Maio 13, 2025
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Imprensa

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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reunirá nos próximos dias com representantes das bases sindicais de todo o país para avaliar e debater o atual cenário de contaminação por Covid-19 e por Influenza entre os funcionários do banco. O objetivo é reforçar as ações para que o banco cumpra sua obrigação de proteger a saúde dos funcionários e dos clientes.

“Estamos recebendo, de todo o país, registros de casos. Na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região já foram confirmados mais de 500 casos de Covid-19 ou Influenza do início do ano até esta quarta-feira (19)”, informou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Esse é o número de trabalhadores que procuraram o sindicato. Portanto, o total de infectados pode ser ainda maior. O banco precisa entender que vidas valem mais que as metas”, completou.

Culpa do banco

O movimento sindical aponta que o aumento exponencial de casos é resultado da irresponsabilidade do BB por ter convocado os funcionários para o retorno ao trabalho presencial, mesmo diante do cenário de pandemia.

“Quando o banco aplicou o cronograma de retorno presencial dos que trabalham em departamentos de prédios comerciais, cumprido até o final de dezembro, desconsiderou completamente as recomendações amplamente divulgadas pelas autoridades de Saúde”, lembrou Fukunaga. “É claro que as festas de final de ano, em razão das confraternizações, têm impactos no aumento de casos, como os especialistas mesmo confirmam. Mas isto, o impacto das festas de final de ano, já era previsto. E, exatamente por esta razão, que o movimento sindical insistiu tanto para que os trabalhadores com comorbidades e os que podem executar suas tarefas em home office fossem mantidos trabalhando em casa”, completou.

Nesta quarta-feira (19), a 28ª Vara do Trabalho de São Paulo condenou o Banco do Brasil a retomar o Manual de Trabalho Presencial vigente até o dia 4 de janeiro e a alocar para o home office todos os empregados que trabalham em departamentos de prédios comerciais. A decisão ocorreu em resposta à tutela de urgência protocolada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região contra o banco.

Cronograma

Nos próximos dias o movimento sindical realizará:

  • Reunião com delegados sindicais para organizar formas de levar o debate aos locais de trabalho;
  • A realização de plenárias junto aos funcionários para discutir a situação atual no BB; e
  • Um Dia de Luta Nacional com o tema “Desplugue-se e lute! A vida vale mais”

“A tentativa de reunião com a Diretoria de Pessoas, as Gepes (Gestão de Pessoas) em seus estados têm se demonstrado infrutífera para os sindicatos que querem proteger vidas. A situação do descaso e o constrangimento de muitos gestores de não conseguirem ter autonomia para fazer e zelar pelas vidas dos funcionários mostra que existe uma política imposta pelo governo federal à direção geral do BB”, avaliou a CEBB em mensagem encaminhada às bases.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências do Banco Santander no último sábado, 22 de janeiro, para conferir e fiscalizar se a instituição financeira estava cumprindo a decisão judicial que impedia o funcionamento das mesmas. Uma verdadeira blitz.

Na sexta-feira (21), o Sindicato obteve uma liminar que impedia o banco de abrir no sábado, dia 22, em todas as localidades que compõem a base do Sindicato.

Participaram da blitz, os diretores: Gentil Ramos, José Laércio, Solange Ribeiro e Dialas Coelho.

Ao longo do percurso, foram identificadas duas agências abertas: uma em São João de Meriti e outra em Queimados. As duas agências paralisaram as atividades com a chegada dos diretores e diretoras do Sindicato.

Atos pelo Brasil

Inúmeros sindicatos dos bancários, espalhados pelo Brasil, conseguiram liminares que proibiam o funcionamento das agências do Santander no sábado, que foi marcado por atos, manifestações, fiscalização e protestos.

A abertura das agências aos sábados, também violaria a legislação trabalhista, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e atropela o processo negocial com a representação dos trabalhadores e ocorre em meio a uma explosão de casos de Covid-19 e da Influenza.

No caso da Baixada Fluminense, caso o banco abrisse no sábado, a multa seria de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) por agência aberta.


Nesta sexta-feira, 21 de janeiro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense obteve uma liminar que impede o Banco Santander de abrir neste próximo sábado, dia 22, em todas as localidades que compõem a base do Sindicato.

