Abril 26, 2025
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Encontro destacou a importância da unidade na América Latina 


Durante toda a quarta-feira (16), as Redes Sindicais de Bancos Internacionais se reuniram individualmente, em Assunção, Paraguai, para discutir os problemas específicos de cada rede na América Latina.  Os dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) participaram das reuniões das redes do Banco do Brasil, Itaú e Santander. A ata será produzida pelos coordenadores continentais e serão disponibilizadas no site em breve.

“O evento nos permitiu ter uma real noção do movimento globalizado que os bancos impõem aos trabalhadores e concluímos que é preciso construir uma unidade na diversidade e firmar a aliança em defesa da seguridade social contra os ataques aos direitos trabalhistas”, afirmou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Uni Américas Finanças lança Aliança Latino Americana em Defesa da Seguridade Social e da Previdência

Ainda na quarta-feira (16), a Uni Américas Finanças lançou a Aliança Latino-americana em Defesa da Seguridade Social e de Previdência. O objetivo do grupo, idealizado durante a 4º Conferência Regional da Uni América Finanças, é organizar uma mobilização de luta pelos interesses dos trabalhadores na Seguridade Social, atacada por governo conservadores, que comandam autoritariamente o Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai e Chile.

Segundo Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, a seguridade social foi definida pela OIT como direito social que assiste toda a pessoa a ter acesso ao menos a proteção básica. O estado deve executar políticas que garantam o bem-estar da população, assim como saúde, educação, trabalho e previdência. Entretanto, na América Latina, nos últimos anos, a Previdência Social tem sofrido muitos danos com a crise financeira e de experimentos que implementaram diferentes governos. Esse prejuízo foi percebido concretamente pelos trabalhadores e aposentados. “Os trabalhadores também investem na Previdência Social e, por isso, estamos lutando para que eles também possam fazer parte da gestão com o lançamento desta campanha”, explicou.

Entrega de documento ao Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social

Na quinta-feira (18), todos os participantes da reunião de Redes Sindicais fizeram uma marcha pelo centro de Assunção até chegar no Ministério do Trabalho, Emprego e Seguridade Social. Foi entregue uma carta com denúncias sobre o descumprimento de acordos da classe patronal, solicitação de observância da legalização de diferentes sindicatos, inclusive, criticando o não reconhecimento de alguns. A carta ainda denuncia, que embora o Ministério do Trabalho tenha uma Comissão Tripartite para tratar desses casos, esta comissão não tem funcionado.

Reunião do Comitê Executivo Uni Américas Finanças

A reunião, coordenada por Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, contou com a participação da vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Região, Ivone Silva, da presidenta da Uni Finanças Mundial, Rita Berlofa, do secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mario Raia e da presidenta da Fetrafi-MG, Magaly Fagundes.

Após uma explanação sobre as atividades realizadas durante todo o ano, o Comitê aprovou ainda uma declaração contra ingerência política do Santander em diferentes graus nos países Brasil e Argentina, e citando o banco como um dos responsáveis pela crise em Porto Rico.

"O encontro foi muito importante para discutir as questões que estão atingindo o trabalhador como a volta do ataque neoliberal na região, desta vez ainda mais agressivo, e também ressaltar que o capitalismo, que além de aniquilar direitos dos trabalhadores, agora ataca a seguridade social", afirmou Mario Raia.
 

Fonte: Contraf-CUT

​Bancários farão campanha em defesa do emprego, dos direitos, da democracia e dos bancos públicos; mesas de negociações permanentes ganham destaque

A Campanha Nacional dos Bancários em 2017 é uma campanha com características diferentes de todas as já realizadas até hoje. Isso porque, em 2016, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), firmou um acordo de dois anos com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“O ineditismo pode gerar algumas dúvidas na categoria, que podem e devem ser esclarecidas pelos dirigentes sindicais. Nosso papel é contribuir para que os bancários tenham total consciência dos rumos da campanha deste e ano e da importância que foi a realização do acordo que valerá até 2018”, disse Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.

Depois de uma longa greve de 31 dias, o acordo assinado no ano passado definiu o reajuste salarial de 8% mais abono de R$ 3,5 mil para 2016. No vale-alimentação a correção foi de 15% e, no vale-refeição e auxílio creche/babá, de 10%. Para 2017, o reajuste vai repor integralmente a inflação (INPC/IBGE) e garantir mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas.

