Abril 30, 2025
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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil se reuniu com a direção do banco na tarde desta quinta-feira (11) para continuar a negociação pelo fim das demissões e por melhores condições de trabalho para os trabalhadores e conquistou avanços.

Os bancários reivindicavam o fim das demissões e, para os demitidos, o aumento do valor de requalificação para a busca de uma nova vaga no mercado, o aumento de seis meses, além do previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), do tempo de garantia do plano de saúde, seguro de vida e de dois meses de vale alimentação.

O banco afirmou que não serão realizados mais desligamentos em decorrência da transformação de agências em Postos de Atendimento Avançado (PAAs). Aos funcionários do backoffice que foram desligados no processo de reestruturação, o banco aceitou prolongar o plano de saúde por seis meses, além do previsto na CCT da categoria; aumentar o valor da requalificação profissional de R$ 1.873,72, para R$ 2.250,00; e a extensão do seguro de vida até 30 de abril de 2022. O banco ressaltou que os funcionários que serão beneficiados são gerentes administrativos, supervisores administrativos e um caixa, ou seja, apenas o backoffice.

“Como movimento sindical, olhamos esse lado humano. O momento da demissão é um momento duro, um momento triste, ainda mais neste momento de pandemia, crise e volta da fome ao país. Por isso, avaliamos que são conquistas importantes, principalmente a extensão do plano de saúde, mas também o fim das demissões”, afirmou o coordenador da COE do Mercantil, Marco Aurélio Alves.

Garantias

A cláusula 42 da CCT define que os bancos garantam assistência médica e hospitalar por 60 dias aos bancários demitidos com até cinco anos de vínculo empregatício. Aqueles que têm entre cinco e 10 anos, 90 dias; aqueles que tinham entre 10 e 20 anos, 180 dias; e os com mais de 20 anos, 270 dias. O banco aceitou prolongar o prazo par mais seis meses.

Além disso, garantiu que não haverá mais demissões por conta da reestruturação, aumentar o reembolso para requalificação profissional e estender o prazo do seguro de vida até 30 de abril de 2022.

“Buscamos esticar a corda para que fossem garantidas as conquistas a todos os demitidos. Nos manifestamos pelas redes sociais e com atos nas unidades. Mas, não houve sensibilidade do Mercantil em estender os benefícios para todos os desligados. O banco ficou irredutível”, observou o coordenador da COE. “Mesmo assim, avaliamos como positiva a negociação, pois conseguimos avançar além do que está previsto na CCT”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Principal ponto de conflito no jogo político nacional ao longo desta semana, a chamada “PEC dos Precatórios” pode seguir incendiando o tabuleiro do Congresso Nacional até dezembro. A medida foi aprovada em segundo turno na Câmara dos Deputados na noite da última terça-feira (9), a contragosto da oposição, e a tendência é que o acirramento em torno do tema seja reeditado no Senado Federal, para onde a proposta foi encaminhada agora.

Segundo as projeções apontadas nesta quarta (10) pelo líder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o texto será votado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no próximo dia 24 e deverá ir a plenário, no máximo, em 2 de dezembro.

Até lá os debates devem seguir em ebulição, no ritmo das divergências levantadas por especialistas e parlamentares de oposição. Entenda a seguir os principais destaques que cercam a polêmica proposta.

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Quais as principais críticas à PEC?

Oposicionistas acusam a proposta de uma série de inconsistências. A primeira delas seria a ideia de “dar um calote” em credores da União que venceram disputas judiciais depois das quais restou ao Estado arcar com o ônus da sentença. Em outras palavras, a medida prevê um teto anual para o pagamento dessas dívidas, os chamados “precatórios”, o que impõe um parcelamento dos valores.

Para o ano que vem, por exemplo, são previstos cerca de R$ 90 bilhões em precatórios a serem quitados pela União. A PEC propõe um fatiamento do montante, o que abriria uma folga de R$ 44,6 bilhões. O objetivo, segundo o governo, é utilizar essa verba para custear o Auxílio Brasil, programa de assistência social que deverá suceder o Bolsa Família.

