Maio 12, 2025
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Imprensa

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A retomada do teletrabalho e maior rigidez dos protocolos de saúde e segurança para enfrentar o agravamento da pandemia foram discutidas na reunião desta terça-feira (2), entre o Comando Nacional dos Bancári@s e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Para os representantes da categoria, essas e outras medidas protetivas são fundamentais enquanto os trabalhadores não recebam a vacina.

A tragédia em Manaus e a possibilidade de a nova cepa do coronavírus se espalhar para além da região Norte do país foram a referência das discussões entre o Comando e a Fenaban. “A população é vítima da ausência de gestão do governo Bolsonaro e de um ministro da Saúde que não faz nada para combater a pandemia. Queremos que o governo providencie vacina para todo mundo. Por causa desse atraso, precisamos também colocar a categoria bancária como um setor essencial no calendário de vacinação. Tivemos aglomerações nas agências e isso é um dos fatores de risco. Depois dos grupos prioritários a serem vacinados, queremos que a categoria seja incluída pelo Ministério da Saúde como um dos setores essenciais no calendário da vacina”, afirmou a coordenadora do Comando Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Agravamento

Por causa do agravamento da pandemia, o Comando Nacional dos Bancári@s e a Fenaban concordaram em fazer reuniões regulares para discutir as medidas de proteção da categoria. O Brasil já superou a marca de 225 mil mortes causadas pelo coronavírus e se aproxima dos 10 milhões de contágios. “É neste contexto de agravamento da doença que cobramos dos bancos a manutenção do teletrabalho, a rigidez dos protocolos se segurança e equipamentos em todos os locais”, explicou Juvandia.

O encontro ocorreu após relatos de retorno ao trabalho presencial de bancári@s de grupo de risco e que d@s que estavam em teletrabalho. “Precisamos nos antecipar ao sério risco que temos pela frente. Especialistas dizem que essa nova variamente do coronavírus está se espalhando. O risco é termos uma megapandemia dentro de 60 dias. Como a vacina vai demorar, com essa esculhambação do governo, precisamos reforçar as medidas preventivas. É uma questão de responsabilidade. Do final do ano passado até agora, houve um relaxamento enorme. O home office foi importante, distanciamento social, higiene, isso não mudou como formas de enfrentar a doença. A situação pode ficar pior que no ano passado e por isso chamamos os bancos à responsabilidade. Aumentou o número de doentes na categoria e inclusive o número de mortes.”, alertou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles Machado.

Os representes da Fenaban disseram na reunião que atualmente metade da categoria está em teletrabalho e que vão fazer uma discussão na entidade sobre a manutenção de trabalhadores em trabalho remoto. O secretário de Saúde do trabalhador da Contraf-CUT pediu que os bancos sejam mais criteriosos no controle da doença, principalmente na realização de testes em suspeitos de contaminação. “O bancário tem sintomas e, muitas vezes, nem passa pelos médicos. O gestor manda ir à farmácia, fazer o teste e, se der negativo, volta a trabalhar”, disse.

Pará

Participou da reunião a presidenta da Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, que falou sobre a situação preocupante no Estado e em toda a região Norte. “A região de Santarém, no Oeste do Pará, está em lockdown. A doença se espalhou pelos municípios próximos. Um dos dados da doença é de que para cada dez pacientes contaminados que vão para a UTI, seis morrem. Na região Norte, esse número é de oito para cada dez”, relatou Tatiana, que acredita que a nova cepa do coronavírus já tenha se espalhado por todo o Pará.

Fonte: Contraf-CUT

Funcionárias e funcionários do Banco do Brasil irão deliberar em assembleia virtual, nesta sexta-feira (5 de Fevereiro), para apreciar e deliberar sobre a proposta de decretação de Estado de Greve no dia 10 de fevereiro de 2021.

A assembleia ocorrerá das 8h até as 18h.
 
Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/
 
O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br/)
 
 

Nesta última terça-feira, dia 2 de fevereiro, mais uma bancária do Banco Bradesco foi reintegrada pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através de seus Departamentos Jurídico e de Saúde. A reintegração foi feita após decisão judicial proferida pela 6a Vara do Trabalho de Duque de Caxias.