O presidente da Contraf-CUT ressalta que o acordo de dois anos foi um acerto da categoria. “Estamos em uma conjuntura socioeconômica e política muito difícil para a classe trabalhadora. Vemos ataques quase que diários aos direitos sociais e trabalhistas. No ano passado conseguimos prever essa situação e optamos por realizar um acordo que, mesmo nesta crise, garante para este aumento real para todos os bancários do país”, disse. “O governo Temer já anunciou que os bancários da Caixa (Econômica Federal) e do BB (Banco do Brasil) serão, possivelmente, os únicos funcionários públicos federais que terão reajuste acima da inflação em 2017, por causa de acordo firmado no ano passado”, completou o dirigente sindical.

..... > Acordo de dois anos evita perdas salariais dos bancários

Eixos da campanha
Com o acordo de dois anos, os bancários não entregarão uma minuta de reivindicações da categoria para a Fenaban. “Nossa Convenção Coletiva será renovada automaticamente. Os bancários receberão salários e vales referentes a setembro já reajustados, o mesmo acontecerá com a PLR e demais verbas, que serão pagas na data acertada com o reajuste”, explicou von der Osten. “Por não termos que brigar pelo reajuste, conseguiremos fazer uma campanha em defesa do emprego e de direitos. Por isso, já estamos negociando com os bancos em cima da nova legislação trabalhista. Nosso intuito é evitar a redução de postos de trabalho, a precarização do emprego e a redução dos direitos da categoria”, afirmou.

..... > Comando Nacional apresenta termo de compromisso contra malefícios da reforma trabalhista à Fenaban

O presidente da Contraf-CUT disse ainda que, neste ano, os debates serão aprofundados nas mesas permanentes de negociação sobre Saúde do Trabalhador, Igualdade de Oportunidades, Segurança Bancária e Prevenção de Conflitos. “São temas tão importantes quanto os definidos nas chamadas cláusulas econômicas. Muitos dos direitos que hoje constam na nossa Convenção, foram conquistados a partir de negociações realizadas nas mesas permanentes, que existem desde nossa primeira CCT Nacional”, explicou.

Defesa da democracia e dos direitos
Desde quando assumiu a presidência da República, mesmo no período em que exercia o cargo interinamente, Michel Temer tratou de acelerar um processo de mudanças na atuação política e na legislação do país. Ambas causam diversos impactos na vida dos trabalhadores e da população que mais necessita de auxílio do governo. Aprovou um “teto de gastos” do governo que, na prática, reduz drasticamente os investimentos em saúde, educação, infraestrutura e transportes, entre outras políticas sociais. Algumas das consequências desta medida já podem ser vistas nos cortes promovidos em programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Ciência Sem Fronteiras, Fies, ProUni, entre outros.

Outro feito do governo Temer foi a aprovação da Lei das Terceirizações (Lei 13.429/2017), que regulamentou a contratação de trabalhadores terceirizados até mesmo para as atividades-fim em empresas públicas e privadas.

Temer também aprovou a nova Lei Trabalhista (Lei 13.467/2017), que promove alterações na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e retira diversos direitos dos trabalhadores em benefício da classe empresarial.

..... > Reforma Trabalhista pode alterar mais de 40 cláusulas da CCT dos bancários em 2018

O próximo passo, é a aprovação da reforma da Previdência, que, como proposta pelo governo, será, na verdade, o desmonte da Previdência Social.

“Temer joga muito sujo. Libera recursos federais para os deputados e senadores para que estes aprovem tudo o que o governo quiser. Mas, vamos continuar pressionando. Estes caras foram colocados em seus mandatos com votos do povo. Estamos mostrando para os eleitores quem é que está votando contra seus interesses. Em 2018, temos que tirar todo o lixo que está no Congresso”, disse o presidente da Contraf-CUT.

Para o presidente da Contraf-CUT, Temer não tem legitimidade para fazer as mudanças que está fazendo. “Esse presidente chegou ao poder depois de um golpe, que derrubou uma presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos, sem que houvesse qualquer irregularidade que justificasse a sua derrubada. Ele não tem legitimidade para fazer qualquer coisa. Ainda mais provocar mudanças profundas no país, que prejudicam somente a classe trabalhadora e aquelas pessoas que mais necessitam de auxilio governamental. Vamos lutar até o fim para derrubá-lo e para que sejam realizadas eleições diretas para substituí-lo. Mais do que isso, vamos lutar para que sejam revertidas as meditas tomadas e revogadas as leis promulgadas em seu exercício, que beneficiam apenas a classe empresarial”, afirmou.

