Dezembro 15, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) firmaram um acordo para encerrar a ação civil pública que questionava a forma de recolhimento de contribuições pessoais devidas à Caixa de Assistência, referentes a verbas remuneratórias recebidas em reclamatórias e acordos trabalhistas, judiciais e extrajudiciais.

Em primeira instância, a Justiça havia reconhecido a legitimidade da cobrança pela Cassi, mas determinou regras para assegurar transparência, como a apresentação detalhada do cálculo do valor devido a cada associado, a exclusão de juros de mora e a proibição de cancelamento ou suspensão de planos de saúde em razão da inadimplência, até que o associado tivesse oportunidade de contestar os valores ou aderir às formas de pagamento.

As partes recorreram, mas optaram por construir uma proposta conciliatória e encerrar o processo. O acordo estabelece condições específicas para a regularização das contribuições devidas.

“Diante da nova proposta nos autos, que extingue o processo, nós orientamos que os trabalhadores busquem a Cassi para a adesão à proposta ou busquem uma solução individualizada, através dos canais Fale.com e 0800 da Cassi”, afirmou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr.

“A direção da Cassi manteve o canal de negociação aberto, o que foi importante para a gente colocar nosso ponto de vista e conseguir pactuar uma nova proposta que observa o limite de comprometimento da renda e dá aos colegas uma nova oportunidade de realizar o pagamento das contribuições”, completou.

Regras gerais

•             Isenção de juros e multa para pagamento à vista ou da primeira parcela até 20 de novembro de 2025, desde que o acordo seja formalizado até 31 de outubro de 2025;
•             Atualização do valor da contribuição pelo INPC acumulado até setembro de 2025.

Pagamento à vista

Desconto de 5% sobre o valor devido, para acordos firmados até 31 de outubro de 2025, com pagamento integral até 20 de novembro de 2025.

Pagamento parcelado

•             Contribuição atualizada pelo INPC até setembro de 2025, sem incidência de juros;
•             Parcela mínima de R$ 150,00;
•             Parcelamento em até 6 vezes sem atualização monetária;
•             Para parcelamentos acima de 6 vezes, saldo atualizado pela tabela Price, com encargo reduzido de 0,5% ao mês;
•             Possibilidade de pagamento em até 72 parcelas mensais, respeitado o valor mínimo por parcela e assegurando o abatimento proporcional da contribuição mensal da Cassi;
•             Possibilidade de extensão do prazo acima de 72 meses, caso a parcela supere 7,5% do salário do associado.

Além disso, as partes se comprometeram a dar ampla divulgação ao acordo em até dois dias úteis após a homologação judicial, e a Cassi deverá indicar individualmente a cada associado os valores devidos, corrigindo eventuais inconsistências.

“É muito importante este tipo de negociação, pois afasta uma possível decisão judicial. A solução negociada sempre é melhor do que uma imposição da Justiça. A direção da Cassi ainda se comprometeu a disponibilizar seus canais de atendimento para esclarecer individualmente os colegas e buscar a melhor solução para cada um”, concluiu Gustavo.

Por fim, foi requerida à Justiça a homologação do acordo, com a extinção do processo com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso III, alínea “b”, do Código de Processo Civil, e a dispensa de custas e honorários advocatícios.

Fonte: Contraf-CUT

 

Dois acordos coletivos de trabalho que trazem benefícios aos empregados do BNDES foram firmados nesta segunda-feira (29). “São dois acordos importantes para o pessoal do BNDES. Um deles é um aditivo à CCT da categoria, que estende aos funcionários do BNDES um direito que toda a categoria tem, que é a complementação salarial quando uma pessoa está afastada para tratamento de saúde. O outro é o Acordo de Jornada de Trabalho, que regulariza o trabalho remoto, permitindo que se trabalhe dois dias na semana em home office”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

“O que vemos hoje aqui é a valorização da negociação coletiva, que foi atacada em período recente. Agora estamos retomando a importância da mesa de negociações e a valorização dos funcionários, que são essenciais para os bons resultados que o banco vem obtendo”, completou Juvandia, que também é vice-presidenta da CUT.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o banco obteve o segundo melhor resultado de todo o sistema financeiro, com a menor inadimplência. “É um banco muito mais produtivo que qualquer outro banco, sob qualquer critério que você possa analisar. E quem faz o banco não é dinheiro, são os recursos humanos, são os trabalhadores, são os funcionários”, disse.

“Este é um processo que a gente considera como vitorioso. Foi mais uma etapa de conquista de direitos para os empregados do BNDES”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e Região, José Ferreira. “Podem contar sempre com a gente para a luta em defesa e de conquista de direitos”, completou.

Os acordos

Para o presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Jorge Fernando Schettini, os dois acordos assinados nesta segunda-feira (29) representam avanços em questões fundamentais para os empregados do BNDES.

“O AJT (Acordo de Jornada de Trabalho) é a confirmação da possibilidade de trabalho híbrido, com dois dias em home office, que pacifica o que já vem acontecendo hoje”, observou. “É uma conquista para os empregados, que gostam desta modalidade de trabalho, que cada vez mais vem mostrando sua efetividade, com entrega pelos empregados. E, para o banco também é bom, pois há grande produtividade e isso contribui para a melhora dos resultados”, completou.

Com a assinatura do AJT, o trabalho remoto no BNDES está garantido por mais dois anos, até o término da vigência do acordo.

“Muitas empresas estão retornando ao presencial. Por isso, este acordo, que possibilita o home office, da mesma forma como é hoje, por mais dois anos precisa ser muito valorizado”, completou.

Complementação salarial

O outro acordo assinado na tarde desta segunda-feira é um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (ACT) da categoria bancária. “Trata-se da adesão do BNDES à cláusula 29 da CCT dos bancários. Com isso, agora o banco fará a complementação salarial do valor pago pelo INSS para os novos empregados que se afastarem para tratamento de saúde”, disse Schettini, ao acrescentar que para os empregados com mais tempo de trabalho no BNDES esta complementação já é feita da Fundação de Assistência e Previdência Social (Fapes) do BNDES.

“Poucos empregados não tinham a complementação pela Fapes. Eram feitos seguros para isso. Mas, com o novo concurso, em breve serão mais 600. Então, essa adesão à cláusula 29 da CCT da categoria vai garantir a complementação para todos estes novos empregados”, explicou o presidente da AFBNDES.

Fonte: Contraf-CUT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta segunda-feira (29), na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM), lei que aumenta a licença maternidade. A licença-maternidade de 120 dias passa a contar a partir da alta hospitalar da mãe e do bebê, caso a internação ultrapasse dois meses.

“A sanção desta lei representa uma vitória concreta para as mulheres e para a saúde das famílias brasileiras. O prolongamento da licença-maternidade em casos de internação hospitalar é uma medida que garante dignidade e justiça social, reconhecendo as dificuldades que muitas mães enfrentam no início da vida de seus filhos”, afirma o conselheiro federal Renné Costa, coordenador da Câmara Técnica de Saúde da Mulher do Conselho Federal de Enfermagem.

“Avançar em políticas que conciliam saúde, trabalho e maternidade é essencial para reduzir desigualdades históricas. É um passo importante em defesa da vida, da equidade e da cidadania das mulheres”, avalia o enfermeiro.

A extensão também vale para o salário-maternidade. Normalmente, a licença de até 120 dias começa quando a mulher se afasta do trabalho, entre o 28º dia antes da data provável do parto e o momento do nascimento do bebê.  Segundo o texto aprovado pelo Congresso, será possível prorrogar a licença quando a internação hospitalar superar o prazo de duas semanas. Será necessário comprovar que a internação tem relação com o parto.

5º Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

A lei foi assinada na abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (CNPM). Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, a 5ª conferência nacional acontece em Brasília, até quarta, 1º/10. 

Na abertura da Conferência, acompanhado por nove das dez ministras mulheres, da primeira-dama, congressistas e de integrantes de movimentos sociais, Lula exaltou a participação das mulheres na defesa da democracia. “O autoritarismo não apenas odeia, ele teme as mulheres”, afirmou o presidente. Lula finalizou seu discurso com homenagem a Marielle  Franco, vereadora do PSOL morta a tiros em 2018, no Rio de Janeiro.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

Através dos diretores Roberto Domingos, Elizabeth Paradela, Ricardo Sá e Fernando Correia, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou, no último sábado (27/9), do segundo módulo do Curso de Formação Sindical, em Itaperuna.