Trata-se de uma Ação Civil Pública promovida pelo Sindicato, em resposta à divulgação da campanha “Desendivida”, desenvolvida pelo banco.

A abertura das agências no sábado, também viola a legislação trabalhista, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e atropela o processo negocial com a representação dos trabalhadores e ocorre em meio a uma explosão de casos de Covid-19 e da Influenza.

IMPORTANTE

O Santander já foi notificado. Se alguma agência, na base territorial do sindicato, insistir em não cumprir a decisão da justiça, comunique ao diretor do sindicato que visita a sua região.

O sigilo será garantido. O Sindicato fará diligência nas agências, porém, não terá contingente para visitar todas as agências dos 10 municípios da região.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estará atento e o Banco Santander está sujeito a multa caso não cumpra a liminar.

Entenda

A campanha forçaria o trabalho da categoria aos sábados, em plena pandemia, com início em 22/01/2022, e nos sábados subsequentes, ao arrepio da (i) lei 4178/62 (Art. 1º - Os estabelecimentos de crédito não funcionarão aos sábados, em expediente externo ou interno.), (ii) da CLT (Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.) e da (iii) Convenção Coletiva 2020-2022 FENABAN (Cláusula 11, parágrafo 3º).

Na Ação Civil Pública foi objetivada, em sede liminar e em caráter de urgência, a determinação do juízo para que o Banco Santander se abstivesse de abrir suas agências neste sábado, dia 22/01/2022 e nos sábados subsequentes, sob pena de aplicação de multa.

Em decisão liminar da lavra do Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Nova Iguaçu, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense obteve êxito para que o Banco Santander se abstenha de abrir agências no próximo sábado, 22 de janeiro de 2022, ou em qualquer outro sábado sem justificativa da excepcionalidade, em toda a área abrangida pelo limite territorial do Sindicato, sob pena de pagamento de multa de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) por agência aberta.

Mais uma vitória e conquista dos trabalhadores bancários!

Dados preliminares analisados pelo Dieese mostram que, em 2021, quase metade dos acordos salariais (47,7%) ficou aquém da inflação (INPC-IBGE). Pelos dados disponíveis, é o pior resultado em quatro anos. A variação média dos reajustes foi de -0,86%. Apenas 15,8% dos acordos tiveram ganho real, enquanto 26,6% foram equivalentes à variação da inflação oficial.

O Dieese lembra que os resultados podem ter alterações, porque o Ministério do Trabalho e Previdência deve acrescentar dados. Mas o cenário é negativo. “Na comparação com os anos anteriores, 2021 registrou a menor proporção de reajustes iguais ou acima do INPC-IBGE (52,3%)”, diz o instituto. “É notória também a piora gradativa dos resultados no período.”

Uma característica “marcante” das negociações salariais do ano passado foi o de parcelamento de reajustes. Essa tendência cresceu a partir de março, ao mesmo tempo em que a inflação subia. Nos dois primeiros meses de 2021, apenas 2% dos acordos tiveram parcelamento. Esse número cresceu para 11,3% em março, subiu para 15,8% em outubro e chegou a 26,1% em novembro. “Entre 2018 e 2020, os percentuais de reajustes parcelados não ultrapassaram 3%”, lembra o Dieese.

Inflação cresce

Há um ano, o reajuste necessário para repor a inflação era 5,45%, percentual correspondente à variação do INPC em 12 meses. No último mês de 2021, esse índice havia subido para 10,96%.

Entre os setores de atividade, os acordos na indústria foram os que tiveram mais reajustes com aumento real: 21,5%, ante 15,4% no comércio e 11,5% nos serviços. Assim, em torno de um terço das negociações tiveram reajuste abaixo da inflação na indústria e no comércio, chegando a 60% no setor de serviços.

Confira o boletim do Dieese na íntegra.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e diversas outras entidades representativas da categoria bancária divulgaram, nesta quarta-feira (19), uma carta aberta ao novo presidente do Santander, Mario Roberto Opice Leão, desejando uma boa gestão à frente do banco –não só sob a ótica dos acionistas, mas também de trabalhadores e clientes– e questionando a abertura das agências do banco no próximo sábado (22), para o lançamento do projeto Desendivida.

