Maio 16, 2025
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Começou a reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). É a sexta rodada de negociação da Campanha Nacional. A categoria espera que os bancos apresentem propostas para suas reivindicações, entre elas a de aumento real, de salário e da PLR, regulamentação do teletrabalho, estabilidade no emprego, entre outros eixos de reivindicação.

Antes, ao meio-dia, foi realizado um tuitaço, que movimentou a categoria bancária em todo o país. Na terça-feira, o Comando Nacional rejeitou a proposta dos bancos de redução da PLR em até 48%.

Fique por dentro das resoluções ao final da reunião. Acompanhe as negociações pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

Uma das maiores agências de notícias econômicas do mundo, a Bloomberg, divulgou uma reportagem na terça-feira (18) sobre a estratégia adotada pelo Santander de acelerar a volta do trabalho em seus departamentos. O texto observa que a medida, que não está sendo adotada em nenhum lugar do mundo, coloca os funcionários e a população brasileira em risco.

De cara, a reportagem observa que, “em um país onde o número de infecções por Covid-19 aumentou em 1 milhão apenas no mês passado, um dos seus maiores bancos vem promovendo um retorno em massa ao escritório”. Segundo o texto, cerca de 60% dos funcionários administrativos do Santander Brasil retomaram o trabalho in loco, enquanto seus concorrentes no país mantiveram a maioria dos funcionários de escritório em casa.

“O Santander adotou uma abordagem totalmente diferente do restante do setor bancário, que não tem pedido aos funcionários que voltem ao escritório”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Outros bancos

A reportagem compara a postura do Santander com a adotada por outros bancos. “A maioria dos grandes bancos dos EUA tem afirmado a investidores que ainda é muito cedo para oferecer um cronograma detalhado para retorno ao escritório. O Citigroup disse que é provável que menos da metade da força de trabalho retorne antes que uma vacina contra o coronavírus seja desenvolvida, enquanto o Bank of America tem menos de 15% dos funcionários trabalhando em escritórios”, diz um trecho do texto.

“Mesmo em comparação com os rivais brasileiros, o Santander se destaca. O Itaú Unibanco informou que 97% de seus colaboradores da administração central, centrais de atendimento e agências digitais estão trabalhando de forma remota, com 55.000 pessoas habilitadas para home office, segundo uma apresentação de resultados. O banco anunciou na semana passada que adiará o retorno aos escritórios até janeiro”, continua.

Já o Bradesco, ainda segundo a Bloomberg, mantém 94% dos funcionários da matriz e demais departamentos administrativos trabalhando remotamente.

Desrespeito contínuo

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia, diz que o retorno ao trabalho in loco nos departamentos e escritórios administrativos é apenas uma das medidas adotadas pelo banco Santander no Brasil que coloca em risco os funcionários e a população.

“Nesta terça e quarta-feira (18 e 19), o banco colocou os funcionários das agências nas ruas para vender maquinhas de cartão de crédito do banco. Cada gerente teria que vender três aparelhos a cada dia. Neste momento de pandemia, quando todas as atividades comerciais estão sofrendo restrição, esta ação do banco é uma afronta ao que as autoridades estão determinando. O banco deveria ser autuado e multado por ter colocado seus funcionários e a população em risco”, informou o dirigente da Contraf-CUT. “Podemos aceitar que os bancários trabalhem em plena pandemia para realizar os serviços essenciais. Mas, qual é a essencialidade da venda de maquinhas de cartão de crédito”, observou.

#SantanderRespeiteOBrasil

A imposição de metas comerciais em plena pandemia e a demissão de funcionários que não as cumpre tem levado sindicatos da categoria em todo o país a realizar atividades de protestos contra o banco Santander e a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil já figurou, por mais de uma vez, entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.

“Já tentamos negociar com o banco sobre estas medidas, mas, infelizmente, o banco somente nos ouve quando conseguimos mostrar para a sociedade as barbaridades que ele comete contra seus funcionários e contra a sociedade”, lamentou Mario Raia.

Fonte: Contraf-CUT

Será hoje, às 13h, a sexta reunião de negociação entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria espera que venha uma resposta às reivindicações, apresentadas no final do mês passado. Na terça-feira (18), os bancos propuseram uma redução de até 48% na PLR, proposta prontamente rejeitada pelo Comando. Uma hora antes da reunião, ao meio-dia, haverá um tuitaço para reforçar a mobilização da categoria.