Economistas chegaram a assinalar que o texto se trata de uma “pedalada”, pelo fato de oficializar uma operação fiscal não prevista na legislação brasileira. Nisso reside a essência da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 23/2021, nome técnico da medida, que é de autoria da própria gestão Bolsonaro.


Ao receber texto da PEC dos Precatórios, Senado se torna novo palco da disputa do governo para tentar alavancar proposta / Marcos Oliveira/Agência Senado

Especialistas, tributaristas e parlamentares dissidentes afirmam que a iniciativa cria insegurança jurídica no país por constitucionalizar a possibilidade de se descumprir decisão judicial, o que é considerado como um contrassenso, já que, no mundo democrático, sentenças proferidas pelo Judiciário têm caráter impositivo.

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo, a PEC fere a lógica da separação dos Três Poderes e jurisprudência já firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“E você faz um fatiamento de pagamento de precatórios que prejudica professores, profissionais da educação, trabalhadores que às vezes ficaram esperando a sua vida inteira pro recebimento de uma dívida judicial”, acrescenta o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), ao mencionar um dos argumentos levantados pela oposição durante os debates sobre o texto na Câmara.

Um levantamento feito pela Consultoria de Orçamento da Câmara mostrou que 26% dos precatórios que a União deveria pagar no ano que vem deveriam ser canalizados para os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Amazonas. Os valores se referem a verbas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Os precatórios, em geral, podem ter como credores pessoas físicas ou jurídicas. O teor da disputa que levou à condenação da União também pode se tratar de demandas salariais, fiscais, tributárias ou indenizatórias.

A oposição é contra políticas de assistência social?

Não. Parlamentares de oposição tanto da Câmara quanto do Senado defendem que o governo federal adote fontes de financiamento distintas para o Auxílio Brasil, em vez do fatiamento dos precatórios.

O governo propõe parcelas mensais de R$ 400 até o final de 2022 para as 17 milhões de famílias em situação vulnerável que devem ser contempladas pelo Auxílio Brasil. Cerca de R$ 100 desses R$ 400 estariam fora do Teto de Gastos, argumento que a gestão utiliza para financiar as dívidas judiciais e cobrir o valor.


Aumento da fome no país tem provocado onda de protestos populares nas diferentes regiões / Scarlett Rocha

Partidos como PT e PSOL, por exemplo, já propuseram que o governo defina e execute outras medidas para garantir fontes de custeio. A oposição pede taxação sobre grandes fortunas, aumento da alíquota máxima do imposto sobre transmissão de heranças acima de R$ 10 milhões, ampliação da tributação sobre o sistema financeiro e ainda impostos sobre embarcações de luxo, como iates e jatinhos, além de outras medidas que têm sido evitadas pela gestão Bolsonaro.

“O governo defende o teto e, ao mesmo tempo, quer furar o teto quando lhe convém por ações eleitorais. Além disso, está deixando um passivo e uma dívida gigantesca para outros governos, com o não pagamento dos precatórios. Bolsonaro está criando uma bola de neve, e isso é muito grave e afeta a credibilidade do país”, disse, nesta quarta (10), o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN).

Ele antecipou, inclusive, que a bancada petista no Senado fechou questão contra a PEC, assim como fez o partido na Câmara. Em sintonia com os demais setores da oposição, o grupo sugere políticas de renda mais abrangentes e consistentes no lugar da adoção de um escopo como o previsto para o novo programa.

“O Auxilio Brasil tem uma concepção equivocada, burocrática e, para piorar, é um programa temporário, com prazo de validade para acabar em 2022. Ou seja, é um programa eleitoreiro, e não um programa permanente, como o Bolsa Família. Se fosse permanente, precisaria de fontes de compensação financeira segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos muita insegurança no programa”, afirma Prates.  

::Em meio a incertezas políticas, interrogações tomam conta de famílias que recebiam auxílio::

Teto dos gastos

Uma ala da direita que se mostrou contrária à PEC argumentou, no decurso de tramitação do do texto na Câmara, que o problema da proposta seria o furo do Teto de Gastos. A política de arrocho foi chancelada – e segue sendo mantida – por setores neoliberais do Congresso e pelo governo.

Já oposição e especialistas do campo progressista se opuseram à aprovação do ajuste fiscal, ainda em 2016, e têm entoado o coro de revogação da política desde então. Ao criticar a PEC, o campo foca em outros pontos.

“O problema dessa PEC não tem relação com o fato de ela furar o teto, como argumenta a direita fiscalista. Muito pelo contrário. O problema, nesse caso, é o Teto de Gastos em si, que precisa de uma PEC pra uma medida flexibilizante muito pontual”, contrapõe a economista Juliane Furno.

Ela argumenta que as regras impostas pelo ajuste são o impeditivo para que o governo mantenha o auxílio emergencial, por exemplo, nos mesmos moldes do ano passado, quando a política pagou R$ 600 a diferentes categorias de trabalhadores afetados pela pandemia. O benefício atendeu, na época, 65 milhões de pessoas, quase quatro vezes o montante de 17 milhões previstos para o Auxílio Brasil.

O número também é menor que os cerca de 20 milhões de pessoas que passam fome no Brasi, segundo dados do estudo “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.

::Artigo | A fome voltou. Por João Pedro Stedile::

“Se tinha dinheiro antes, no período mais grave da crise, por que agora precisa aprovar uma PEC pra dar calote nos precatórios, aquilo que foi transitado em julgado, que é dívida da União, e agora não tem dinheiro e precisa dos precatórios? Não existe isso de não ter dinheiro quando se fala em Estado”, sustenta Juliane Furno.

“O Estado maneja variáveis macroeconômicas que fazem com que o seu volume de gastos possa independer da sua despesa corrente e isso possa virar divida publica nesse período e ser paga conforme vai crescendo a atividade econômica”, complementa a economista, ao sistematizar o raciocínio reproduzido pela oposição na Câmara.

Fonte: Brasil de Fato

O pagamento do 13º salário neste ano pode representar incremento de R$ 232,6 bilhões na economia em 2021, aponta estimativa divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Dieese. O valor representa aproximadamente 2,7% do PIB.

De acordo com o instituto, o direito beneficia quase 83,5 milhões de pessoas. Isso inclui trabalhadores do mercado formal (51,2 milhões) e aposentados e pensionistas (32,3 milhões). O valor médio do pagamento é de R$ 2.539.

Para elaborar a estimativa, o Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do “novo” Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ambos são do Ministério do Trabalho e Previdência. Também são utilizadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, além da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Assim, trabalhadores do mercado formal representam 61,3% do total. O Dieese lembra que não inclui no cálculo do 13º salário “autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos”.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e membros do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram com a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (10), para discutir o protocolo de retorno ao trabalho presencial dos trabalhadores que estão em home office, o retorno dos trabalhadores do Grupo de Risco e o parcelamento do adiantamento de salário aos trabalhadores afastados.

O banco iniciou a reunião garantindo que os protocolos de saúde e segurança, como o uso de máscara, álcool gel, distanciamento e análise dos contactantes quando tem caso suspeito, entre outras medidas, continuam sendo adotados e continuarão enquanto o cenário atual permanecer.

Os representantes do Itaú informaram ainda que o banco é contra a realização de exame de retorno, pois as pessoas não estão afastadas, estão trabalhando em home office e não faz sentido fazer exames.

Para o retorno dos trabalhadores do grupo de risco, o banco estabeleceu o ciclo vacinal completo, mais o período de 14 dias como exigência mínima. Nas agências, este retorno começou a acontecer a partir do dia 4 de outubro. Na administração, o processo gradativo está acontecendo com pessoas que estão se voluntariando, ainda em número reduzido, por conta dos protocolos dos prédios.

O banco deixou claro ainda que todos os bancários que estão com ciclo de vacinação completa e se recusar a retornar ao trabalho presencial por algum impedimento médico devem ser encaminhados ao INSS.

Neste momento, os representantes dos trabalhadores apontaram diversos casos das suas bases de trabalhadores que voltaram sem nenhum exame e foram demitidos, apesar de um problema de saúde. O movimento sindical, então, voltou a reivindicar que o banco analise caso a caso o retorno dos trabalhadores do grupo de risco e busque realocar esses mesmo funcionários em Home Office e Teletrabalho.

Parcelamento de dívidas

Os trabalhadores reivindicam ainda a retomada da discussão do parcelamento da dívida do INSS. O banco sugeriu que fosse marcada uma nova reunião para debater o tema. Entretanto, adiantou que um acordo só será fechado nacionalmente, com todas entidades representativas dos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quarta-feira, 10 de novembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais um trabalhador bancário. Desta vez, do Banco Itaú.

A reintegração ocorreu na agência localizada no município de Queimados e foi acompanhada pelos diretores do Sindicato: Rúbio Barros, Pedro Batista e Renata Soeiro.

Leonardo de Pontes Cabral foi demitido em 2018. Na época, o trabalhador obteve benefício previdenciário. Durante a instrução processual, foi produzida a prova pericial médica, concluindo que, no momento da dispensa, ele estava acometido de doença e, portanto, inapto.

Dessa forma, o processo foi julgado procedente, determinando a imediata reintegração do bancário.

IMPORTANTE

Leonardo é sindicalizado e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendido pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

 

 

 

 

A proposta da Reforma Administrativa (PEC 32), que põe fim à prestação de serviços públicos no país e retira direitos dos servidores públicos, foi aprovada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados em setembro deste ano e pode ser levada para votação no Plenário da Casa a qualquer momento.

Para pressionar os parlamentares a votarem contra a medida, a Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) e servidores públicos estão mobilizados em Brasília para a realização de diversas ações em oposição ao projeto.

:: A reforma administrativa é contra a população brasileira ::

Além de recepcionar, com faixas e cartazes, os parlamentares que chegam a Brasília para os trabalhos no Congresso, os manifestantes organizam a realização de atos e vigílias no Anexo II da Câmara dos Deputados. A mobilização em frente à Casa acontece a partir desta terça (9), e volta a ocorrer na quarta (10) e quinta-feira (11), sempre às 14h.

Na pressão

Nas redes sociais, as entidades também se articulam para pressionar os deputados e deputadas federais contra a PEC 32. Por meio da plataforma digital “Na Pressão", desenvolvida pela CUT para auxiliar na luta em defesa dos serviços públicos, a população, com apenas alguns cliques, pode enviar mensagens aos parlamentares a votarem contra a Reforma Administrativa.

Fonte: BdF Distrito Federal

Termina nesta quarta-feira (10), a consulta da Fundação dos Economiários Federais (Funcef) aos participantes do plano REG/Replan para identificar o interesse no alongamento do prazo de pagamento dos equacionamentos – uma possibilidade estabelecida na Resolução nº 30/2018 do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). A consulta começou no dia 1º de novembro e segue até às 18h desta quarta-feira, 10/11.

Após três anos de cobrança da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e entidades representativas, a Funcef abriu a consulta aos participantes do REG/Replan para saber se são favoráveis ou não à aplicação da Resolução 30.

Segundo o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, desde 2018 as entidades representativas do movimento dos trabalhadores da Caixa defendem a consulta aos participantes sobre o alongamento do prazo para pagar o equacionamento. “Mesmo com pouco tempo para opinarmos, é muito importante a manifestação dos participantes. Pois, mostraremos à Funcef como ansiamos por definir a forma de gestão e o destino dos nossos planos, não apenas no caso do equacionamento, mas em todas as decisões que nos afetem coletivamente”, afirmou.

De acordo com a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, consultar os participantes deveria ser uma prática permanente da direção da Funcef. Por conta dos vários questionamentos que o tema vem causando aos participantes, a Fenae realizou lives, bate-papos e elaborou um documento com as principais perguntas e respostas, a fim de sanar as dúvidas sobre o assunto.

Quem pode votar?

Podem votar participantes ativos, aposentados e pensionistas do REG/Replan maiores de 18 anos e com situação ativa no plano.

Fonte: Fenae

Passados quatro meses da promessa do presidente da Caixa, Pedro Guimaraes de contratar mais 4 mil empregados, o ritmo das contratações segue lento, enquanto nas agências os trabalhadores enfrentam sobrecarga de trabalho e adoecimento. Números levantados pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) indicam que a direção da empresa não admitiu nem metade do que foi anunciado.

Em agosto, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou o banco público a contratar mais 3 mil funcionários, ampliando seu quadro de pessoal para 87.544. Conforme dados de outubro, a Caixa contava com 85.772 mil funcionários. Isso representa 1.772 a menos do total autorizado.

Pedro Guimarães alardeou na imprensa, em julho, que o banco abriria 10 mil novas vagas de trabalho, entre concursados, recepcionistas, vigilantes, estagiários e adolescentes aprendizes. Desse total, 3 mil seriam destinados aos aprovados no concurso público de 2014 e outros mil para Pessoas com Deficiência (PCDs). Ainda em 2019, em entrevista ao Correio da Paraíba, Guimarães afirmou que contrataria todos os concursados. Até o momento, nenhuma as promessas foi cumpridas.

No dia 31 de outubro, a Caixa realizou concurso público para preenchimento de 1.100 vagas para PCDs, sendo mil imediatas e 100 para o cadastro de reserva. O resultado está previsto para sair em dezembro.

“O quadro de pessoal da Caixa vem sofrendo uma grande redução ao longo dos anos, com um déficit de, aproximadamente, 20 mil bancários, ao mesmo tempo em que há aumento do número de clientes. O concurso para PCDs é uma medida positiva e exigida por lei, mas insuficiente. É preciso que as contratações de concursados também sejam efetivamente realizadas e de forma célere, sob o risco de se comprometer a assistência à população”, destacou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

 

 

Já estão abertas as inscrições para o VI Fórum Nacional Pela Visibilidade Negra no Sistema, que será realizado no dia 23 de novembro de 2021, de forma online. Ao todo, são 400 vagas. As inscrições poderão ser efetivadas até o dia 22 de novembro neste link e, após confirmadas, o (a) participante receberá, por e-mail, o acesso ao evento.

O encontro, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é dirigido aos dirigentes sindicais e às assessorias responsáveis pelas Secretarias de Políticas Sociais dos Sindicatos e das Federações.

“Estamos realizando o VI Fórum Nacional Pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro para debater o racismo na sociedade e seus reflexos no mercado de trabalho. Nosso interesse é fortalecer o debate do tema do combate ao racismo e discutir formas de atuação sindical para ampliar o número de negras e negros na categoria bancária e lutar com o movimento negro para que todos os trabalhadores dos mais diversos seguimentos tenham oportunidade, de acesso e salário justo. Chega de racismo no trabalho e na vida”, afirmou Almir Aguiar secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

“Vivemos hoje numa conjuntura absurda, no qual o racismo tem se propagados todos os dias, seja na violência policial, agressões verbais e muito forte no mercado de trabalho. Onde a população negra tem sido discriminada no acesso ao mercado mais qualificado, no sistema financeiro, o II Censo da Diversidade realizado em 2014, mostrou que, que somente 24,7% dos trabalhadores nos bancos brasileiros são negros. E com certeza a cor da pele é um impeditivo para ascensão profissional. É necessário que os bancos deixem seus preconceitos de lado e realmente promova a inclusão, saindo do discurso para a prática”, completou Almir Aguiar.?

Veja a programação completa do Fórum:

9h30 – Abertura

ANÁLISE DE CONJUNTURA HISTÓRICA DAS RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL, DIREITOS E PERSPECTIVAS

10h30 – “O resgate do trabalho escravo, desde o sequestro dos irmãos negros na África até o fim do século XIX”

Ramatis Jacino

11h05 – “Genocídio da população negra e suas relações históricas”

Tamires Sampaio

12h – Debate

13h – Intervalo para Almoço

PARTICIPAÇÃO DOS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO E POLÍTICAS DE COMBATE AO RACISMO

14h – “A questão racial no mercado de trabalho e no setor bancário”

Nádia Vieira

14h25 – “Conquistas históricas, ações afirmativas na luta contra o racismo na vida e no trabalho”

Gabriel Sampaio

14h55 – Educação como mecanismo de mobilidade econômica no mercado de trabalho”

Anatalina Lourenço

EMPODERAMENTO DA MULHER NEGRA E VIOLÊNCIA NA PANDEMIA

15h40 – “Empoderamento das mulheres negras e violência na pandemia”

Major Denice

16h05 – “A importância do ativismo político das mulheres negras”

Ana Cruz

16h30 – Criações Imaginéticas: Narrativas reais na pandemia”

Giorgia Prates

17h25 – Encerramento

Fonte: Contraf-CUT

Uma análise setorizada elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que, de abril a setembro de 2021, o setor bancário vem apresentando saldo positivo na trajetória de emprego formal. Ou seja, os bancos têm contratado mais do que demitido. No acumulado do ano, há um saldo positivo de 2.751 postos de trabalho no setor.

“É uma boa notícia a de que houve saldo positivo de vagas no setor bancário nos nove primeiros meses de 2021, mas, se ampliarmos o período da análise para 12 meses, veremos que houve uma redução de 6,7 mil postos de trabalho bancário em um ano. Temos que comemorar a reversão do quadro, mas ainda não se pode soltar fogos”, observou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mario Raia. “Se não fizermos essa análise mais ampla correremos o risco de deixar passar aspectos que mostram que tal crescimento ocorre por questões pontuais”, completou.

Digitalização e contratações da Caixa

Segundo Mario Raia, o saldo positivo no emprego bancário constatado pelo Dieese na análise do Caged até setembro se deve, principalmente, devido às contratações realizadas pela Caixa Econômica Federal por pressão do movimento sindical e determinação da Justiça. Outro motivo é a segmentação das contratações na área de tecnologia da informação (TI) entre os bancos de carteira múltipla, onde estão os grandes bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) e o Banco do Brasil, em consequência do acelerado processo de digitalização dos atendimentos.

Em setembro foram realizadas 4.365 admissões e 3.116 desligamentos, o saldo ficou positivo em 1.249 vagas. Foram 692 contratações pela Caixa e 556 pelos “Bancos Múltiplos com Carteira Comercial”. Destas 556 contratações, 298 são ligadas diretamente à Área de TI (a função de “Analista de Desenvolvimento de Sistemas” foi a que obteve maior saldo positivo com a criação de 261 vagas).

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é secretária de Cultura da Contraf-CUT, ressaltou que as contratações realizadas pelo banco são uma luta antiga do movimento sindical. “Os empregados estão extremamente sobrecarregados. Reivindicamos as contratações para melhorar as condições de trabalho e também para ajudar na melhora do atendimento à população. A Caixa somente realizou estas contratações por ter sido forçada, mas, mesmo assim, elas estão aquém do necessário”, disse. “Conseguimos na Justiça a manutenção da validade do concurso e temos milhares de aprovados aguardando serem chamados. E o Pedro Guimarães (presidente da Caixa), que foi forçado a contratar, quer se autopromover dizendo que está contratando para melhorar o atendimento à população. A verdade é que só contratou por ter sido forçado”, completou.

Recorte de gênero

Outro ponto a ser destacado na análise feita pelo Dieese é com relação à distribuição de gênero na movimentação do emprego bancário. A contratação de mulheres, no mês de setembro, foi 14,3% menor do que a de homens. Foram contratados 791 homens e 488 mulheres.

Achatamento salarial

Já em relação às faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as primeiras faixas, até 39 anos, com aumento de 1.519 vagas e para as faixas etárias acima dos 40 anos, foi notado movimento contrário, com o fechamento de 270 vagas.

“Esta é uma prática que já vem sendo observada faz bastante tempo e não é exclusividade da categoria bancária. Os bancos e as empresas de uma forma geral demitem funcionários com mais idade e experiência e contratam novos funcionários, com salários mais baixos. A consequência é o achatamento salarial da categoria e o aumento do lucro dos empregadores”, explicou.

O salário mensal médio de um bancário admitido em setembro corresponde a 92,9% do salário médio mensal do demitido.

Recorte geográfico

No que diz respeito ao recorte geográfico da Caged de Setembro, verifica-se abertura de postos de trabalho em praticamente todos os estados da federação, exceto em Roraima, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. O estado de São Paulo segue com saldo favorável. Em setembro foram abertas 735 novas vagas no estado, sendo 255 vagas exclusivas na área de tecnologia da informação. Em todo o ano, foram abertas 1.690 novas vagas no estado, consequência da abertura de 2.224 postos em ocupações de tecnologia contra o fechamento de 534 postos de áreas diversas.

Leia a íntegra da análise do Dieese.