Abril 30, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

Nesta quinta-feira, 10 de outubro, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CaixaEconômica Federal se reuniu com o banco para dar continuidade às negociações permanentes com o banco sobre questões de interesse das empregadas e empregados. Entre os temas mais imediatos, a definição dos critérios e forma de pagamento dos deltas referentes à promoção por mérito, questões relacionadas ao Saúde Caixa e a continuidade das negociações sobre questões envolvendo caixas e tesoureiros foram os principais temas debatidos na reunião.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião virtual.

“As informações que solicitamos à Caixa, irão contribuir muito para os debates nos GT. Esses GT estão sendo aguardados com muita expectativa pelos empregados porque eles acreditam que a CEE encaminhará suas expectativas. Nós, membros da CEE, estamos realmente empenhados em solucionar esses gargalos da negociação e, também, dos assuntos que interferem diretamente no dia a dia dos empregados.”, comentou Lizandre.

Rafael de Castro, coordenador da CEE, também comentou.

“Nosso papel, como movimento sindical, é defender os interesses das empregadas e empregados e a manutenção do caráter público da Caixa. Neste sentido, nossa luta é por valorizar o banco como instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país e o reconhecimento de que as empregadas e empregados são os responsáveis pela execução das tarefas necessárias para que a Caixa cumpra este papel e, consequentemente, também precisam ser valorizados”.

Promoção por Mérito

A diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, lembrou que o banco desempenha tarefas fundamentais na execução de políticas sociais do governo federal. “Por isso é tão importante o debate que será realizado no GT de Promoção por Mérito. Precisamos deixar claro que não apenas as atividades comerciais do banco, mas também aquelas de atendimento aos beneficiários dos programas do governo, do FGTS, e outros tantos trabalhos fundamentais para o país também devem ser reconhecidos, apesar de não trazer resultados financeiros para o banco”, observou.

A reunião do GT de Promoção por Mérito ficou marcada para o dia 15 de outubro, às 10h30, por videoconferência. Mas a CEE ressaltou a necessidade de o banco passar, antes da reunião, informações sobre o orçamento definido para o pagamento dos deltas, os números do pagamento da promoção por mérito referente a 2023 (paga neste ano), quantos empregados existem em cada referência. O banco ficou de mandar as informações para a CEE até segunda-feira (14).

Saúde Caixa

A reunião do GT Saúde Caixa ficou agendada para o dia 21 de outubro, às 10h30, por videoconferência. Além da apresentação dos números do plano, também estarão em pauta a discussão sobre o fim do teto de custeio pelo banco com a saúde dos empregados, estabelecido atualmente em 6,5% da folha de pagamentos; a extensão do direito de manutenção do plano após aposentadoria aos empregados contratados a partir de 2018; a continuidade da implementação e funcionamento das gerências e representações regionais de pessoas (Gipes e Repes) e a criação dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento; a taxação do plano prevista no PLP 68/2024, que tramita no Senado; e questões relacionadas à auditoria do plano.

Caixas e tesoureiros

O coordenador da CEE lembrou que o debate sobre caixas e tesoureiros é uma continuidade das negociações realizadas durante a Campanha Nacional dos Bancários. Ao final das negociações, o tema foi apartado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para que dentro de 50 dias fossem apresentadas alternativas aos pontos tratados durante a campanha. A negociação ficou agendada para o dia 29 de outubro, às 10h, presencial em Brasília.

“Sobre isso, reforçamos, é primordial que a Caixa nos dê acesso a dados antecipadamente, pois temos que conversar com os empregados. A Caixa tem que nos passar as informações para que a gente realize plenárias e converse olho-no-olho com as empregadas e empregados. Com clareza e a certeza dos dados”, disse Rafael de Castro. “Com os dados em mãos, vamos conversar com os empregados, ouvir o que eles têm a dizer para podermos encaminhar o debate com a Caixa”, completou.