Com a primeira proposta de redução da PLR, os bancos sinalizaram pouca consideração com as reivindicações d@s bancários. A expectativa é que hoje a Fenaban responda às reivindicações de aumento real, regulamentação do teletrabalho, estabilidade no emprego e outros eixos de campanha.

Tuitaço

O tuitaço da categoria vai começar ao meio-dia. Participe e tuite as hashtags #NenhumDireitoAMenos e #NaoMexaNaPLR. Ao final da reunião, você saberá o resultado na reunião. Acompanhe as negociações pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

A Campanha Nacional dos Bancários 2020 está entrando no seu segundo mês, e até agora, nas quatro rodadas de negociações específicas do Banco do Brasil, a direção da empresa comandada pelo governo Bolsonaro se limitou a apresentar propostas que retiram direitos à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), que representa os trabalhadores do banco nas negociações.

Soma-se a isto a proposta apresentada na negociação desta terça-feira 18, ocasião em que os bancos que compõem a mesa da Fenaban propuseram reduzir o valor da PLR dos trabalhadores em até 48%.

A regra da PLR do Banco do Brasil é diferente da dos bancos privados. Os parâmetros que a Fenaban propôs mudar não se encaixam na regra da instituição pública. Por exemplo, a Fenaban propõe reduzir a parcela adicional de 2,2% para 2%. Mas isso só vale para os bancos privados, porque no BB este percentual é de 4%.

Contudo, a regra básica engloba também o Banco do Brasil e afetará diretamente a PLR dos funcionários da empresa. A proposta da Fenaban é reduzir a regra básica da PLR anual para: 72% do salário + Fixo de R$ 1.965,83, com limite individual de R$ 10.545,74 (desde que não ultrapasse 12,8% do lucro líquido do exercício). A proposta foi rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional dos Bancários.

A regra básica atual consiste em 90% do salário + Fixo de R$ 2.457,29, com limite individual de R$ 13.182,18, e desde que não ultrapasse 12,8% do lucro líquido do exercício.

“Embora nossa regra seja diferente, o Banco do Brasil intensificou a pressão pelo lucro, aumentando em 40% as metas dos funcionários em home office e nas agências neste momento em que ainda estamos em plena pandemia” enfatiza João Fukunaga, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenador da CEBB.

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ R$ 6,7 bilhões apenas no primeiro semestre de 2020.

“É um desrespeito cogitar reduzir a PLR dos trabalhadores em um momento em que o banco apresentou lucro expressivo mesmo em plena pandemia, quando a pressão por metas está aumentando e as despesas foram reduzidas”, acrescenta o dirigente.

Por conta do home office, no primeiro semestre de 2020 os bancos reduziram em R$ 267 milhões algumas despesas como água, luz, gás, segurança e viagens.

Estudos internos do BB divulgados pelo Valor apontam uma economia de até R$ 180 milhões por ano com a implantação de um home office para 10 mil funcionários de áreas administrativas em jornada parcialmente remota.

“Discutir redução da PLR em meio à pandemia e diante de uma lucratividade tão expressiva representará mais uma mesquinharia que se somará às propostas de retirada de direitos já apresentadas. E não vamos aceitar qualquer proposta neste sentido”, afirma o dirigente.

Fonte: SPBancários

 

A Caixa Econômica Federal apresentou à Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) uma proposta de alteração no modelo de custeio do Saúde Caixa, durante a quarta reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), realizada nesta quarta-feira (19), por videoconferência.

Antes de entrar na pauta principal da reunião, a CEE/Caixa cobrou proposta global para a minuta de reivindicações dos empregados incluindo a manutenção da PLR Social. Depois, o banco trouxe o retorno de pontos de reuniões anteriores sobre a jornada de trabalho. A Caixa apresentou a possibilidade de intervalo de 30 minutos (opcional) para quem faz jornada de 8 horas, além de férias divididas em até três vezes, bem como banco de horas.

Com relação ao banco de horas, a Caixa disse implementar, com limites, para evitar “abusos” das partes e dentro da proposta encaminhada seria possível negociar melhorias. Sobre a divisão das férias, a Comissão pediu que o período mínimo seja de 12 dias (na CLT atual o período mínimo é de 14 dias. Se o empregado tirar férias a partir de uma segunda-feira “perderia” dois dias no último final de semana).

