Abril 29, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta quarta-feira (8), um ofício à Caixa Econômica Federal solicitando o adiamento da prova do concurso da Caixa, para não prejudicar os moradores do Rio Grande do Sul, que estão impossibilitados de continuar sua preparação para a prova em decorrência das inundações que atingem grande parte dos municípios gaúchos.

No texto, a Contraf-CUT observa que a Caixa, sensível à situação enfrentada pelo povo gaúcho, já implementou diversas medidas emergenciais para auxiliar as empregadas e empregados e toda população do estado e pede “que o banco se mostre, mais uma vez, sensível à situação dos moradores do Rio Grande do Sul, que estão impossibilitados de continuar sua preparação para esta prova de grande concorrência, e adie o certame.” A prova do concurso da Caixa está marcada para o dia 26 de maio.

Há mais de 10 dias, grande parte das cidades do Rio Grande do Sul está inundada em decorrência das fortes chuvas no estado e da falta de políticas públicas que impedissem as enchentes. “E a previsão é a de que continuará chovendo nos próximos dias. Isso traz grandes prejuízos aos candidatos, que não têm como dar continuidade aos estudos necessários para fazer a prova”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Pelo mesmo motivo, o governo federal já adiou a prova do Concurso Nacional Unificado. Por coerência, o recomendado é adiar também a prova do concurso da Caixa”, completou.

Números da tragédia

Dos 497 municípios gaúchos, 388 foram afetados pelas fortes chuvas na região. É uma tragédia que já afetou quase 1,5 milhão de pessoas, deixou 362 feridos e causou 90 mortes, sem contar os 131 desaparecidos. De acordo com a Defesa Civil do estado, 48.297 desabrigados estão instalados em alojamentos cedidos pelo poder público e 156.056 pessoas estão desalojadas.

As 2.338 escolas da rede estadual estão com as aulas suspensas, afetando 273 mil alunos. Tudo isso, às vésperas do concurso pelo qual a Caixa vai contratar mais de 4.000 novos empregados, com quase 1,6 milhão de inscritos.

Fonte: Contraf-CUT

As empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal que tenham sido vítimas das inundações no Rio Grande Sul têm direito garantido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) a um adiantamento emergencial de até 10 salários padrão de referência de seu cargo efetivo, desde que o município em que residem tenha decretado estado de calamidade pública. Os valores podem ser devolvidos em até 60 parcelas iguais e sem juros, com valor limitado a 30% do salário.

Esta é uma conquista das negociações realizadas entre o movimento sindical e o banco. “Neste momento, a gente percebe a relevância desta conquista, que garante o auxílio aos colegas que sofrem com a tragédia”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é conhecida como Fabi por seus colegas de trabalho no banco. “É importante difundir esse direito para que todos saibam dele e possam acessá-lo em caso de necessidade”, completou.

O direito ao “adiantamento emergencial em caso de calamidade” é uma conquista obtida na Campanha Nacional dos Bancários de 2011, definida atualmente na cláusula 53 do ACT.

“CLÁUSULA 53 – ADIANTAMENTO EMERGENCIAL EM CASO DE CALAMIDADE
A Caixa concederá ao empregado, a título de adiantamento, o valor de até 10 salários padrão da referência de seu cargo efetivo, quando for vítima de danos materiais graves decorrentes de fenômeno da natureza, com devolução em até 60 parcelas iguais e sem juros, condicionado a que o município tenha comprovadamente decretado estado de calamidade pública, nos termos do MN RHO01 – Benefícios.”

“É um direito que a gente torce para não ter que reivindicá-lo. Mas como, apesar de ter sido conquistado há 13 anos, a maioria dos colegas não o conhecia, é importante que a gente divulgue e faça chegar ao máximo possível de colegas de nossas bases”, disse o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEE, Lucas Fonseca da Cunha.