Defesa dos bancos públicos
Outra linha da Campanha Nacional dos Bancários em 2017 é a defesa das empresas públicas e especificamente dos bancos públicos.

O governo Temer está promovendo um verdadeiro desmonte nos bancos públicos, com redução do quadro de pessoal, fechamento de agências e a mudança na forma de atuação. “Os bancos públicos estão perdendo o caráter público. Estão deixando de investir no desenvolvimento social e econômico do país e passaram a estar preocupados com o lucro. A intenção é fazer com que se tornem desnecessários para a sociedade e possam ser privatizados sem que ninguém reclame”, explicou o presidente da Contraf-CUT.

O governo reduziu o capital que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tinha disponível para financiamentos e alterou a taxa de juros ao criar a Taxa de Longo Prazo (TLP), que é calculada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais a taxa de juros real prefixada com base no rendimento das Notas do Tesouro Nacional – Série B, para substituir a Taxa de Juros de Longo Prazo, que é calculada pela meta de inflação, mais prêmio de risco. Na prática, o governo tirou o subsídio dado ao investimento no setor produtivo.

Com a Caixa e o BB, está reduzindo o quadro de pessoal, principalmente pela utilização de planos de demissão voluntária e incentivo à aposentadoria, sem a recomposição por meio de convocação de aprovados em concurso público. Agências consideradas não lucrativas estão sendo fechadas e os trabalhadores remanejados para outras unidades, acarretando perdas na remuneração, longos deslocamentos para o trabalho, separação das famílias. Cidades onde havia apenas uma agência de um dos bancos públicos estão ficando sem banco e a população tendo que se deslocar a outros municípios para contar com os serviços de uma agência bancária.

A Caixa perdeu capacidade de financiamento habitacional. O governo pretende descentralizar o controle dos recursos do FGTS, que eram utilizados pelo banco para financiamento de políticas sociais, como a construção de moradias e a garantia de renda mínima, entre outras. O Banco do Brasil, perdeu o poder de financiamento rural, mudanças na remuneração da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) tirou a atratividade do investimento e reduziu o volume de recursos do banco.

“Tudo isso mostra que nossa campanha em defesa dos bancos públicos não é uma reivindicação apenas corporativista, para preservar o emprego da categoria. É uma campanha em defesa do caráter público dos bancos, de sua capacidade de contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país”, concluiu o presidente da Contraf-CUT.

Serão realizados atos em agências do banco em todo o país; durante os atos, serão colhidas assinaturas em um abaixo-assinado contra o desmonte do banco

Os empregados da Caixa Econômica Federal realizarão atos nas agências do banco em todo o país na próxima quarta-feira (23) em defesa do banco 100% Público e por melhores condições de trabalho. A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae) prepararam uma “Carta Aberta” que será entregue à população e aos empregados explicando o processo de desmonte do banco afeta toda a sociedade.

O documento diz que “O governo Temer vem tomando uma série de medidas que levarão ao desmonte total da Caixa Econômica Federal como banco público. Agências na sua cidade, ou no seu bairro, estão em risco de serem fechadas por uma decisão política desse governo, que também está reduzindo os investimentos na construção de moradias e a capacidade de atendimento pessoal à população. Estas medidas prejudicam o caráter do banco enquanto instituição pública e fazem com que a Caixa descumpra seu papel social.”

Em reunião com direção da Caixa ocorrida na terça-feira (15/8), representantes dos trabalhadores foram informados que 100 agências estão sendo reavaliadas e poderão ser fechadas ou fundidas com outras unidades, dependendo do seu desempenho, principalmente o financeiro.

“Um banco público tem que contribuir para que o governo atenda a população em todas as cidades do país. Mas, é cada vez maior o número de bairros e municípios que não possuem nenhuma agência bancária. As pessoas precisam se deslocar até cidades, ou bairros vizinhos para encontrar uma agência bancária”, disse Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.

A Carta Aberta informa ainda que a Caixa tem reduzido o percentual dos empréstimos para a compra da casa própria e no programa Minha Casa, Minha Vida. “Isso faz com que somente pessoas que tenham uma boa parte do valor do imóvel tenham acesso aos financiamentos. Pessoas que ganham pouco e não têm recursos próprios são impedidas de comprar a casa própria”, alerta o coordenador da CEE/Caixa.

Durante o ato, serão colhidas assinaturas em um abaixo-assinado contra o fechamento de agências; pedindo a contratação de mais funcionários para melhorar o atendimento à população e para reduzir o tempo de espera nas filas, mais investimento em políticas sociais, como a construção de moradias e em defesa dos bancos públicos e da Caixa 100% pública.

Atos semanais
Os empregados da Caixa realizarão atos semanais, todas as quartas-feiras, para denunciar o desmonte dos bancos públicos realizado pelo governo Temer.

Os associados da Contraf-CUT podem baixar os arquivos para impressão da Carta Aberta e do abaixo-assinado na área restrita do site da entidade. Os demais têm acesso as versões para internet nos links abaixo.

Se venda ocorrer, bilhões de reais deixarão de ser investidos no desenvolvimento do País

O governo Temer vai fazer um leilão para vender a “raspadinha”, a loteria instantânea - Lotex. A equipe econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ganhou a disputa com a direção da Caixa, que queria controlar a empresa para depois privatizá-la.

Até o mês passado, de acordo com a Folha de S.Paulo, a estimativa era a de que a concessão da Lotex poderia arrecadar R$ 4 bilhões, valor agora revisto para R$ 2 bilhões.

Desde 1970, a Caixa administra e executa o serviço de loterias federais no Brasil, sob a supervisão do Ministério da Fazenda. No ano passado, segundo o Relatório de Sustentabilidade Caixa 2016, a arrecadação foi de R$ 12,8 bilhões. Desse valor, cerca de R$ 6 bilhões foram transferidos a programas sociais e financiamento de projetos nas áreas culturais, esportivas, educação e seguridade social e saúde, entre outras. Entre 2011 e 2016 as loterias arrecadaram R$ 60 bilhões, dos quais R$ 27 bilhões foram revertidos para canais da sociedade brasileira.

“O dinheiro desses recursos não voltará para o povo brasileiro quando passar às mãos dos investidores privados. É mais um desfalque na estrutura da Caixa como banco que tem um papel social a cumprir e mais um ataque aos direitos dos brasileiros”, explicou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Rita Serrano, que também representa os empregados no Conselho de Administração da Caixa.

A luta contra o desmonte e privatização de empresas e serviços públicos norteia as ações do Comitê, integrado por representantes de centenas de categorias de trabalhadores no País. Os ataques do governo atingem empresas de variados segmentos – energético, transporte, financeiro, entre muitos outros – e serviços essenciais, como saúde, educação, moradia. Um grande ato contra essas iniciativas está previsto para ocorrer em outubro, no Rio de Janeiro.

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, concedeu entrevista à Jornalista Conceição Lemes, do site Vi o Mundo.

Ivone falou sobre o avanço da tecnologia no setor bancário e os impactos que isso causa na categoria, ressaltando que os sindicatos estão atentos e atuando em diversas frentes para garantir que as transformações trazidas pela tecnologia sejam realizadas com a participação dos trabalhadores e de suas representações.

Leia a entrevista na íntegra: http://www.viomundo.com.br/denuncias/ivone-silva-avanco-do-celular-e-internet-nas-transacoes-bancarias-aumenta-lucro-do-setor-provoca-demissoes-e-nao-reduz-tarifa-para-os-clientes.html

Fonte: Contraf-CUT

As manifestações ocorrerão semanalmente até nova reunião com empresa

Os trabalhadores da Caixa Econômica Federal de todo o país vão realizar, a partir da próxima quarta-feira, atos semanais em defesa do banco 100% Público e por melhores condições de trabalho. O objetivo destas manifestações é alertar a população sobre o processo de desmonte da empresa. Durante negociação, ocorrida nesta terça-feira (15), representantes do banco anunciaram que 100 agências estão sendo reavaliadas e poderão ser fechadas ou fundidas com outras unidades, dependendo do seu desempenho, principalmente o financeiro.