Empregados reivindicam Saúde Caixa Para Todos com sustentabilidade

Em seguida, a Caixa iniciou apresentação sobre o Saúde Caixa, defendendo a alteração no modelo de custeio do plano. O banco justifica que, para atender à CPC33, ao estatuto da empresa, às resoluções da CGPAR e às demandas de usuários, seria necessário que a cobrança passasse a ser individualizada.

A Caixa disse também que o teto permitiu que o banco se enquadrasse ao Acordo de Basileia, ao liberar parte da provisão do benefício pós-emprego, podendo continuar a realizar operações de crédito e que se não fosse a aplicação do teto previsto no estatuto a provisão alcançaria 25 bilhões, comprometendo a contratação de novos créditos.

A CEE questionou que mesmo com a liberação do provisionamento com a aplicação do teto de 6,5% da folha de pagamento não houve ampliação das operações de crédito. Inclusive o fato absurdo do presidente Pedro Guimarães ter devolvido mais de uma dezena de bilhões de reais do IHCD’s que comprometeram novamente a estrutura de capital da empresa. A Caixa tem perdido mercado e não voltou a emprestar nos mesmos níveis de antes.

A Caixa alega que precisa alterar o modelo de custeio para garantir a sustentabilidade do plano, pois o pacto intergeracional estaria comprometido pelo envelhecimento dos usuários do plano. A CEE sustenta que a proposta da Caixa de alterar o formato de custeio compromete o acesso ao plano, comprometendo, aí sim, suas premissas, que são o pacto intergeracional, a solidariedade e o mutualismo.

A CEE contesta o estudo atuarial contratado pela Caixa, pois as premissas adotadas pela empresa que o realizou não se aplicam à nossa atual realidade. A sinistralidade, neste ano, por exemplo, foi reduzida. Defende a manutenção da proporção de 70/30 no custeio das despesas assistenciais do plano, para garantir que os empregados tenham de fato acesso ao plano.

Para Jorge Furlan, membro da Comissão, o modelo apresentado pela Caixa não é a solução do Saúde Caixa. “Defendemos o modelo atual de custeio com a inclusão dos novos empregados. Vamos lembrar que o formato de custeio é sustentável e necessita de ajustes, tanto que, mesmo sem reajuste desde 2008, apresentou superávit até 2015. E foi a partir desse ano que a Caixa deixou de apresentar os dados aos trabalhadores”.

A Caixa diz que o maior desafio é o teto previsto no estatuto da empresa. Para eles, a proposta apresentada na reunião atende a maior parte dos beneficiários no longo prazo, já que o teto de 6,5%, previsto no estatuto, seria fundamental para a manutenção da competitividade da Caixa no sistema financeiro.

“Nós defendemos o Saúde Caixa para todos, com o atual custeio, sustentável e garantindo o pacto intergeracional, mutualismo e a solidariedade. Esse teto de gastos colocado foi justificado para poder dar competitividade a Caixa, mas não é isso que vemos. A Caixa tem sim é perdido mercado. Este teto é prejudicial aos empregados e são estes mesmos trabalhadores que constroem dia a dia a empresa.”, ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)

O Saúde Caixa volta a ser debatido em reunião na próxima sexta-feira (21), às 15h, por videoconferência.

VIRED

Ao final da reunião, a direção da Caixa trouxe retorno sobre duas demandas colocadas pela CEE/CAIXA: reforçou comunicado interno para os gestores garantirem o rodízio de empregados nas unidades e que o atendimento nas agências é exclusivamente de serviços essenciais.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional d@s Bancári@s espera que nesta quinta-feira (20) os representantes da Federação Nacional dos bancos (Fenaban) apresentem uma proposta completa que responda às reivindicações da categoria. Nesta terça-feira, na sexta rodada da Campanha Nacional da categoria, a Fenaban apresentou sua primeira proposta para a negociação e não foi positiva. Os representantes dos bancos colocaram uma proposta que pode reduzir em até 48% a PLR dos bancári@s, prontamente rejeitada pelo Comando. A negociação desta quinta começa às 14h e uma hora antes, às 13h, haverá um tuitaço da categoria.

