Abril 29, 2025
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O Dia Internacional pelo Direito à Verdade sobre as Violações dos Direitos Humanos e pela Dignidade das Vítimas, celebrado nesta quinta-feira (24), é imprescindível a qualquer tempo e em todo lugar do mundo pela causa que representa, mas ganha muita importância no Brasil dos dias que vivemos.

A celebração foi instituída pela Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU), em 21 de dezembro de 2010, com base em estudo do próprio organismo, que concluiu que “a verdade sobre graves violações dos direitos humanos é um direito inalienável e autônomo”. Ainda conforme essa pesquisa, todo Estado tem a obrigação de garantir os direitos humanos, conduzir investigações e promover reparações eficazes relacionadas às suas violações. A resolução da ONU está disponível em várias línguas, como inglês e espanhol.


O dia na História

A data foi escolhida em homenagem ao monsenhor salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado no dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava uma missa. O monsenhor era militante de causas humanistas, engajado em denunciar violações a direitos fundamentais das pessoas mais vulneráveis, em defender os princípios de proteção à vida e em promover a dignidade humana e a oposição a qualquer tipo de violência. Com essa forte simbologia, a ONU busca honrar a memória de todas as vítimas de graves e sistemáticas violações de direitos humanos e prestar homenagem àqueles que perderam ou dedicaram sua vida à defesa dos direitos humanos.

Secretário-geral da ONU, o português António Guterres já se pronunciou em várias ocasiões sobre a data. Para ele, num conceito abrangente, “justiça e prevenção só podem começar com a descoberta e o reconhecimento dos fatos”. O foco da ONU é a transição de regimes violentos, como o apartheid, na África do Sul, e as ditaduras militares na América Latina. O principal mecanismo para essa ação, nos países que partiam para democracias, é a criação de comissões da verdade, para esclarecer crimes cometidos no tempo de governos arbitrários e reconhecê-los em nome do Estado. Até hoje, cerca de 30 países já tiveram comissão da verdade, como África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Guatemala, Paraguai e Peru.

De acordo com Guterres, “uma prestação pública de contas da verdade sobre graves abusos dos direitos humanos permite que as sociedades abordem as suas causas subjacentes”. Essa afirmação inclui entre os grandes objetivos da data casos como o brasileiro, que sofreu com a ditadura militar de 1964 a 1985. São reconhecidas como vítimas de graves e sistemáticas violações de direitos humanos, em geral realizadas pelo Estado, pessoas que sofreram desaparecimento forçado, execução sumária e tortura, ou ainda seus familiares e entes queridos. Casos de tortura, execuções e desaparecimentos por questões políticas foram recorrentes no Brasil durante a ditadura militar.


Nos dias de hoje

No contexto atual, porém, a forma como o governo Bolsonaro tratou a pandemia, ao desestimular cuidados sanitários e desacreditar a vacinação contra a Covid-19, e promoveu o aprofundamento das desigualdades sociais com um projeto econômico para aumentar a concentração de riqueza no país, viola, de modo coletivo, os direitos humanos. Em seu artigo 25, a Declaração Universal dos Direitos Humanos determina que todos têm direito a “saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle”.

“A verdade tem sido violentada de todas as formas no Brasil; por isso defendemos a verdade, justiça, reparação, memória e dignidade não apenas às vítimas do passado, mas também às de hoje”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “O uso de fake news por Bolsonaro se tornou sistemático, exatamente porque ele precisa esconder a violência de Estado que vivemos, a impunidade de forças policiais e de milícias que cometem crimes, como o assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson, que continua sem solução”, completou Juvandia.

Nos últimos anos, o Brasil tem sido apontado como um dos países com mais casos de assassinatos de defensores de direitos humanos nas Américas, historicamente a região mais perigosa do mundo para defensores das pessoas e comunidades vulneráveis. “As campanhas de Bolsonaro em defesa da mentira sistemática, que ele faz pelas redes sociais, têm um objetivo claro, que é esconder um aumento nunca visto da violência contra povos indígenas, comunidades tradicionais, trabalhadores rurais, juventude negra, população LGBTQIA+ e mulheres; esse comportamento criminoso revela a crítica situação do Brasil em relação aos direitos elementares à vida”, concluiu Juvandia.