 “Nos posicionamos contrários ao fechamento de unidades e reforçamos que a Caixa é um banco que deve manter sua presença em todo o país, que isso faz parte de sua função social. Vamos alertar os brasileiros de que o banco público, responsável por cerca de 70% do crédito imobiliário e por programas sociais fundamentais para o país, está sendo desmontado por este governo”, destaca Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A orientação, aprovada em reunião de planejamento da CEE, realizada nesta quarta-feira (16), na sede da Fenae em Brasília, é que sindicatos e federações promovam atos públicos nas unidades, reuniões nos locais de trabalho, audiências públicas, entres outras iniciativas, para chamar atenção da sociedade para a política do governo que visa o enxugamento da Caixa e a redução do seu papel social.

A ampliação das ações em defesa da Caixa, envolvendo os mais diversos segmentos sociais como prefeituras, câmaras de vereadores, associações de bairro, dentre outros, foi uma das deliberações do 33º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em São Paulo, 29 de junho a 2 de julho deste ano.

 “A política de desmonte adotada pelo governo é um problema que não afeta somente os trabalhadores da Caixa, mas todos os brasileiros. Em mais de 150 anos de existência o banco financiou a habitação, obras de infraestrutura, projetos de geração de renda, políticas sociais, além de crédito com juros mais baixos. Não podemos aceitar que o governo restrinja a atuação da empresa privilegiando interesses privados”, reforça o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

Conforme orientação da CEE, os atos deverão ser realizados todas quartas-feiras – a partir do dia 23 de agosto- até a próxima negociação para pressionar a Caixa a rever medidas que precarizam as condições de trabalho e o atendimento à população, como fechamento de agências, reestruturação, verticalização e a ampliação do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). “ Nossa orientação é que seja distribuída uma carta aberta aos clientes e usuários e seja feita coleta de assinaturas de abaixo-assinados, para subsidiar audiências públicas, visitas às câmaras de vereadores e nas próprias entidades, conforme o calendário deliberado em cada região”, acrescenta Dionísio Reis.

A Contraf-CUT disponibilizará a partir desta sexta-feira (17) a carta aberta à população.

 Nenhum Direito a Menos

Na reunião desta quarta-feira, a CEE/Caixa avaliou que é fundamental o engajamento dos empregados da Caixa na Campanha Nacional em Defesa do Emprego e dos Direitos 2017, coordenada pela Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários.

No dia 8 de agosto, o comando entregou à Federação dos Bancos Termo de Compromisso que contém 21 pontos que visam a proteção dos empregos e de direitos históricos da categoria, ameaçados pela Lei das Terceirizações (13.429/2017) e a nova Lei Trabalhista (13.467/2017). O objetivo é defender os trabalhadores dos efeitos nocivos dessas leis.

Outro encaminhamento deliberado pela CEE/Caixa foi de que irá definir estratégia jurídica de enfrentamento a prática do Caixa Minuto, o que considera ser a “uberização” do trabalho. Na mesa permanente, o banco informou que tem, atualmente, 12.180 caixas efetivos e que no mês de junho 22 mil trabalhadores atuaram como caixa ganhando por minuto.

Dias de Greve

Durante a mesa de negociação, os trabalhadores cobraram da Caixa posicionamento sobre a adesão às greves gerais de 15 de março, 28 de abril e de 30 de junho.  A Comissão reivindicou que o banco retire a classificação de ‘falta injustificada’ e substitua por ‘falta greve’”, para evitar prejuízos no encarreiramento dos empregados. A empresa ficou de analisar a reivindicação.
 

Fonte: Fenae

Taxa, de 13% na média, dobra entre trabalhadores de 18 a 24 anos. Sobe para quase 16% entre pretos (classificação do IBGE) e 15% para mulheres

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados nesta quinta-feira (17), pelo IBGE, retratam a situação ruim do mercado de trabalho e a desigualdade no país. As taxas de desemprego são maiores na região Nordeste e entre trabalhadores jovens e negros, mulheres e pessoas com menos escolaridade.

A média nacional no segundo trimestre, segundo já havia divulgado o IBGE, foi de 13%, um pouco abaixo do período encerrado em março (13,7%) e bem acima de igual período do ano passado (11,3%). A estimativa é de 13,486 milhões de desempregados.

