Abril 30, 2025
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Os bancários do Itaú receberão o pagamento do Programa Complementar de Resultados (PCR) e da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) no próximo dia 21 e o abono salarial no dia 25. O anúncio foi feito em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10), após cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, afirma que todos esses valores são conquistas dos trabalhadores que devem ser comemoradas. “Nenhum desses ‘benefícios’ foi dado de mão beijada, nós os garantimos com muita luta. Por isso, temos de valorizar muito.”

Os bancários que quiserem calcular o que receberão de PLR este mês, podem acessar este simulador: https://spbancarios.com.br/plr

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e sindicatos de bancários de todo o país realizam, nesta sexta-feira (11) e neste sábado (12), assembleia para avaliar a proposta de teletrabalho negociada com o Bradesco. A decisão ocorre depois do Comando Nacional dos Bancários se reunir, nesta quinta-feira (10), com o banco.

O teletrabalho não foi aprovado na negociação da CCT com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) porque não havia uma posição unificada das instituições bancárias em relação ao que estava sendo proposto pelo movimento sindical. O Comando Nacional defendia pontos prioritários sobre teletrabalho: ajuda de custo para quem trabalhasse em casa; controle da jornada de trabalho; fornecimento pelo banco de equipamentos necessários para o teletrabalho; móveis adequados às normas ergométricas e de saúde, curso pra quem aderir ao teletrabalho; acompanhamento especial no periódico; canal de apoio, além de outros pontos. O Bradesco concordou com as condições.

Para votar, basta acessar: https://bancarios.votabem.com.br/

A votação será por meio eletrônico, das 16h de sexta-feira (11) às 16h de sábado (12), e também estará disponível em nosso site.

O Sindicato e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientam a aprovação da proposta.

Confira os pontos da proposta:

•  Ajuda de custo de R$ 1.080 no primeiro ano, caso @ bancári@ compre a cadeira; se o banco fornecer a cadeira, a quantia será de R$ 960.

•  Ajuda de custo no segundo ano em diante de R$ 960, que poderá ser paga de uma vez ou mensalizada

•  Banco vai fornecer equipamentos (notebook ou desktop, mouse, teclado, etc)

•  Jornada de trabalho será controlada e horários de descanso e de refeições serão respeitados

•  Curso pra quem aderir ao teletrabalho

•  Acompanhamento especial no periódico

 • GT de acompanhamento do acordo pelo Sindicato

 

Ajuda de custo

A proposta prevê uma ajuda de custo de R$ 1.080,00 para cobrir gastos adicionais com o teletrabalho (intertnet, luz, etc) A ajuda será paga de uma única vez, no primeiro ano, se o banco não conceder em comodato a cadeira. Caso o banco ceda a cadeira, a quantia será de R$ 960,00. Nos anos seguintes, o banco vai pagar uma quantia de R$ 960,00, que poderá ser pago de uma só vez ou parcelado em até 12 vezes, a critério do banco. Outro avanço na proposta é que @ bancári@ precisa concordar em ir para o regime de teletrabalho, não será obrigatório.

Jornada de trabalho

O Bradesco também concordou em adotar o controle da jornada, por meio de programa de computador para o registro dos horários de trabalho e/ou por regime de exceção. O banco irá respeitar os intervalos para refeição e os períodos de descanso. Ligações de áudio ou vídeo, mensagens escritas, ou qualquer outra atividade laboral nesses períodos serão proibidas ou caso ocorram serão computadas como horas extras.

Fornecimento de equipamentos

O banco também fornecerá notebook ou desktop, mouse, teclado independente e headset, ficando o empregado responsável pela guarda, conservação e devolução.

Treinamento

Será realizado programas de treinamento para quem for trabalhar em casa, bem como para os gestores desses funcionários.

Saúde

O banco promoverá orientação a todos os empregados em regime de teletrabalho sobre as medidas destinadas à prevenção de doenças e acidentes do trabalho, por meio físico ou digital ou treinamentos à distância. O banco também concordou em realizar acompanhamento especial no exame periódico de quem estiver em teletrabalho.

Canal de apoio

O Bradesco também vai disponibilizar um canal de apoio para orientações ao funcionário sobre procedimentos profissionais ou equipamentos.

Acompanhamento

Na negociação, banco e o Comando Nacional concordaram em formar um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar a aplicação do acordo na categoria.

Referência

“Esse acordo representa um grande avanço para quem vai ficar em teletrabalho. A proposta inicial não era boa, fomos melhorando durante as negociações. Agora, esse acordo pode servir como referência para negociações com outros bancos. Vamos cobrar os demais bancos negociação sobre o tema”, afirmou Juvandia Moreira.

O acordo com o Bradesco representa uma conquista por vários aspectos. A legislação atual não prevê controle de jornada, que poderia representar trabalho gratuito. Também não obriga pagamento de ajuda de custo. Outra vantagem do acordo é que na legislação o empregador tem a vantagem de negociar individualmente com o trabalhador o regime de teletrabalho. Já a negociação coletiva dá mais força para a categoria, que a partir desta sexta-feira (11) vai realizar assembleias a partir das 16h e que vão até sábado às 16h. As assembleias foram convocadas para avaliar o acordo negociado pelo Comando Nacional.

A Oxfam Brasil mostra que a pandemia de coronavírus ampliou a desigualdade econômica global. Enquanto 400 milhões de trabalhadores perderam o emprego, as 32 empresas mais lucrativas do mundo conseguiram se blindar das consequências econômicas da covid-19 e aumentaram o lucro em até R$ 577 bilhões a mais em 2020, considerando o período da pandemia em relação aos anos anteriores.

O relatório “Poder, Lucros e Pandemia” da entidade revela que, como muitos dos bilionários do mundo também são alguns dos maiores acionistas dessas empresas, a fortuna dos 25 mais ricos aumentou em R$ 1,3 trilhão, só entre meados de março e final de maio.

Em contrapartida, essas empresas não compensaram esse aumento em seus lucros pagando mais impostos ou ampliando atividades filantrópicas e doações. De acordo com a estimativa da Oxfam, as doações feitas pelas maiores empresas do mundo durante a pandemia da covid-19 representaram, em média, 0,32% da sua receita operacional em 2019.

O relatório aponta que se cobrasse uma tributação sobre esse lucro na pandemia, o valor cobriria todos os custos de testagem e produção de vacinas para todas as pessoas do planeta. “Um imposto sobre lucros durante a pandemia, no estilo do adotado durante a Segunda Guerra Mundial, geraria bilhões de dólares. Considerando apenas as 32 empresas globais que mais estão lucrando com o coronavírus, estima-se que poderiam ser geradas receitas de R$ 551 bilhões, em 2020, para fazer frente ao vírus.”

Distribuição de lucros

Para a Oxfam, a distribuição excessiva de lucros e dividendos a acionistas, antes da crise, deixou empresas, trabalhadores e governos vulneráveis ao choque da pandemia. Ou seja, uma reserva financeira protegeria empregos e ajustaria modelos de negócios.

Os acionistas ainda mantiveram esse repasse de lucros após a eclosão da pandemia. A entidade levantou os relatórios financeiros das empresas Microsoft e Google, que distribuíram mais de R$ 111 bilhões e R$ 79 bilhões aos seus acionistas, respectivamente.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, aumentou seu patrimônio líquido em R$ 69 bilhões, em apenas um dia, durante a pandemia. Apesar da crise econômica mundial, ele aumentou sua fortuna de R$ 392 bilhões para um pouco mais de R$ 1 trilhão, apenas em 2020.

Levantamento da Oxfam mostra que Bezos poderia pagar a cada um de seus 876 mil funcionários da Amazon um bônus de mais de R$ 530 mil, e ainda seria tão rico quanto era antes da pandemia de covid-19.

Zero mudanças

Enquanto a pandemia provocou e incentivou novos modelos de negócios, a Oxfam alerta que poucas mudanças significativas estão sendo implementadas a partir dos escritórios dos executivos e “expõe a lacuna entre o compromisso e prática”.

Em mais de 100 casos em todo o mundo, as empresas continuam distribuindo lucros e dividendos a acionistas, mantêm programas de remuneração de executivos e continuam a demitir trabalhadores. Além disso, fazem lobby junto a governos pela desregulação de proteções ambientais, fiscais e sociais.

“A discrepância observada nos impactos econômicos da covid-19 não é resultado do acaso, e sim de um modelo econômico que gera lucros para os ricos enquanto extrai valor de muitos. A pandemia não gerou as atuais injustiças econômicas, raciais e de gênero: ela as expôs e ampliou”, acrescenta o relatório.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional d@s Bancári@s vai se reunir nesta quinta-feira (10) para avaliar a proposta sobre teletrabalho feita pelo banco Bradesco. A reunião faz parte da negociação que começa a ser feita com alguns bancos sobre o home office.

Na nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ficou definido que todos os direitos previstos por dois anos também valem para os trabalhadores que estiverem em teletrabalho. O compromisso de que quem está em teletrabalho hoje permanecerá enquanto a pandemia perdurar.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, nesta quarta-feira (9), um ofício à Caixa Econômica Federal para solicitar agilidade no processamento de inclusões dos empregados contratados após 31 de agosto de 2018 no Saúde Caixa.

A extensão das mesmas possibilidades de serviços e de atendimento, assim como a participação no custeio – o que unificará toda a base nacional de empregados da Caixa –, foi uma das principais conquistas das negociações referentes à renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Caixa.

“A mobilização dos empregados assegurou no ACT garantias fundamentais aos usuários do Saúde Caixa, como a manutenção da proporção 70/30 no custeio e o caráter solidário do plano, além restabelecer a participação dos novos empregados. Agora, queremos que esta conquista tão importante seja efetivada”, disse Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/ Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, nesta quarta-feira (9), um ofício à Caixa Econômica Federal solicitando a antecipação da parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e do pagamento do Abono Único, previsto na cláusula 61 do ACT Caixa.

Pelas regras definidas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e no Acordo Coletivo de Trabalho, o banco tem até 30 de setembro para efetuar o pagamento aos empregados. O acordo foi assinado na última sexta-feira (4).

“Essa antecipação seria uma forma de valorizar o trabalho de todos os colegas. Mas, de fato, o que a Caixa precisa é dar condições dignas de trabalho pra quem está nas agências. Temos poucos empregados e a jornada é estafante, fora o risco de contrair o vírus ou de contaminar um familiar”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

A venda de uma carteira de crédito do Banco do Brasil, avaliada em R$ 2,9 bilhões, para o BTG Pactual por apenas R$ 371 milhões continua sendo notícia. Desta vez, foi pauta da Revista Fórum. Segundo a reportagem, um analista do mercado financeiro disse que a carteira tem potencial de recuperação de 70%. Além disso, a maior parte dela é composta por financiamentos imobiliários adquiridos por ex-funcionários do próprio BB, que deixaram o banco em PDVs nos anos 1990 e 2000. Em caso de inadimplência, imóveis podem ser tomados para quitar os empréstimos.

Segundo a Revista Fórum, “se a avaliação de 70% de recuperação feita por essa fonte se concretizar, o BTG vai receber R$ 2,03 bilhões ao final, ou R$ 1,659 bilhão a mais do que pagou pela carteira”.

Em nota à Fórum, o Banco do Brasil informou que “os créditos cedidos referem-se a operações que estavam inadimplentes, em média, há mais de seis anos. Do total, 98% já estava lançado em prejuízo e os 2% restantes contavam com provisões. Além disso, trata-se de um portfólio de operações ajuizadas, com processos judiciais iniciados há até 15 anos”.

“O BTG Pactual pagou pouco mais de 20% do que valia a carteira. Por si, isso já seria motivo de investigação. Se acrescentarmos a informação de que o BTG foi fundado por Paulo Guedes, a quem o BB está subordinado, e agora essa informação de que 70% da carteira pode ser recuperada, a situação fica ainda mais grave para os responsáveis pela transação”, ressaltou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Olho grande

A Revista Fórum diz ainda que a mesma fonte do mercado financeiro revelou que o BTG está de olho em outras duas carteiras de crédito do BB, de cerca de R$ 1,6 bilhão cada, que atualmente estão sob os ativos da Previ, o fundo de previdência dos funcionários do banco.

Questionamento

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) fez uma série de questionamentos sobre a transação ao Banco do Brasil. No ofício ele pergunta, por exemplo, se o processo de cessão da carteira assegurava ampla concorrência. Quais tinham sido os critérios para a escolha do BTG para comprar a carteira. Qual a composição da referida carteira de crédito. Como foi atribuído o preço de venda. Por fim, ele pedia ainda o comparecimento do presidente do Banco do Brasil à Câmara para esclarecimentos.

Rubem Novaes deixou a presidência do banco, ao final de julho. As respostas ficaram então só por conta do ofício. “Mas, algumas foram bem evasivas… Na nossa avaliação, elas deixaram muitas lacunas sem responder”, considera o deputado.

Por exemplo: o BB diz que o preço da carteira foi fixado usando “ferramentas e práticas financeiras, incluindo referências apontadas pela consultoria que apoiou o banco”. Mas não explicitou quais referências seriam essas. Sobre a composição da carteira, o BB diz que 98% dela têm créditos de mais de R$ 500 mil “contabilizados como perdas há mais de cinco anos”. Não explica, contudo, a natureza desses empréstimos.

Se a fonte estiver certa e forem créditos imobiliários, o valor de R$ 500 mil ou mais por empréstimo faz sentido.

Por considerar que os dados passados pelo BB estão vagos, o deputado do Rio protocolou um segundo requerimento de informações, mais detalhado, pedindo os laudos e documentos de avaliação que a consultoria fez, a composição mais detalhada da carteira vendida, quem é a instância responsável por aprovar esse negócio no banco, se o BB será ressarcido das despesas de cobrança dos empréstimos que estão nessa carteira vendida, entre outros dados bem específicos. Para evitar respostas vagas.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários do Itaú se reúnem com a direção do banco, nesta quinta-feira (10), às 14h30, para definir o calendário de negociações para discutir emprego, retorno ao trabalho e banco de horas. “Com o final da Campanha Nacional, da qual saímos vitoriosos, podemos voltar a debater as demandas específicas com o banco”, explicou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE Itaú).

Em agosto, em meio a Campanha, o Itaú atendeu duas reivindicações dos trabalhadores: extensão do home office até o final de janeiro 2021 e a reabertura de agências para diminuir o fluxo pessoas nos locais. Porém, agora o movimento sindical quer formalizar como ficarão essas questões no início do próximo ano.

Na tarde desta quarta-feira (9), a COE se reúne, por videoconferência, para se preparar para a negociação de amanhã.

Fonte: Contraf-CUT

No único momento presencial da campanha, representantes de bancários e banqueiros assinaram, na última sexta-feira (4), o acordo coletivo da categoria, incluindo aditivos com os bancos públicos. O documento é válido por dois anos, até 31 de agosto de 2022. Mas nem mesmo o ato de assinatura, em um hotel de São Paulo, foi tranquilo: redação diferente do negociado em alguns itens prolongaram o encontro até as 22h, encerrando, enfim, uma jornada que consumiu 44 dias e 15 rodadas de negociação.

As conversas madrugada adentro já são características das campanhas dos bancários. Mas foi uma campanha atípica pelo seu formato. Devido à pandemia, tudo foi virtual, desde a conferência que aprovou a pauta de reivindicações, ainda em julho. Mas o desafio também mostrou possibilidades e pode ter apontado caminhos para as próximas negociações coletivas.

Um dado a se ressaltar é o da presença de trabalhadores nas assembleias virtuais. Em torno de 120 mil participaram das assembleias finais, que avaliaram e aprovaram a proposta de acordo dos bancários. Na consulta para preparação da pauta e prioridades, já tinham sido 30 mil respostas – até 10 vezes uma quadra lotada na base do sindicato de São Paulo, por exemplo. Até então, a maior parte das respostas era no papel. “Não perdemos representatividade. A gente inovou e encontrou forma de continuar dialogando com os trabalhadores”, observa a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Participação superou resistência

Ela avalia, inclusive, que essa presença expressiva de bancários nas assembleias, em numero maior que nas presenciais, foi decisiva para dobrar a resistência empresarial. “Foi aí que eles começaram a recuar.” Os bancos só admitiam conceder abono, sem incorporação aos salários. “Eles não queriam dar reajuste, essa que é a verdade. Os bancários reagiram, e isso foi muito importante. O banco internamente tem como medir (a insatisfação dos empregados)”, diz Juvandia.

Ela lembra que, no início, a bancada patronal queria, inclusive, retirar direitos do acordo coletivo. Além de mexer nas regras para cálculo da participação nos lucros ou resultados (PLR). Talvez apostando em uma “desmobilização” devido à pandemia.

O acordo fechado – que envolve mais de 450 mil bancários – prevê, neste ano, reajuste de 1,5% e abono no valor de R$ 2 mil. Para 2021, reajuste com base na inflação acumulada e aumento real de 0,5%. Itens como vales alimentação e refeição também tiveram e terão aumento.

Nova cultura

Do lado dos dirigentes sindicais bancários, o cenário exigiu também uma preparação específica. “A gente teve que criar ferramentas, uma nova cultura”, comenta a presidenta da Contraf-CUT. Foram montadas, por exemplo, duas turmas para cursos sobre redes sociais. Para a organização sindical, foi aberto um novo caminho, acredita Juvandia. “O teletrabalho veio e vai ficar. O local de trabalho é a casa do bancário, a gente vai ter que continuar dialogando com ele.” Mas ela observa que esse trabalho de aproximação nunca deixou de ser feito, com visitas constantes ao locais de trabalho.

Este foi um ano de negociação incessante. Começou, a rigor, desde a decretação da pandemia, seis meses atrás, em 12 de março. Discussões sobre condições de trabalho e saúde e segurança para funcionários e clientes. Medidas como compra coletiva de álcool em gel e máscaras: “Desde antes de ser obrigatória a gente cobrava”. E com a economia em queda livre.

Assim, foram vários fatores que desafiavam qualquer negociação coletiva: governo avesso a diálogo, desemprego, PIB encolhendo , insegurança. “(O governo) deveria estar fazendo o contrário, aumentar os gastos públicos. Essa receita é de encolhimento do Estado, é receita burra”, critica Juvandia. Mas ela não aponta o Executivo como principal motivo para as dificuldades encontradas na mesa única, e virtual, de negociação.

“Eu não diria que foi o governo. O governo foi mais um fator”, diz, apontando dificuldades impostas em outras negociações, como a dos Correios e da Petrobras. Porém, especificamente no setor público, o principal empecilho estava na Caixa Econômica Federal, especificamente no item plano de saúde, uma tema sensível, que acabou encontrando meio-termo.

Acordo dos bancários põe R$ 8 bi na economia

Outro item de destaque é o do home office, que continuará sendo discutido individualmente. “O debate na mesa foi muito importante. Tinha banco que achava que o bancário devia devolver alguma coisa. Conseguimos mostrar que eles economizaram e os bancários aumentaram seus gastos, não tinha nada que devolver”, comenta Juvandia. “Acho que a gente ganhou o debate mostrando, por A mais B, que havia um aumento de custos do trabalhador.” Mas o setor segue se negando a discutir cláusulas de garantia de emprego.

Ela enfatiza a importância desse acordo não só para o trabalhador bancário, mas para o próprio país. Apenas quatro itens – , PLR, reajuste, abono e benefícios – vão representar impacto de R$ 8 bilhões na economia. Só com o abono de R$ 2 mil, são mais de R$ 900 milhões. “Quando uma categoria dessas ganha, a sociedade ganha”, afirma.

Edição: Paulo Donizetti de Souza

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou, nesta terça-feira (8), um ofício ao Banco do Brasil solicitando a antecipação da parcela da Participação nos lucros e/ou Resultados (PLR).

Pelas regras definidas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), o banco tem até 10 dias úteis após a assinatura do acordo para efetuar o pagamento aos funcionários, mas o banco costuma pagar a PLR no mesmo dia em que é feita a distribuição dos dividendos do lucro aos seus acionistas. O acordo foi assinado na sexta-feira (4).

“Neste tempo de pandemia é importante que as pessoas tenham acesso ao dinheiro o mais rápido possível”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Esperamos que o banco atenda nossa reivindicação”, completou.

Fonte: Contraf-CUT