Confira amanhã, aqui no site da Contraf-CUT, importantes trabalhos em favor da verdade e da memória desenvolvidos no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

O Ministério da Economia, chefiado pelo banqueiro Paulo Guedes, está preparando um projeto de lei (PL) que coloca em risco as entidades fechadas de previdência complementar (EFPC), para ser entregue pelo presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional.

Segundo informações do jornal Valor Econômico e do site Investidor Institucional, o texto do projeto de lei já estaria em fase adiantada de elaboração no Ministério da Economia e tem como principal objetivo permitir que os empregados de companhias públicas possam fazer a portabilidade dos seus atuais planos de previdência complementar para qualquer instituição financeira – incluindo bancos privados.

Por meio do mesmo projeto, o governo também quer extinguir a obrigatoriedade de representação paritária entre participantes e patrocinadores na gestão das entidades fechadas e reduzir a participação dos trabalhadores na gestão dos seus recursos, o que acontece atualmente via conselhos e, como no caso da Previ, eleições de representantes para as diretorias da entidade.

“Como argumento a esse PL, o Ministério da Economia diz que quer evitar ‘interferências políticas’ nas entidades fechadas. Quando, na verdade, é o próprio governo Bolsonaro que tenta praticar interferência política ao criar um projeto para abrir a porteira dos fundos de pensão estatais, que hoje têm uma carteira ativa de mais de R$ 550 bilhões, aos banqueiros”, avalia o ex-diretor de Seguridade da Previ e atual vice-presidente da Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar (Anapar), Marcel Barros.

Outro argumento aventado pelo governo Bolsonaro para justificar o PL é que, com a portabilidade, participantes teriam liberdade para buscar fundos com maior rentabilidade. “Essa é outra falácia que não se sustenta segundo dados recentes do próprio Ministério da Economia”, pontua Marcel, que também representa os participantes de fundos de pensão no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

De fato, no Relatório Gerencial de Previdência Complementar, para o 4º bimestre de 2021, o Ministério da Economia aponta que, de 2012 até agosto de 2021, as EFPC tiveram uma rentabilidade média de 162,1% com taxa de administração média de 0,27% ao ano. Enquanto que os planos abertos, administrados pelos bancos, tiveram uma rentabilidade média de 108,8% no mesmo período, cobrando taxa de administração média de 1,3% ao ano.

“Ou seja, como os números comprovam, os bancos privados cobram taxas de administração quase cinco vezes maiores para entregar resultados muito menores. Portanto, se o associado ou a associada tiver seu dinheiro administrado pela previdência aberta de um banco, e não por uma entidade fechada, ao se aposentar terá um patrimônio, no mínimo, 33% menor”, explica Marcel que expõe o assunto com mais profundidade em artigo que você pode ler clicando aqui, escrito em parceria com o ex-presidente da Anapar e ex-diretor eleito da Previ, José Ricardo Sasseron.

Para o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, a pressa do governo Bolsonaro em preparar o PL com potencial de movimentar dezenas de bilhões para os bancos privados no mercado de previdência complementar tem ligação com o período eleitoral. “Infelizmente existem meios obscuros e nada ortodoxos no ambiente político, como a instrumentalização do poder de barganha dos bancos privados, para agradar deputados e senadores que poderiam, sob este prisma, votar em favor da PL. Vamos lembrar que o ministro Paulo Guedes foi um dos fundadores do Banco BTG e assessorou a privatização da previdência chilena, hoje administrada por bancos privados que pagam miséria aos idosos daquele país, mas recebe polpudas comissões a título de taxa de administração”, reforça Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para o Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitando a mediação do órgão sobre o pagamento dos valores referentes à promoção por mérito na Caixa Econômica Federal.

O banco estipulou um critério que exclui os empregados que aderiram à paralisação/greve para reivindicar que o banco corrigisse os valores referentes à Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) pagos a menor.

“O banco lançou este dia como sendo uma falta injustificada, mas a Justiça reconheceu o direito de greve e, inclusive, determinou fosse mantido um percentual mínimo de funcionamento das agências”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também secretária de Cultura da Contraf-CUT. “E, além disso, o banco foi comunicado com antecedência prevista em lei sobre a paralisação. Ou seja, não se trata de uma falta injustificada, como o banco tenta alegar”, completou.

Negociação prevista no ACT

O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa Econômica Federal 2020/2022 estabelece que as promoções por mérito (também conhecidas como deltas), referente ao ano base 2021, terão as regras negociadas com as entidades representativas dos empregados. Porém, a negociação chegou a um impasse, diante da insistência da Caixa de não conceder o delta para os trabalhadores que apresentarem “falta não justificada”.

“O que o banco quer é punir os empregados que participaram do movimento paredista. Nos anos anteriores, apenas não eram beneficiados pelas promoções no quesito de faltas àqueles que contavam com três ou mais faltas não justificadas”, ressaltou a coordenadora a CEE/Caixa, ao dizer que a alteração promovida pela Caixa mostra sua intenção de punir quem participou da paralisação/greve pela reivindicação das diferenças no valor da PLR Social paga aos empregados.

“Isso é perseguição política! É prática antissindical, condenada por lei”, concluiu Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), das quais o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense é filiado, repudia a liberação do uso de máscaras em locais fechados, anunciada por diversos estados e cidades.

“Com o aumento dos casos na Europa e na Ásia, é bom mantermos a atenção e os cuidados, principalmente, nas agências bancárias, que são lugares fechados e sem ventilação natural. A saúde de bancárias e bancários é nossa prioridade", afirmou Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

“Manter uso de máscara, especialmente em locais fechados, é essencial. Europa e Ásia voltam a preocupar. Ambientes bancários não têm ventilação natural. É irresponsabilidade liberar uso neste momento, principalmente sem qualquer embasamento científico”, afirma Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Para o cientista Miguel Nicolelis, remover as máscaras e tentar mascarar a verdade, seja sobre o estado real da pandemia no Brasil e no mundo, ou tentar confundir a sociedade com a falsa dicotomia epidemia x endemia é literalmente atentar contra a saúde e o bem-estar de dezenas de milhões de brasileiros. “Este é um vírus para não se ter nunca. Nem de forma assintomática, branda ou leve. Ele pode causar múltiplas complicações crônica graves que reduzem a qualidade de vida para sempre e podem ser fatais”, disse ao lembrar que todo o mundo vai ter que lidar nos próximos anos e décadas com milhões de pessoas sofrendo de consequências graves desta pandemia. “Como ela não acabou, quanto mais pessoas se infectarem pelo descaso das autoridades, mais casos de covid crônica ocorrerão no futuro”, completou.

Nicolelis acredita que todas essas medidas precoces são motivadas por estarmos num ano eleitoral. “Pelo seu bem e pelo bem dos seus familiares e da sociedade como um todo, mantenha o uso das máscaras, evite ao máximo aglomerações, vacine-se e não ceda à tentação de achar que o normal voltou só porque políticos incompetentes e irresponsáveis decretaram. O preço desta rendição incondicional é caro demais: a qualidade da sua vida futura – ou a falta dela – está em jogo. Use máscaras e diga não ao absurdo”, aconselha o cientista.



As eleições Cassi ocorrem até o dia 28 de março, segunda-feira.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense está apoiando as chapas “Unidos por uma Cassi Solidária”.
 
São duas votações: uma para a Diretoria de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento e Conselho Deliberativo e outra para o Conselho Fiscal, ambas com mandatos de junho de 2022 a maio de 2026.
 
Vote 6 para a primeira votação e 77 para a segunda.

É de extrema importância a participação de todas e todos que estão aptos a votar.

PARA VOTAR

Podem votar associados da Cassi, entre eles funcionários da ativa, aposentados e pensionistas. Os votos podem ser registrados via sistemas TAA e Sisbb, ou por meio do site e do aplicativo da Cassi.

As chapas são apoiadas pelo movimento sindical e incluem em seus princípios de defesa a solidariedade e a promoção de saúde sustentável.

 

Os acordos salariais têm mantido a tendência de ficar abaixo da inflação, que por sua vez segue sua trajetória de alta. De 119 reajustes com data-base em fevereiro analisados pelo Dieese, 60,5% ficaram abaixo da variação acumulada do INPC-IBGE. Segundo os dados, preliminares, outros 15,1% tiveram índice equivalente ao da inflação e 24,4% conseguiram aumento real.

Já a variação real (média dos reajustes após descontada a inflação) segue negativa. Em fevereiro, ficou em -0,98%.

Dieese aponta um “agravamento do quadro” após ligeira melhora em janeiro. O reajuste necessário para acordos com data-base em março subiu para 10,80%, ante 10,60% no mês anterior e 10,16% no primeiro mês de 2022. “A situação tende a piorar nos próximos meses, em função do impacto da guerra na Ucrânia sobre o preço dos combustíveis e da alimentação”, alerta o instituto.

Pisos superam salário mínimo em 13%

No total do primeiro bimestre, os resultados mostram algum equilíbrio. São 37% dos reajustes abaixo do INPC, 32% acima e 31% equivalentes à inflação. A variação média também é negativa: -0,48%.

A situação é um pouco melhor na indústria, setor em que 39% dos reajustes no bimestre tiveram ganho real e 34% empataram com a inflação. Nos serviços, os aumentos reais contemplaram 30%, enquanto 43% ficaram abaixo do INPC. No comércio, metade dos acordos equivaleram à inflação.

O valor médio dos pisos salariais registrados em acordos coletivos de fica, até agora, em R$ 1.370,84. Ou 13,1% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.212).

Confira aqui a íntegra do boletim do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

O pagamento do abono salarial referente ao ano-base 2020 está sendo feito, por lotes, desde o dia 8 de fevereiro e será finalizado em 31 de março. O benefício vale para quem trabalhou formalmente durante pelo menos 30 dias no ano de referência, recebendo mensalmente a média de até dois salários mínimos.   

Quem deve sacar nesta segunda (21)?

No momento, os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em agosto recebem pela Caixa Econômica Federal. Já o Banco do Brasil paga neste momento aos trabalhadores do setor público que têm o 7 como o último dígito da inscrição do servidor. O saque pode ser feito até esta segunda-feira (21). 

Novo lote

A partir de terça-feira (22), um novo lote será distribuído. Será a vez dos trabalhadores do setor privado nascidos em setembro e os do setor público cujo número de inscrição termina com 8. 

Calendário para trabalhadores da iniciativa privada: 


Do dia 17 ao 21 de março, podem sacar o abono aqueles que fazem aniversário no mês de agosto / Agência Brasil

Calendário para servidores públicos:


Os trabalhadores do serviço público com inscrição terminada em 7 têm até o dia 21 de março para sacar o abono / Agência Brasil

Quem pode sacar o abono salarial? 

O abono de até um salário mínimo é pago para trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há ao menos cinco anos.  

Têm direito ao benefício as pessoas com vínculo empregatício com uma empresa. Não estão incluídos, por exemplo, os jovens aprendizes ou trabalhadores domésticos que são empregados por pessoas físicas.  

São cerca de R$20 bilhões que, vindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), devem ser distribuídos entre 22 milhões de pessoas no Brasil.

Fonte: Brasil de Fato

Em reunião entre o movimento sindical e o Santander, na manhã desta sexta-feira (18) foram tratados o retorno ao trabalho e horas extras negativas. A Comissão dos Empregados (COE) encaminhou ao RH do Santander uma carta com reivindicações fundamentais a serem consideradas no caso de retorno ao trabalho, sendo de muita preocupação o retorno de pessoas com comorbidades graves, grávidas, não vacinados entre outros.