Na carta, os trabalhadores argumentam que a abertura das agências no sábado viola a legislação trabalhista, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e atropela o processo negocial com a representação dos trabalhadores e ocorre em meio a uma explosão de casos de Covid-19 e da Influenza.

Leia abaixo a carta aberta na íntegra:

Carta aberta ao Sr. Mario Roberto Opice Leão, novo presidente do Santander no Brasil

Nós, trabalhadores do Santander de todo o país, organizados em nossas entidades representativas, viemos a público desejar boas-vindas ao novo presidente do Santander no Brasil, o senhor Mario Roberto Opice Leão, que assumiu o comando do banco em janeiro deste ano.

Esperamos e desejamos que sua gestão seja pautada pela democracia, diálogo e respeito. Que seja uma gestão excelente não só para os acionistas do Santander, mas também para trabalhadores e clientes.

Por outro lado, não podemos deixar de lhe apontar – e até mesmo alertá-lo, uma vez que acaba de assumir a presidência do banco – a justa indignação dos bancários do Santander com relação ao projeto Desendivida.

No último domingo, 16 de janeiro, os trabalhadores do Santander foram surpreendidos com a veiculação de uma peça publicitária, em televisão aberta, que anunciava a abertura das agências no próximo sábado, 22 de janeiro, para o lançamento do projeto Desendivida, que tem como objetivo a renegociação de dívidas.

Ou seja, os trabalhadores do Santander impactados pelo lançamento do projeto foram comunicados pela televisão, em pleno domingo, de que teriam de trabalhar no sábado, renunciando de forma abrupta e compulsória ao convívio familiar e ao lazer, sem o pagamento de horas extras, que serão compensadas.

Um desrespeito por homens e mulheres, pais e mães de família, que constroem os resultados do banco diariamente e fazem do Brasil a operação mais lucrativa do Grupo Santander.

A convocação de bancários para trabalho em agências no sábado – além de violar a legislação trabalhista, a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e atropelar o processo negocial com a representação dos trabalhadores – ocorre em meio a uma explosão de casos de Covid-19 e de Influenza, assim como seu subtipo H3N2.

No último domingo, 16 de janeiro, mesmo dia em que o Santander anunciou o projeto Desendivida em televisão aberta, o Brasil registrou 31.629 novos casos conhecidos de Covid-19. Com isso, a média móvel de casos nos últimos sete dias foi de 69.235, a maior desde o dia 27 de junho de 2021. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +721%, indicando fortíssima tendência de alta nos casos da doença.

É neste cenário que o Santander convoca bancários para trabalharem mais um dia na semana, aumentando a exposição ao vírus.

Elogiamos sim a iniciativa de promover renegociações de dívidas, mas temos plena convicção de que esta ação seria possível de segunda a sexta-feira, em horário normal de atendimento.

Entendemos que a abertura no sábado para o lançamento do projeto trata-se de mero marketing, que desrespeita direitos dos bancários impactados e também ignora de forma irresponsável a pandemia que assola o país e o mundo.

É absurdo que o Santander privilegie uma ação de marketing em detrimento da saúde e da vida de seus funcionários.

Respeitosamente, questionamos o novo presidente do Santander, Mario Roberto Opice Leão, se realmente é desta forma que ele gostaria de iniciar sua gestão à frente do banco?

Por fim, reivindicamos que o Santander, na pessoa do seu novo presidente no Brasil, abra com urgência uma negociação com a representação dos trabalhadores e reveja o quanto antes a iniciativa de abrir as agências no sábado para o lançamento do projeto Desendivida.

Nós, trabalhadores do Santander, merecemos respeito.

Assinam esta carta:

Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região
Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro
Contraf-CUT/SP
Fetec-CUT/SP
Fetec-CUT/SP
Federa-CUT/RJ
Feeb SP/MS
Feeb BA/SE
Demais federações cutistas
Afubesp

Fonte: Contraf-CUT

auxílio-gás, que começou a ser pago ontem (18) pelo governo federal, no valor de R$ 52, deve ter pouco impacto no poder de compra das famílias mais pobres. E, de acordo com o Dieese, o preço do botijão deve continuar aumentando ao longo deste ano. Na coluna da entidade no Jornal Brasil Atual, a supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, alerta que a medida é insuficiente para amenizar a alta de 30% do produto no ano passado e também diante da permanência da inflação em patamares elevados em 2022. 