Nos grupos de pessoas de 14 a 17 anos e de 18 a 24 anos, as taxas de desemprego são de 43% e de 27,3%, respectivamente. Esse segundo grupo concentrava 32% dos desempregados do país. A maior parcela era da faixa de 25 a 39 anos (35,1%). Saiba mais.

Fonte: Contraf-CUT

​Nova legislação, que entra em vigor em novembro traz enormes prejuízos aos trabalhadores e limita acesso e poder da Justiça do Trabalho e dos sindicatos

A Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ) realizará na quarta-feira (23), a partir das 9h30, um seminário para debater “Os impactos da reforma trabalhista” sobre os trabalhadores. O evento acontecerá no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (av. Pres. Vargas, 502, 21º and., Centro, Rio de Janeiro).

“A legislação trabalhista que entra em vigor a partir de novembro retira uma série de direitos dos trabalhadores. Além disso, deixa-os a mercê do que decidir os empresários ao inibir o acesso e limitar o poder da Justiça do Trabalho e dos sindicatos. Temos que nos preparar para isso e mostrar para a população que deputados e senadores votaram contra os trabalhadores”, disse Gentil Ramos, secretário adjunto de Relações do Trabalho da CUT-RJ e de Relações Sindicais do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

Fonte: Contraf-CUT

Redução de investimentos em políticas públicas, terceirização, reformas trabalhista e da Previdência trazem mais prejuízos para este segmento da sociedade

Os impactos das reformas do governo Temer sobre a população negra foram tema de debate do encontro do Coletivo Nacional de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que reuniu sindicalistas das cinco regiões do Brasil. O encontro foi realizado na segunda e terça-feira (14 e 15) no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

Na abertura o professor e mestre em Direito Sociais da PUC - São Paulo, Gabriel Sampaio fez uma análise da conjuntura com enfoque aos ataques contra os trabalhadores e os impactos sobre a população negra.

“Nós precisamos de mais políticas públicas, mas neste momento estão querendo desconstituir o estado brasileiro como promotor de políticas públicas. O estado na visão desta classe antidemocrática, antipopular e antinacional é um estado que simplesmente quer gerenciar o lucro da burguesia”, afirmou o professor.

Gabriel Sampaio disse ainda que nossa sociedade criminaliza a população negra, principalmente os jovens. “Qual é a forma de estado que querem reservar para a população negra? É um estado penal. Coloca-se atrás das grades mais de 60% de jovens negros numa população de 600 mil presos. É preciso saber que esta política tem gerado uma política de militarização de nossas periferias e de morte da juventude negra”. E provocou os presentes ao dizer “que sejamos capazes de levar adiante aquele verso ‘negro é a raiz da liberdade’, que sejamos capazes de construir uma sociedade livre e igualitária a partir da classe trabalhadora”.

A secretária de combate ao racismo da CUT, Maria Julia Nogueira, explicou que os impactos começaram quando foi aprovada a PEC que congela os investimentos públicos por 20 anos e, agora, com as reformas trabalhista e da Previdência será ainda pior.

“A PEC da Morte, que congela gastos pelos próximos 20 anos, já trouxe um primeiro impacto. São menos recursos a serem aplicados nas principais politicas públicas tais como saúde e educação. A população negra também é a mais atingida reforma trabalhista. Hoje, sem o impacto da reforma, a população negra já ocupa os postos mais precarizados, representa o maior número de desempregados, recebe os menores salários... Ou seja, já existe uma desigualdade muito grande, que vai aumentar se não nos mobilizarmos”, disse a dirigente da CUT.

Ela explica também que, com a reforma da previdência, em debate no Congresso, a população em geral vai ter maior dificuldade para se aposentar, mas a população negra vai ter mais dificuldade. “A população negra já trabalha em postos precarizados e vive o deemprego. Essa parcela da população vai sofrer mais impacto se for aprovada a reforma da Previdência, pois não conseguirá completar o tempo necessário de contribuição para se aposentar”.

Também presente no encontro, o deputado Vicentinho (PT/SP) explicou que existe hoje uma disputa de classes acentuada, explícita com bancadas parlamentares que defendem o poder econômico e não os trabalhadores e que são esses parlamentares que atualmente comandam o Brasil junto com Michel Temer, fazendo e aprovando leis que representam retrocessos sociais.

Sobre a reforma trabalhista, Vicentino avaliou que os efeitos que já são sentidos hoje no mercado de trabalho como menores salários, empregos mais precários para a população negra serão ainda mais visíveis.

“Por causa do preconceito, a discriminação é muito forte. Na sociedade o nosso povo negro ainda sofre as consequencais do período da escravidão. Nas empresas você não vê dirigentes negros, no Congresso somos apenas 4,5% e assim por diante. Não existe uma coisa direcionada especificamente ao povo negro (na reforma trabalhista), mas da forma como foi feito esse ataque a quem luta por dignidade humana, surge um Bolsonaro, e com ele o ódio que recai sobre o povo negro, sobre homossexuais, mulheres... Mais uma vez as maiores consequências recairão sobre nosso povo negro lamentavelmente”, disse o deputado.

Para Vicentinho é preciso desenvolver um trabalho de formação e conscientização da classe trabalhadora. “A luta deve continuar não só agora no campo de batalha do Congresso, nas fábricas, nas comunidades. Devemos fazer um trabalho para as eleições de 2018. Não é possível que os trabalhadores continuem votando em quem não defende os seus direitos. É preciso que nosso povo tenha muito mais consciência”, disse o deputado.

Setor bancário
O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, falou sobre a presença da população negra no mercado de trabalho do setor financeiro. “Esse governo está apresentando uma série de reformas que meche com a vida de toda a população. Os trabalhadores negros e negras serão muito prejudicados, principalmente aqueles que exercem funções mais precarizadas na construção civil, em callcenters, que trabalham como empregada doméstica. Eles recebem cerca de 30% a menos do que um trabalhador branco que exercem a mesma função”, disse o dirigente da Contraf-CUT.

Almir cita dados do último censo da diversidade no setor bancário, realizado em 2014, para ressaltar os impactos das reformas entre os bancários e bancárias negros. “No setor bancário esse conjunto de reformas também atrapalha muito. Nossa categoria tem 24,7% de negros e negras. É muito pouco em um universo de em torno de 500 mil trabalhadores. Além disso, os poucos negros que trabalham em banco desempenham suas funções em locais invisíveis para a população. Então, esse é um debate que a gente precisa fazer”, disse.


Fonte: Contraf-CUT

Os bancos fecharam 10.680 postos de trabalho no país no primeiro semestre de 2017, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O levantamento do Dieese foi divulgado nesta quarta-feira (16).

Em julho, o número de contratações foi pouco maior do que o de demissões, gerando um pequeno saldo de 72 postos a mais no setor bancário do país, após dezessete meses de saldos negativos.

“Esse pequeno saldo positivo é insignificante frente ao grande número de postos bancários perdidos nos últimos anos. Infelizmente não representa uma mudança nos rumos da economia. Trata-se apenas da afirmação da política dos bancos de redução das agências físicas e aumento das operações eletrônicas e digitais. Os atendimentos são cada vez menos realizados presencialmente por bancários. Os clientes precisam ligar para centrais de atendimento ou se virar para fazer ele mesmo suas transações bancárias pela internet, ou em máquinas. Mas, pagam cada vez mais caro pelo serviço que eles mesmos realizam”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Demissões na Caixa
A Caixa Econômica Federal foi responsável pela redução de 4.543 postos de trabalho fechados no setor, o que representa 42,5% do total. Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil fecharam de 5.857 postos no país. “Dias atrás o ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) admitiu que o grande desemprego é o principal responsável pela demora na retomada do crescimento econômico. Mas, o maior banco público do país, controlado pelo governo, é responsável pelo aumento do desemprego”, observa o presidente da Contraf-CUT.

Os desligamentos atingiram os trabalhadores entre 50 a 64 anos, com o fechamento de 7.903 postos de trabalho, durante o período, e o saldo positivo foi apenas para pessoas com faixa etária até 24 anos. São reflexos dos planos de demissão voluntária e incentivo a aposentadoria da Caixa, Banco do Brasil e Bradesco.

A desigualdade entre homens e mulheres também é observada. As 11.963 mulheres desligadas dos bancos entre janeiro e julho de 2017 recebiam, em média, R$ 6.449,22, o que representou 78,4% da remuneração média dos 11.757 homens que foram desligados dos bancos no período.

Veja a íntegra do levantamento do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT