Abril 29, 2025
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Imprensa

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Mais uma vez, e novamente sem nenhuma negociação com o movimento sindical, o Santander aprofunda a fraude na contratação de bancários. O banco espanhol apenas se limitou a comunicar que vai migrar a área de crédito consignado para a empresa SX Tools, do mesmo conglomerado.

Os trabalhadores foram comunicados, na tarde de terça-feira (30), que serão transferidos para a empresa do grupo a partir de quarta-feira (1º). Permanecerão, contudo, lotados no mesmo prédio (Radar), e desempenhando as mesmas funções.

Com a mudança, porém, não serão mais abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) bancária, que contém uma série de direitos como PLR, VA e VR de mais de R$ 1.800 somados, auxílio-creche/babá de R$ 640 e dezenas de outras conquistas.

“Esta transferência representa mais uma fraude na representação sindical, promovida sem nenhuma negociação. É um desrespeito com os bancários que constroem o lucro do banco e, em troca, perderão todos os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e não serão mais representados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, um dos mais atuantes do país”, denuncia Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

“Seguiremos protestando e defendendo os bancários até que o Santander decida respeitar os trabalhadores e a população do Brasil, país de onde obtém grande parte do seu lucro mundial”, completou Wanessa.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, o banco espanhol Santander é antissindical e aposta em trabalho indecente. “Não gosta que trabalhadores tenham direitos e afronta com contratações fraudulentas. O banco espanhol tem postura de colonizador e faz no Brasil algo impensável no seu país de origem. Isso precisa acabar. Nós trabalhadores exigimos respeito aos nossos direitos. Basta de contratação fraudulenta!”

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 3,021 bilhões, no primeiro trimestre de 2024. O valor representa crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 37,1% no trimestre anterior. O Lucro líquido Contábil, por sua vez, também teve alta, de 42,3% em doze meses e de 38,6% no trimestre. O retorno sobre o patrimônio do banco (ROAE) ficou em 14,1%, o que representou um acréscimo de 3,5 pontos percentuais (p.p.) em doze meses. Segundo o banco, o resultado “está fundamentada na evolução da margem, evidenciando a nossa retomada do crescimento, aumento da nossa carteira de crédito no varejo e melhora do custo de crédito.” O lucro do período no Brasil representou 19,7% do lucro global do banco, de € 2,852 bilhões, 19,6% em doze meses.

A secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, lembra que, apesar do lucro bilionário, os trabalhadores sofrem com o descaso do banco. “Recebemos muitos relatos de trabalhadores da Bahia e de Brasília sobre a falta de assistência médica e o desinteresse do banco em solucionar o problema. Nos relatam também que muitos trabalhadores estão pedindo demissão pelas péssimas condições de trabalho. O Santander deveria respeitar e valorizar os trabalhadores que fazem o lucro desta empresa.”

A holding Santander encerrou o ano com 55.210 empregados, com abertura de 1.654 postos de trabalho em doze meses, contudo, houve fechamento de 400 postos em relação ao trimestre anterior. A base de clientes aumentou em 4,0 milhões em relação a março de 2023, totalizando 67,1 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechados 374 pontos de atendimento (inclui agências físicas, postos de atendimento bancário e lojas) em doze meses (89 no trimestre).

“Mesmo com esses resultados impressionantes, o banco reduziu postos de trabalho no trimestre, fechou agências, com o novo modelo implementado, batizado de Multicanalidade. É fundamental que o Santander cumpra o seu papel, como concessão pública no Brasil, atendendo todos os segmentos e todos os clientes indistintamente”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Santander.

Veja aqui os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

Neste dia 1º de maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou do ato e mobilização, que ocorreu no Parque Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Gentil Ramos representaram a entidade sindical no evento.

As centrais sindicais promoveram diversas atividades culturais, além de um espaço aberto aos trabalhadores que quiseram se apresentar, seja através da música, da dança ou da declamação de poesia.

"Palestras, atrações musicais, informações em um ambiente democrático para manter os trabalhadores e trabalhadoras informados sobre assuntos do seu interesse ao passo que atrações musicais garantem o clima de festa no subúrbio carioca", dizia o convite da organização, formada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

Nesta terça-feira, 30 de abril, o Coordenador Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Pedro Batista, representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), onde é Vice-Presidente, se reuniu com o Superintendente da Previdência Social do Rio de Janeiro, Marcos Fernandes, para debater sobre os antigos problemas enfrentados por bancárias e bancários, como a dificuldade para o INSS reconhecer o acidente de trabalho, impasse que ocorre também nas demais categorias de trabalhadores.

A reunião também contou com a presença do Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, e dos diretores do Sindicato dos Bancários do Rio, Edelson Figueiredo e Renato Higino.

No encontro, os dirigentes sindicais pediram uma atenção maior em relação ao pedido de reconhecimento de acidente de trabalho, solicitado pelos trabalhadores, já que os peritos consideram apenas o auxílio-doença, o que não garante a estabilidade (o acidente de trabalho, após 15 dias de afastamento, dá um ano de estabilidade para o empregado após ele retornar ao trabalho).

Além disso, houve uma reivindicação para que não seja apenas o banco responsável pela emissão da CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho). Que o documento, também, seja emitido pelas entidades sindicais, um médico ou o próprio segurado do INSS, conforme prevê a Lei 8213/91, o que tem sido descartado pelos peritos.

Outro problema debatido foi que, no sistema da Previdência Social, no momento de marcar a perícia, não há a opção “acidente de trabalho”, mas apenas “auxílio-doença” e/ou “acidente típico”, o que leva a entidade sindical a optar pela primeira opção para que, somente no ato da perícia, seja finalmente transformado em acidente de trabalho.

Marcos Fernandes, do INSS, explicou que há algum tempo, os peritos estão subordinados a coordenadoria de perícias médicas. Por isso, sugeriu que seja marcada uma reunião com o setor.

Os sindicalistas consideraram o encontro muito positivo.

Outra preocupação dos trabalhadores é a demora no processo de concessão dos benefícios.

O superintendente Marcos Fernandes disse, no entanto, que tem sido realizado um esforço do governo e os benefícios estão sendo concedidos com maior agilidade, lembrando que no mês de abril, vários deles foram concluidos em 30 dias, cumprindo assim o prazo previsto pela legislação brasileira.

“Seguimos na luta para que os trabalhadores, que já tem a rotina pesada de trabalho, possam ter seus problemas com o INSS resolvidos de uma maneira mais fácil. Consideramos a reunião proveitosa e continuaremos em contato com o INSS, até que nossas demandas sejam atendidas.”, declarou Pedro Batista.

Fonte: Fetraf RJ/ES

O Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, rebateu a críticas do comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, que enviou, nesta semana, uma carta à Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados contra o Projeto de Lei nº 4.046/2021, que inclui João Cândido Felisberto, militar negro, líder da Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

O PL foi aprovado no Senado em 2021 e, agora, está em debate na Câmara dos Deputados. Na última quarta-feira (24), a Comissão de Cultura daquela casa fez uma audiência sobre o tema, quando foi ouvido o ofício enviado pelo comandante da Marinha, pedindo que o nome de João Cândido Felisberto, não fosse incluído no panteão dos heróis da Pátria.

As razões apontadas por Marcos Sampaio Olsen são de que a homenagem ao líder da Revolta da Chibata transmitiria “em particular aos militares, a mensagem de que é lícito recorrer às armas que lhes foram confiadas para reivindicar suposto direito individual ou de classe”. O comandante da Marinha também chamou de “heroísmo infundado” o reconhecimento ao líder negro que se levantou contra a prática de torturas.

“As afirmações do comandante Olsen não têm nenhuma fundamentação histórica e expressam todo o preconceito e ressentimento que as elites, civis e militares, ainda carregam contra os movimentos de reação da população negra contra o racismo, a exploração do trabalho e toda a forma de injustiça social no Brasil”, pontuou Almir Aguiar.

“Por mais que os militares prezem pela hierarquia, a Marinha não tem como negar que a rebelião de João Cândido foi, antes de tudo, uma ação humanitária contra os maus tratos e humilhações impostas aos trabalhadores marinheiros. Embora a revolta tenha acontecido após a abolição da escravatura, o racismo estrutural permaneceu não só nos quartéis como em toda a sociedade. Cândido foi uma voz pela liberdade e por condições dignas de trabalho”, acrescentou o sindicalista. 