O evento, realizado pelo Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região, também contou com representantes dos Sindicatos dos Bancários do Espírito Santo, Baixada Fluminense, Macaé e Nova Friburgo, num total de 36 participantes.

O curso é oferecido pelas Secretarias de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), representada por Eliana Brasil e pelo Profº José Luiz, e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representada por Elizabeth Paradela.

O Presidente da Fetraf RJ/ES, Nilton Esperança, esteve representado pelo Secretário Geral, Cláudio Merçon (Cacau).

Eliana e José Luiz levaram e debateram conteúdos que reforçam o compromisso com os trabalhadores.

O segundo módulo, direcionado aos dirigentes sindicais da base da Fetraf RJ/ES, é fundamental para se conhecer mais sobre a história do movimento sindical e essencial para o trabalho de todos os diretores no relacionamento com a base, fortalecendo sua atuação.



De 29 de setembro a 1º de outubro de 2025, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF), ocorre a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM).

O evento, que contou com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, na abertura, é um amplo processo democrático e participativo promovido pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em parceria com os entes federativos e a sociedade civil.

Renata Soeiro, Coordenadora do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, está participando e representando a entidade na conferência.

O EVENTO

Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”, a 5ª CNPM promove a escuta ativa e a representação plural de mulheres. 

Em todo o Brasil já foram realizadas as conferências preparatórias nas modalidades Livres, Municipais, Regionais, Distrital e Estaduais. Milhares de propostas foram apresentadas nessas etapas.

Os encontros mobilizaram milhares de mulheres, presencialmente e de forma remota, reforçando o compromisso do Governo Federal em garantir espaços de diálogo democrático e participativo para a construção das políticas para as mulheres.

O objetivo da etapa nacional é consolidar as recomendações vindas de todas as regiões do país, assegurando que a 5ª CNPM seja um marco na formulação de políticas públicas que promovam mais democracia, mais igualdade e mais conquistas para todas.

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O Bradesco confirmou as datas de crédito dos benefícios previstos no Acordo Coletivo de Trabalho da categoria bancária. No próximo dia 13 de outubro, o banco fará o pagamento da 13ª cesta alimentação e das diferenças referentes ao reajuste dos tickets.

Além disso, em 30 de setembro serão pagos a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) proporcional e o supera, para os trabalhadores e trabalhadoras elegíveis desligados.

Essas conquistas são resultado da mobilização da categoria bancária e da negociação coletiva conduzida pelo movimento sindical.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 25 de setembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizou um ato na agência 4162 (Nilo Peçanha) da Caixa Econômica Federal.
 
A manifestação teve como objetivo esclarecer o andamento das negociações sobre o Saúde Caixa e outras pautas relevantes sobre os direitos dos trabalhadores. E, também, manter as empregadas e empregados informados e mobilizados, sobre estes temas.
 
Pelo Sindicato, estiveram presentes os diretores Pedro Batista, Renata Soeiro, Gentil Ramos, Newton França e Fernando Correia de Sá, funcionário do banco e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal.
 
 
ENTENDA

Após grande mobilização nacional em defesa do Saúde Caixa, como o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco voltaram a se reunir para mais uma mesa de negociação sobre o plano de saúde e outros temas relevantes sobre os direitos dos trabalhadores. 

O encontro, realizado presencialmente em Brasília (DF), teve como foco o cenário atual do plano, os desafios para sua sustentabilidade e a cobrança por uma proposta concreta por parte do banco, que, até o momento, não apresentou nenhuma para resolver o impasse. 

Os representantes dos empregados reafirmaram que não aceitarão propostas que alterem os princípios do plano, como solidariedade, mutualismo e pacto geracional, e cobraram que a Caixa retome a proporção histórica de financiamento 70/30, bem como um aporte imediato do banco para garantir reajuste zero em 2025.

Após finalmente ter acesso aos dados, a empresa atuarial contratada pela representação dos empregados apontou cenários atuariais onde o aumento da participação da Caixa para 70%, mantido a premissa de não reajuste para os empregados, o plano voltaria a apresentar superávits nos anos de 2026 e 2027. Dados compilados pela Comissão Executiva dos Empregados mostram que, o modelo de custeio atualmente vigente é insustentável a longo prazo. Por outro lado, se a Caixa tivesse preservado o modelo 70/30 nos últimos três anos, o plano teria se mantido equilibrado e registrado superávits. 

Na reunião, a Caixa voltou a expor dados atuariais que apontam o envelhecimento acelerado da população atendida pelo plano. Segundo a Caixa, atualmente, quase 30% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual que pode chegar a 40% até 2030, além do crescimento contínuo das despesas assistenciais. 

Ainda de acordo com os representantes do banco, a combinação desses fatores, aliada ao modelo de custeio vigente, gera riscos de seleção adversa e déficits crescentes nos próximos anos. A instituição reiterou medidas já implementadas, como auditoria e segunda opinião em procedimentos de alto valor, fortalecimento da telemedicina, credenciamento direto de materiais e fornecimento direto de medicamentos oncológicos, ações que, segundo a apresentação, já resultaram em economia expressiva.

Outra reivindicação apresentada ao banco foi com relação à extensão do Saúde Caixa depois da aposentadoria aos admitidos pós-2018.

A Caixa ficou de apresentar proposta sobre o Saúde Caixa em até, no máximo, 15 dias, em nova rodada de negociação.

Mais informações

Dirigentes seguem reunidos avaliando a mesa sobre condições de trabalho (garantias para caixas e tesoureiros, PLR, home office, fechamento de agências, SuperCaixa) e os próximos passos de mobilização.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

O movimento sindical bancário e representantes da Fenaban se reuniram na tarde desta quarta-feira (24) para analisar o 4º Censo da Diversidade no setor bancário. A pesquisa será conduzida pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) e poderá ser respondida por link ou QR Code, garantindo segurança e facilidade de acesso. Cada banco recebeu seu próprio link e QR Code, combinados previamente para facilitar a participação dos trabalhadores, e deve divulgá-los internamente.

Ao todo, 35 bancos aderiram à pesquisa (veja a lista abaixo), contemplando todos os empregados CLT ativos até 31 de agosto, além de estagiários e aprendizes em alguns casos, totalizando cerca de 405 mil trabalhadores e 5 mil estagiários/aprendizes. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), essa base representa 93% da força de trabalho do setor.

O Censo da Diversidade foi uma conquista da Campanha Nacional 2024 e está garantido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na Cláusula 136. Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, “a partir deste levantamento, é possível diagnosticar o perfil da categoria bancária e, assim, desenvolver, de forma mais eficiente, as nossas reivindicações nas mesas de negociação com os bancos. O censo, portanto, é um instrumento fundamental na luta por igualdade de oportunidades na categoria bancária”.

Os censos anteriores foram realizados em 2008, 2014 e 2019. Fernanda Lopes, secretária da Mulher da Contraf-CUT, destaca que essas pesquisas permitiram comprovar desigualdades salariais e de oportunidades para mulheres, negros e negras, pessoas com deficiência (PCDs) e pessoas da comunidade LGBTQIA+.

A divulgação dos resultados do 4º Censo da Diversidade está prevista para fevereiro de 2026. Para mais informações ou para tirar dúvidas, os trabalhadores podem acessar o site: censo.diversidade.org.br.