Após esta decisão, a bancária Debora de Oliveira da Silva, demitida em plana pandemia do novo coronavírus, foi reintegrada às suas funções.

ENTENDA O CASO

Os bancos vem contrariando o compromisso firmado com a categoria bancária de não demitir durante a pandemia. 

Debora, ao ser comunicada de sua demissão, procurou atendimento no Sindicato. 

Após o primeiro contato, a bancária saiu do Sindicato com a certeza de que sua demissão seria revertida. O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, que vem trabalhando duro no combate às injustiças praticadas pelos grandes banco, obteve mais uma vitória e conseguiu a reintegração da trabalhadora. 

IMPORTANTE

Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.

SINDICALIZE-SE

Nesta terça-feira (2), Comando Nacional dos Bancários vai se reunir na próxima terça-feira (2) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir a adoção de medidas preventivas para proteger a categoria diante do agravamento da Covid-19. A retomada do trabalho em regime de teletrabalho, com rodízio das equipes, para reduzir a aglomeração nos locais de trabalho, será o tema da reunião.

“Com o agravamento da pandemia, os bancos precisam adotar novas medidas preventivas para proteger a categoria. Quando a pandemia começou, conseguimos tomar providências como o incremento do teletrabalho, além de medidas e cuidados nos locais de trabalho. Agora, precisamos redobrar os cuidados e até mesmo ampliar o teletrabalho para reduzir os riscos de contágio”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira.

Juvandia destaca que a necessidade de se ampliar as medidas protetivas na categoria bancária se faz necessária porque o governo federal tem se mostrado incapaz de adotar uma política que proteja a população da pandemia. “O governo não conseguiu montar um estoque de vacinas, falhou na tragédia de Manaus, onde faltou oxigênio para as vítimas da doença. Precisamos aumentar a proteção para evitar novas tragédias pelo país”, alertou a presidenta da Contraf-CUT.

Levantamento feito na tarde desta segunda-feira (1) pelos órgãos de imprensa mostrou que o Brasil registrou 9.204.386 casos de Covid 19 e 224.601 mortes.

Fonte: Contraf-CUT

O público que participou virtualmente do Fórum Social Mundial 2021, realizado entre os dias 23 e 31 de janeiro, pode conhecer melhor o “Projeto Basta, não irão nos calar”, implementado desde dezembro de 2019 pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e que presta atendimento jurídico especializado para as vítimas de violência doméstica, de gênero e injúria racial.

Elaine Cutis Gonçalves, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), iniciou o debate lembrando que apesar de ser considerada às vezes um tabu no ambiente corporativo, a violência cometida por pessoas próximas causa grandes impactos na carreira e na qualidade do trabalho. “Recentemente pesquisa da Universidade do Ceará constatou que a violência doméstica gera problemas de saúde mental e falta de concentração no trabalho. Foi isso que levou o movimento a cobrar na mesa de negociação com a Fenaban uma política de acolhimento e que culminou nesse atendimento”, afirma ela.

O atendimento é sigiloso e atualmente é feito também de forma virtual. Até o momento foram realizados 79 atendimentos, sendo que oito são de homens e testemunhas das denúncias. Para a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, esse trabalho se reveste da maior importância nesse momento em que um presidente da República “abriu as portas” para uma agressividade muito grande em relação a gênero, raça e orientação sexual no país. “E a coisa fica ainda mais trágica ao constatarmos que no home office a mulher ficou ainda mais vulnerável, a vítima fica refém do agressor”, ressaltou.

A pesquisadora Rachel Moreno avalia que é preciso acabar com a visão capitalista do “repouso do guerreiro”, que pode ser rei em sua casa e não deve prestar contas. É o único lugar onde ele pode descarregar a raiva e a angústia por viver em um sistema que o faz acordar cedo, enfrentar um ônibus lotado, os desmandos de um chefe e mais duas horas para voltar para casa. “A violência doméstica beneficia o capitalismo, é preciso que a gente diga isso”, afirma ela.

Para Pamela Godoy, que coordena o projeto, o atendimento busca também articular e responsabilizar o Estado a assumir seu papel. “Não se cale, procure o sindicato e denuncie, pois queremos andar e paz e porque sim, outro mundo é possível”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício nesta segunda-feira (1) à direção da Caixa para requerer esclarecimentos sobre a abertura de 75 novas agências e a contratação de 500 empregados, anunciados pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, na semana passada.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Contraf-CUT, lembra que o movimento sindical sempre cobrou a contratação de mais empregados, inclusive na última mesa de negociação permanente, realizada no dia 03 de dezembro de 2020. “Na Caixa temos um déficit de mais de 19 mil postos de trabalho. Isso somado às condições precárias de trabalho e às metas desumanas, faz com que os empregados estejam em sua maioria esgotados e adoecidos. Com mais contratações, com certeza, a situação melhoraria, pela distribuição de atividades. Mas, reforçamos que a contratação de 500 funcionários diante da abertura de 75 novas agências é muito pouco perto da necessidade.”

“Reforçamos a reivindicação também de melhores condições de trabalho, como reforço dos protocolos contra o Covid-19, sistemas constantes e ágeis, manutenção de equipes de apoio como recepcionistas e vigilantes. Isso também propicia melhor atendimento para a sociedade”, completou Fabiana.

A Caixa chegou a ter 101,5 mil trabalhadores em 2014 e atualmente conta atualmente com 84,2 mil empregados. Mesmo assim, o banco trabalha com a estimativa de desligamento de mais 7,2 mil trabalhadores por meio de Programa de Desligamento Voluntário (PDV).

Em defesa de mais contratações, a Contraf-CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) iniciaram um trabalho de coleta de adesões a um abaixo-assinado, cujo objetivo é reivindicar a recomposição do quadro de empregados da Caixa, reduzido ano a ano. A iniciativa foi adotada com o entendimento de que, sem investimentos, o banco público é submetido à precarização das condições de trabalho, o que reflete no adoecimento dos empregados e na qualidade do atendimento à população.

Mexeu com a Caixa, mexeu com o Brasil

A Caixa Econômica Federal é a principal operadora e financiadora de políticas públicas sociais, além de geradora de emprego, renda e desenvolvimento. Cerca de 70% do crédito habitacional é feito pela Caixa e 90% dos financiamentos para pessoas de baixa renda estão no banco público. Além de moradias populares — como as do programa Minha Casa Minha Vida — a estatal também investe na agricultura familiar, no Financiamento Estudantil (Fies) e nas micro e pequenas empresas.

A Caixa está presente na vida de empreendedores e é o banco que mais facilita o crédito para os pequenos negócios. Só em 2020, liberou mais de R$ 28 bilhões em financiamentos a juros baixos para 300 mil pequenas e médias empresas.

O banco é, ainda, o maior parceiro dos estados e municípios no financiamento de grandes obras de saneamento e infraestrutura — áreas essenciais para a garantia de melhor qualidade de vida à população.

A Caixa está em 97% dos 5.570 municípios para que as ações sociais cheguem a quem mais precisa. São 54 mil pontos de atendimento disponíveis no país: 4,2 mil agências e postos, 8,6 mil correspondentes bancários, 12,9 mil lotéricos e 28,3 mil caixas eletrônicos (ATM’s). Além disso, é o único banco que chega aos locais mais remotos por meio de oito unidades-caminhão e duas agências-barco na Região Amazônica.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta sexta-feira (29), agências, postos de atendimento, escritórios e outras unidades do Banco do Brasil pararam suas atividades contra o plano de reestruturação da direção da instituição. O movimento alcançou todo o país, em um sinal da rejeição por parte dos funcionários do plano de restruturação da direção do banco, que prevê 5 mil demissões e fechamento de centenas de agências, postos e escritórios do BB.

A paralisação ocorreu tanto nas capitais e grandes cidades, como em municípios do interior. (Veja ao final da matéria algumas cidades onde houve paralização de unidades do BB)

“A paralisação no dia de hoje foi muito boa. Muitos bancários entenderam a importância de cruzar os braços. Não foi uma paralisação contra o nosso trabalho, mas para cobrar respeito e dignidade por parte da direção do Banco do Brasil”, explicou o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. Além da paralisação, houve também um tuitaço com a hashtag #MeuBBvalemais.

Negociação

Na semana que vem, será avaliada a mobilização e sua continuidade, caso a direção do Banco do Brasil se recuse a dialogar com seus funcionários sobre eventuais mudanças no banco. “A Comissão de Empresa vai se reunir na próxima semana, junto com o Comando Nacional, para avaliarmos como foram os atos no Brasil inteiro. Vamos montar um novo calendário de lutas caso o banco não nos chamar para a negociação. Não descartamos a possibilidade de greve dos funcionários do Banco do Brasil”, afirmou o coordenador da CEBB.

Para ver as fotos da paralisação desta sexta-feira, clique aqui.

Veja a lista de algumas cidades onde houve paralisação.

Logo pela manhã foram registradas paralisações em cidades como Lagoa Santa (MG), Catanduva (SP), Divinópolis (MG), Passo Fundo (RS), Rolante (RS), Parobé (RS), Igrejinha (RS), Campina Grande (PB), Blumenau (SC), Rio Grande (RS), Macaé (RJ), Dourados (MS), Umuarama (PR), Assis Chateaubriand (PR), Cruzeiro do Oeste (PR), Campos de Goytacazes (RJ), Paranavaí (PR), Taubaté (SP), Olinda (PE), Paulista (PE), Igarassu (PE), Arcoverde (PE), Gravatá PE), Vitória de Santo Antão (PE), Apucarana (PR), Borborema (SP). Uberaba (MG), Mogi das Cruzes (SP) e Juiz de Fora (MG), Assis (SP), Cândido Mota (SP), Paraguaçu Paulista (SP) e Palmital (SP), Alta Floresta (MT), Sinop (MT), Sorriso (MT), Lucas do Rio Verde (MT), Pontes e Lacerda (MT), Catanduva (SP), Borborema (SP) e Novo Horizonte (SP).

Fonte: Contraf-CUT

No ano de 2020, em meio a uma das mais graves crises econômicas e sociais das últimas décadas, os bancos públicos se mostraram essenciais a fim de amenizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A Caixa atendeu mais de 100 milhões de brasileiros por meio do pagamento dos auxílios emergenciais e o Banco do Brasil foi a instituição financeira que mais concedeu crédito para as micro e pequenas empresas. Tudo isto ocorreu sob um governo de orientação estritamente neoliberal, que pretende desmantelar o Estado e as empresas públicas.

Sob este cenário, economista e dirigentes sindicais bancários reuniram-se virtualmente nesta quinta-feira (28), no Fórum Social Mundial, afim de debater e reforçar o papel dos bancos públicos na economia e a sua importância para a sociedade no painel “A Defesa da Caixa e do Banco do Brasil frente aos ataques neoliberais do governo Bolsonaro”.

O economista Sérgio Mendonça, do site Reconta Aí, enumerou a atuação e os efeitos diferenciados dos bancos públicos na economia e na sociedade:

  • Bancos privados têm horror a qualquer tipo de risco: enfrentamento da crise foi e está sendo um papel da Caixa e do Banco do Brasil, tanto em 2008 como agora em 2020 – com o Pronampe, pagamento do auxílio-emergencial e FGTS;
  • Corrigem falhas de mercado: são os públicos, e não os privados que investem nas regiões menos desenvolvidas e na população de renda média e mais baixa;
  • São os principais financiadores do longo prazo: No Brasil, 86% do crédito (acima de 5 anos) é feito pelos bancos públicos;
  • Operam as grandes políticas sociais: Minha Casa, Minha Vida; agricultura familiar; apoio a infraestrutura, entre outras. Segundo Mendonça, a cada R$ 1 captado pelos bancos públicos, R$ 9 retornam para a sociedade (segundo as regras de Basileia);
  • Bancariazam a população de renda mais baixa: quase mil municípios só possuem agências de bancos públicos, e centenas não têm nenhuma. Sem os bancos públicos, milhares de brasileiros teriam muito mais dificuldade de acessar programas sociais ou qualquer atendimento bancário;
  • Rentáveis e sociais: São capazes de ganhar nas linhas comerciais que mais dão retorno, e aplicar nas políticas sociais;
  • Compram títulos do governo: financiam as políticas macroeconômicas através do financiamento da dívida pública;
  • Podem acelerar o crescimento econômico: têm a capacidade de subsidiar linhas de crédito;
  • Podem regular o mercado: como foi feito na crise financeira de 2008, os bancos públicos têm a capacidade de puxar para baixo a taxa de juros.

“[Isso] se houver um governo com uma política clara de estímulo ao crédito e ao desenvolvimento regional”

Sérgio Mendonça
  • Fornecem quadros competentes para administração pública: Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Basa, BNB e outros bancos públicos sempre foram importantes fornecedores de gestores, capacitados por concurso, para o setor público;
  • Apresentam lucros altíssimos: e pagam dividendos à sociedade.

Estratégicos

“O Brasil tem sorte de contar com bancos públicos, mas há uma política intencional do governo Temer, e agora do governo Bolsonaro de enfraquecê-los para fortalecer os privados, por meio da redução da captação; do enfraquecimento do BNDES; de planos de demissão”, disse Mendonça.

“Bancos públicos são estratégicos para qualquer país, e o Brasil ainda tem bancos públicos para utilizar no projeto de retomada do desenvolvimento, e o exemplo mais evidente [da importância] foi agora: como seria sem a Caixa, sem o pagamento do auxílio-emergencial, como seria sem o Banco do Brasil e os outros bancos públicos, que apoiam a agricultura familiar e utilizaram o Pronampe para apoiar as micro e pequenas empresas?”, questionou o economista.

Contraponto ao sistema econômico atual

Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, ressaltou a importância do Fórum Social Mundial no contraponto a um modelo econômico em que, apenas em 2020, em plena pandemia do coronavírus, as 500 pessoas mais ricas do planeta aumentaram suas fortunas em US$ 1,8 trilhão, um salto de 31%, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

A dirigente enfatizou a importância dos bancos públicos para a redução das desigualdades socias. “Nós conversamos com bancários e clientes do Brasil inteiro e sabemos como é importante, principalmente agora, por causa da pandemia, ter agências também nos municípios menores e mais isolados do país.

“Aposentados de muitos municípios precisam viajar duas, três horas para poder sacar a aposentadoria, porque moram em cidades que não têm nenhuma agência. E sob o governo Bolsonaro isso está piorando, porque o projeto dele é fechar mais agências, e enfraquecer o papel dos bancos públicos, os únicos que fazem o papel social, já que privados não cumprem esta função”, disse, lembrando que várias cidades do país só contam com agências do Banco do Brasil e da Caixa.

Apoio a micro e pequenas empresas na pandemia

Durante a crise causada pelo coronavírus, o Banco do Brasil concedeu R$ 6,6 bilhões em crédito para 110 mil micro e pequenas empresas por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Para efeito de comparação, por meio do mesmo programa, o Itaú concedeu R$ 3,9 bilhões para 42 mil empresas.

“Os bancos privados vislumbram o lucro imediato, e os públicos desempenham papel social, e nem por isto deixam de ter lucro”, acrescenta o diretor do Sindicato de São Paulo e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados, João Fukunaga.

Contudo, a equipe econômica de Bolsonaro pretende realizar mais uma reestruturação, com objetivo de fechar 361 unidades no país – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, demitir 5 mil bancários e descomissionar centenas de funções.

Paralisação sexta 29

Por conta desta intenção do governo federal, os trabalhadores do Banco do Brasil fazem uma paralisação de 24 horas nesta sexta-feira (29). O aumento da digitalização bancária é o principal argumento utilizado pelo governo federal para o fechamento de agências e a demissão de mais 5 mil trabalhadores.

“É multo fácil falar sobre digitalização se olharmos apenas as grandes capitais, que têm estrutura de telecomunicação, mas no interior dos Estados essa tecnologia não chega. E também há a questão do nível de escolaridade”, disse Fukunaga.

Em um teste, dirigentes conversaram com trabalhadores da limpeza e segurança de agência do Banco do Brasil, e muito pouco deles utilizam a digitalização bancária, seja porque não têm recursos para arcar com pacote de dados, ou porque falta conhecimento para operar aplicativos. “Essa restruturação irá tirar o serviço bancário, o único acessível, para essas pessoas, e focar na classe média e alta”, disse Fukunaga.

Banco do Brasil e Caixa demitiram mais que privados

Entre 2014 e 2020, o Banco do Brasil fechou 19,5 mil postos de trabalho (variação negativa de 17,5%) e a Caixa 16,9 mil postos de trabalho (variação negativa de 16,9%), enquanto que o Bradesco abriu 414 postos de trabalho, (variação positiva de 0,4%), o Itaú fechou 1.920 vagas (-5,1%), e o Santander 4,1 mil postos (-8,4%). “É um dado que reforça uma política agressiva de diminuição de postos de trabalho nos bancos públicos e um ataque frontal ao Banco do Brasil e à Caixa”, reforçou Fukunga.

Construção de paralisações e defesa das empresas públicas

Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, lembrou que a Caixa é o único banco que paga benefícios para as pessoas, ao contrário dos outros bancos que se limitam a cobrar.

“A relação da sociedade com a Caixa, que já era grande por conta do FGTS, e de programas como Minha Casa Minha Vida, se aprofundou mais com o pagamento do auxílio-emergencial e a bancarização de 100 milhões de pessoas invisibilizadas pelo setor financeiro. A pandemia e a crise mundial reforçaram o entendimento de que sem os bancos públicos não tem como melhorar a situação econômica”, disse Dionísio.

“As entidades têm que investir na construção de paralisações dos trabalhadores e na defesa das empresas públicas como fundamentais. E a sociedade precisa entender que não é o investimento privado que alavanca o desenvolvimento do zero, mas o público”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

As premissas atuariais foram o tema da terceira reunião do Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (28), por videoconferência, e iniciou os estudos para a construção de uma proposta de custeio para o plano. Os representantes dos empregados no GT reforçaram mais uma vez a necessidade de transparência nas informações do plano que serão apresentadas. As reuniões têm acontecido semanalmente, às quintas-feiras.

“Temos reforçado esse pedido em toda reunião. A transparência nos dados é fundamental para que a gente possa, de forma colaborativa, construir uma alternativa de custeio que mantenha o nosso plano sustentável e acessível para todos os empregados e os aposentados”, afirmou a coordenadora do GT e da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Membro das duas primeiras gestões do Conselho de Usuários e agora membro do GT, o diretor de Relações Sindicais da Apcef/RJ, Sergio Amorim, lembrou que a cobrança pelos dados é antiga. “Desde aquela época, nós do Conselho cobramos o acesso aos dados e não foi diferente quando fui atuar no GT Saúde Caixa. A transparência dos dados é fundamental para cumprirmos o nosso papel, mas nunca conseguimos essa informação de forma consistente”, ressaltou Amorim.

O representante dos empregados do GT Saúde Caixa, membro da CEE/Caixa e presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros, explicou a importância do GT obter os dados precisos sobre o Saúde Caixa. “Para alcançar nosso objetivo de garantir um plano acessível e de qualidade para os empregados da ativa e aposentados é fundamental nos debruçarmos sobre os dados do plano para identificar principais gargalos dos seus custeios e buscar as melhores soluções.”

Outro ponto que está em debate no GT é a preparação de um termo de confidencialidade. O documento deverá ser assinado por todos os participantes do grupo de trabalho.

Novos participantes

Durante a reunião, a Caixa informou que aproximadamente dois mil empregados já solicitaram a entrada no Saúde Caixa. A expectativa do banco é para que pouco mais de três mil empregados façam a adesão.

A reabertura do plano aconteceu no dia 8 de janeiro, após muitas reivindicações dos empregados, um dos principais pontos da Campanha Nacional de 2020.

O Grupo de Trabalho

O GT Saúde Caixa tem o objetivo de criar uma proposta para um novo formato de custeio e de gestão do plano de saúde até o dia 31 de julho de 2021. A proposta passará pelo crivo da mesa permanente de negociação e, posteriormente, dos beneficiários, antes de entrar em vigor a partir de 2 de janeiro de 2022.

Os integrantes indicados pelos representantes dos empregados são: Fabiana Uehara, Leonardo Quadros, Sergio Amorim, Alexandro Livramento, Lilian Minchin, Marilde Zarpellon e Márcia Krambeck.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander negociou nesta quinta-feira (28) o adiamento do início da compensação das horas negativas, inicialmente previsto para janeiro. O novo prazo, inicialmente indicado para março, está condicionado a análise futura das condições da pandemia de coronavírus, com a possibilidade de nova prorrogação.

A proposta para um Acordo Aditivo com o adiamento da compensação será submetida a análise e aprovação dos bancários do Santander, por meio de assembleias virtuais, nos próximos dias. A proposta amplia o período para a compensação de 12 para 18 meses, sendo vetado desconto em folha de pagamento até encerrado este prazo. Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, também é vetado o desconto das horas não compensadas.

Acordo

“Esse acordo traz um pouco de tranquilidade para os trabalhadores que têm banco de horas negativas, uma vez que o acordo anterior previa o início da compensação agora em janeiro. Como a pandemia aumentou, o acordo vai postergar esse início, além de ampliar o prazo para compensação”, avaliou Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na COE.

Em setembro do ano passado, a COE negociou com a direção do banco o acordo de banco de horas negativas. Na ocasião, foi previsto o início da compensação em janeiro. “Porém, com a continuidade e o agravamento da pandemia, não é seguro o retorno dos bancários ao trabalho presencial e o aumento de jornadas para compensação de horas negativas. Entendemos que o grande avanço que conquistamos nas negociações, que resultaram nesta proposta de acordo, é o compromisso do Santander de não convocar os bancários para imediata compensação de horas. Essa flexibilização, diante do atual cenário da pandemia, é fundamental para preservar a saúde e a vida dos trabalhadores, sobretudo daqueles incluídos no grupo de risco. Entretanto, seguindo a tradição democrática do Sindicato e demais entidades representativas, a decisão final sobre o acordo cabe aos bancários”, enfatiza a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.

Home office

A adoção do teletrabalho/home office para funcionários que estejam em trabalho presencial foi uma medida debatida. “Cobramos que o banco atue no sentido de oferecer funções para estes trabalhadores exercerem de forma remota, evitando assim o aumento do banco de horas negativas a ser compensado”, acrescentou Lucimara Malaquias. A COE vai acompanhar ao longo do ano a compensação das horas negativas. Caso ocorram problemas, novas conversas com o banco serão realizadas. Também serão cobradas do banco medidas mais eficazes em relação a prevenção da Covid-19.

“As federações e sindicatos continuam em diálogo permanente com o banco para que não seja o trabalhador prejudicado por essa situação”, lembrou Mário Raia. Os representantes dos funcionários do Santander vão estar atentos a casos de redução do número de trabalhadores atuando de forma presencial. “A pandemia está avançando com força e o banco tem responsabilidade com a saúde e a vida de seus funcionários e clientes. O teletrabalho não pode ser encarado como privilégio. É uma questão de saúde coletiva, necessária para diminuir a circulação do vírus e preservar vidas”, concluiu Lucimara Malaquias.

A orientação aos funcionários do Santander é que problemas relativos às medidas de controle da pandemia sejam comunicados aos sindicatos de suas bases.

Resumo da proposta de Acordo Aditivo para compensação de horas negativas:

– Início da compensação será adiado de janeiro para março, com a possibilidade de nova prorrogação a depender do cenário da pandemia de coronavírus.

– Ampliação do prazo de compensação de 12 para 18 meses.

– Vetado desconto em folha de pagamento até encerrado o prazo de 18 meses para compensação.

– Em caso de demissão sem justa causa ou aposentadoria, é vetado o desconto das horas negativas não compensadas.

 Com informações da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Fonte: Contraf-CUT