Como reivindicar o direito

De acordo com o ACT, o direito é garantido apenas nos casos em que o munício tenha decretado estado de calamidade pública. Mas, em comunicado interno enviado aos empregados, a Caixa anunciou uma revisão no direito e que agora, para solicitar basta comprovar residência em área afetada ou já ter solicitado o Saque Calamidade do FGTS (RH001- Apensado D). Além disso, o empregado tem acesso a até três modalidades de auxílio:

  • Adiantamento de valor de até 10 salários-padrão;
  • Antecipação de até cinco Ausências Permitida para Tratar de Interesse Particular (APIPs) quando não houver saldo; e
  • Antecipação do 13° Auxílio Cesta-Alimentação.

Para reivindicá-lo, a empregada, ou empregado, deve enviar a solicitação para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Os empregados podem obter mais informações no sistema interno da Caixa acessando Pessoas.Caixa.

Outras medidas

  • Deslocamento de empregados a unidades mais próximas e trabalho remoto
  • Abono de ponto
  • Compensação de horas
  • Ausência permitida por necessidade imperiosa
  • Abono de ponto de aprendizes e estagiários
  • Exceção nos indicadores de pessoas do Resultado.Caixa
  • Acréscimo da Verba de Relacionamento com o Empregado
  • Prorrogação prazos Incentivos e PSI
  • Programa Saúde Emocional
  • Saúde Caixa: página credenciados RS e criação de atendimento exclusivo com orientações sobre remoção

Fonte: Contraf-CUT

No primeiro trimestre de 2024, o Itaú Unibanco apresentou um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 9,771 bilhões, aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado e um crescimento de 3,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Apesar do lucro recorde, é importante destacar que houve fechamento de postos de trabalho. Ao final do primeiro trimestre de 2024, a holding contava com 85.936 empregados no país, registrando o fechamento de 3.561 postos de trabalho em doze meses.

Segundo o relatório divulgado pelo banco, essas medidas resultaram em uma diminuição de 5,1% dos seus empregados no Brasil em um ano. Além disso, na América Latina, também houve redução dos postos de trabalho devido à venda do Itaú Argentina, que resultou na redução de 1,5 mil trabalhadores a partir de agosto de 2023.

“É inconcebível que, em meio a um cenário de lucros astronômicos, o Itaú Unibanco opte por dispensar trabalhadores, ignorando completamente sua responsabilidade social. Enquanto a empresa comemora seus ganhos recordes, milhares de famílias enfrentam incertezas e dificuldades financeiras. Essas demissões são uma clara demonstração de prioridades distorcidas, nas quais o lucro é valorizado em detrimento do bem-estar dos trabalhadores”, criticou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

Veja aqui os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

O Santander anunciou uma medida emergencial para suprir a ausência de funcionários devido aos temporais que atingiram 345 municípios gaúchos desde a semana passada, afetando a operação da Superlinha, a central de atendimento do banco. A partir desta segunda-feira (6), gerentes do segmento Van Gogh do Rio de Janeiro e de São Paulo serão temporariamente direcionados para atuar na plataforma de atendimento, após receberem treinamento.

A iniciativa visa garantir a continuidade dos serviços essenciais aos clientes, mesmo diante dos desafios impostos pelos eventos climáticos no Rio Grande do Sul. No entanto, a medida não está isenta de preocupações por parte dos representantes dos trabalhadores.

“Exigimos do banco transparência e acesso a todos esses trabalhadores, conforme garantido no ACT Santander. Vamos monitorar de perto para garantir que essa ação seja estritamente emergencial e que nenhum trabalhador seja transferido permanentemente para a empresa do conglomerado responsável pelos atendimentos”, destacou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Trabalhadores gaúchos

Para os trabalhadores no Rio Grande do Sul, a orientação é de que o funcionário que tiver qualquer dificuldade para sair de casa ou para chegar no seu local de trabalho, fique tranquilo. O banco está levantando as particularidades e restrições de cada funcionário e desde sexta atuando para apoiar bancários e familiares que foram impactados pelas chuvas. Está sendo avaliado cada caso como prioridade a pessoa e seu bem-estar.

“O colega que tenha notebook e condições de trabalhar de casa, deverá ficar em casa. As agências de bairros que foram afetados pelas enchentes, desligamento de luz pela distribuidora por segurança não irão abrir”, frisa o diretor do SindBancários Luiz Cassemiro. “O banco tem a Fundação Santander e agora criou um fundo de ajuda humanitária que tem um projeto igual ao do SindBancários, a cada um real doado pelos colegas o banco doará mais um e estará dando toda assistência necessária para os colegas afetados pela triste situação. Este é mais um momento em que a prioridade é cuidar e preservar a saúde física e mental dos colegas. Qualquer dificuldade que souberem de algum colega do Santander podem me acionar que entramos para ajudar”, finalizou Cassemiro.

Fonte: Contraf-CUT

Na última sexta-feira (03), dentro da programação da Conferência Estadual dos Bancários e das Bancárias, foi realizado o congresso específico das empregadas e dos empregados da Caixa (Conecef/ES).

Marcio Wanderley, Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e empregado da Caixa Econômica Federal, participou de forma virtual do evento.

A mesa de abertura abordou o tema “Caixa 100% pública sob ameaça: nossa luta continua” e “Condições de Trabalho: reestruturações, promoções, PcDs, teletrabalho, tecnologia, saúde dos empregados, assédio moral, metas e minha trajetória. Sob a mediação dos dirigentes do Sindicato, Lizandre Borges e Ronan Teixeira, as duas primeiras mesas tiveram como convidados Fabiana Uehara, eleita para o CA da Caixa, e Léo Quadros, presidente da Apcef-SP e diretor da Fenae.

Fabiana destacou a importância da Caixa 100% pública. Ele reforçou o papel da Caixa para o Brasil. “A Caixa existe para reduzir as desigualdades. Nosso papel é defender todas as empresas públicas. Essa é uma questão de cidadania”, assinalou.

A conselheira eleita afirmou que a recente aprovação pelo Conselho de Administração (CA) da migração das loterias para uma subsidiária é a nova ameaça que paira sobre a Caixa. Fabiana alertou que essa transferência pode comprometer os investimentos da Caixa em programas sociais que são mantidos com parte da arrecadação das loterias.

A arrecadação das loterias Caixa chegou a R$ 23,4 bilhões em 2023, 39,2% deste total (R$ 9,2 bilhões) foram destinados a programas sociais mantidos pelo governo federal. “É falso que transferir as loterias da Caixa para uma subsidiária irá melhorar e agilizar os processos. Um exemplo disso é a Caixa Seguridade, que agora é administrada por uma subsidiária, tem problemas de sistema que acabam gerando retrabalho para os empregados do banco”, pontuou.

Léo Quadros complementou: “Hoje, em relação à Caixa Seguridade, os executivos do banco vão dizer que a IPO [Oferta Pública Inicial] foi um processo bem-sucedido”. Ele pergunta: “Para quem? Para os parceiros e acionistas que são remunerados”. Léo disse que os empregados têm de trabalhar cada vez mais. “O lucro foi terceirizado, mas o trabalho ficou com os empregados da Caixa”, criticou. “Agora querem fazer o mesmo com as loterias”, alertou. “A sociedade perde para que alguns poucos ganhem”.

“Como foi pontuado aqui pelos nossos convidados, os desafios são enormes. Já enfrentamos diversas tentativas de privatização da Caixa. Agora arrumaram um jeito de comer os ativos do banco pelas beiradas, num processo de desmonte da Caixa”, disse Lizandre.

A coordenadora-geral do Sindicato, Rita Lima, lembrou que desde a década de 1990, sob Collor e FHC, o movimento sindical e as entidades associativas vêm organizando a resistência em defesa da Caixa. Fizemos campanhas históricas para defender o banco. A cada governo aparece um novo modelo de privatização. Talvez seja o momento de organizarmos uma grande campanha nacional em defesa da Caixa”, sugeriu Rita.

Fabiana ponderou que a organização de uma grande campanha em defesa da Caixa tem de conscientizar a população, que precisa entender as implicações da Caixa perder ativos valiosos.

O dirigente Ronan Teixeira fez uma reflexão sobre a ameaça de privatização dos ativos da Caixa. “Não dá para encarar esse processo de privatização com normalidade. Precisamos enfrentar este Congresso com muita força”, disse se referindo aos deputados e senadores que têm empenhados seus mandatos a serviço dos interesses das elites empresariais e contra a classe trabalhadora. O dirigente acrescentou: “Como disse Fabiana, temos que defender a Caixa 100% pública para reduzir as desigualdades. No capitalismo não tem espaço para igualdade social, de gênero, racial. Como esse modelo [econômico] é muito difícil avançar nessas questões”.