Para esta quinta-feira, a expectativa é que a Fenaban apresente sua resposta às reivindicações de aumento real de salário, estabilidade no emprego, regulação do teletrabalho, entre outros eixos da campanha. Essas prioridades foram definidas com base na consulta feita na categoria em todo o país e da qual participaram cerca de 30 mil bancári@s. As reivindicações levantadas na consulta foram aprovadas na Conferência Nacional da categoria, no final do mês passado, bem como em conferências estaduais e regionais, e nos congressos nacionais específicos por bancos.

Tuitaço

Por causa da pandemia e do isolamento social necessário para combater o contágio do covid 19, @s bancári@s criaram novas formas de participação na Campanha Nacional. Primeiro realizaram virtualmente as conferências e os congressos da categoria. Agora, com a maioria da categoria trabalhando em home office, ou afastada de seu local de trabalho, será importante utilizar as ferramentas digitais para pressionar os bancos a negociar um acordo decente.

O Twitter é umas das redes mais consolidadas no mundo e pode ter um papel importante nessa campanha salarial. No tuitaço, é possível ver o quanto determinada hasgtag atinge a sociedade e tem capacidade influenciar na opinião pública. Por isso a importância de tuitar as hashtags da campanha. Para esta quinta-feira (20), as hashtags escolhidas são #NenhumDireitoAMenos e #NaoMexaNaPLR. O horário combinado para o tuitaço é o das 13h. Participe dessa luta!

Algumas orientações para o tuitaço

Compartilhar conteúdo próprio

O Twitter é um excelente canal para quem produz e quer tonar seus textos conhecidos e também para atrair visitantes para seu site. Mas, também para difundir o conteúdo em si de forma fragmentada, ampliando o alcance do mesmo.

Interação e engajamento

O Twitter facilita a interação com as empresas e todos os demais usuários, por meio da citação da empresa com o @ e a #. Ao permitir essa interação de forma direta, o Twitter ajuda a se identificar e a interagir com influenciadores, que podem influenciar outras pessoas.

Agilidade

Muitas vezes, a demanda que chega à empresa pelo Twitter é atendida mais rapidamente do que se ela chegasse pelos canais telefônicos. É uma forma simples e nada burocrática para entrar em contato com a empresa.

Monitoramento

No Twitter é fácil encontrar diferentes opiniões sobre a empresa. Ao saber o que seu público tuita, é possível conhecer melhor seus interesses e necessidades e trabalhar conteúdos direcionados a ele. Utilizando um encurtador de links, é possível direcioná-lo para seu site e ainda medir a popularidade dos seus tuites, seja pelo contador de cliques ou por meio dos RTs. Dá para ter claramente a ideia do alcance da sua mensagem.

Acompanhe as negociações da categoria pelas nossas redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

A primeira reunião de negociações entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a representação dos funcionários, que ocorreria nesta terça-feira (18), a partir das 14h30, não aconteceu.

A administração do banco, que controla o acesso do aplicativo de reuniões virtuais, não aceitou a entrada na negociação de metade da Comissão dos Empregados, legitimamente homologada na assembleia que os funcionários realizaram no dia 3 de agosto.

“Não podemos aceitar a intransigência do banco, que quer escolher quem serão os representantes dos funcionários”, disse o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius de Assumpção. “O banco tenta impor algo inédito a um processo negocial que tem mais de 35 anos, com um histórico de respeito e diálogo entre as partes”, completou.

Em nota, a Contraf-CUT, sindicatos e associações dos funcionários do sistema BNDES ressalta não haver “dúvida sobre a legitimidade da Comissão do Banco, constituída por empregados da Casa; mas também não aceitamos qualquer ingerência externa sobre quem representa o corpo funcional benedense”.

A nota lembra ainda que, “nos outros bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, as mesas específicas estão se realizando com a participação dos empregados das instituições, junto com as representações da Confederação” e reitera a disposição dos trabalhadores para negociar e buscar soluções para os conflitos por meio do diálogo.

“Respeitamos a comissão de negociação escolhida pelo banco para negociar em nome da instituição e queremos que a comissão dos trabalhadores também seja respeitada”, disse o presidente da Associação dos Funcionários do BNDES, Arthur Koblitz.

Leia abaixo a íntegra da nota

NEGOCIAÇÃO 2020

BNDES tenta impedir processo de Negociação!

