Abril 30, 2025
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Com R$ 16,5 bilhões para as chamadas emendas de relator (as RP9) e pouco mais de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o Congresso aprovou nesta terça-feira (21) o Orçamento da União para 2022. Até chegar à peça final, que inclui também o menor valor para investimentos da história (R$ 44 bilhões), o relator-geral da lei orçamentária, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), fez várias versões, com acréscimos e supressões. Com aumento para áreas sensíveis, como educação e saúde, mas esbarrando nas limitações do “teto” de gastos, as críticas recaíram principalmente ao valor reservado para o “fundão” eleitoral e na continuação do chamado “orçamento secreto”.

Em sessões nas duas Casas, o substitutivo ao Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 19 foi aprovado por 358 a 97 na Câmara, com duas abstenções. No Senado, foram 51 a favor e 20 contrários. Agora, vai a sanção presidencial.

Além dos R$ 4,934 bilhões para o fundo eleitoral, que provocaram polêmica e críticas, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou R$ 1,7 bilhão para reestruturação de carreira de policiais federais. Com isso, auditores-fiscais ameaçaram entregar cargos, afirmando que houve quebra de acordo. “Adicionando insulto à injúria, recursos da própria Receita Federal serão cortados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras policiais, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária, que, como nunca, tem se empenhado para prover a sustentação financeira do Estado brasileiro”, diz nota do Sindifisco, sindicato da categoria, divulgada ainda antes da aprovação final do projeto. Servidores do Banco Central também protestaram.

Votações

O projeto foi votado inicialmente na CMO, com muitas idas e vindas, incluindo ainda valor adicional para agentes comunitários de saúde. Foi aprovado às 16h44 de hoje, em votação simbólica, com quase 70 destaques. O relator rejeitou propostas contra o fundo eleitoral, e o substitutivo foi enfim aprovado em definitivo, seguindo imediatamente para o plenário da Câmara, onde a votação foi concluída às 19h30, e depois para o Senado, que finalizou a aprovação às 21h35. As duas sessões foram conduzidas pelo 1º vice da Câmara e do Congresso, Marcelo Ramos (AM), que está se desfiliando do PL por causa da entrada de Jair Bolsonaro no partido.

A previsão era de que o projeto fosse votado ontem, mas divergências provocaram o adiamento. Segundo a presidenta do colegiado, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), isso aconteceu pela busca de mais recursos para a educação e por discordância sobre o oficialmente conhecido como Fundo de Financiamento de Campanha, que tinha R$ 2,1 bilhões no projeto original, poderia chegar a R$ 5,7 bilhões após derrubada de um veto e acabou ficando com R$ 4,9 bilhões.

Recursos públicos

Parte dos parlamentares tentou adiar a votação, por considerar que faltou debate e critério técnico. “Infelizmente, mais uma vez chegamos a esse importante dia com enormes dúvidas sobre para onde vai o dinheiro e certeza para onde não deve ir”, disse, ainda na CMO, o deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS). “Recursos públicos vão ser alocados em áreas desnecessárias, quando outras deveriam receber todo apoio.”

“Votaremos favoravelmente ao relatório do deputado Hugo Legal, não ao projeto enviado pelo governo”, afirmou Carlos Zarattini (PT-SP), já no plenário. “É um relatório que sofre das restrições impostas por esse modelo econômico desse governo, que está levando o povo brasileiro à falência.”

Muito ruim

Rogério Correia (PT-MG) disse que o projeto foi melhorado pelo relator, mas continua muito ruim. “É a cara do governo Bolsonaro”, afirmou, lembrando que o Executivo projeta crescimento de 2,1% para o PIB no ano que vem, quando previsões mais realistas apontam 0,5%. Seria, segundo ele, uma tentativa de “inflar” o Orçamento. “Depois vai sair fazendo corte, com certeza nas áreas sociais.”

Já Glauber Braga (Psol-RJ) lembrou que o partido é a favor do financiamento público eleitoral, mas discordou do valor aprovado. E criticou as emendas de relator. Ambiente, Capes e CNPq estão “operando em mínimos históricos”, acrescentou o deputado do Psol, que foi contra a peça orçamentária.