Repercutindo a fala de Ronan, Fabiana completou: “Temos que debater que tipo de sistema financeiro queremos. Não queremos um sistema que sangre a sociedade. Quero levar esse debate para o Conselho de Administração da Caixa”.

Condições de trabalho

Ainda no período da manhã, foi debatido o tema condições de trabalho. Fabiana afirmou que os dirigentes precisam ouvir atentamente as empregadas e os empregados para entender as demandas de quem está na ponta do sistema. “Quem é a cara da Caixa? É quem está na estrutura interna ou quem está atendendo a população nas agências? A Caixa precisa valorizar esses empregados [que estão na ponta do atendimento]”, assinalou.

Ela destacou que a troca de informações com os empregados é fundamental para que se possa levar essas demandas à empresa. “Quem navega no Linkedln acha que a Caixa é a melhor empresa do mundo para trabalhar. Todo mundo é feliz. Mas sabemos que não é assim. Temos que discutir questões como as metas, que estão adoecendo as trabalhadoras e os trabalhadores”.

A conselheira eleita também questionou: “Sabem quantos normativos a Caixa tem? Mais de 2 mil. E quantos são obrigatórios que vocês saibam? Todos. Porque tudo será usado contra vocês num eventual processo disciplinar. Os normativos não são feitos para defender os empregados, mas para proteger a empresa”, alertou.

Fabiana falou sobre o drama de empregados que passaram a ter a condição de PcD. Ela afirmou que esses empregados foram submetidos a uma junta da Caixa que decidia se o empregado era de fato PcD. “Depois de muita luta, conseguimos avançar nessa questão e agora a Caixa aceita o laudo que vem de um especialista. Nossa luta é priorizar os colegas PcDs”. Ela também cobrou a redução da jornada de trabalho para empregados que são pais de PcD e a prioridade para serem inseridos no teletrabalho.

A reestruturação da Caixa foi o ponto destacado por Léo Quadros. O dirigente da Fenae criticou o processo de desmonte do governo Bolsonaro e da gestão Pedro Guimarães e sobre a urgência de reconstruir essas áreas. Ele citou como exemplo a Gestão de Pessoas.

Rita Lima registrou algumas denúncias que chegaram ao Sindicato sobre condições de trabalho. A dirigente falou sobre o caso de empregados que foram ameaçados durante o atendimento do programa “Pé de Meia”. “Algum empregados foram agredidos e até sofreram ameaça de morte”. Ela relatou outro caso de uma empregada que adoeceu por enfrentar sérios problemas no atendimento. “Os empregados não têm segurança e garantias no ambiente de trabalho. Considero um tema importante para levarmos para o Congresso Nacional deste ano. A coordenadora do Sindicato falou ainda sobre a importância de garantir destaque às pautas das mulheres na mesa de negociação do Conecef.

A dirigente também denunciou o uso do teletrabalho como moeda de troca pela Caixa. “Alguns empregados têm sido obrigados a voltar para o presencial porque não cumpriram as metas, já aquele que cumpre é mantido. A Caixa está usando o teletrabalho para punir ou premiar. Vamos levar esses casos para a Nacional”, avisou.

No tema saúde, Ronan divulgou a pesquisa que está sendo feita pelo Sindicato em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Ele explicou que a pesquisa está ouvindo a categoria bancária para que o Sindicato possa desenvolver ações de prevenção, acolhimento, encaminhamento e negociação junto aos bancos para recolocar o bancário numa condição digna de trabalho. Ele pediu ajuda dos colegas na divulgação da pesquisa que pode ser respondida online até o dia 31 de maio.

Saúde Caixa

O plano de saúde da Caixa foi novamente um dos temas que despertaram grande atenção dos empregados. Léo Quadros, que falou sobre o Saúde Caixa na Conferência de 2023, retomou o tema este ano. Ele comentou a CGPAR 52 que revogou as resoluções 42 e 49. Com a nova resolução, a participação das empresas públicas no custeio de planos pode subir para até 70% das despesas. Ele explicou que no caso do Saúde Caixa a situação não se altera porque o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) já prevalecia sobre a CGPAR 42, mantendo a proporção do custeio 70/30.