De acordo com a supervisora, o mais efetivo seria o governo interferir no controle de tarifas básicas. “A Petrobras subsidiava o gás por considerar botijão um bem essencial para as famílias. Antes, a companhia absorvia esses aumentos de forma que o consumidor passou vários anos sem ter o reajuste do preço do gás. Mas, agora, para compensar os lucros dos acionistas, o governo dá R$ 26 por mês como um vale-gás. O que não vai resolver em nada a situação, porque o gás continuará aumentando. E, provavelmente, o aumento que teremos será quase que semelhante à metade desse valor pago”, pontua, em entrevista a Glauco Faria.

Inflação sobre os mais pobres

Dados divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforçam que as classes mais baixas acabam arcando mais com os custos da inflação, como já era evidente em itens da cesta básica de alimentos e outros custos, como energia elétrica e o gás de botijão. Já as classes de renda mais alta, segundo o Ipea, foram as que menos sentiram os efeitos da alta nos preços no ano passado, com inflação abaixo dos 10%.

O indicador Ipea de inflação por faixa de renda também apresentou desaceleração na passagem de novembro para dezembro. Mas a única exceção foi justamente a inflação para as famílias de renda muito baixa. Nesse caso, a taxa avançou de 0,65% para 0,74% no período. Os reajustes das carnes (1,04%), frutas (8,6%) e óleos e gorduras (2,2%) foram também os que mais pesaram no bolso dos mais pobres. 

“É uma questão da escolha política mesmo que se faz. O governo (Bolsonaro) vem escolhendo dar um vale, em vez de mexer em uma política que poderia beneficiar milhares e milhares de famílias. Isso dá o exemplo de como será 2022. Quer dizer, vamos continuar com o aumento do gás, da energia elétrica e com a exportação de alimentos básicos sem que internamente se tenha uma solução com crescimento econômico, aumento e distribuição de renda e com melhora da vida dos brasileiros”, finaliza Patrícia. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A 28ª Vara do Trabalho em São Paulo determinou hoje (19), em caráter de tutela antecipada, que funcionários do Banco do Brasil lotados em prédios administrativos ou departamentos, que não lidem com atendimento ao público, sejam recolocados em home office imediatamente. A decisão, da juíza Ana Cristina Magalhães Fontes Guedes, foi uma resposta à ação de autoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Na decisão, a juíza também determina que o Banco do Brasil volte a adotar o protocolo de segurança que previa o fechamento de uma dependência do banco (agências ou departamentos) para sanitização quando algum trabalhador tivesse testado positivo para covid-19. O BB havia alterado, no dia 4 de janeiro, sem qualquer negociação com o Sindicato, seu Manual do Trabalho Presencial (o protocolo de segurança contra covid), retirando do manual esta medida, que é fundamental para deter as contaminações entre trabalhadores e clientes da instituição financeira.

A decisão prevê ainda multa diária de R$ 50 mil caso, em até 48h, o banco descumpra alguma das determinações. A importância deve ser destinada ao Instituto Butantan, por ser, segundo o texto da juíza, a “instituição vinculada à Secretaria de Saúde de São Paulo e responsável pela pesquisa e produção de vacinas no Estado de São Paulo.”

Fonte: Rede Brasil Atual

O Santander decidiu abrir suas três mil agências em todo o Brasil, no próximo sábado (22), das 10h às 14h, sem qualquer negociação com a representação sindical dos trabalhadores. O banco se limitou a fazer uma ligação para a representação dos trabalhadores para informar sobre a decisão que já havia sido tomada, sem abrir possibilidades de negociações.

“É importante que haja negociação antes da comunicação oficial, espaço para colocar a posição do trabalhador, as condições de trabalho, as dificuldades impostas pela abertura num sábado, mas o Santander insiste na postura antissindical e antitrabalhador”, criticou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Foram convocados para o trabalho no sábado os gerentes de negócios e serviços (GNS) de 8 horas; gerentes gerais; e gerentes PJ, PF e Van Gogh. Não trabalharão caixas, GNS de 6 horas e demais cargos não descritos acima.