Veja trechos da carta e suas reivindicações

Retorno do Grupo de Risco Os bancários do grupo de risco têm recebido convocação de retorno ao trabalho presencial, para até 04/04/2022. A pandemia continua e não há indícios de que a Organização Mundial de Saúde decretará o seu fim em futuro próximo. Portanto, todos os cuidados devem ser mantidos.

Apesar das mortes terem sido bastante controladas, graças à vacinação, não se pode dizer o mesmo quanto ao número de casos. Esse fato é importante, pois termos cada vez mais evidências de ocorrência de efeitos tardios e sequelas das mais variadas ordens.

Não podemos banalizar a possível contaminação e proliferação da doença, mesmo que o número de mortos tenha caído. Segundo a Portaria 14 do Ministério da Saúde e Ministério do Trabalho e Previdência, as empresas devem definir protocolos atualizados, que contemplem:

• Medidas que visem à prevenção da ocorrência de COVID-19, bem como à detecção precoce dos casos; afastamento imediato dos infectados e contactantes; testagem dos contactantes e suspeitos; e monitoramento dos doentes. Ademais, deve conter a estratégia de testagens periódicas de maneira a identificar infectados assintomáticos que disseminem o vírus entre os colegas e clientes.

• Os protocolos devem incluir medidas que propiciem a adequada ventilação e renovação do ar nos ambientes de trabalho, incluindo áreas de pausas e banheiros, dimensionamento do número de pessoas em cada ambiente de trabalho de forma a se evitar aglomerações ou pessoas próximas umas das outras. Máscaras PFF2 ou N95 devem ser fornecidas e/ou custeadas pelas empresas. Grupo de Risco Mesmo com a dose de reforço da vacina, as pessoas inseridas e ou classificadas como grupo de maior risco para a Covid-19 podem ter agravamento da doença e inclusive a morte. Portanto, os protocolos de prevenção para estas pessoas devem se manter reforçados e continuados até o fim da pandemia.

O Movimento Sindical é contrário ao retorno presencial destes trabalhadores, uma vez que sua condição de saúde não está em sua governabilidade pessoal e cabe ao Santander, como empregador, garantir segurança no ambiente de trabalho. Os representantes dos funcionários reivindicam entre outras medidas:

1. Os trabalhadores portadores das doenças classificadas na Portaria 14 (conforme abaixo descrito) sejam dispensados do trabalho presencial, pois nestes casos, a contaminação pode resultar em óbito e ou sequelas gravíssimas e irreversíveis;

2. São consideradas condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da COVID-19: cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada); pneumopatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC); imunodeprimidos; doentes renais crônicos em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); diabéticos, conforme juízo clínico, e gestantes de alto risco.

3. O trabalho remoto deve ser mantido para o máximo de pessoas possível;

4. As pessoas não vacinadas e/ou grávidas e puérperas devem ser mantidas em trabalho remoto;

5. Que o banco suspenda a obrigatoriedade de assinatura e adesão ao termo de responsabilidade, imposta aos trabalhadores NÃO vacinados, pois não se trata de responsabilidade individual e sim coletiva e institucional;

6. As pessoas em trabalho presencial infectadas devem ter a CAT emitida, com exceção dos casos em que a relação entre o trabalho e a doença possa ser descartada e devidamente comprovada;

7. O banco deve manter campanha interna permanente de estímulo à vacinação; • Todos os trabalhadores convocados para retornar devem apresentar laudo do médico assistente que defina as condições de retorno. Caso o laudo impeça o retorno, o mesmo deve ser respeitado e estes trabalhadores mantidos em trabalho remoto;

8. Todos os trabalhadores devem ser submetidos ao exame periódico com o médico do trabalho, antes do retorno;

9. Solicitamos número atualizado, por unidade da federação, de funcionários classificados como grupo de risco. Não é necessário identificar o trabalhador nem a doença que porta.