Léo alertou, no entanto, que o grande desafio do Saúde Caixa continua sendo o teto que limita a participação do banco no custeio em 6,5% da folha de pagamento e proventos. Segundo ele, essa trava compromete a sustentabilidade e viabilidade financeira do plano

A CGPAR 52 não excluiu alguns retrocessos impostos pela resolução anterior (42). Foram mantidas as restrições que impedem a incorporação dos acordos futuros à concessão de licença prêmio e abono assiduidade, gozo de férias superior a 30 dias e a incorporação de gratificações de cargos em comissão e funções gratificadas. Foi introduzida ainda uma nova vedação para que sejam concedidos adicionais por tempo de serviço aos trabalhadores das empresas. Esses direitos poderão ser mantidos apenas para as empresas que já tinham acordos coletivos em que eles fossem previstos.

Estratégias e eixos

Rita Lima afirmou que as dificuldades não podem intimidar a pauta de reivindicações dos empregados e das empregadas da Caixa na campanha deste ano. A dirigente destacou alguns eixos centrais: Caixa 100% pública, fim do assédio moral, fim das metas, PLR Social como direito, condições de trabalho, segurança dos empregados em atendimento, valorização dos empregados, revogação do teto de 6,5% do saúde Caixa e retorno das homologações das demissões nos sindicatos.

Os eixos foram submetidos e aprovados à unanimidade pelos presentes e serão enviados ao Comando Nacional dos Bancários. O dirigente do Sindicato Igor Bongiovani enfatizou que as discussões da campanha nacional fazem parte de um jogo político. “O processo de negociação é exaustivo. Somente com muita organização, mobilização e pressão conseguiremos avançar nas cláusulas que estamos reivindicando”, pontuou.

Antes do encerramento da mesa, foram eleitos os empregados e as empregadas (ativa e aposentados) que irão representar a base capixaba no Congresso Nacional dos Bancários 2024, que acontece nos dias 4, 5 e 6 de junho em São Paulo. Foram eleitos os seguintes membros titulares:

1 – Lizandre Borges (membra nata, integrante da CEE-Caixa)

2 – Ronan Teixeira (Sindibancário)

3 – Edmar Martins André (Apcef-ES)

4 – Fabiano Mazzocco

5 – Rachel Vaillant Amorim de Oliveira

6 – Jackeline Scopel Pereira

7 – Rita Lima (aposentados)

Foram definidos também os suplentes.

*com informações do Sindibancários/ES

A recriação da Vice-Presidência de Gestão de Pessoas, com a respectiva Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes) vinculada, e das gerências de Gestão de Pessoas (Gepes) nos estados e, ainda, a designação de funcionários capacitados nas agências para acolher os adoecidos. Essa é uma das principais deliberações do Congresso Estadual dos Bancários do Banco do Brasil realizado na última sexta-feira, 3 de maio, como parte da programação da Conferência Estadual dos Bancários e das Bancárias do Espírito Santo.

Leandro Aresta, Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participou de forma virtual do evento, realizado no Hotel Flamboyant, em Guarapari, e foi eleito delegado da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) ao 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, em São Paulo.

O tema saúde e condições de trabalho perpassou todo o evento. Os bancários apontaram uma realidade nos locais de trabalho de adoecimento em função das metas. Segundo relatos, todos estão sendo bombardeados por cobranças constantes por resultados feitas por e-mail, pelo Conexão, Tô Ligado, Capacitaí e diversos outros canais da rede interna.

A demanda por ofertar produtos está causando hiperfadiga. Enquanto a cobrança fica sobre o trabalhador, a bonificação em geral é do superior. As metas aumentaram em mais de 300% de um semestre para o outro. Funcionários recém-contratados estão sendo demitidos no estágio probatório por não se enquadrarem no perfil de vendedores de produtos segundo seus gestores.

