9h – Concentração na Praça do Derby, em Recife.

PIAUÍ

8h – Ato do 1º de maio na Praça da Integração – C.S.U do Parque Piauí, em Teresina.

RIO DE JANEIRO

9h às 14h – Ato na Praça Mauá, com barraquinhas para coleta de assinaturas do abaixo-assinado contra a reforma da Previdência, além de outras atividades organizadas pelos sindicatos e movimentos populares.

14h às 17h – Os trabalhadores e trabalhadoras sairão em bloco pelas ruas, intercalando bloco e fala política das centrais sindicais e movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

SERGIPE

8h – Concentração do ato na Praça da Juventude – Conjunto Augusto Franco. Em seguida, caminhada em direção aos Arcos da Orla de Atalaia, onde ocorrerá um ato político e cultural com coleta de assinaturas do abaixo-assinado contra a reforma da Previdência.

RIO GRANDE DO SUL

Porto Alegre

14h – Concentração na Rótula das Cuias

15h – Caminhada na Orla do Guaíba

16h – Ato na Rótula do Gasômetro

Caxias do Sul

14h – Ato nos Pavilhões da Festa da Uva

Bagé

14h – Concentração na Praça do Coreto, com caminhada pela Avenida 7 de Setembro;

Erechim

10h – Concentração no Bairro Atlântico

Passo Fundo

14h às 17h – Ato no Parque da Gare

Pelotas

14h às 18h – Ato com mateada e atividades artísticas na Praça Dom Antônio Zattera

Santa Maria

10h às 17h – Atividades com ato ecumênico, almoço coletivo, apresentações culturais, mateada, lançamento do Comitê Regional contra a Reforma da Previdência e ato público no Alto da Boa Vista, no bairro Santa Marta.

Ijuí

14h – Concentração seguida de ato na Praça Central.

Rio Grande – (a definir)

SANTA CATARINA

Florianópolis

9h – Programação com culto ecumênico, atividades culturais e debates no Parque Municipal do Maciço da Cruz.

9h30 – Debates sobre a Reforma da Previdência e atividades culturais na comunidade do Mont Serrat.

Palhoça

Debates sobre a Reforma da Previdência e atividades na ocupação Nova Esperança.

Blumenau

15h – Ato público em defesa da Previdência na Praça da Prefeitura.

SÃO PAULO (região metropolitana e inteiror)

Campinas

9h30 – Concentração no Largo do Pará com caminhada até o Largo da Catedral

10h30 – Ato no Largo da Catedral

11h – Ida ao 1º de maio em São Paulo, no Vale do Anhangabaú

*A Missa dos Trabalhadores na Catedral será das 9h às 10h30

Osasco

6h30 – 11º Desafio dos Trabalhadores, tradicional corrida e caminhada de rua do dia 1º de maio, com concentração a partir das 6h30.

São Bernardo do Campo

Ação Inter-religiosa

9h – Concentração na Rua João Basso, 231, com procissão até a Igreja da Matriz

9h30 – Missa

Sorocaba14h às 22h – O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) organiza um ato político-cultural no Parque dos Espanhóis, com a presença de Ana Cañas, Detonautas, Francisco El Hombre, entre outros.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE), e demais entidades de representação dos trabalhadores se reuniu com o banco Santander no Comitê de Relação Trabalhistas (CRT) na quinta-feira (25) para debater uma pauta de questões que afetam o dia a dia de trabalho e estão pendentes de negociação com o banco.

O CRT é uma conquista dos bancários do Santander prevista na cláusula 35 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A CRT se reúne a cada dois meses para tratar das questões de relações trabalhistas.

“Foi uma reunião longa com debates intensos. Tratamos das demandas nacionais dos trabalhadores, mas houve certa insensibilidade do banco. Esperávamos mais avanços”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o banco, Mario Raia.

CPA 10

A Contraf-CUT reivindicou a extensão do prazo para obter a certificação, considerando que o normativo do Banco Central 3.158/2003, estabelece o prazo de até um ano, a partir da contratação ou a partir da ascensão a novo cargo. E ressaltou a falta de sensibilidade do banco para com as solicitações dos trabalhadores. Em resposta, o banco prorrogou por mais 30 dias o prazo para a realização das provas.

Unificação de cargos

O banco avalia que o atual modelo de atendimento segmentado está ultrapassado e que, com o novo modelo, embora haja mais gerentes de negócios e serviços, não haverá aumento de metas para o chamado “carteirão”, a carteira de clientes.

O banco se comprometeu em garantir que o trabalhador tenha seu tempo de treinamento com dedicação exclusiva dentro da jornada de trabalho. Estuda ainda a inclusão de período presencial e a extensão do horário de treinamento.

A configuração dos cargos dependerá de cada caso nas agências. Nem todos os caixas deverão ser migrados para os novos cargos de gerentes de negócios e serviços. Cerca de 2.000 caixas permanecerão nessa mesma função.

Bandeira dos vales refeição e alimentação

Sobre a mudança da bandeira dos vales refeição e alimentação, o banco informou que a quantidade de estabelecimentos cadastrados já é maior que a rede da Alelo (utilizada até então) e que não é possível fazer a migração de saldo entre o cartão velho e o novo nem estender o prazo de implantação.

“Embora o banco tenha apresentado números de que a rede credenciada já seja maior do que a da Alelo, na maioria dos lugares onde os bancários conseguem usar o Alelo, ainda não conseguirão usar o Ben Visa Vale a partir desta terça-feira (30). Por isso a preocupação com as dificuldades de aceitação do novo cartão”, disse a coordenadora da COE, Maria Rosani.

Retirada das portas-giratórias

Os representantes dos trabalhadores cobraram a manutenção das portas giratórias. O banco afirmou que todas as agências estão de acordo com o Plano de Segurança da Polícia Federal e que “as portas giratórias não são mais impeditivas” para as situações de assalto.

Além disso, não serão todas as agências que terão suas portas giratórias retiradas, isso dependerá de avaliações do banco e das legislações, que proíbem a retirada em alguns estados e municípios.

“Percebemos que as novas tecnologias em implantação visam apenas a segurança patrimonial, mas esquecem da integridade dos funcionários e clientes do banco, que estarão expostos às ações de criminosos que poderão entrar nas agências sem que se percebam que estão armados”, observou o representante da Contraf-CUT.

A Contraf-CUT solicita que os bancos compartilhem os locais onde se pretende retirar as portas e irá cobrar os resultados nas próximas reuniões.

Abertura aos finais de semana

A Contraf-CUT reivindicou que o projeto de abertura de agências nos finais de semana para educação financeira seja apresentado na íntegra.

O banco sustenta que será um trabalho voluntário dos funcionários em 29 agências do país e que não haverá trabalho comercial nas agências que trabalharão com orientação financeira.

“Os trabalhadores devem denunciar ao seu sindicato caso tenha ocorrido alguma pressão para se tornar “voluntário”. Eles precisam estar cientes de que, ao realizar esse tipo de trabalho, não estarão cobertos pela legislação trabalhista caso ocorra algum acidente no trajeto e/ou no trabalho”, orientou Mario Raia.

Reembolso de KM rodado

O banco afirmou que já está em estudo a majoração do valor do quilômetro rodado e seu novo valor será anunciado nos próximos dias.

Outras reivindicações, como: retorno ao trabalho e plano de saúde ficaram para serem discutidas na próxima reunião.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os bancos fecharam 1.655 postos de trabalho no país, nos primeiros três meses de 2019, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A análise por Setor de Atividade Econômica revela que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba bancos como Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, foram responsáveis pelo fechamento de 1.656 postos no período, enquanto a Caixa fechou 74 postos.

“Os bancos não têm motivo algum para demitir, estão publicando seus lucros e estes são crescentes. Falta compromisso com o pais que já tem um número enorme de desempregados”, criticou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Os piores saldos foram registrados no Rio Grande do Sul (676 postos fechados), no Rio de Janeiro (-423 postos) e no Ceará (-143 postos). Por outro lado, Pará e São Paulo apresentaram os maiores saldos positivos, abrindo 86 e 76 postos respectivamente.

As demissões sem justa causa representaram 53,5% do total de desligamentos no setor bancário nos três primeiros meses de 2019. As saídas a pedido do trabalhador representaram 32,2%. Em janeiro foram, ainda, registrados 49 casos de demissão por acordo entre empregado e empregador. Essa modalidade de demissão foi criada com a aprovação da Lei 13.467/2017, a Reforma Trabalhista, em vigência desde novembro de 2017. Os empregados que saíram do emprego nessa modalidade apresentaram remuneração média de R$11.063,00, bastante superior à média (R$ 6.318,22).