Horas extras negativas

O acordo assinado com o movimento sindical prevê compensação das horas negativas até Setembro 2022, porém o acúmulo de horas por parte dos funcionários é superior a possibilidade de compensação diária permitida.

O banco sinaliza com extensão do prazo de compensação, e a COE pede anistia das horas restantes ou pelo menos parte delas.

O assunto não se encerrou e será discutido em reuniões futuras.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região

 

O assassinato do congolês Moïse Kabagambe a pauladas na Barra da Tijuca; a morte a tiros de Durval Teófilo Filho, em São Gonçalo, que implorou para que o seu vizinho militar não atirasse contra ele; a abordagem racista num shopping denunciada pelo dentista Igor Palhano, de 30 anos, filho do humorista Mussum; entre tantos outros casos que, com frequência estampam a mídia brasileira, não são casos isolados e precisam ser discutidos pela sociedade todos os dias.

No entanto, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, nesta segunda-feira, 21 de março, é oportunidade para se refletir profundamente sobre o tema. “Temos que nos indignar contra a banalização da morte e o extermínio de negros e pobres”, convoca Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A segregação também é forte no mercado de trabalho. Mesmo quando têm mais qualificação profissional e nível de escolaridade, negros e negras recebem salários inferiores e são os mais afetados pelo desemprego. Pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Guetto revelou que quase metade das pessoas negras “não se sentem pertencentes ao seu ambiente de trabalho”, por sofrerem algum tipo de discriminação em sua atividade profissional.

Em outra pesquisa, feita em fevereiro deste ano pela empresa digital de colocação profissional Catho, 58% dos profissionais negros disseram não ter as mesmas oportunidades que os brancos. Esse sentimento pode ser conferido dentro da própria categoria dos bancários: dos cerca de 450 mil trabalhadores no setor, segundo o IBGE, apenas 24,7% são negros. “E também sabemos que nas demissões dos últimos anos, muitos negros e negras foram desligados; o sistema financeiro tem sim uma política discriminatória e a cor da pele é um dificultador na ascensão profissional”, denuncia Almir.


O dia contra racismo

O Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1966, em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de 1960, em Johanesburgo, durante o regime Apartheid na África do Sul. Nessa data, cerca de 20 mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, que obrigava os negros a andar com identificações que limitavam os locais da cidade por onde poderiam circular. Tropas do regime baseado na discriminação racial atacaram os manifestantes e promoveram uma chacina: 69 pessoas foram assassinadas e 186, feridas.

“Esta é uma data para reflexão para que possamos, negros e brancos, lutar para banir o preconceito e o racismo. Esta mudança depende de nós, inclusive no voto das eleições de 2022, buscando representações de trabalhadores, mulheres, indígenas, negros e negras e LGBTQIA+. É a oportunidade de um recomeço da luta pela emancipação popular, igualdade de oportunidades e justiça social. Que nossa voz, ação, voto e participação sejam a voz contra toda a forma de opressão, intolerância e discriminação”, reforça Almir, que também é militante do Movimento Negro Unificado (MNU).

Fonte: Contraf-CUT

Quando a quinzena é boa para José Wathynson, ele tira cerca de R$ 1.500 como entregador de aplicativo. Essa poderia até ser uma boa média salarial, não fossem os gastos com gasolina, que nos últimos meses tem pesado no bolso do motoboy. “Você tem que trabalhar mais horas agora, né? Por que já que a gente é motoboy num tem salário fixo. Se trabalhar tem dinheiro, se não trabalhar não tem. Quando eu tinha que pagar minhas contas, normal, a gente trabalhava entre 7, 8 horas. Agora tem que trabalhar 10, 11 horas por dia só pra pagar as contas”, lamenta Wathynson. 