Salário mínimo

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que o Orçamento não considera os milhões de excluídos, seja por desemprego, pessoas que ficaram sem benefícios sociais ou que aguardam concessão de aposentadoria. Além disso, prevê bilhões para juros reais e trilhões para financiar a dívida pública. “É um orçamento para banqueiro”, comentou. Dos R$ 4,8 trilhões de despesas previstos, R$ 1,9 trilhão referem-se a refinanciamento da dívida. O PCdoB também orientou voto contra o projeto para a bancada na Câmara.

Quase no final das sessões, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamou o Orçamento de “excrescência” e “indecência”, referindo-se principalmente ao fundo eleitoral. Ele lembrou ser a favor do financiamento público de campanha, mas apontou falta de sensibilidade em aprovar esse aumento no meio de uma profunda crise econômica e social. “Eu não teria cara de votar esse orçamento e sair à rua depois”, afirmou o parlamentar.

No caso do salário mínimo, por exemplo, o texto original do Executivo previa um valor de R$ 1.169. No relatório final, ficou em R$ 1.212, ainda sem aumento real (acima da inflação), pelas atuais projeções do INPC – cujo resultado anual só será conhecido em janeiro. O Auxílio Brasil deverá somar R$ 89 bilhões, para atender 17,9 milhões de famílias. E o Auxílio Gás, R$ 1,9 bilhão.

Fonte: Rede Brasil Atual

Apesar de alguma melhoria em novembro, o desempenho das negociações salariais em 2021 é negativo. Quase metade (48,8%) dos acordos analisados pelo Dieese fica abaixo da inflação, medida pelo INPC-IBGE. Segundo o instituto, aumentou o número de reajustes com parcelamento, provável reflexo do aumento da inflação no país neste ano.

Algumas categorias profissionais conseguiram assegurar reajustes equivalentes ao INPC, caso dos metalúrgicos, por exemplo. Os bancários já haviam assegurado, em 2020, acordo com dois anos de duração. Por sua vez, os químicos no estado de São Paulo também asseguram reajuste pela inflação. Segundo cálculos do Dieese, só os reajustes dos metalúrgicos do ABC e dos químicos representam R$ 2,2 bilhões a mais na economia.

Assim, de janeiro a novembro, segundo o Dieese, reajustes salariais acima do INPC representam apenas 16,5% do total. Os equivalentes à inflação são 34,7% e os abaixo, 48,8%. A variação média dos reajustes está em -0,86%. No mesmo período, 11,3% dos acordos tiveram parcelamento.

Apenas no mês de novembro, o desempenho foi melhor, com 60% de reajustes iguais ou acima do IPC. Foi o segundo melhor resultado do ano, perdendo apenas para junho, mas fica abaixo do registrado em 2020. Além disso, em novembro 28% dos reajustes serão divididos em duas ou mais parcelas. É a maior proporção para uma data-base neste ano. 

Setores econômicos

Entre os setores, as negociações da indústria continuam sendo as que apresentam maior percentual de acordos acima da inflação: 23%, com 40,5% equivalentes à variação do INPC. Assim, diz o Dieese, “63,5% dos reajustes recompuseram ou aumentaram o poder aquisitivo dos salários, de janeiro a novembro”.

No comércio, reajustes acima da inflação foram 17,2% do total, ante 50,5% equivalentes ao INPC. Já nos serviços, a maioria (61%) perde da inflação.

Inflação aumentou

Ao longo do ano, cresceu o índice necessário para repor perdas salariais. Em novembro, o INPC acumulado em 12 meses foi de 10,96%. Em 2020, esse índice somou 5,45%.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na tarde da última sexta-feira (17), para retomar a pauta de reivindicações, especificamente nos temas diversidade, banco de horas e fechamento de agências.

“A destaque da mesa de negociação foi a apresentação, pelo banco, de um projeto que deu início ao debate de Diversidade na COE, para a construção de um ambiente melhor de trabalho”, avaliou o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.

A pauta da Diversidade é historicamente levantada pelos trabalhadores, que pedem a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres, brancos e negros e o combate a toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, identidades raciais, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e contra intolerância religiosa e política.

A agenda de diversidade do banco apresentada na reunião foi restrita a quatro pilares: gênero, raça, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. “Consideramos importante o plano apresentado pelo banco, que diz respeito a várias questões que as bancárias e os bancários já vinham reivindicando. A mesa de hoje é um pontapé inicial, porque entendemos que a discussão do tema da Diversidade deve ser periódica, além de ser mais abrangente”, pontuou Jair Alves.