“É preciso haver uma mobilização de toda a sociedade em defesa desta homenagem a João Cândido, que não foi apenas um grande líder contra o racismo e as práticas de violência contra trabalhadores na Marinha, mas um verdadeiro herói nacional”, concluiu o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, composto por representantes do banco e das empregadas e empregados, retoma as negociações sobre o plano de saúde nesta terça-feira (30). As negociações estavam paradas desde a aprovação do aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que trata especificamente do Saúde Caixa.

“Temos diversas questões a serem tratadas, entre elas, a instalação das gerências e das representações regionais de Pessoas (Gipes e Repes) e dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento, que podem contribuir com a melhoria da qualidade de atendimento do plano, principalmente em localidades mais afastadas dos grandes centros do país, onde há uma carência muito grande de algumas especialidades médicas credenciadas no plano”, informou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é conhecida como Fabi pelos colegas de trabalho no banco.

A reunião começa às 16h e será realizada na modalidade remota, por meio de uma plataforma digital de reuniões e videoconferências.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na sexta-feira (26), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando o fornecimento dos dados primários do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados do banco. A determinação do repasse dos dados está estabelecida na cláusula 3ª do aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa, celebrado no final de 2023.

O Parágrafo Quarto da Cláusula Terceira do acordo diz que:

“A Caixa apresentará ao GT Saúde CAIXA os dados primários para avaliação do plano trimestralmente, incluindo: base de beneficiários, base de prestadores, base de despesas assistenciais, base de receitas de participantes e base de receitas Caixa, além da posição consolidada dos fundos de reservas, quantidade de beneficiários e prestadores credenciados do plano, idade média, quantidade de procedimentos efetuados, percentual de inadimplência, relação trimestral de credenciamento e descredenciamento dos prestadores, nos moldes dos dados fornecidos para empresa de Consultoria Atuarial contratada pela Caixa, dentre outros, observadas a legislação vigente e as diretrizes contidas na Lei Geral de Proteção de Dados.”

No ofício, a Contraf-CUT também solicita informações sobre a previsão do início das atividades das Gerências Regionais de Pessoas (Gipes) e das Representações Regionais de Pessoas (Repes), assim como a instalação dos comitês regionais de credenciamentos e descredenciamentos.

Desde janeiro estamos cobrando a recriação das estruturas regionais, conforme definido nas negociações do acordo do Saúde Caixa e, agora, com o término do primeiro trimestre do ano, estamos incluindo a cobrança dos dados trimestrais, conforme previsto no nosso acordo coletivo”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, conhecidas por seus colegas de trabalho no banco como Fabi.

“As estruturas regionais de Pessoas são fundamentais para garantirmos a qualidade do atendimento, com a resolução dos problemas dos usuários e credenciados, além do credenciamento de profissionais de certas especialidades e unidades de atendimento de saúde, principalmente em localidades mais afastadas dos grandes centros metropolitanos do país, mas também para o acompanhamento dos custos e viabilidade do plano para todos os empregados”, completou.

Leia a íntegra do ofício.

Fonte: Contraf-CUT

 

Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria de Seguridade. O grupo reúne associados da entidade que já fazem parte ou já tiveram experiência na gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), com novos candidatos.

“Agradecemos todas as associadas e todos os associados que participaram desta eleição, independentemente do voto. Nós vamos continuar atuando pelos interesses das trabalhadoras e trabalhadores do BB, da ativa e aposentados, progredindo na gestão e na segurança da Previ. Nossa gestão continuará buscando a proximidade e olhar dos associados e associadas, olhar que trouxe a Previ em segurança nesses seus 120 anos”, declarou o diretor de Seguridade da Previ, Wagner Nascimento, membro da Chapa 1, portanto reeleito ao cargo.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, avaliou que o resultado do pleito mostra que os associados da Previ “votaram pela continuidade da gestão que vem sendo feita nos últimos anos”. Ela ainda lembrou que também é uma vitória a participação dos trabalhadores do BB no processo eleitoral, em si, com a escolha de seus representantes nas diretorias e conselhos.

“O modelo de gestão da Previ é referência para outras entidades do sistema de previdência complementar fechado, por causa da paridade na gestão, ou seja, parte dos diretores e conselheiros são indicados pelo patrocinador e a outra parte pelos associados e associadas. É esta paridade que mantém a Previ segura, porque os representados têm voz nas decisões administrativas, para garantir os seus interesses dentro da entidade”, concluiu.

Veja abaixo os dados da votação

54.512 votos para Chapa 1 (51,77%)
38,679 votos para Chapa 2 (36,73%)
4.847 branco (4,6%)
7.268 nulos (6,9%)

Clique aqui para ver o resultado o site oficial Eleições Previ 2024.

Fonte: Contraf-CUT

O segundo dia do 4º Seminário Jurídico Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) começou, na quarta-feira (24), com as reflexões sobre contribuição assistencial da procuradora Priscila Moreto de Paula, vice-coordenadora da Coordenadoria Nacional de Liberdade Sindical (Conalis) do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Priscila explicou que o empregador não pode interferir, muito menos impedir a relação do trabalhador com o sindicato e que, caso isso ocorra, se configura em prática antissindical e informou que, em maio, o MPT vai lançar uma cartilha de “Combate aos atos antissindicais – Recusa à negociação coletiva prejudica a saúde social” e, mais pra frente, uma publicação em quadrinhos sobre o mesmo tema.

Contribuição assistencial

“Em relação à contribuição assistencial, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou o entendimento de que é Constitucional, desde que assegurado o direito de oposição em assembleia”, lembrou a procuradora. “Nós, do MPT, entendemos que não é um direito, mas um exercício da oposição. E trazemos um outro elemento, que é inclusão dos não-filiados ao sindicato na definição sobre a contribuição assistencial”, disse. “Ou seja, os editais de convocação das assembleias têm que ser direcionados para toda a categoria, deixando claro que a definição da contribuição assistencial será um dos pontos de pauta”, explicou, ao acrescentar que o MPT vai editar uma nota técnica com as diretrizes a serem seguidas.

O advogado Jefferson Oliveira, assessor Jurídico da Contraf-CUT, lembrou que em 2018, quando a cláusula de contribuição negocial foi incluída da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, a Contraf-CUT enviou uma circular jurídica para todas as entidades que fazem parte do Comando Nacional dando as orientações para a realização das assembleias para a aprovação da contribuição assistencial/negocial por toda a categoria, filiados ou não, de cada base sindical.

Pauta de reivindicações

A segunda mesa de debates do dia debateu sobre a pauta unificada de reivindicações da categoria e a atualização técnico-jurídica da minuta, com contribuições dos advogados Jefferson Oliveira e Lucia Noronha, assessora jurídica do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Lúcia Noronha abriu as reflexões explicando que a entrega da pauta de reivindicações da categoria à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é o primeiro passo das negociações. “Hoje a minuta de reivindicações tem 133 artigos, separados em cinco blocos: remuneração, emprego, igualdade de oportunidade, liberdade sindical e disposições gerais”.

Alterações

A assessora jurídica do Sindicato dos Bancários de São Paulo ressaltou, porém, que apesar de ser referência para outras categorias, a minuta de reivindicações dos bancários precisa passar por algumas alterações e atualizações.

Um dos acréscimos é com relação à jornada semanal de quatro dias. “Mas, enquanto estamos reivindicando a jornada de quatro dias semanais, existem projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que tratam da liberação do funcionamento dos bancos comerciais e da Caixa (Econômica Federal) aos sábados. Além disso, qualquer medida provisória enviada ao Congresso pelo governo anterior, tinha, ou era incluído um artigo liberando a abertura dos bancos e da Caixa aos sábados, domingos e feriados. Essa proposta continua viva e em tramitação no Congresso”.

Outra alteração necessária é com relação à isonomia salarial entre homens e mulheres. “Comemoramos no ano passado a promulgação da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres. Só que a oposição quer revogar essa lei. Para nos resguardar contra essa tentativa de revogação, precisamos pensar o que é mais importante na lei para colocarmos na nossa convenção coletiva”, orientou a advogada.

Lúcia também falou sobre o imposto de renda da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), defendendo que seja dado o mesmo tratamento dado às distribuições de lucros e dividendos aos sócios de empresas, que hoje têm isenção de impostos. “É mais justo com os trabalhadores, que recebem PLR (tributada) e não dividendos (isentos)”, defendeu.

Outros pontos que merecem revisão tratam de:

  • Estabilidade e dispensa imotivada;
  • Terceirização e reconhecimento de vínculo empregatício;
  • As influências das mudanças tecnológicas no fechamento de agências, adoecimento da categoria;
  • Definição e cobrança de metas;
  • Disparidade salarial entre altos cargos e a base da pirâmide salarial.