Faixa etária

A abertura dos postos bancários concentrou-se nas faixas entre 18 e 29 anos, com criação de 2.387 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 1.846 postos, contudo, na faixa entre 30 e 39 anos, foram fechados 1.277 e entre 40 e 49 anos, o saldo foi de 906 postos fechados.

Desigualdade entre Homens e Mulheres

As 3.063 mulheres admitidas nos bancos em janeiro a março de 2019 receberam, em média, R$ 3.993,00. Esse valor corresponde a 78,8% da remuneração média auferida pelos 3.736 homens contratados no período. Constata-se uma diferença de remuneração ainda maior entre homens e mulheres nos desligamentos. As 4.199 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.581,00, o que representou 70,6% da remuneração média dos 4.255 homens desligados dos bancos no período.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco lucrou R$ 6,2 bilhões no 1º trimestre de 2019, um crescimento de 22,3%, em relação ao mesmo período de 2018 e de 7,0% comparado com o ultimo trimestre de 2018.

No balanço divulgado, o banco destaca o fato de os primeiros indicadores de atividade econômica de 2019 terem apresentado resultados menores do que o esperado. As condições para uma aceleração do crescimento, na visão do Bradesco, continuam presentes, com inflação e juros em patamares baixos e expansão do crédito com taxas de inadimplência reduzidas. “A aprovação da proposta da Nova Previdência nos próximos meses constitui condição fundamental para reequilíbrio das contas públicas no médio prazo, com importante impacto na confiança dos agentes econômicos e, consequentemente, retorno de investimentos privados”, atenta o banco, no documento.

Para Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, o documento mostra o sentimento negativo do banco com o resultado. “É impressionante, mesmo com um resultado 22% maior do que o do ano passado, essa insatisfação. Eles sempre querem mais. A ansiedade na aprovação da reforma da Previdência deixa claro que as mudanças só vão beneficiar os banqueiros e os empresários.”

destaque do Dieese mostra que o retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 20,5%, com aumento de 1,9 p.p. em doze meses. Segundo o Banco, esse aumento deve-se “à maior margem financeira com clientes, menores despesas com PDD (Expandida) e maior resultado das operações de seguros, previdência e capitalização, além do bom desempenho das receitas de prestação de serviços”. A holding encerrou o 1º trimestre de 2019 com 99.156 empregados, com aumento de 1.563 postos de trabalho em doze meses. Foram fechadas 114 agências e 54 postos de atendimento (PA), em relação ao mesmo período de 2018.

Fonte: Contraf-CUT

A água consumida pelos brasileiros pode estar contaminada por muito mais que 27 pesticidas identificados pelo Ministério da Saúde. O alerta é da pesquisadora do departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) Larissa Mies Bombardi, autora do Atlas Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, na Rádio Brasil Atual.

Dados compilados e divulgados nesta semana pela ONG Repórter Brasil, Agência Pública e a organização suíça Public Eye, com base em amostras das empresas de abastecimento de 1.396 municípios, indicam que a água de uma a cada quatro cidades está contamina por agrotóxicos. Mas, como adverte Larissa, os 27 pesticidas foram encontrados apenas porque seu uso está condicionado por lei a testes obrigatórios, desconsiderando, no entanto, a avaliação de outros tipos de agrotóxicos que têm utilização permitida no país, um número que chega a ser superior a 500. "Há outros 400 e tantos agrotóxicos que sequer são investigados. É algo mais grave do que a gente está vendo", avalia a pesquisadora. 

Entre as centenas de substâncias que são deixadas de lado pela legislação está o Acefato, um tipo de inseticida, proibido na União Europeia, mas que figura entre os 10 mais vendidos no Brasil, de acordo com Larissa. "Ele pode estar presente (na água) e estar tudo certo, porque a legislação não faz menção a essa substância", descreve.

Só entre os 27 agrotóxicos identificados, 16 são considerados altamente tóxicos e 11 estão diretamente associados ao desenvolvimento de doenças crônicas e disfunções hormonais e reprodutivas, ressaltando o potencial ofensivo à saúde e ao meio ambiente desse tipo de substância. "Isso, digamos, que é uma amostra grátis da realidade que envolve a contaminação de água no Brasil", destaca a pesquisadora.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), "prévia" da inflação oficial, variou 0,72% neste mês, na taxa mais alta para abril desde 2015. Em março, a variação foi de 0,54%. Com o resultado divulgado nesta quinta-feira (25) pelo IBGE, o IPCA soma 1,91% no ano. Em 12 meses, se aproxima dos 5%, atingindo 4,71%, bem acima do período imediatamente anterior (4,18%).