Entre as ações apresentadas pelo banco que alcançam os pilares gênero e raça, está a parceria com o Projeto Descubra, em Belo Horizonte, que atua para que jovens, em idade apropriada, sob a tutela do Estado (ou seja, que tiveram que ser afastados das famílias ou que foram abandonados por elas e vivem em abrigos públicos) sejam encaminhados ao mercado de trabalho. Por meio do Projeto, o banco capta colaboradores para o programa Jovem Aprendiz, alçando jovens negros, especialmente mulheres jovens e pretas.

No pilar LGBTQIA+ o banco apresentou uma agenda que inclui o respeito aos nomes sociais, implementação de protocolo de acolhimento nos ambientes de trabalho e questões que envolvem a saúde dos trabalhadores, com o treinamento de médicos para melhor atender pessoas trans. Já no pilar da população com deficiência, o banco destacou o aprimoramento constante da acessibilidade de ferramentas de trabalho e de treinamento.

“Apesar de o banco apresentar todos estes projetos, ainda não enxergamos o impacto de programas de diversidade nos locais de trabalho. São poucos negros e PCDs (Pessoas com Deficiência) na linha de frente no atendimento nas agências. Também falta diversidade nos cargos de Gestão. Outro ponto bem crítico no banco é a discriminação de pessoas com mais idade”, esclareceu Jair Alves.

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, também participou da mesa de negociação, destacando sobre o plano apresentado pelo banco: “São pontos que a gente já vinha discutindo com o banco. Na questão das pessoas com deficiência, por exemplo, a gente debateu com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pontos no sentido de adequar a legislação sobre acessibilidade; quanto a questão da mulher negra, evoluímos num acordo com a Fenaban a implementação de um programa de treinamento com os funcionários e o Sindicato do Bancários de São Paulo está com projeto muito importante, que é o ‘Projeto Basta!’, ampliado para várias federações e sindicatos do Brasil”, destacou Almir que também representa a diretoria-executiva da Contraf junto à Fenaban.

“O Projeto Descubra, em Belo Horizonte, tem a ver com debates que temos feito muito nos sindicatos, tanto que temos insistido na questão do Censo da Diversidade. O primeiro foi realizado em 2008, mostrando que o sistema financeiro tinha, naquele momento, apenas 19% de negros e negras. O Censo de 2014 mostrou que esse percentual chegou a 24,7%, devido também a políticas afirmativas do então governo Dilma, que ampliou o percentual de negras e negros nesse mercado de trabalho a partir de concursos. E, hoje, a gente não tem um número exato porque, no último Censo a gente acabou não tendo número suficiente de pessoas [entrevistadas], de acordo com o primeiro e o segundo, para que pudéssemos ter um diagnóstico mais preciso em relação à essa questão”, completou.

Almir Aguiar destacou ainda a importância de o banco compartilhar os dados sobre gênero, raça, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ com os movimentos que representam as trabalhadoras e trabalhadores bancários. “Todos os pilares são pontos que precisam de discussão. As informações que o banco apresentou como, por exemplo, o fato de haver hoje mais de 4 mil funcionários com alguma deficiência, são importantes para que tenhamos dados claros para produzir ações cada vez mais eficientes em favor da diversidade”, ponderou. 

Demissões

Em mesa de negociação anterior, que ocorreu no dia 2 de dezembro, o COE cobrou do Itaú uma posição sobre demissões em agências de todo país. Os trabalhadores apontam que muitos desligamentos ocorrem pela cobrança de metas abusivas e avaliações de performance. Na reunião desta última sexta, o coordenador da COE Jair Alves alertou: “Pontuamos que somos contra o fechamento de agências e temos que garantir a realocação de funcionários dentro do banco. Em algumas localidades no país já temos problemas de superlotação de funcionários em algumas unidades. Até material básico está faltando, cadeira e mesa para o pessoal trabalhar”.

Banco Horas

O acordo de banco de horas negativas, firmado entre os representantes dos trabalhadores e o banco durante a pandemia, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. “O banco nos apresentou o resumo de horas devidas e notamos que precisamos melhorar muito, pois ainda temos um número alto de funcionários devendo horas. Em dezembro de 2020, tínhamos 5.962 pessoas devendo horas. Agora, em dezembro de 2021, são 2.784 funcionários, uma redução de 53%. Esses números nos preocupam, pois o total de funcionários devendo mais de 400 horas – 764 colaboradores – ainda é muito grande”, frisou Jair Alves.