A abertura da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho de 2020 no âmbito do Sistema BNDES, que começaria hoje (18), às 14h30, não aconteceu.

A administração do Banco, que controla o acesso do aplicativo de reuniões virtuais, não aceitou a entrada na negociação de metade da Comissão dos Empregados, legitimamente homologada na assembleia do dia 3 de agosto.

A Contraf-CUT e o Sindicato do Bancários do Rio protestaram de forma veemente contra a intransigência do BNDES na condução do processo, na tentativa de escolher quem vai negociar pelos trabalhadores.

A Contraf-CUT, através do seu vice-presidente, Vinícius de Assumpção, e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, através de sua presidenta, Adriana Nalesso, reafirmaram aos representantes do Banco e da Fenaban que a escolha de quem negocia pelos trabalhadores é feita pelos próprios trabalhadores.

A direção do Banco tenta impor algo inédito ao processo negocial do BNDES, que já tem mais de 35 anos e um histórico de respeito e diálogo entre as partes.

A direção do BNDES escolheu sua representação, portanto não cabe ao funcionalismo questionar ou vetar a participação de qualquer representante do BNDES neste processo negocial.

Não temos dúvida sobre a legitimidade da Comissão do Banco, constituída por empregados da Casa; mas também não aceitamos qualquer ingerência externa sobre quem representa o corpo funcional benedense.

Nos outros bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa, as mesas específicas estão se realizando com a participação dos empregados das instituições, junto com as representações da Confederação.

O que acontece em toda a categoria também vale para o BNDES!

Se a direção do Banco não tem propostas para apresentar ao corpo funcional, que seja clara e não use de subterfúgios para impedir que o processo negocial aconteça.

Reiteramos a nossa disposição de negociar, buscando sempre as soluções dos conflitos, através do diálogo e na mesa de negociação, como sempre foi nossa tradição!

Respeitamos a Comissão do Banco e queremos que nossa Comissão seja respeitada.

Defendemos a autonomia da Comissão das Empresas e queremos que nossa autonomia e independência também sejam levadas em consideração.

Queremos uma negociação democrática, leal e transparente – como é a tradição desta Casa.

Contraf, Sindicatos e Associações dos Funcionários do Sistema BNDES

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) encaminhou nesta segunda-feira (17) carta aos senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores, alertando sobre os danos irreparáveis que a Medida Provisória 995/2020 trará ao País, caso não seja revogada. Editada pelo Governo Bolsonaro e encaminhada ao Senado, em 7 de agosto, a MP permite a criação de subsidiárias do banco público e, a partir delas, criar outras com objetivo de privatização. A Federação chama atenção ainda para o fato que o fatiamento da empresa constitui uma manobra para burlar a necessidade de consentimento do Legislativo para vender estatais.

“Para burlar decisão do Supremo Tribunal Federal que veta a venda de estatais sem autorização do Poder Legislativo, o governo Bolsonaro promove o fatiamento da Caixa, a exemplo do que vem fazendo com a Petrobrás, fato já questionado pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, para posteriormente consolidar a privatização da empresa-matriz”, alerta a Federação.

Confira a íntegra da Carta aos senadores e deputados federais.

Para o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Fenae, não resta dúvidas sobre as reais intenções do governo. “O objetivo é tentar dar suposta segurança jurídica ao processo de ‘subsidiarização’ da Caixa, com intenção de privatizá-la aos poucos, até vendê-la por completo. Mas o fato é que isto não é legítimo e já gerou Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo, ajuizada pelos partidos da oposição, e vai gerar outras ações”, enfatiza o dirigente.

Segundo a Federação, a Medida Provisória “promove uma pulverização da atuação da Caixa por meio da criação de subsidiárias de vários níveis, impossibilitando o próprio controle da atuação do banco. A iniciativa enfraquece o banco e o desenvolvimento regional por ele induzido, porque pretende privatizar justamente as áreas mais rentáveis da Caixa, que contribuem significativamente para a capilaridade do banco e seu efetivo papel social, seja no benefício aos mais carentes ou no financiamento da infraestrutura”.

Socorro aos estados e municípios

Na carta direcionada aos vereadores, prefeitos e deputados estaduais, a Fenae lembra do papel social da Caixa e sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social nos municípios e estados.

“Nesse período de crise, é a Caixa que tem socorrido estados e municípios, que já estavam em dificuldades por conta da recessão antes da pandemia. Desde março, o banco já emprestou mais de R$ 5 bilhões a esses entes federativos”, diz a Fenae.

O banco público opera com recursos próprios linhas de crédito voltadas para infraestrutura urbana, saneamento, escolas e unidades de saúde, além da linha com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para programas de saneamento, transporte, mobilidade urbana e infraestrutura habitacional.

Confira a íntegra da Carta dos deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Nas duas cartas, a Fenae solicita o apoio dos senadores, deputados, prefeitos e vereadores ao Manifesto contra a MP 995 que já conta com adesão de mais de 220 entidades da sociedade civil e parlamentares. O documento está disponível na página criada pela Fenae que reúne informações e notícias sobre a Medida Provisória.

Clique aqui para assinar o manifesto! 

Encolhimento bancos públicos

Embora tenha afirmado diversas vezes que não vai privatizar a Caixa, a atuação do governo tem sido no sentido contrário. Após vender a Loteria Instantânea (Lotex), em outubro do ano passado, deu sequência ao plano de fatiamento visando a privatização das operações do banco público.

“Na prática, o governo trabalha para vender a Caixa e o Banco do Brasil e assim reduzir a atuação dos bancos públicos, para favorecer os bancos privados”, diz Takemoto.

Em nota, a Secretária-geral da Presidência da República, ao explicar a edição da MP,  afirmou que  a Medida Provisória é o primeiro passo para a alienação de ativos (termo usado para disfarçar a privatização) da Caixa e que a intenção do governo é  diminuir a atuação do banco em setores como o mercado de seguros e outros não-estratégicos.  Já estão na mira de privatizações a área de cartões, loterias, dentre outros.

Logo após editar a MP 995, a direção da Caixa retomou o processo de IPO de oferta pública inicial (IPO) da Caixa Seguridade na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que foi interrompido em março deste ano, por conta da instabilidade econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus.

O Comando Nacional d@s Bancári@s rejeitou a proposta apresentada nesta terça-feira (18) pelos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. Com a queda do lucro líquido dos bancos, a PLR dos bancários já teria uma redução de até 25%. A proposta da Fenaban faz essa redução chegar a até 48% (veja abaixo a tabela com as reduções da PLR por faixas salariais nos três maiores bancos privados).

A redução da PLR proposta pelos bancos significaria um retrocesso aos patamares de 1995, quando a PLR foi negociada em acordo pela primeira vez. “A conjuntura deste ano já reduziu em 25% a PLR d@s bancári@s. Com essa proposta, as perdas chegam a quase metade da PLR. É completamente inaceitável.”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional.

Para Juvandia, os bancos deveriam ter uma postura oposta, de compensar a redução de 25% na PLR determinada pela queda nos lucros e socorrer a categoria bancária nessa pandemia. “São trabalhadores que estão na linha de frente, para atender a população, arriscando suas vidas e a de seus familiares, completou a presidenta da Contraf-CUT.

Reduções na PLR

A proposta da Fenaban reduz de 7,2% para 7% o limite mínimo de distribuição do lucro líquido no primeiro semestre em exercício. As reduções não param. A antecipação atual é de 54% do salário, mais fixo de R$ 1,474,38, com limite individual de R$ 7.909,30. Na proposta dos bancos, ficaria em 43,2% do salário, mais fixo de R$ 1.179,50, com limite individual de R$ 6.327,44.

A regra básica da PLR anual tem atualmente 90% do salário mais fixo de R$ 2.457,29, com limite individual de R$ 13.182,18. Pela proposta da Fenaban, cairia para 72% do salário mais fixo de R$ 1.965,50, com limite individual de R$ 10.545,74.

Outras perdas também foram apresentadas na reunião. O percentual da parcela adicional, por exemplo, retornaria ao patamar de 2012. Os valores fixos teriam redução de 20%, retornando ao patamar entre 2014 e 2015. O acelerador da regra básica retornaria ao patamar de 2007.

A Fenaban também faz ajustes na redação na base de cálculo para o salário base acrescido das verbas fixas de natureza salarial. A mudança, no entanto, afeta bancári@s de vários estados onde os bancos pagam gratificação semestral. Nesses estados, as perdas chegariam perto de 50%. “Nesse caso, seria uma redução ainda maior porque os bancos já aplicam tabelas salariais diferentes nessas regiões”, observou Juvandia.

Proposta incompleta

Outro problema levantado na reunião desta quinta-feira (18) foi o fato de a Fenaban ter apresentado apenas uma proposta incompleta diante das reivindicações da categoria. Os representantes dos bancos preferiram discutir apenas PLR, deixando de lado pontos como aumento real de salário, emprego, saúde e contratação do teletrabalho. “É importante ter uma visão do quadro como um todo. Cobramos proposta global para a próxima rodada nesta quinta-feira, com garantia de todos os direitos e aumento real”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

Os representantes da Fenaban se comprometeram a apresentar o restante de suas propostas para a negociação na próxima reunião, marcada para quinta-feira (20). “@s bancari@s vão ficar muito insatisfeit@s pois chegamos a essa negociação e recebemos dos bancos uma proposta que reduz a quase metade a PLR. Vai frustrar bastante a categoria”, avaliou Juvandia Moreira.

Tabela das reduções da PLR pela proposta da Fenaban por faixas salariais no Bradesco, Itaú e Santander)

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) volta a se reunir com a direção da Caixa Econômica Federal, às 10h, nesta quarta-feira (19), por videoconferência, para a quarta reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Desta vez, a pauta será Saúde Caixa. Resultado de um longo processo de mobilização e luta dos empregados, o Saúde Caixa está sendo alvo de ataques da direção da Caixa e do Governo Federal. A reivindicação é pelo Saúde Caixa Para Todos com sustentabilidade.

Durante a negociação, os empregados devem participar do tuitaço com as hashtags #SaudeCaixaParaTodos #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil #NaLutaComVocê. “A mobilização é fundamental para defender os direitos e os benefícios de saúde, principalmente neste momento de pandemia. O Saúde Caixa sustentável e para todos é fundamental para a sustentabilidade do nosso plano”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

O Saúde Caixa é fruto de muita mobilização e se consolidou como direito dos trabalhadores da Caixa no Acordo Coletivo desde 2004. Os custos administrativos são bancados pela Caixa, que arca também com 70% dos custos de saúde. Os empregados arcam com os 30% restantes por meio de mensalidade (2% do salário) + 20% de coparticipação nos procedimentos, com teto de R$ 2.400 anuais. Uma consultoria contratada pela própria Caixa aponta que a participação do banco no custeio do plano de saúde dos trabalhadores será reduzida de 70% para 40,4%, em 2024. Por outro lado, 57% dos custos do Saúde Caixa se referem exclusivamente aos titulares, enquanto 28% são dos cônjuges e 13% por conta dos filhos, que na grande maioria estão nas faixas etárias mais baixas e com menores índices de utilização de serviços de saúde. O maior grupo etário no Saúde Caixa é justamente o dos usuários entre 0 e 18 anos, que reúne 60 mil indivíduos ou 21% do número total.

Além do aumento do valor médio do desconto do Saúde Caixa no contracheque dos trabalhadores, dos atuais R$ 423 para R$ 1600 em 2024, como prevê a consultoria contratada pela Caixa, outra medida que o banco quer implementar é a cobrança por dependente. A adoção da nova regra pode significar a saída de milhares de usuários do plano por não terem condições de pagar. A Caixa propõe a alteração mesmo diante do superávit de R$ 500 milhões acumulado até 2019, condição que demonstra a sustentabilidade do modelo de custeio atual.

A gestão da Caixa coloca a individualização da cobrança por dependente como condição para a inclusão dos novos contratados no Saúde Caixa, deixando claro que, se o novo modelo de cobrança não for aceito pelos empregados, continuará a discriminar os cerca de três mil contratados após 31/08/2018.

A Caixa alega seguir orientação do governo federal contidas na resolução CGPAR 23, que recomenda às estatais federais reduzir o investimento na assistência à saúde de seus empregados e aposentados. Com as medidas que já estão em curso, a participação do banco no custeio do plano de saúde sairá dos atuais 70% para 40,4%, em 2024, segundo as estimativas adotadas pelo próprio banco. Com isso, os usuários passarão a arcar com 59,6% no lugar dos 30% custeados desde 2004. Já em 2021, os usuários sentirão a diferença, quando a proporção do custeio chegar a 50,3% para os trabalhadores e 49,7% para a Caixa.

Fonte: Contraf-CUT