>>>>> Em carta aberta, funcionários questionam presidente do Santander sobre abertura de agências no sábado

Sem pagar horas-extras

O banco negou o pagamento de horas extras alegando dificuldades sistêmicas para tal. Os bancários que trabalharem no dia 22 terão direito a folgar uma hora e meia para cada hora trabalhada. A compensação se dará na semana seguinte e não nos seis meses praticados por meio da Política Interna de Compensação de Horas, que não foi negociada com o movimento sindical.

“Além de convocar para trabalhar em um sábado, durante a pandemia, o banco ainda se nega a pagar horas extras”, denunciou a coordenadora da COE/Santander. “Para abrir uma agência no sábado, o banco precisa fazer alterações sistêmicas e logísticas complexas e tudo isso foi feito em tempo recorde, mas quando se trata de beneficiar os funcionários, o banco sempre tem uma enorme dificuldade. Isso só aumenta a indignação dos trabalhadores”, completou.

Endividamento é culpa dos bancos

O banco alega que a inadimplência está alta e numa crescente, o que tem levado muitos clientes a serem negativados, e, por conta disto, ficarem sem crédito no mercado, num momento crítico de desemprego agravado pela crise econômica e sanitária no país.

Para Lucimara, não adianta o banco fazer marketing para tentar se mostrar como “bonzinho”, como uma instituição preocupada com endividamento do brasileiro, mas, na prática, contribuir para a situação de crise econômica e financeira do país.

“O Santander e o sistema financeiro de forma geral têm grande parcela de responsabilidade pelo endividamento da população e pela crise econômica e financeira no país, tendo em vista as tarifas e juros praticados e pelo direcionamento e segmentação do crédito apenas para públicos que despertam seu interesse por lucros”, criticou a coordenadora da COE/Santander.

“Se o banco quer reduzir a inadimplência e a pobreza no país deve gerar empregos e parar as demissões; reduzir juros e tarifas; interromper a terceirização; deixar de apoiar projetos de leis que retiram direitos e reduzem a massa salarial da população; e incentivar o crédito para pequenas e médias empresas; além de oferecer crédito responsável para os clientes”, completou.

Agravamento da pandemia

O país vive o agravamento da pandemia do coronavírus, junto com um surto de Influenza (H3N2), o que tem causado aumento nas contaminações nas agências e prédios e prejudicado os bancários.

Nesta situação específica, há uma questão social colocada: a campanha Desendivida pode ajudar milhares de clientes que já estão sem crédito ou prestes a negativarem, num momento em que mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas e sem perspectivas de retornarem ao mercado de trabalho.

“Há formas mais eficazes para ajudar a população, uma delas é contratar bancários para que possam atender a demanda de segunda a sexta, das 10h às 16h”, sugeriu Lucimara.

Os sindicatos constataram uma grande indignação dos trabalhadores em trabalharem no sábado, em meio a um momento crítico da pandemia de Covid-19 e do surto de influenza. Além disto, ao longo da pandemia, o Santander tem exposto bancários ao trabalho presencial, mantido protocolos frágeis contra Covid-19 e intensificado a terceirização que, na prática, significa retirada de direitos.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região está fazendo uma pesquisa para aferir a insatisfação dos bancários. Participe!

Fonte: Redação SPBancários, com edições da Contraf-CUT

2022 mal começou e o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense já conseguiu a reintegração de mais uma trabalhadora bancária.

Nesta quarta-feira, 19 de janeiro, a bancária Juliana Casimiro de Souza Peluso foi reintegrada na agência de Heliópolis, localizada em Belford Roxo.

A reintegração foi acompanhada pelos diretores do Sindicato: Dialas Coelho e Martins.

A funcionária, que tinha quase dez anos de serviços prestados na instituição financeira, havia sido desligada em junho de 2021, em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

"Fui muito bem atendida no Sindicato. Me senti acolhida num dos piores momentos de minha vida. Queria agradecer pelo trabalho feito, pelo resultado e pelo profissionalismo. Em especial ao Rubio, Dialas e ao advogado, Luiz Paulo. Também quero dizer aos meus colegas bancários e bancárias: procurem o Sindicato. Ele é muito importante para nós, trabalhadores", relatou e agradeceu a bancária.