Os combustíveis puxaram o índice para cima: a alta foi de 3%, com destaque para a gasolina, 3,22%, que representou o maior impacto individual de abril (0,14 ponto percentual). Etanol (2,74%) e diesel (1,06%) também subiram. O IBGE apurou ainda elevação de 1,04% na tarifa de ônibus urbanos, que teve reajuste em várias regiões, assim como trem (3,05%) e metrô (0,68%). Com isso, o grupo Transportes passou de 0,59%, em março, para 1,31%. 

O segundo maior impacto do mês, de 0,07 ponto, veio do tomate, que subiu 27,84%. Outros itens com alta, segundo o instituto, foram carnes (1,55%) e frutas (3,36%), cada qual contribuindo com 0,04 ponto para a taxa geral. A cebola passou de -0,34% para 13,44%, enquanto no caminho inverso a batata inglesa foi de 25,59% para 6,10% e feijão carioca, de 41,44% a -2,38%. O grupo Alimentação e Bebidas subiu menos (de 1,28% para 0,92%).

Em Saúde e Cuidados Pessoais, a variação foi de 1,13%, puxada pelo item higiene pessoal, com alta de 2,61% e impacto de 0,07 ponto percentual. Apenas os perfumes tiveram aumento de 6,94%, ante 0,49% no mês passado. Os remédios também subiram, 0,72%.

Outro aumento foi do item energia elétrica: 0,58%, acima de março (0,43%). O item encanado variou 0,84% e a taxa de água e esgoto, 0,47%. O grupo Habitação teve alta de 0,36%. 

O único grupo com deflação neste mês foi Comunicação (-0,05%), devido ao item telefone fixo (-0,29%). O correio teve alta de 2,19%.

Entre as regiões pesquisadas, oito das 11 áreas tiveram índices maiores em abril. O menor foi o de Goiânia (-0,01%) e o maior, de Porto Alegre (1,27%). Na região metropolitana de São Paulo, o IPCA-15 foi de 0,56% para 0,72%, acumulando 4,75% em 12 meses.

O IPCA e o INPC de abril serão divulgados em 10 de maio.

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancários de todo o país realizam na sexta-feira (26) um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa. Em reuniões com os empregados do banco nos postos de trabalho e atividades de rua com a população serão distribuídos materiais de formação e informação sobre a importância da manutenção do banco 100% público. O principal enfoque das atividades será a luta contra a venda da Lotex, cujo leilão foi adiado pela quinta vez. Agora foi agendado para o dia 9 de maio.

“Vamos deixar claro para os empregados e para a população que o leilão da Lotex é parte de um pacote que visa fragilizar a Caixa. A atual direção do banco já afirmou que a Caixa é puxa-fila das privatizações. Querem vender todos as operações mais rentáveis para deixá-lo sem poder de ação e, nas palavras do ministro da Economia, pronto para a privatização”, afirmou a dirigente e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na mesa de negociações com a Caixa, Fabiana Proscholdt.

A dirigente da Contraf-CUT disse também que as atividades têm o objetivo de mostrar os prejuízos que a fragilização da Caixa pode causar à sociedade e aos empregados.

“A fragilização é o primeiro passo para a privatização. Isso significa a perda da estabilidade do emprego, mas, muito mais do que isso, significa que a população será privada de serviços bancários e de políticas sociais na área da habitação, da educação, do esporte e tantas outras que são realizadas com parte da arrecadação da Lotex”, explicou Fabiana.

“Além disso, os bancos privados não têm interesse em prestar serviços para população menos favorecida e tampouco se instalar em cidades e bairros afastados dos grandes centros comerciais e financeiros. Dias atrás a imprensa divulgou que é cada vez maior o número de cidades sem agências bancárias e mostrou os prejuízos que isso traz para a população e para a economia dessas localidades”, completou.

Intensificação da luta

O coordenador Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Siqueira, ressaltou que o processo de debates com os bancários da Caixa e a população sobre a defesa dos bancos públicos será intensificado a partir do dia 26, em preparação do ambiente para o dia 9 de maio. “Temos que mostrar a gravidade do desmonte e o fatiamento da Caixa. Além de ser uma importante fonte de financiamento do povo e do desenvolvimento do país, o banco é o implementador e gestor de diversos programas e políticas sociais do governo federal”, disse.