Já Francisco Alexandre Santos utiliza a moto como meio de transporte para se deslocar de casa até o condomínio onde trabalha como porteiro. Ele também tem sentido significativamente a escalada de preços dos combustíveis. “É triste, antes quando eu abastecia totalmente o tanque, eu botava R$ 60 reais, com esse aumento absurdo agora vou chegar a pagar uns R$70/ 80 reais. Isso vai fazer falta no final do mês. Infelizmente tem que dar aquele jeitinho brasileiro, né? Tentar tirar de um e botar em outro. Sempre vai faltar algo daquilo que não poderia faltar, mas infelizmente vai ficar apertado”, explica Alexandre. (Continua após o vídeo.) 

Para as mudanças sucessivas na bomba, a explicação vem do aumento de preços nas refinarias, que trouxe um reajuste de 24, 9% no preço do óleo diesel, de 18,7% na gasolina, e de 16% no gás de cozinha. Com mudanças tão drásticas, só recorrendo aos especialistas para entender essa dinâmica. O economista Fábio Sobral explica o que está por trás de tantas altas de preços nos últimos anos: “Ela é provocada pela política de preços da Petrobras, ela dolarizou seus preços. Ela optou inclusive por se desfazer de certas partes da Petrobras, optou por entregar os lucros para os acionistas e não reinvestir no processo de refino, de distribuição do petróleo e do gás, ela se tornou então uma empresa predatória em relação ao mercado nacional”.

“A Petrobras sobe os combustíveis, os combustíveis são a base da matriz energética e do transporte de pessoas e cargas, então isso vai provocando uma reação em cadeia. Reduz o número de movimentações das pessoas, aumenta o preço dos fretes. Isso faz com que as pessoas gastem mais em combustíveis. Se elas gastam mais em combustível, elas deixam de gastar em outras áreas do consumo. Então o comércio sofre, o comércio sofrendo a indústria sofre, e isso vai em cadeia até o começo do processo produtivo”, explica Sobral. 

E nessa reação sofre principalmente a grande parcela da população que ganha menos, como é o caso da diarista Maria Martins, que praticamente não vê o a cor do dinheiro que recebe: “Esse aumento é um absurdo, porque eu não sei como é que o gás aumenta pelo salário todinho. Porque nem o salário subiu desse tanto, vai subir só no gás. Só que não vai subir só gás, vai subir tudo o que a gente for comprar, vai estar com um preço bem mais alto. E como é que a gente vai fazer com o salariozinho que não aumentou nada?”, questiona.

Ana Sheila dos Santos, que trabalha como serviços gerais em uma academia, também tem sofrido para equilibrar o orçamento doméstico: “a gente já não ganha o salário digno, né? O salário aumenta cem reais e o e o gás aumenta um absurdo. Fora as outras coisas como a comida, que é o mais caro e que a gente tem que comer todo dia. Um absurdo! Você chega no supermercado com R$ 100 e não traz nada. Então a gente corta outras coisas. Corta internet, que a gente tem que ter por conta dos filhos, pra estudar, mas vai cortando nas coisas que são menos necessárias pra poder equilibrar essas contas”. 

Guerra na Ucrânia influencia, mas o problema é anterior

A pandemia e a guerra na Ucrânia, até tem sua parcela de culpa na situação, mas o problema enfrentado hoje já vem de antes. É o que defende o Diretor do Sindpetro Ceará/Piauí, Fernandes Neto: “Em 2016, depois do golpe contra a presidenta Dilma, a política de preços da Petrobras foi alterada. Ela hoje utiliza o que a gente chama da PPI, é o Preço de Paridade Internacional. Ele leva em conta, e não deveria levar, a cotação do dólar - o nosso câmbio. Como a nossa moeda está muito desvalorizada em relação ao dólar, então já é o primeiro impacto. Mas leva em conta também o preço do barril de petróleo internacional, apesar da gente produzir o nosso petróleo aqui em real. Além disso, todos os custos de importação desses produtos. Então a Petrobras está tendo um lucro exorbitante em cima dos seus combustíveis, porque ela está cobrando um preço bem acima do que ela deveria estar cobrando, devido a toda essa política que vincula preço dos combustíveis ao mercado internacional”. 

Fonte: BdF Ceará