 

Confira os bancos participantes:

  1.  
  • BANCO GM
  • BANESE
  • BANESTES
  • BANPARÁ
  • BANRISUL
  • BASA
  • BB
  • BMG
  • BNB
  • BNDES
  • BNP PARIBAS
  • BOC BRASIL
  • BRADESCO
  • BRB
  • BS2
  • BV
  • C6 BANK
  • CAIXA
  • CREDIT AGRICOLE
  • DAYCOVAL
  • DESENVOLVE SP
  • FIBRA
  • ITAÚ-UNIBANCO
  • MERCANTIL
  • MIZUHO
  • MOBILIZE
  • PARANÁ BANCO
  • PINE
  • RABOBANK
  • RENDIMENTO
  • SAFRA
  • SANTANDER
  • SCANIA BANCO
  • TRAVELEX
  • TRIBANCO

Fonte: Contraf-CUT

Texto: Raquel Coelho / Fenae
 

Na semana em que foi realizada grande mobilização nacional em defesa do Saúde Caixa, como o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco voltaram a se reunir nesta sexta-feira (19), para mais uma mesa de negociação sobre o plano de saúde e outros temas relevantes sobre os direitos dos trabalhadores. 

O encontro, realizado presencialmente em Brasília (DF), teve como foco o cenário atual do plano, os desafios para sua sustentabilidade e a cobrança por uma proposta concreta por parte do banco, que, até o momento, não apresentou nenhuma para resolver o impasse. 

Os representantes dos empregados reafirmaram que não aceitarão propostas que alterem os princípios do plano, como solidariedade, mutualismo e pacto geracional, e cobraram que a Caixa retome a proporção histórica de financiamento 70/30, bem como um aporte imediato do banco para garantir reajuste zero em 2025.

“Aproveito aqui para destacar os resultados positivos do balanço do banco, apresentados nesta semana, que reforçam a necessidade de valorização dos empregados. Nossa defesa é pelo reajuste zero, pelo efetivo cumprimento do modelo 70/30 e pelo aumento da participação da Caixa no aporte ao Saúde Caixa. Queremos que a Caixa contribua mais, e reforçamos nossa proposta de reajuste zero. Seguimos aguardando a apresentação de uma proposta concreta”, afirmou Felipe Pacheco, coordenador da CEE/Caixa. 

Após finalmente ter acesso aos dados, a empresa atuarial contratada pela representação dos empregados apontou cenários atuariais onde o aumento da participação da Caixa para 70%, mantido a premissa de não reajuste para os empregados, o plano voltaria a apresentar superávits nos anos de 2026 e 2027. Dados compilados pela Comissão Executiva dos Empregados mostram que, o modelo de custeio atualmente vigente é insustentável a longo prazo. Por outro lado, se a Caixa tivesse preservado o modelo 70/30 nos últimos três anos, o plano teria se mantido equilibrado e registrado superávits. 

Na reunião, a Caixa voltou a expor dados atuariais que apontam o envelhecimento acelerado da população atendida pelo plano. Segundo a Caixa, atualmente, quase 30% dos beneficiários têm mais de 59 anos, percentual que pode chegar a 40% até 2030, além do crescimento contínuo das despesas assistenciais. 

Ainda de acordo com os representantes do banco, a combinação desses fatores, aliada ao modelo de custeio vigente, gera riscos de seleção adversa e déficits crescentes nos próximos anos. A instituição reiterou medidas já implementadas, como auditoria e segunda opinião em procedimentos de alto valor, fortalecimento da telemedicina, credenciamento direto de materiais e fornecimento direto de medicamentos oncológicos, ações que, segundo a apresentação, já resultaram em economia expressiva.

“Nós não abriremos mão das nossas conquistas, principalmente em relação às premissas do Saúde Caixa, como o pacto intergeracional, que é um direito conquistado por nós, empregados e empregadas da Caixa”, afirma Cardoso, vice-presidente da Fenae e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG).

Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT, diretor da Fenae e membro da Comissão, declarou: “Vivemos um momento pesado no país, tudo está em disputa. Queremos harmonia e negociação. O respeito entre empresa, empregados e representação é fundamental, e o diálogo precisa acontecer. Estamos em setembro, nossa data-base, e viemos com expectativa de proposta. Nosso pleito é claro: reajuste zero, retirada do teto 6,5% e retorno da contribuição 70/30”. 

“Registro a decepção dos nossos colegas que aguardavam uma proposta hoje. Essa já é a terceira mesa de negociação e a Caixa ainda não apresentou nenhuma proposta, apenas projeções que só oneram os empregados”, declarou Luiza Hansen, representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “A representação dos empregados insiste que qualquer revisão do plano deve garantir a manutenção dos direitos conquistados, sem onerar ainda mais os trabalhadores. Reforço aqui que é imprescindível o aporte do banco para viabilizar o reajuste zero e a volta do modelo 70/30”, completou Chay Cândida, representante da Fetrafi/NE.

Outra reivindicação apresentada ao banco por Edson Heemann, representante da Fetrafi/SC e Sindicato dos Bancários de Blumenau, foi com relação à extensão do Saúde Caixa depois da aposentadoria aos admitidos pós-2018. “É fundamental garantir igualdade de tratamento para todos os empregados da Caixa. A gente lembra que, lá em 2020, só com muita pressão conseguimos incluir os colegas admitidos depois de 2018 no Saúde Caixa. Mesmo assim, o banco continua se negando a contribuir com sua parte quando esses trabalhadores se aposentam, obrigando-os a arcar com 100% do custo do plano se quiserem mantê-lo. Isso cria, na prática, duas categorias dentro do banco. Não há mais impedimento legal para estender o Saúde Caixa na aposentadoria aos pós-2018, trata-se de uma questão de justiça e respeito com mais de 14 mil colegas que ajudaram a construir o banco e merecem os mesmos direitos dos admitidos antes daquele ano”.

A Caixa ficou de apresentar proposta sobre o Saúde Caixa em até, no máximo, 15 dias, em nova rodada de negociação.

Na próxima semana (22 a 26 de setembro), as entidades de representação sindical devem manter as atividades nas nas suas respectivas bases, para manter as empregadas e empregados informados e mobilizados sobre as negociações com a Caixa para renovação do ACT específico do Saúde Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

Ainda durante a mesa de negociação entre a Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e representantes do banco, realizada na última sexta-feira (19), em Brasília (DF), foram debatidos outros temas de interesse na defesa dos direitos dos empregados da Caixa. O primeiro tema em debate na parte da tarde foi sobre o fechamento de agências. Os integrantes da CEE/Caixa demonstraram grande preocupação em relação ao assunto, com destaque para as transformações em agências digitais.

“Os clientes ficam desassistidos, tendo que se deslocar por quilômetros para serem atendidos. Tem aposentado que não tem outro lugar para sacar benefício. É um total descuido com as pessoas. A Caixa não é só um banco para dar lucro, ela tem uma função social muito forte. E, mesmo assim, quando a gente olha os dados, vê que uma parte enorme dos clientes ainda quer e precisa do atendimento presencial. Mas estão cortando isso sem olhar para o impacto”, disse Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS).

“Todas essas mudanças nas agências, toda essa transição tecnológica impacta fortemente a vida das pessoas. Quando a Caixa deixa de cumprir seu papel social, ela não apenas perde sua razão de existir, mas corre o risco de se descaracterizar”, complementa Cardoso, vice-presidente da Fenae e representante da Fetrafi/MG.

Rogério Campanate, representante da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), ressaltou a necessidade de as mudanças serem negociadas com a representação dos trabalhadores para sejam mais efetivas.

“Se a empresa quer realmente ser ágil e eficiente, precisa mudar também a forma de enxergar e valorizar seus trabalhadores. Precisa ouvir a gente, incluir a gente nas decisões, respeitar as pessoas e garantir condições dignas de trabalho. Sem isso, nenhum sistema ou método novo vai dar certo”, enfatizou.

De acordo com Rafael de Castro, diretor da Contraf-CUT e diretor da Fenae, a Caixa deixou claro que o fechamento de agências precisou ser revertido, o que evidencia a desorganização de medidas tomadas sem debate. Por isso, ressaltamos a importância de um diálogo transparente e antecipado com as entidades.

“A Caixa apresentou diversos dados indicando que muitos processos estão sendo realizados fora das unidades físicas — usando cartões e habitação como exemplo — e registrando tudo como operações em canais alternativos. No entanto, nada se concretiza sem a entrevista presencial, assinaturas e autorizações feitas pelos empregados. Ou seja, a demanda continua concentrada nas unidades e isso precisa ser considerado. Mais do que evitar o fechamento, é necessário fortalecer a estrutura das agências para que possamos atender melhor e com mais eficiência”, declarou Rafael de Castro.

Caixas e tesoureiros

De acordo com a representante da Caixa, a questão das funções de caixa e tesoureiro, que já é um problema antigo, está sendo reavaliada. A equipe responsável reconhece a dificuldade enfrentada pelos funcionários que estão nessas funções há anos e se compromete a encontrar uma solução rápida, prometendo apresentar propostas baseadas em dados e números concretos que beneficiem os empregados até o final de outubro.

Tatiana Oliveira, do Sindicato dos Bancários do Pará, relembrou que na última reunião de negociação, realizada no Rio de Janeiro, a Caixa havia se comprometido ao afirmar que nenhum empregado com cargo de minuto ou por prazo perderia sua renda durante o processo de reestruturação da Caixa. “O banco precisa buscar soluções individualizadas para esses trabalhadores. A Caixa precisa manter o compromisso de garantir a remuneração desses empregados até que uma solução definitiva seja encontrada, pois o número de pessoas afetadas não deve ser tão alto e o problema pode ser resolvido com um diálogo”, enfatizou.

Home office

Sobre este tema, o representante do Sindicato dos Bancários de Brasília, Antônio Abdan, demonstrou alguns pontos de preocupação. Ele menciona que o modelo de trabalho híbrido está sendo implementado, mas que há uma falta de clareza nas normas, especialmente em relação à prioridade para empregados com deficiência (PCDs).

“A legislação prevê essa prioridade, mas a norma interna da Caixa não é explícita o suficiente. Isso faz com que a decisão fique a critério dos gestores, resultando em conflitos e reclamações constantes. A cartilha de procedimentos, que deveria orientar os gestores, não deixa essa prioridade clara. Além disso, existe uma regra que proíbe o trabalho remoto para empregados que já foram penalizados com suspensão disciplinar pode ser uma dupla penalização”, informou. Sobre este ponto, a representante da Caixa não soube detalhar e ficou de buscar mais esclarecimentos para próximas discussões.

PLR

A Comissão questionou uma possível mudança na forma de cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da Caixa. Em resposta, a representante do banco garantiu que não houve alteração na metodologia. Ela afirmou que a regra foi aplicada exatamente como deveria. Para comprovar a transparência, ela se comprometeu a apresentar uma proposta detalhada na próxima negociação, na qual mostrará todos os cálculos e a metodologia usada para que a comissão entenda por que o valor não chegou ao teto de 45%.

SuperCaixa

A Comissão Executiva de Empregados expressou sérias preocupações com o programa SuperCaixa, alegando que ele não é transparente e pode prejudicar a remuneração dos funcionários, especialmente os de linha de frente nas agências. A principal crítica é que, embora a empresa afirme que a metodologia da PLR não mudou, as regras e limites do novo programa tornam praticamente impossível para a maioria dos funcionários alcançar a remuneração máxima, gerando desmotivação e frustração. A comissão sugere a suspensão temporária do programa para que as regras sejam revistas.

Compromissos assumidos pelo banco

  • O representante do banco se comprometeu a deixar todas as agências digitais “no azul” (meta ajustada) até setembro, mas antecipou para julho/agosto/setembro, afirmando que está sendo cumprido e que, se houver distorções, serão corrigidas;
  • Outro compromisso é de que as metas das agências digitais serão proporcionais ao número real de clientes atendidos em cada unidade e que serão recalibradas sempre que houver problemas.;
  • Orientação para preservar as pessoas no reposicionamento (caixas, tesoureiros, funcionários de agências transformadas em digitais ou sem numerário) para evitar turbulências, também serão preservadas as funções efetivas dos empregados, incluindo a possibilidade da lateralidade (troca de função no mesmo nível e com mesma remuneração);
  • ⁠Unidades com porta giratória permanecerão m com a estrutura de segurança; colocação ou retirada de portas somente serão realizadas após avaliação de prévia de segurança;
  • A Caixa já comprou equipamentos para captura digital/biométrica (digitais) e comprometeu-se a distribuí-los em breve para as unidades, com apoio logístico.

Fonte: Contraf-CUT