“Vamos reforçar a resistência e a luta em defesa do banco, que é também a defesa da sociedade. Convidamos todos os empregados e toda a população a participar dessa mobilização. Só a luta nos garante”, concluiu.

Do dia 29 (segunda-feira) até o dia 8 de maio, os bancários farão atividades diárias para denunciar o fatiamento da Caixa e o desmonte dos bancos e demais empresas públicas. Também serão denunciados os ataques aos direitos dos trabalhadores, como os presentes na reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. (Podendo aliar com o abaixo assinado na defesa da Previdência Social) e, no dia 9 de maio, data prevista para o leilão da Lotex, realizarão um novo Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa.

Materiais a serem distribuídos

Nas atividades, os bancários vão distribuir um panfleto que denuncia a tentativa de privatização da Caixa e mostra a importância do banco público para sociedade, além de uma cartilha com detalhes sobre as loterias da Caixa elaborados pela Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) e pela Contraf-CUT.

Em 2017, as loterias da Caixa arrecadaram quase R$ 13,9 bilhões. Desse total, cerca de R$ 5,4 bilhões foram transferidos aos programas sociais do governo federal relacionados à seguridade social, à educação (Fundo de Financiamento Estudantil- Fies), ao esporte (Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro, Comitê Paralímpico Brasileiro e clubes de futebol), à cultura (Fundo Nacional da Cultura), à segurança (Fundo Penitenciário Nacional) e à saúde (Fundo Nacional de Saúde), o que corresponde a 37,1% do total arrecadado. Caso a Loteria Instantânea seja privatizada, o repasse social deverá ser reduzido para 16,7%.

No ano passado, o Fies recebeu R$ 730 milhões para financiamento de cursos superiores para estudantes, principalmente de famílias de baixa renda. Já para o Fundo Nacional de Cultura os repasses foram de aproximadamente R$ 387 milhões.

 

Fonte: Contraf-CUT

O resultado do emprego formal para março, com eliminação de 43.196 vagas (-0,11%), surpreendeu os chamados "analistas" e contrariou o discurso de recuperação da economia. Divulgado nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) teve o terceiro pior saldo para o mês na recente série histórica. De tão ruim, ganhou um trocadilho do jornal Valor Econômico: "Traged".

Poucos setores tiveram resultado positivo em março. O que segue crescendo é o trabalho precário, simbolizado pelas modalidades intermitente e parcial, criadas com a "reforma" trabalhista – a mesma que traria milhões de empregos, assim como se fala na propaganda da "reforma" da Previdência. No mês passado, o trabalho intermitente criou 6.041 vagas e o parcial, 2.129. 

Outra tendência que se mantém é a redução salarial. Pelos números do Caged, quem entra no mercado ganha menos do que recebiam os ex-empregados. Em março, o salário médio dos admitidos foi de R$ 1.571,58, enquanto o ganho médio dos demitidos era de R$ 1.706,37. Diferença, para menos, de aproximadamente 8%.

O resultado do mês passado se concentrou no comércio, que eliminou 28.803 postos de trabalho formais, queda de 0,32%. O corte foi todo na área varejista, ligada ao consumo: menos 30.145. Houve pequena alta no atacado.

A agropecuária fechou 9.545 vagas, com a maior retração em termos percentuais: -0,61%. A construção cortou 7.781 (-0,39%), sendo mais de 5 mil no segmento de edifícios. Indústria (-3.080, -0,04%) e serviços (4.572, 0,03%) ficaram próximos da estabilidade. A administração pública teve saldo de 1.575 (0,18%) e o setor extrativo-mineral, de 528 (0,27%).

No primeiro trimestre de 2019, o saldo é de 179.543, aumento de 0,47% no estoque, com altas na indústria, na construção, nos serviços e na administração pública e retração no comércio e na agropecuária. Em 12 meses, o emprego formal tem 472.117 vagas a mais (1,24%), concentrado no setor de serviços (375.796). Comércio e construção sobem, indústria e administração pública caem. O estoque é de 38,6 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. Até quase o final de 2015, manteve-se acima de 40 milhões, um patamar agora distante.

 

Fonte: Rede Brasil Atual