Segundo dados apresentados pelo banco na reunião, atualmente são 1.503 trabalhadores devendo entre 50 e 200 horas; 515 entre 200 e 400 horas; e 764 acima de 400 horas.

Fonte: Contraf-CUT

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta terça-feira (14) o horário de funcionamento dos bancos nos feriados de Natal e ano novo.

No dia 24/12 (sexta-feira), as agências bancárias abrem para atendimento ao público em horário especial: 

  • Nos estados com horário igual ao de Brasília, o expediente ao público será das 9h às 11h.
  • Já nos estados com diferença de 1 hora em relação à Brasília, o horário será das 8h às 10h na hora local e das 9h às 11h no horário de Brasília.
  • Nos estados com diferença de 2 horas em relação à Brasília, o horário será das 8h às 10h na hora local e das 10h às 12h no horário de Brasília. 

O último dia útil do ano para atendimento ao público, com expediente normal para a realização de todas as operações bancárias solicitadas pelos clientes, será 30 de dezembro (quinta-feira).

Já no dia 31 de dezembro (sexta-feira), as instituições financeiras não abrem para atendimento.

Os bancos não funcionarão nos dias de Natal (25/12) e Confraternização Universal (01/01).

Alternativas para operações bancárias 

A população poderá utilizar os meios eletrônicos de atendimento bancário, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes para fazer transações financeiras.

Os carnês e contas de consumo (como água, energia, telefone, etc.) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

“Mesmo durante feriados, os canais digitais e caixas eletrônicos estão disponíveis e oferecem praticamente a totalidade das transações financeiras do sistema bancário”, ressalta o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Tadeu de Faria.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser agendados ou pagos por meio do DDA (Débito Direto Autorizado).

Fonte: G1

 

Devido ao recesso da Justiça, o atendimento presencial com o advogado do Sindicato voltará nos seguintes dias:

18/01 - Nova Iguaçu (14h às 17h)

20/01 - Duque de Caxias (10h às 13h)

Atendendo a reivindicação do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, o banco Itaú voltou atrás quanto ao retorno do grupo de risco ao trabalho presencial. A notícia foi divulgada pelo GT, no entanto, a comunicação com os gestores estava gerando dúvidas. 

Em reunião realizada na última sexta-feira (17), o GT cobrou do banco a divulgação para que   os bancários e as bancárias que se enquadram nesta situação pudessem optar pelo trabalho remoto. O banco atendendo a reivindicação, enviou o seguinte comunicado aos trabalhadores:

“Até que haja mais informações sobre a variante Ômicron, os colaboradores com as patologias de maior vulnerabilidade para a Covid-19 (que são doenças que levam à imunossupressão) que estão trabalhando presencialmente podem optar por retornar ao modelo remoto. Se você faz parte do grupo de risco imunocomprometido e opta por retornar ao modelo remoto, entre em contato com o time de saúde ocupacional pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para que o caso seja avaliado”.

Para Luciana Duarte, coordenadora do GT de Saúde, os cuidados continuam, pois, a pandemia ainda não acabou, além da nova variante, ainda o surto de gripe influenza é preocupante. “Continuamos em mesa de negociação para garantir protocolos seguros para o trabalho presencial e remoto”, afirmou.

De acordo com o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Carlos Damarindo, “foi importante a compreensão do banco, pois apontamos que havia discriminação entre os bancários de agências e de departamentos. Os de agência estavam sendo obrigado a retornarem ao trabalho presencial, mesmo com relatórios atualizados. Já os de área meio estavam no teletrabalho.”

Fonte: Contraf-CUT

Entidades de representação dos empregados da Caixa Econômica Federal entregaram, no dia 14/12, à vice-presidente em exercício de Estratégia e Pessoas (Viepe), Magda Carvalho, e ao diretor executivo de Pessoas (Depes), Jairo Sobrinho, algumas das demandas sobre condições de trabalho, Saúde Caixa e Fundação dos Economiários Federais (Funcef). A entrega ocorreu no primeiro dia do “Nação Caixa”, um evento nacional que reuniu o presidente, vice-presidentes, diretores, empregados “selecionados” e empresários correspondentes bancários, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“São três dos principais temas que afetam o dia a dia de trabalho dos empregados da ativa e aposentados e que fazem parte de nossa pauta de reivindicações já faz um bom tempo. Está na hora de a Caixa olhar com atenção para eles e se abrir à negociação para buscarmos uma solução”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), uma das entidades que assinam os documentos.

“Ouvimos de muitos empregados que é um despropósito que, enquanto muitos colegas não possuam local para trabalhar por causa da devolução de prédios – que teria como objetivo economizar – a diretoria da Caixa aplique os recursos do banco em um evento como este. A política de economizar proposta pela direção da empresa não pode ser seletiva, e não pode atingir os direitos dos empregados, como ocorreu na Funcef, como era pretendido no Saúde Caixa e como tentam nas condições de trabalho e na nossa promoção por mérito”, explicou o diretor-presidente da Associação de Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), Leonardo Quadros.

Saúde Caixa

O documento referente ao Saúde Caixa observa que, “depois de quase um ano de discussões sobre o modelo de custeio para o Saúde Caixa, os empregados da ativa e aposentados, além dos pensionistas, estão enfrentando um verdadeiro ‘apagão’ na qualidade de atendimento do plano” e que “os principais problemas enfrentados envolvem principalmente atrasos no pagamento de credenciados, aumento de descredenciamentos e o suporte deficiente da central de atendimento”.

O documento é encerrado com o pedido de “empenho dos vice-presidentes responsáveis pela gestão do Saúde Caixa, de modo que os empregados possam, novamente, ter um plano que de fato atenda às suas necessidades, e que a empresa cumpra o compromisso formalizado em Acordo Coletivo com as representações dos empregados”.

Condições de trabalho

O documento que trata sobre condições de trabalho é direcionado ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Logo no início, o texto traz informações sobre a redução da estrutura do banco. “Conforme balanço publicado, ao final de 2018 havia na empresa 84.952 empregados e 11.409 estagiários e aprendizes, além de 3.375 agências. Já no último balanço, que traz os números de setembro deste ano, o número de empregados é 84.751, o número de estagiários e aprendizes é 7.175 e o de agências, 3.372”, informa o documento, que logo em seguida diz que o trabalho aumentou pois “o número de clientes saltou de 92,6 milhões para 145,9 milhões. A quantidade de contas na Caixa também teve crescimento expressivo, saltando de 102 milhões para 214 milhões”.

O texto observa que “após as reestruturações realizadas, a estrutura de suporte às agências não tem dado conta de suas necessidades” e que “o resultado é refletido na saúde dos empregados e na insatisfação dos clientes”, que faz com que a Caixa figure entre as instituições financeiras com mais reclamações.

As entidades dizem ainda que, nas áreas-meio, a quantidade de estações de trabalho disponíveis atualmente é menor que o número de empregados. “As decisões da direção deixaram os empregados sem ter onde trabalhar, e a alternativa apontada pela direção, que seria o teletrabalho, tem diversos problemas, como a falta de controle da jornada de trabalho, o que aumenta a sobrecarga dos colegas, prejudica sua saúde e cria uma insegurança jurídica enorme a todas as partes envolvidas. Esta situação é inadmissível”.

Funcef

Com relação à Funcef, o documento lembra que, recentemente, houve mudanças no estatuto da Fundação e no regulamento de um dos planos, em desacordo com o que previa o estudo vigente à época, que trouxe prejuízos para os participantes. A demora no retorno do convênio do INSS com a Caixa e a Funcef e a implementação da resolução 25 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) são outros pontos apresentados no documento.

As entidades pedem “a revisão das políticas implementadas pelos representados indicados pela Caixa na Funcef, de forma a restabelecer plenamente os direitos dos participantes da Fundação”.

Fonte: Contraf-CUT

As reintegrações não param nem neste final de ano.

Nesta segunda-feira, 20 de dezembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma trabalhadora bancária.

A reintegração ocorreu na agência do Banco Itaú, localizada no município de Santa Cruz da Serra e foi acompanhada pelos diretores do Sindicato: Dialas Coelho, Newton França, Claudio Leite, Ricardo Sá e Roberto Domingos.

Tábata Roberta Gomes Barcelos foi desligada em plena pandemia do novo coronavírus, contrariando o compromisso de não demissão que os grandes bancos assumiram.

Além disso, a bancária também obteve o benefício previdenciário na modalidade B-31, auxílio doença, durante a projeção do aviso prévio, caracterizando que estava inapta, quando houve a demissão.

IMPORTANTE

Tábata é sindicalizada e, logo após seu desligamento, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelos Departamentos Jurídico e de Saúde.

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

SINDICALIZE-SE

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense faz parte, encaminhou nesta quinta-feira (16) um ofício à Caixa Econômica Federal notificando-a do descumprimento da cláusula que impede o ranking de empregados e do assédio moral praticado contra os presentes, que foram obrigados a fazerem flexões de braço durante um evento nacional do banco, realizado de 14 a 15 de dezembro, em Atibaia, São Paulo.

“Vimos, através deste, apresentar nossos protestos e denunciar a prática de assédio moral coletivo no evento ‘Nação Caixa 2021’, em Atibaia – SP, em que reuniu empregados, empresários lotéricos e correspondentes Caixa”.

O ofício observa que a seleção dos empregados participantes levou em conta critérios proibidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. “De acordo com a própria Caixa, a escolha dos(as) empregados(as) para participação no evento considerou ‘critério meritocráticos’, supostamente reconhecendo trabalhadores que se destacaram em 2021. Tal prática é uma forma de ranking, que é proibida na Convenção Coletiva do Trabalho”, diz o ofício.

“Durante o ‘Nação Caixa’ foram realizadas práticas que expuseram os empregados a situações constrangedoras, que se transformaram em vexame nacional e até internacional quando vídeos que comprovam a prática ‘viralizaram’ pelas redes sociais e foram noticiados por diversos veículos de imprensa escrita e televisiva”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “E pior é que parte deste constrangimento se deve à prática do presidente do banco (Pedro Guimarães), configurando também o assédio moral”, explicou Fabiana, que também é secretária de Cultura da Contraf-CUT.

Além da CCT

No ofício, a Contraf-CUT informa ainda que a seleção para participação e as práticas efetuadas no “Nação Caixa” descumprem não apenas o que está acordado na CCT da categoria, mas também a Convenção nº 190 da OIT e princípios da Constituição Federal do Brasil.

Além do ofício enviado ao banco, a Contraf-CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) também notificaram o Ministério Público do Trabalho (MPT), que já notificou o banco e recomendou que tal prática não seja mais realizada.

“O pedido para que a prática não seja mais realizada é o começo, mas essas irregularidades devem ser punidas, para que os erros não fiquem impunes”, observou a coordenadora da CEE. “Essa gestão do Pedro Guimarães é vergonhosa e mancha a história da Caixa”, completou, ao observar que o pedido para que a prática não seja mais cometida já é um indício de que existem irregularidades.

Viralizou

Além de ter ganhado vulto ao se espalhar pelas redes sociais, o constrangimento, pelo qual passaram empregados e empresários, foi amplamente divulgado pelos veículos de comunicação da imprensa escrita e de TV.

O Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reúne com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na próxima segunda-feira (20) para negociar a segurança nas chamadas “unidades de negócios”, que são agências bancárias sem atendimento de caixa.

“Precisamos debater com os bancos sobre a transformação de agências bancárias em ‘unidades de negócio’, sem portas para detecção de metais e nem vigilantes, em contrariedade ao que determina os normativos de segurança bancária”, explicou o coordenador do coletivo, Elias Jordão.

Segundo Elias, os bancos alegam não haver riscos para seus funcionários e clientes por não haver circulação de numerários nas “unidades de negócios”. “Sabemos que isso não é verdade. Muitas unidades de negócios possuem caixas eletrônicos e, consequentemente, há circulação de dinheiro. E, apesar de os bancos negarem, existem denúncias de que os valores são manipulados pelos bancários e levantamos dados que apontam, inclusive, o aumento de mortes nos ataques a bancos”, ressaltou.

Elias disse ainda haver relatos de agressões contra funcionários cometidas por clientes que não entendem se tratar de um novo modelo unidade bancária e queriam ser atendidos como se ali fosse uma agência normal. “Casos como o deste relato também colocam em risco funcionários e clientes”, observou.

Prévia da negociação

Antes da negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Coletivo Nacional de Segurança Bancária se reúne para que sejam compartilhadas as informações e o tema seja debatido previamente antes da negociação.

Fonte: Contraf-CUT