IMPORTANTE

Juliana é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

 
 
 

No final do ano passado, sindicatos, empresários e o governo da Espanha fecharam um acordo para revogar a reforma trabalhista aprovada em 2012. Naquele país, um decreto presidencial com as mudanças já está em vigor, mas ainda precisam ser aprovadas definitivamente no Parlamento. Após uma década, a reforma resultou na precarização do mercado de trabalho espanhol, com aumento da informalidade. O aumento dos contratos temporários levou à estagnação nos salários. Agora houve uma “correção de rumos”, de acordo com sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese. Nesse sentido, a experiência espanhola também serviu para colocar o resgate dos direitos trabalhistas no centro da discussão no Brasil.

Dessa maneira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica que deve adotar caminho semelhante por aqui, em um eventual novo governo. Na semana passada, junto com representantes de seis centrais sindicais brasileiras, Lula teve um encontro virtual com os espanhóis, principalmente para detalhar as mudanças que vem ocorrendo naquele país.

“O que ocorreu na Espanha é um acordo inédito de recuperação de direitos trabalhistas”, destacou a economista e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp) Marilane Teixeira. Clemente e Marilane participaram, nessa segunda-feira (17), de um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo, traçando um paralelo entre as experiências brasileira e espanhola. Ambos apontaram inúmeras similaridades.

No Brasil, destruição

No Brasil, em 2017, a “reforma” trabalhista realizada durante o governo Temer, alterou mais de 200 dispositivos da legislação trabalhista. Como na Espanha, a promessa era que milhões de postos de trabalho seriam criados nos anos seguintes. O que também não aconteceu. Dentre as principais inovações, formas precárias de contratação, como o contrato temporário. Além disso, as empresas também passaram a poder negociar diretamente com os trabalhadores, sem a intermediação dos sindicatos.

“A reforma brasileira, ela foi grandemente inspirada pela reforma espanhola. Tanto em relação à prevalência dos acordos das empresas sobre os acordos por categoria, como também na questão do fim da ultratividade”, disse Marilane.

Essas formas precárias de contratação, segundo ela, serviram apenas para aproximar a formalidade da informalidade. “Os dados, no entanto, mostraram que, de 2017 para cá, o que mais cresceu foi o trabalho por conta própria e o trabalho informal. O que não tem nada a ver com essas novas formas de contratação.”

Na Espanha, valorização do emprego

Os especialistas destacaram a valorização do emprego como eixo central da iniciativa espanhola. Contratos com prazo indeterminado passarão ter prevalência sobre os temporários. Assim, os espanhóis pretendem limitar os contratos de curta duração a casos específicos, como na substituição temporária dos trabalhadores, afastados por questões de saúde, por exemplo. Com duração, até mesmo, de dias, eram formas “aviltantes” de contratação, segundo Clemente. Um dos objetivos era eliminar as responsabilidades das empresas do descanso remunerado aos finais de semana.

Com efeito, o foco agora está colocado na criação de empregos de qualidade. E, acima de tudo, na garantia de estabilidade para os trabalhadores espanhóis. “Além de ter o emprego, é preciso ter segurança de que você não vai perde-lo daqui dois ou três meses”, ressaltou Marilane. O que a reforma trabalhista acarretou no Brasil, segundo ela, foi justamente o contrário.

Para Clemente, os sindicatos espanhóis também saíram valorizados com o novo acordo. Ele afirmou, assim, que as negociações coletivas passaram a serem vistas como forma de garantir a repartição dos ganhos de produtividade entre capital e trabalho. Dessa maneira, ele acredita que a massa salarial entre os espanhóis deve aumentar nos próximos anos. Do mesmo modo, em função do aumento do poder de compra dos trabalhadores, os empresários devem ampliar os investimentos.

“O que anima o investimento para ampliar sua capacidade produtiva é a certeza de que a demanda na sociedade crescerá. Essa certeza se dá se, ao olhar para o futuro, a sociedade identifica que a qualidade dos empregos e do crescimento dos salários faz parte de um projeto de desenvolvimento”, explicou.

Fonte: Rede Brasil Atual