“Precisamos mudar o formato da gestão e reorganizar o quadro para garantir o cuidado com as pessoas, um atendimento mais humanizado aos bancários, com prevenção e acolhimento”, afirma a diretora do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Goretti Barone. Ela destaca que se o Banco do Brasil avançou em diversidade, ainda está atrasado no item cuidado com as pessoas.

A diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e membro do Comando Nacional dos Bancários, Fernanda Lopes, destacou na sua exposição na abertura do evento que o principal ponto de debate hoje tem de ser a questão da saúde, especialmente a saúde mental.

“Depois de mais de um ano, já foram 18 mesas de negociação [com a atual gestão do BB] , e a primeira coisa que a gente falou foi que o problema são as metas; a forma como essas metas são colocadas é o que causa o adoecimento. Daí a gente vira o ano, ainda tem um aumento no Conexão”, criticou ela. Talvez lá na diretoria em Brasília tenha melhorado, mas nas agências, principalmente na rede varejo, os colegas continuam sentindo [o assédio], continuam adoecendo”. Na sua avaliação, apesar do avanço que foi a criação de GTs para tratar das metas, não houve encaminhamento prático, pois os bancos não abrem os números para os trabalhadores.

O adoecimento dos bancários também deu o tom da apresentação do diretor de bancos públicos da FederaçãoInterestadual dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Fetraf) e representante da Comissão de Empresa do BB, Danilo Funke. “São exatamente os trabalhadores e as trabalhadoras na ponta que fazem a máquina funcionar, que fazem o lucro dos bancos. E infelizmente, hoje, temos uma instituição na qual a gente vê nossos colegas sofrendo muito com adoecimento, se sentindo oprimidos, essa é uma triste realidade”, afirmou. Na sua avaliação, nesta Campanha Salarial “a gente, com movimento de mobilização, tem que buscar mais do que tudo avançar nas pautas que nos interessam; no que tange ao Banco do Brasil, aumentar o tom de cobrança sobre as esferas superiores internas da instituição”.

Centralidade da campanha

O diretor do Sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Pereira de Araújo, também chamou a atenção para o adoecimento da categoria em função da política de gestão dos bancos que só visam o lucro. Ele apontou que para virar o jogo é preciso a reação da categoria. “A centralidade da campanha salarial é a luta, a mobilização, a greve. A mesa de negociação tem que ser resultado da mobilização dos trabalhadores. Não o contrário, a mesa como espaço privilegiado, como estrategicamente quer a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”.

Chamando os bancários para a luta, Carlão afirmou: “o ator principal da campanha é o bancário, é ele que tem que colocar a campanha em movimento, a mesa é resultado dessa mobilização”. Ele destacou que isso se torna ainda mais fundamental após a reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores e acabou com a ultratividade das cláusulas das convenções e acordos coletivos, instrumentos que podem garantir mais qualidade de vida para os trabalhadores.

Delegados

Ao final do evento foram eleitos os delegados da base da Federação do Rio de Janeiro e Espírito Santo ao 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.

Representando o Espírito Santo foram eleitos: Bethania Emerick, Igor Chagas Silva, Nathalia Gallini e Ramon Nunes Ferreira. Como suplentes Juliana de Oliveira Ferreira Furtado, Leticia Lander Costa Batista e Thiago de Vasconcelos Duda.

Na base do Rio de Janeiro foram eleitos Leandro Aresta (SEEB da Baixada Fluminense) e Flávio Pereira (SEEB de Três Rios).

*com informações do Sindibancários/ES

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orienta a aprovação do Relatório Anual da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). A votação começou nesta segunda-feira (6) e vai até às 18 horas do dia 17 de maio. Todas as associadas e associados à Cassi podem votar pelo site, SISBB, aplicativo (app) da Cassi ou autoatendimento do BB (saiba como votar em cada plataforma).

Clique aqui para acessar o relatório.

“O relatório anual da Cassi, reflete a realidade financeira atual da entidade. E nossa avaliação é que ocorreram avanços no último período, como os repasses das chamadas ‘reclamatórias trabalhistas’, pelo BB à Cassi. Uma vitória do movimento sindical, que atuou junto ao banco para resolver o problema que se arrastava há 13 anos”, explicou o funcionário do BB e secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Junior.

As Reclamatórias Trabalhistas são verbas salariais e remuneratórias de funcionários, que o BB devia em cumprimento de decisões judiciais ou definidas em conciliação entre as partes. Após anos de negociação, em janeiro deste ano, a Cassi e o BB alcançaram um entendimento a respeito desses repasses que correspondem a R$ 339,5 milhões.

“Então, a Contraf-CUT entende que as associadas e os associados devem votar pela aprovação do relatório. Outro avanço que nós sempre defendemos, para que a Cassi alcance equilíbrio financeiro, é a expansão da oferta da Atenção Primária à Saúde (APS), também conhecida como Estratégia Saúde da Família”, completou Gustavo.

Reservas financeiras

A Cassi concluiu o ano de 2023 com R$ 1,3 bilhão em reservas financeiras livres, recursos que são “superiores aos ativos garantidores exigidos pela ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar]”, diz a entidade no Relatório 2023 (clique aqui para acessar). A Cassi destaca ainda que o ano foi fechado com um superávit de aproximadamente R$ 20 milhões.

A publicação destaca também que, em 2023, foram concluídas obras para as CliniCassi, em Brasília e Fortaleza, além de aprovada a contratação de mais especialistas, para atender tanto as clínicas quanto as equipes da APS. “Saber que a estratégia saúde da família segue avançando nos dá uma certa tranquilidade, porque é comprovado que, ao mesmo tempo em que possibilita melhor qualidade de vida aos associados e seus familiares, a APS reduz os custos dos planos de saúde”, pontuou o secretário-geral da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco divulgou seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2024, destacando um Lucro Líquido Recorrente de R$ 4,211 bilhões. Embora o banco tenha apresentado um crescimento de 46,3% em relação ao último trimestre de 2023, a queda de 1,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior merece atenção.

Um aspecto relevante dos resultados financeiros do Bradesco é a performance da receita com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias, que cresceram 0,1% em doze meses, totalizando cerca de R$ 6,9 bilhões. Enquanto isso, as despesas de pessoal mais Participação nos Lucros e Resultados (PLR) cresceram 3,8% no mesmo período, somando R$ 5,8 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços e tarifas do banco foi de 118,4%.

No final do primeiro trimestre de 2024, a holding contava com 85.634 empregados, registrando uma queda de 578 postos de trabalho em doze meses e 588 postos fechados na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Nesse período, foram encerradas 151 agências e abertas três unidades de negócio, totalizando 2.704 agências e 802 unidades de negócios. O total de clientes do banco diminuiu em 1 milhão, totalizando 72,3 milhões de clientes.

“É importante considerar que a diminuição de postos de trabalho afeta não apenas os funcionários demitidos, mas também aqueles que permanecem, que muitas vezes sofrem com pressão e assédio moral”, alerta Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa. “Além disso, o fechamento de agências também tem impactos significativos na vida dos clientes, que agora precisam se deslocar por maiores distâncias para terem acesso aos serviços bancários que necessitam”, completou.

Veja aqui os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

O Santander comunicou na terça-feira (30) que a partir de 1º de maio ocorreria mudanças nas nomenclaturas dos cargos Líder de Atendimento, que passarão a ter o nome de Especialista Santander (1,2 e 3), impactando cerca de 300 trabalhadores em todo país.

De acordo com o banco, neste momento a mudança não terá impactos na carreira e remuneração dos trabalhadores. “Iremos acompanhar este processo para certificar que os trabalhadores impactados pela mudança de fato não sofrerão qualquer prejuízo”, garantiu Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Caso o bancário tenha qualquer problema decorrente da mudança de nomenclatura, ele deve acionar o seu sindicato por meio do Canal de Denúncias. O sigilo é garantido.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal não apresentou as informações solicitadas pelos representantes dos empregados no GT Saúde Caixa para a análise e discussão de soluções para os problemas apontados pelos usuários do plano de saúde das empregadas e empregados. A maioria das informações apresentadas pelos representantes da Caixa já haviam sido divulgadas, e estão disponíveis a todos os usuários no Relatório de Administração do Saúde Caixa, divulgado no site da Central de Atendimento do plano.

“A Caixa não atendeu as demandas que já havíamos apresentado durante as negociações, e que haviam sido reforçadas nos ofícios que mandamos para o banco em janeiro e agora, na semana passada. Além disso, as informações que nos trouxeram não nos permite avançar nas soluções necessárias”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, a Fabi.

Melhoria na rede

Ainda não há resposta sobre a implementação das Gerências e Representações Regionais de Pessoas (Gipes e Repes, respectivamente), assim como dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamentos, que podem contribuir com a melhoria do atendimento aos usuários e da rede credenciada, assim como com o aumento das especialidades médicas credenciadas ao plano em localidades mais remotas do país.

Segundo a Caixa, o andamento do processo está aguardando a análise de espaços para locação e composição de equipes. Mas o banco não soube responder quantas Gipes serão e tampouco em quais localidades elas serão instaladas. “É estranho o banco dizer que está em processo de análise de espaços e criação de equipes, mas não saber dizer quantas Gipes serão e as localidades das mesmas. Se está em análise, teriam que saber dizer, pelo menos, quantas serão”, criticou a coordenadora da CEE.

“Precisamos recriar as Gipes, as Repes e os comitês de credenciamento e descredenciamento o quanto antes, para ajudar na solução de problemas da rede credenciada, evitando descredenciamentos devido burocracias, melhorando a rede credenciada, a saúde dos trabalhadores e, de quebra, fortalecendo o Saúde Caixa”, completou.

Valorização do GT

Também foi cobrado que o banco aja com maior responsabilidade com o GT e o trate como espaço de debate para solução dos problemas do plano. “Este espaço é muito importante para nós, empregadas e empregados. Existem problemas que afetam o tratamento da nossa saúde e outros que podem prejudicar a manutenção do Saúde Caixa. Não basta o banco vir aqui, repassar as informações e não se dispor ao debate dos problemas e propostas de solução, que é a finalidade da existência do GT”, disse.

Para a representação dos trabalhadores, a impressão é que o banco realizou a reunião apenas para cumprir uma formalidade após a cobrança da representação das empregadas e empregados. “Não querem debater sobre propostas de solução. Parece que não há vontade de resolver o que é preciso ser resolvido”, criticou.

Dados insuficientes e inconsistentes

Além do Relatório de Administração do Saúde Caixa 2023, que já é público, o banco trouxe poucas informações referentes ao primeiro trimestre do ano. Segundo o banco, no fechamento do trimestre o Saúde Caixa possuía 280.583 usuários, com idade média de 44,07 anos. Após 197 credenciamentos e 102 descredenciamentos, a rede credenciada possuía, ao final de março, 19.340 prestadores de serviço e, no período foram realizados 1.004.659 atendimentos, com 16.763.111 procedimentos custeados.

Somadas as receitas (R$ 842,3 milhões) e despesas (R$ 916,6 milhões), o Saúde Caixa apresentou um déficit de R$ 74,3 milhões, com uma reserva técnica de R$ 104,4 milhões.

“Segundo os representantes da Caixa, o aumento nas despesas, que foi 24% que no primeiro trimestre do ano passado, está relacionado em sua maior parte ao aumento na utilização, que estaria relacionado ao crescimento de casos de dengue. No entanto, as informações apresentadas na reunião não são suficientes para confirmar a hipótese. Reforçamos a necessidade de que os dados disponibilizados aos empregados possibilitem um acompanhamento efetivo do plano”, disse o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Leonardo Quadros, que também é presidente da Apcef-SP.

A representação dos empregados também apontou inconsistências no relatório atuarial elaborado pela consultoria contratada pela Caixa, que não considerou as contratações previstas pelo concurso público em andamento e os efeitos do PDV, e cobrou sua revisão. Também cobrou a disponibilização dos dados primários, para análise por consultoria contratada pela representação dos empregados. A Caixa disse que deve revisar a projeção atuarial de 2024, e informou que os dados primários foram repassados para conferência para sua consultoria atuarial e que, em seguida, deverão ser disponibilizados para a representação dos empregados.

Fonte: Contraf-CUT