Teletrabalho

Lúcia destacou ainda a trajetória que levou à conquista da categoria de artigos na CCCT relacionados ao teletrabalho.

“Começamos a discutir a regulamentação do teletrabalho por causa da pandemia, em 2020. Na ocasião tínhamos, na legislação brasileira, poucos instrumentos, dois ou três artigos da CLT, que haviam sido incorporados pela Reforma Trabalhistas. Além de poucos, eram muito ruins. Então, como referência, pesquisamos as legislações estrangeiras, portuguesa e espanhola. E trouxemos, para a nossa convenção, muito da legislação portuguesa, porque atendia bem ao que os bancários tinham respondido na pesquisa sobre teletrabalho, feita pelo DIEESE. Agora, temos que ampliar o rol de direitos, que servem hoje como referência para outras categorias”, defendeu a advogada. “Seguimos ainda atuando na questão do assédio moral e sexual. Temos uma cartilha maravilhosa, que acho que também vai passar a ser referência para outras categorias”, completou.

Revisão da minuta

O advogado da Contraf-CUT, Jefferson Oliveira, encerrou a última mesa de debates do seminário explicando que é preciso fazer uma revisão técnica da minuta de reivindicações, e que, nesta tarefa, as assessorias jurídicas das entidades sindicais têm um papel fundamental.

“É o objetivo do seminário. Mas uma revisão do ponto de vista técnico, implica melhorar redação, dar uma nova disposição ao texto para melhorar a compreensão, relacionar a minuta com a legislação e as jurisprudências específicas. E não conseguiremos fazer isso aqui. Por isso, peço que vocês levem esta tarefa como uma ‘lição de casa’ e nos mandem suas contribuições técnicas para o e-mail que será constituído especificamente para esta finalidade e será divulgado para todas as entidades”, disse.

 

Balanço do evento

O 4º Seminário Jurídico da Contraf-CUT contou com 98 representantes de sindicatos das 11 federações que fazem parte do Comando Nacional dos Bancários, tanto secretários das entidades, quanto suas assessorias jurídicas.

No encontro, a presidenta e o assessor jurídico da Contraf-CUT, Juvandia Moreira e Lourival Rodrigues, respectivamente, entregaram à procuradora Priscila Moreto de Paula os exemplares das cartilhas “Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões” e “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”.

Os materiais fazem parte do Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher, lançado em 2023 e conquista das bancárias, na luta contra o assédio no ambiente de trabalho e na sociedade.

Para Juvandia Moreira, que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, o seminário “referendou o acerto das políticas orientadas pela entidade, em um momento extremamente nocivo, diante das mudanças inauguradas com a reforma trabalhista, a partir de 2017”, pontuou.

Lourival Rodrigues, complementou a análise, ao concluir que “o seminário representou esforço da Secretaria Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT em garantir a unidade de atuação dos sindicatos frente aos desafios das mudanças pós reforma trabalhista”.

Fonte: Contraf-CUT

 

Se você está fazendo o curso preparatório para o concurso da Caixa, oferecido pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Sindicato dos Bancários de Brasília, fique atento que, em maio, mês de realização das provas, as atividades tira-dúvidas serão intensificadas.

Conforme edital divulgado pela Caixa o certame está agendado para 26 de maio (domingo). Na reta final de preparação, os concurseiros vão contar com aulas ao vivo e simulados.

O conteúdo do curso preparatório está baseado no último concurso da Caixa e em concursos da área bancária realizados nos dois últimos anos. O material utilizado é da X5 Educação e foi desenvolvido por uma equipe de professores da própria Caixa, com temas relacionados à matemática básica e financeira, conhecimentos básicos, redação, legislação específica, marketing, vendas, dentre outros.

Se liga no calendário de tira-dúvidas de maio!

02/05 (quinta-feira)- Conhecimentos de Tecnologia da Informação e Comunicação
04/05 (sábado)- Simulado
06/05 (segunda) e 08/05 (quarta)- Língua portuguesa e Conhecimentos e Comportamentos Digitais
11/05 (sábado)- Simulado
13/05 (segunda) e 15/05 (quarta)- Atendimento Bancário
20/05 (segunda) e 22/05 (quarta)- Como fazer a prova e revisão de véspera
25/05 (sábado)- Simulado

Fonte: Fenae