A CEE pediu que a Caixa informe:

  • •    a quantidade de empregados que realizam a função por minuto e por prazo;
  • •    quantos realizam a função minuto e por prazo de forma ininterrupta e quais as funções eles realizam de forma efetiva;
  • •    informações sobre o passivo trabalhista envolvendo esse segmento em ações referente ao intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho (10/50); quebra de caixa, 7ª e 8ª horas-extras e substituição de função;
  • •    a quantidade de caixas e tesoureiros afastados para tratamento de saúde.

A Caixa ficou de passar as informações à CEE até o dia 17 de outubro, para que esta as repasse aos sindicatos e eles realizem plenárias sobre o tema com os empregados e empregadas até o dia 25 de outubro e a CEE tenha estes debates relatados pelos sindicatos antes do dia 29, quando será realizada a reunião de negociação com o banco.

Outros temas

Banco do futuro: para o coordenador da CEE, na Caixa, a transição para o futuro precisa atender a necessidade do banco e da sociedade, sem prejudicar os empregados. “A Caixa é mais do que um banco. Ela precisa enxergar onde está seu nicho de atendimento e investir pesado em oferta de soluções financeiras a uma multidão que anseia por nossos serviços, mas que há mais de uma década é jogada para as lotéricas, fintechs e cooperativas” observou. Para ele, a Caixa não pode abrir mão de disputar todos os segmentos de mercado. “A relevância da Caixa 100% pública se faz em todos os níveis de atendimento. E precisamos retomar a confiança de um grande público que foi posto pra fora do banco numa política equivocada de diminuir atendimentos, que resultou em migração em massa de nossos clientes (e sua rentabilidade) para instituições que cobram 10%, 12%, 15% de juros em operações de crédito pra quem poderia muito bem estar pagando taxas muito menores que são cobradas pela Caixa, ampliando nosso resultado e fazendo a Caixa cumprir seu papel de agente de políticas públicas”, ressaltou.

Condições de trabalho: outro tema que voltará a ser tratado assim que forem encaminhados os temas mais urgentes é o que se relaciona com as condições de trabalho dos empregados. “Durante as negociações ficamos de retomar os fóruns regionais de condições de trabalho e o GT de Condições de Trabalho e não podemos deixar isso cair no esquecimento, pois existem muitos problemas que afetam o dia a dia de trabalho no banco”, disse Rafael de Castro.
Teia e Minha Trajetória: a CEE também quer retomar o debate sobre os programas de desenvolvimento e de avaliação de desempenho dos empregados, para permitir verdadeiramente o desenvolvimento de todos e evitar que sejam usados critérios subjetivos na avaliação, que dão margem para o assédio e favorecimentos pessoais.

Recepção aos novos contratados: houve uma turma de novos contratados de todo o país que foram recepcionados em Brasília sem a participação das entidades sindicais. A CEE cobrou e a Caixa se comprometeu a dar espaço para os sindicatos participarem dos eventos de recepção aos novos contratados, que agora serão regionais. O próximo evento de recepção será realizado no Rio de Janeiro, no dia 21/10. A Caixa já vai avisar a SR local para abrir espaço para o movimento sindical e associativo participar da atividade. Não há outra data agendada e o banco ficou de avisar ao sindicato local e à Contraf-CUT quando houver uma nova data.

Funcef: a CEE cobrou da Caixa o compromisso, assumido em mesa de negociações, de que seria instalado um GT Tripartite com a Funcef e a CEE para tratar de questões específicas do fundo de previdência das empregadas e empregados.

Empregados endividados: a CEE cobrou o compromisso da Caixa, também assumido em mesa de negociações, de que seria estudada uma forma de solucionar o problema de empregados com dívidas em atraso. Caixa informou que os estudos da solução estão em estágio avançado e logo será apresentada a proposta para a CEE.

*com informações da Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Coletivo Nacional dos Financiários, os sindicatos de todo o país e a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) assinaram, nesta quinta-feira (10/10), a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, com vigência até 2026.

O acordo é resultado de intensas negociações, que duraram quatro meses e garantem a ampliação de direitos sociais e o reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.

Para a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, “a assinatura representa uma grande conquista para os financiários de todo o país. Depois de meses de intensas negociações, conseguimos garantir não apenas a manutenção dos direitos, mas também avanços importantes em questões sociais e econômicas. O reajuste salarial e a criação de comissões para discutir temas como PLR e violência contra a mulher mostram que estamos comprometidos com o bem-estar e o futuro da categoria.”

A secretária do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, acredita que a assinatura dessa convenção coletiva reforça o papel da entidade como defensores dos direitos dos financiários. “Além do reajuste salarial e da PLR, conseguimos inserir temas fundamentais, como o combate ao assédio sexual e moral, que são urgentes no ambiente de trabalho. Vamos continuar lutando para que esses avanços sejam implementados de forma justa e eficaz.”

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários, Jair Alves, afirmou que o acordo assinado é fruto da união e da mobilização dos trabalhadores. “Ele vai além das questões salariais, trazendo a construção de um grupo de trabalho que irá mapear a realidade dos financiários, para que possamos construir políticas mais adequadas às necessidades da categoria. Esse é um passo essencial para garantir condições de trabalho mais dignas e justas para todos.”

2024:

  • Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
  • Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024.
  • Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.
  • Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.

2025:

  • Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.
  • Mudança da data-base para outubro de 2026, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.
  • Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.

PLR:

  • Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.

Outras cláusulas importantes:

  • Convênio médico: Não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.
  • Violência contra a mulher: Ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.
  • Combate ao assédio sexual e moral: Será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.
  • Grupo de trabalho paritário: Um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.

Fonte: Contraf-CUT

Feijoadas de outubro

Outubro 09, 2024

Confira as datas das feijoadas do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense em outubro:

25/10Nova Iguaçu (sexta-feira)

31/10Duque de Caxias (quinta-feira)

PREÇOS

Sindicalizado(a) - R$ 15
Não Sindicalizado(a) - R$ 25

OBS: No calendário distribuído pelo Sindicato, a feijoada de Nova Iguaçu aparece no dia 18/10. Por favor, desconsiderem.

Esperamos vocês!

Nesta terça-feira, 8 de outubro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve na agência 0406 (Nova Iguaçu - Centro) do Bradesco, localizada na Praça Rui Barbosa, onde, também funciona a Regional Nova Iguaçu, para protestar contra as demissões que vem ocorrendo no banco.

Através de um carro de som, diretoras e diretores denunciaram a “reestruturação”, em curso no banco, que está fechando agências, cortando postos de trabalho e sobrecarregando os trabalhadores, que vem sofrendo com o adoecimento devido à sobrecarga.

Essas medidas também afetam os clientes, que enfrentam agências superlotadas, nas unidades que ainda permanecem abertas.

O Sindicato levou faixas e distribuiu panfletos informativos, além de falarem e conversarem com clientes, funcionários e usuários do banco.

Na base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), a Baixada Fluminense é a região que mais sofre com as demissões. 

LUCROS E DEMISSÕES

O Bradesco fechou o 2º trimestre (2T24) com lucro de R$ 4,7 bilhões. O lucro supera em 12% o resultado do 1º trimestre (1T24) e em 4,4% o apurado no mesmo período de 2023. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) ficou em 10,8%, 0,6% acima do 1º trimestre do ano. As receitas com prestação de serviços somaram R$ 9,31 bilhões — alta de 6,4% em relação ao 2º trimestre de 2023. No 1º semestre do ano, o Bradesco obteve lucro de R$ 8,9 bilhões. O lucro pujante, no entanto, não tem impedido o banco de seguir com sua política de reestruturação, fechando postos de trabalho e agências.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Banco Central e do próprio Bradesco, apontou que no final de 2016 o banco empregava 108.793 bancárias e bancários, em dezembro de 2023 esse número caiu para 86.222. Foram desligados no período de sete anos (2016 – 2023), 22.571 funcionários, uma queda de 44,5%.

*confira mais fotos em nossas redes sociais

Assembleia - Santander

Outubro 07, 2024

Das 20 horas do dia 9 de outubro (quarta-feira) até às 20 horas do dia 10 de outubro (quinta-feira), trabalhadoras e trabalhadores do Banco Santander participam de assembleia para deliberar sobre a aprovação dos seguintes instrumentos coletivos:

1- Acordo Coletivo de Trabalho 2024/2026;

2- Acordo Coletivo de Trabalho sobre Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) 2024/2025 que inclui desconto a ser feito nos salários do empregados em razão da contratação a ser realizada (contribuição negocial);

3- Termo de Ratificação do Programa de Participação nos Resultados Santander 2024/2025;

4- Termo de Relações Laborais e Prestação de Serviços Financeiros – Boas Práticas, a serem celebrados com o Banco Santander (Brasil) S/A.

PLENÁRIA

Antes da assembleia, haverá uma plenária virtual para esclarecimentos a partir das 19h até às 20h do dia 9 de outubro.

Para participar, é necessário solicitar a inscrição através do link: https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZAvfumgrj0uH9aKwpRglzoDBJDVyYKRhscU

Após a inscrição, será enviado um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na plenária.

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br)

IMPORTANTE

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, seguindo orientações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), indica a aprovação das deliberações propostas.

Em audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT), ocorrida nesta quinta-feira (3), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) denunciou ações antissindicais praticadas pelo banco Santander.

“O banco está cometendo prática antissindical ao abrir empresas com CNPJs distintos para retirar bancários da categoria e enquadrá-los como trabalhadores de outros setores”, disse a presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “De 2020 pra cá, 17.964 bancários foram enquadrados como sendo de outras categorias. Com isso, eles deixam de ter diversos direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, e enfraquece a organização dos trabalhadores”, completou.

A categoria bancária é a única do país a possuir uma CCT válida em todo território nacional. Graças às negociações coletivas, as bancárias e bancários possuem 85% mais direitos trabalhistas do que os previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Com o desenquadramento da categoria, os bancários que foram recontratados pelo banco por outras empresas do mesmo conglomerado econômico, perderam em torno de 50% a 60% da remuneração variável”, denunciou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa de Queiros Paixão.

“O banco Santander tem se utilizado de práticas de terceirização que podem ser enquadradas como irregulares, mesmo após a aprovação da lei de terceirização irrestrita, pois são consideradas fraudulentas”, disse a diretora de Relações Internacionais da Contraf-CUT e funcionária do Santander, Rita Berlofa.

A coordenadora da COE disse que o movimento sindical já reivindicou diversas vezes a representação sindical destes empregados, mas que o banco se recusa a reenquadrá-los, mesmo eles exercendo as mesmas atividades que já exerciam anteriormente, trabalhando no mesmo local de bancários que exercem as mesmas funções, no mesmo sistema de gestão e sofrendo as mesas cobranças. “Existem diversos elementos que demonstram as fraudes nas contratações e as práticas antissindicais do Santander”, disse Wanessa.

O Santander alegou que não teria condições de dar continuidade às tratativas nesta quinta-feira, por haver a necessidade da presença de profissionais responsáveis por outras áreas envolvidas e representantes das demais empresas e solicitou o reagendamento da audiência para seguir com o debate. O MPT se comprometeu em agendar uma nova audiência e comunicar a nova data à Contraf-CUT e ao Santander.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT realizará uma plenária virtual na próxima segunda-feira (07), às 19h, para discutir e detalhar a proposta de acordo apresentada pela Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), no dia 27 de setembro. A proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) traz a perspectiva de assinatura do acordo no dia 11 de outubro de 2024.

Logo após a plenária, às 20h, terá início a assembleia de avaliação e votação, que se estenderá até às 20h da terça-feira (08). O Coletivo dos Financiários recomenda a aprovação do acordo. “Nós conseguimos manter todos os direitos da CCT e tivemos o reajuste pelo INPC, além de ganho real em 2024 e 2025, por isso indicamos a aprovação”, explicou Magaly Fagundes, secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT.

Inscreva-se antecipadamente para esta plenária:

https://us06web.zoom.us/meeting/register/tZIkcuyrqj4vEtSaOu_9jv_n882K05-36Lxh

Após a inscrição, você receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na reunião.

Confira a proposta na imagem abaixo e participe da plenária para entender todos os detalhes do acordo.

Fonte: Contraf-CUT

 
 

 

Enquanto os bancos seguem demitindo, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense continua na luta e reintegrando bancários e bancárias.

Nesta terça-feira, 1 de outubro, Leandro Levi, funcionário do Banco Itaú, que havia sido demitido injustamente, teve a dignidade restabelecida, após decisão da justiça, e foi reintegrado.

Entenda

Leandro estava acometido de doença ocupacional, mas o benefício previdenciário foi deferido pelo INSS. Além disso, o funcionário é Pessoa com Deficiência (PCD) e, ao realizar a demissão, o banco descumpriu a lei 8213/91, que garante estabilidade provisória de emprego.

Com isso, o juiz determinou sua reintegração.

Após saber informado de sua demissão, o bancário, que é sindicalizado, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo, do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horase das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 / 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE!

O Movimento Sindical, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), enviou um ofício à direção do Banco do Brasil (BB) no dia 19 de setembro, solicitando o abono dos dias de greve para os funcionários e funcionárias que participaram das paralisações em setembro de 2024. A reivindicação foi feita a pedido dos sindicatos filiados à confederação.

Em resposta ao ofício, o Banco do Brasil informou que as ausências registradas durante o movimento grevista, desde que formalizadas antecipadamente ao banco, serão convertidas em horas negativas e inseridas no Banco de Horas, conforme disposto na Cláusula 5ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Essas horas poderão ser compensadas até o dia 31 de dezembro de 2024.

Além disso, o BB comunicou que os funcionários terão a possibilidade de utilizar abonos e folgas, exceto as da Justiça Eleitoral, para compensar essas horas negativas. Os valores referentes aos dias de paralisação que foram descontados, bem como os impactos nos vales-alimentação e refeição, serão devolvidos aos trabalhadores em outubro de 2024.

“Através da intermediação da Contraf, será possível aos bancários e bancárias, mesmo de sindicatos não filiados, a compensação dos dias de greve. Mesmo com o ACT assinado, houve sindicatos filiados em que a base democraticamente decidiu pelo exercício do direito de greve, e a Contraf, suas federações e sindicatos filiados sempre vão defender a liberdade e autonomia dos trabalhadores de exercê-lo. Essa possibilidade de reversão dos descontos e compensação é o reconhecimento de nosso direito constitucional”, disse o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, que é funcionário do banco do Brasil.

“A compensação será facultada aos funcionários das bases da Contraf-CUT que assinarem acordo aditivo junto ao Banco do Brasil”, explicou a coordenadora da Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, Fernanda Lopes.

As paralisações que ocorreram em setembro envolveram trabalhadores em diferentes bases sindicais do país. As mobilizações terminaram após a aprovação do novo acordo de reajuste salarial, válido de agosto de 2024 a agosto de 2026, em assembleias locais.

Fonte: Contraf-CUT

Cerca de 80% dos empregos serão substituídos pela Inteligência Artificial (IA) nas próximas décadas. A avaliação foi divulgada em artigo do bilionário Vinod Khosla, cofundador da Sun Microsystems e investidor da Netscape, Amazon, Google e OpenAI. Em análise, ele completa que o fenômeno não será necessariamente ruim e tem alto potencial de gerar riquezas para todos. Mas isso, se os governos tomarem medidas de regulamentação e a partir de mecanismos que ele mesmo defende, como a renda básica universal e redução da jornada de trabalho semanal.

Caso isso não ocorra, Khosla, que diz estudar tecnologia disruptiva há quatro décadas, aponta que não será possível evitar uma “distopia econômica”, ou seja, o processo de concentração de riqueza e desemprego em massa.

“Khosla fala o que nós temos defendido há bastante tempo: regulação realizada pelo Estado, renda básica e jornada reduzida, de forma que os impactos da tecnologia no mercado de trabalho não resultem no aprofundamento das desigualdades e sim em ganhos sociais para todos e todas”, observa a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Um estudo divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em janeiro, apontou, por outro lado, que a IA irá afetar 40% dos empregos em todo o mundo. Em países como Estados Unidos e Reino Unido, o impacto será maior, entre 60% e 70%. No Brasil, a estimativa da entidade é que 41% dos empregos com alta exposição à Inteligência Artificial serão afetados.

Cenário na categoria bancária

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, entre 2013 e 2023, houve um crescimento de 453% no número de transações por trabalhador bancário: em 2013 cada trabalhador realizava cerca de 78,5 mil transações por ano. Esse número passou para 434,7 mil transações em 2023. Nesse período de dez anos, o número de bancários e bancárias no país reduziu de 511.833 para 427.878.

Uma das maneiras defendidas pelo movimento sindical bancário para que os ganhos com a tecnologia sejam partilhados com os trabalhadores é a redução da jornada de cinco para quatro dias semanais. Proposta menos ousada que a defendida pelo bilionário Vinod Khosla, que fala de uma semana de trabalho de três ou até um dia. “A vida se tornará mais significativa, pois a necessidade de trabalhar 40 horas por semana pode desaparecer em algumas décadas para os países que se adaptarem a essas tecnologias”, acredita.

“Quando nós do movimento sindical bancário começamos a defender a jornada reduzida, há alguns anos, parecia que estávamos defendendo uma proposta surreal. Mas agora essa pauta está se mostrando cada dia mais necessária. Porém, para que a gente consiga, em países emergentes como o Brasil, partilhar dos avanços tecnológicos, reforçamos que a população precisa se unir para cobrar do Estado regulação. Somente com Estado forte será possível garantir um futuro socialmente justo, com mais qualidade de vida para estudar, estar com a família e que resulte também no barateamento dos serviços públicos para todos e todas”, completou.

O Dieese estima ainda que a implementação da jornada de quatro dias semanais, entre os bancários que hoje realizam jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente. “Seriam geradas ainda mais 240 mil vagas, ou 55,5% da quantidade atual, caso a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores que hoje realizam jornada semanal de 30 horas”, completa o economista do Dieese responsável pelos cálculos, Gustavo Cavarzan.

Concentração sem precedentes

Em junho, durante sua participação na 112ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o presidente Lula destacou que nunca no mundo existiram tantos bilionários como na atualidade. “Estamos falando de 3 mil pessoas que detêm quase US$ 15 trilhões em patrimônio. Isso representa a soma dos PIBs do Japão, da Alemanha, da Índia e do Reino Unido”, completou.

Além da renda básica universal e redução da jornada, a taxação de grandes fortunas é outro instrumento defendido por estudiosos para tentar reverter o violento processo de concentração. Um deles é o economista Thomas Piketty, considerado um dos maiores especialistas sobre economia da desigualdade e redistribuição de renda.

A Pesquisa Desigualdade Mundial 2018, que ajudou a coordenar, aponta que a partir dos anos 1980, o setor privado passou a assumir grande parte dos recursos que antes eram de patrimônio público, isso em quase todos os países: ricos ou emergentes. “Enquanto a riqueza nacional aumentou substancialmente, o patrimônio público hoje é negativo ou próximo de zero nos países ricos”, completam os autores da pesquisa que aponta para a necessidade de taxação de grandes fortunas, para a recuperação do patrimônio público, e isso inclui a disponibilidade de serviços essenciais como saúde, educação e, agora, enfrentamento das crises decorrentes das mudanças climáticas.

Já segundo o relatório Desigualdade S.A, produzido pela Oxfam, divulgado neste ano, sete das 10 maiores corporações do mundo têm um bilionário como principal acionista. O mesmo trabalho aponta que a fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo mais que dobrou desde 2020 (passou de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões), ao mesmo tempo em que as quase cinco bilhões de pessoas mais pobres ficaram ainda mais pobres.

“O setor produtivo e os recursos financeiros estão concentrados em uma escala sem precedentes na história da humanidade. Considerando os avanços tecnológicos e, ainda, que apenas cinco grandes empresas de tecnologia no mundo (Amazon, Microsoft, Alibaba, Google e Huawei) detém hoje 81,2% do mercado mundial de infraestrutura de serviços e isso inclui mecanismos de IA que estão e serão implementados, temos um desafio muito grande para evitar a ‘distopia econômica’, ou seja, o processo de concentração de riqueza e desemprego em massa, alertado por Khosla, e isso só será possível com democracias fortes, e democracias fortes só acontecem com Estados fortes e organizações atuantes da sociedade civil organizada”, pontua Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT