Abril 29, 2025
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Quem não solicitou a transferência de recursos deixados em instituições financeiras na primeira fase do programa do Valores a Receber do Banco Central (BC), tem uma nova oportunidade de sacar os recursos nesta semana. A partir do dia 2 de maio, mais valores serão liberados da segunda fase do programa. 

O novo cronograma tem como base a data de nascimento para pessoas físicas e a data de criação para empresas que têm valores a receber. 

Em 28 de março, foi a vez dos clientes nascidos e empresas criadas até 1947 solicitarem novamente o resgate. O calendário segue até 14 de abril, quando é a vez dos clientes nascidos e empresas criadas entre 1993 e 1997. Assim como na primeira fase, haverá repescagem para os clientes dos grupos daquela semana que perderam a chance de reagendamento.  

Novas datas de liberação dos Valores a Receber
Calendário da repescagem (Fonte: Agência Brasil)

A partir do dia 2 de maio, o BC irá liberar mais fontes de recursos esquecidos no sistema financeiro em uma segunda fase, que contará com um novo cronograma. 

De acordo com o BC, todos aqueles que realizaram a consulta dos valores nas primeiras vezes de liberação do recurso terão de fazê-la novamente. Isso porque as instituições financeiras atualizaram as informações enviadas ao Banco e, portanto, pode haver novos recursos esquecidos. Assim, mesmo quem já sacou dinheiro deve refazer a consulta, tanto agora como a partir do dia 2 de maio. 

"O sistema contará com informações novas repassadas pelas instituições financeiras. Ou seja, mesmo quem já resgatou seus recursos e quem não tinha valores a receber na primeira etapa deve consultar novamente o sistema, pois os dados serão atualizados e pode haver recurso novo", informou o BC. 

Confira o passo a passo 

Passo 1: Consulte se há valores a receber 

O primeiro passo é fazer uma consulta no site valoresareceber.bcb.gov.br para verificar se há valores a receber. Para essa primeira consulta, basta utilizar o número do CPF e a data de nascimento ou do CNPJ e a data de abertura no caso de empresas. 

Caso tenha algum dinheiro esquecido, o sistema irá informar uma data específica para retornar ao site para solicitar o resgate. Caso não tenha, refaça a consulta a partir do dia 2 de maio.  

Passo 2: Verifique os valores e solicite o resgate 

Volte ao sistema na data informada durante a consulta para solicitar a devolução. Nesta fase, o cliente poderá acessar as seguintes informações: os valores a receber, a instituição que deve devolver o valor; o motivo do crédito e dados adicionais, se houver.  

Os pedidos poderão ser feitos das 4h às 23h59.  

Para utilizar a plataforma, será necessário realizar um cadastro pelo site ou pelo aplicativo gov.br. O cidadão precisará minimamente de um login gov.br nível prata ou ouro para acessar o sistema. O login gov.br nível "prata' ou "ouro" exige um nível maior de segurança, como o reconhecimento facial.  

Passo 4: Escolha uma forma de resgate 

Os valores podem ser recebidos de duas formas. A primeira por via PIX na conta registrada no sistema. Nesse caso, os bancos e instituições financeiras precisam ter aderido a um termo específico do Banco Central.    

Um outro meio de pagamento é por transferência bancária. Nessa opção, o usuário deve informar os dados para receber os valores, e a instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a transferência.   

O montante será pago em até 12 dias úteis após a solicitação de transferência.  

Aqueles que perderam as datas de repescagem informadas durante a consulta poderão retornar aos sábados ou na segunda fase do programa, a partir de 2 de maio.  

Fonte: Brasil de Fato

A Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades, composta por integrantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS) da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), se reuniu na última segunda-feira (28), para tratar em especial da pauta relativa a questões da mulher bancária. A atividade ocorre no fim de março, mês dedicado ao fortalecimento das lutas dos movimentos feministas pelos direitos das mulheres.

O ponto em destaque no encontro, feito de forma virtual, foi o acordo firmado em março de 2020, que versa sobre prevenção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Os representantes da categoria enfatizaram a importância de dar mais visibilidade a todas as ações que compõem o acordo, em especial às de prevenção.

A categoria bancária foi a primeira a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e é a única a manter uma mesa permanente de negociações com representantes patronais a respeito de questões de gênero, raça e orientação sexual.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), apresentou um diagnóstico das condições do mercado de trabalho para as mulheres desde o início da crise sanitária. Do terceiro trimestre de 2019 ao mesmo período de 2021, por exemplo, 1,1 milhão de mulheres haviam perdido o trabalho, seu rendimento médio mensal sofrido queda de 2,9% e as denúncia de assédio moral subido 187%, entre outros pontos preocupantes. Em praticamente todos os indicadores, as mulheres negras foram mais afetadas. “Esses dados mostram que a desigualdade com as mulheres aprofundou ainda mais com a pandemia”, pontuou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.


11 casos por mês

A Comissão de Diversidade da Fenaban apresentou um balanço, com dados sobre a ação das instituições bancárias, a respeito da questão da violência doméstica contra a mulher. Nos dois anos do projeto, em média foram feitas 11 denúncias por mês de violência doméstica ou familiar. Nesse período, 273 mulheres foram atendidas pelo canal e tiveram encaminhamento para solução. Nos casos mais graves, 11 delas tiveram que ser transferidas de localidade para conseguirem viver em condição de segurança.

Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT, “embora saibamos que os bancos passaram a prestar atendimento às vítimas de violência doméstica a partir do acordo, também sabemos que, em algumas instituições, as mulheres encontram dificuldade para identificar o caminho para buscar ajuda”. Por isso, foi solicitado à Fenaban levantamento a respeito do canal de cada banco, inclusive para que instituições sindicais ajudem na divulgação do serviço.

“Também identificamos que muitos dos canais estão inseridos dentro dos programas sociais dos bancos, e queremos ressaltar a importância de se ter um canal específico para as vítimas de violência doméstica, para que elas não se percam no caminho nem se desestimulem a pedir ajuda, e assim possam romper de vez com o ciclo de violência”.


Reuniões bimestrais

Os representantes da CGROS também propuseram o retorno da periodicidade bimestral de reuniões da Mesa Temática, interrompida em decorrência da pandemia da covid-19. Com a proposta aprovada, a agenda das próximas reuniões já está sendo organizada pelas duas partes. “O retorno da periodicidade é importante, pois precisamos avançar nas pautas e solucionar os impactos gerados aos trabalhadores pela própria crise sanitária que vivemos”, conclui Elaine.

Fonte: Contraf-CUT

Terceirização da Telemedicina, redução da rede credenciada de médicos, hospitais e clínicas, ameaças de fechamento das CliniCassi e resultado operacional negativo no Plano Associados, mesmo após o recebimento de aportes bilionários do banco e dos participantes, foram os principais temas debatidos na disputa das Eleições Cassi 2022, que terminaram nessa segunda-feira (28) com a vitória do grupo Unidos por uma Cassi Solidária – chapas 6 e 77 – para os cargos na Diretoria de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal, com mandatos de junho de 2022 a maio de 2026.

“Estamos muito felizes com essa retomada dos associados na gestão da Cassi, após quatro anos. Ficou claro, com esse resultado, que as trabalhadoras e os trabalhadores do BB, da ativa e aposentados, querem reverter o processo de desmonte da nossa Caixa de Assistência”, avalia o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Representação das chapas

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e entidades sindicais, associativas e de aposentados apoiaram as chapas do grupo Unidos por uma Cassi Solidária, formadas por funcionários da ativa e aposentados do BB, pré e pós 1998, de várias regiões do país. “Acreditamos que essa diversidade na formação das chapas foi fundamental para a vitória. Os eleitores da Cassi perceberam esse nosso esforço para colocar na gestão da entidade pessoas que realmente são capazes de entender as necessidades das associadas e associados nas suas diversas regiões”, pondera o coordenador do comitê de campanha das chapas 6 e 77 e ex-diretir do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, José Ricardo Sasseron.

A gestão será para todos

Na mensagem de vitória, além de agradecer “cada um” dos votos recebidos, os eleitos das chapas 6 e 77 agradeceram “militantes, entidades e apoiadores” pelo compartilhamento das propostas e “diálogo sempre aberto” com os associados. “Nossa gestão será para todos e todas. Solidariedade é o princípio que fez a Cassi nascer e será a nossa motivação para fortalecer nosso plano de Saúde”, completaram.

Resultado

As chapas 6 e 77 obtiveram uma larga vantagem nos votos em comparação com os outros três grupos que participaram do pleito. Na disputa para Diretoria de Risco Populacional e Conselho Deliberativo, a chapa 6 recebeu 39.923, contra 20.048 do segundo colocado (Mais União na Cassi, chapa da situação), 16.112 do terceiro (Cassi: Entre que a casa é sua) e 3.187 do quarto (Cassi Independente). Já para o Conselho Fiscal, a chapa 77 recebeu 30.090, contra 19.035 (Mais União na Cassi), 13.200 (Cassi: Entre que a casa é sua) e 3.200 (Cassi Independente).

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 29 de março, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve em agências do Banco Santander, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pelo Dia Nacional de Luta em defesa da vida, por melhores condições de trabalho e contratações.

As diretoras e diretores exibiram uma faixa de protesto, onde exigia respeito e responsabilidade do banco com os funcionários. Além disso, explicaram para bancárias, bancários e para o público em geral, os motivos do protesto que estava sendo realizado.

Os atos foram bem recebidos em todas as agências onde foram realizadas as manifestações.

Na parte da tarde, o Sindicato também participou de uma ação digital no Twitter. Ocorreu um “tuitaço”, das 15h às 16h, com a hashtag #SantanderNosRespeite. O objetivo foi chamar a atenção do banco e da população, também de maneira virtual.

Confira as fotos dos atos em nossas redes sociais.

O Banco do Brasil foi condenado a pagar indenização por danos morais por ter divulgado o nome de um gerente num ranking de desempenho. A decisão é da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª região. Os desembargadores sustentaram que o trabalhador era exposto a situações abusivas e vexatórias e comprovou o assédio moral sofrido por publicações em mídia digital.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, aponta que a atitude foi um descumprimento à cláusula 23ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e à cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária em vigência, que definem que os bancos, no monitoramento de resultados, não podem expor publicamente o ranking individual dos seus funcionários. “A exposição do ranking individual dos funcionários é proibida pelos dois contratos de trabalho que regem a categoria e, mesmo com nossas constantes cobranças, o banco insiste em procurar subterfúgios para driblar as cláusulas”, disse. “Conquistamos essa proibição na Campanha Nacional de 2011 para reduzir o assédio moral e cobranças excessivas aos funcionários, que acabam levando ao adoecimento. E vamos continuar defendendo saúde e melhores condições de trabalho para os funcionários”, disse o coordenador da CEBB.

Processo

No processo, o autor alegou que o Banco possuía vários rankings para medir e comparar a atuação dos gerentes e suas agências através de programas de computador. “Também havia cobranças por grupos de WhatsApp, com envio de mensagens ao longo do dia sobre as metas de vendas impostas aos gerentes e quanto cada um estava vendendo”, afirmou o empregado. Por sua vez, o Banco do Brasil respondeu que apenas cobrava metas de seus funcionários e divulgava ranking de vendas, o que faz parte do seu poder diretivo.

De acordo com a relatora do acórdão, desembargadora Léa Nunes, mesmo que o empregador possa estabelecer metas, o que corresponde a um ato inerente ao seu poder diretivo, estas devem ter o seu cumprimento estimulado de maneira positiva, e não por meio de exposição pública que evidencia a improdutividade do trabalhador.

“O respeito deve pautar a relação empregatícia, cabendo ao empregador orientá-los, fiscalizá-los e zelar pela manutenção de um ambiente de trabalho saudável e cordial, o que, contudo, não ocorreu nessa situação.”

Norma coletiva

A desembargadora Léa Nunes também pontuou que a divulgação interna do ranking individual dos empregados contraria, inclusive, determinações das cláusulas estabelecidas pelo sindicato profissional nas negociações coletivas.  Ainda, afirmou que “o Banco não negou as informações contidas nos documentos juntados no processo que demonstraram a existência dos referidos rankings”.

Quanto ao valor a ser arbitrado a título de indenização, a 3ª Turma entendeu que a condenação deve ser coerente, visando à proporcionalidade do fato e do dano.

Foi explicado, no acórdão, que assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes, dirigidas a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-a, muitas vezes, a desistir do emprego. Fonte: Contraf-CUT, com informações do Migalhas.

Fonte: Contraf-CUT

A direção do Banco do Brasil divulgou oficialmente nesta segunda-feira (28) o modelo de Trabalho Remoto Institucional (TRI) que será implementado no banco, a partir da próxima quinta-feira (31).

Os funcionários só poderão trabalhar em home office por dois dias na semana ou o seu equivalente mensal. Cada departamento pode ter, por dia, ausência de, no máximo, 30% dos seus trabalhadores, levando em consideração ausências físicas programadas, como férias, abonos e trabalhadores do grupo de risco que já estejam em home office. As funções gerenciais não entram nesta modalidade de trabalho.

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, explica que o teletrabalho institucional dá a possibilidade de trabalhar um período, em modelo híbrido, de casa. “A proposta do banco não contempla o que desejamos, que seria uma abrangência maior das pessoas em home office; mas com o acompanhamento e a devida avaliação periódica pela empresa e representantes dos trabalhadores, poderemos conseguir mais avanços, e nesse momento, o teletrabalho atenderá a necessidade de muitos trabalhadores. Depois de um ano e meio, temos de consolidar a implementação. Ela não é perfeita, mas queremos e podemos avançar muito para conseguir a melhor forma de termos um teletrabalho justo e coerente”, avaliou.

Clique aqui e confira a apresentação completa do banco.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal informou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na sexta-feira (25), que atenderia a reivindicação dos empregados e prorrogaria o “Projeto Remoto Excepcional” até o dia 30 de abril.

O banco enviou comunicado para todas suas unidades informando aos gestores que eles podem manter em home office quem já está exercendo suas atividades remotamente, e/ou incluir outros empregados. O banco informou ainda que cada gestor deverá combinar previamente com cada empregado as atividades que o mesmo deverá exercer remotamente, registrá-las no sistema de recursos humanos (SISRH) e acompanhar o cumprimento das tarefas.

“Por mais que os casos de contaminação e mortes por Covid-19 estejam reduzindo, precisamos estar alertas com os novos surtos e para evitar novas ondas da doença em nosso país”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que é secretaria de Cultura da Contraf-CUT. “Melhor fazermos nossa ‘lição de casa’, segurarmos mais um pouquinho. Se tivéssemos feito um lockdown de verdade no início da pandemia, poderíamos ter reduzido o número de contaminações em nosso país”, completou.

Sobrecarga

Fabiana disse concordar que os empregados que estão atendendo presencialmente a população estão sobrecarregados. “Mas, a solução não passa pelo retorno de todos os trabalhadores que estão em home office. Muitos têm outras doenças que podem ser agravadas caso contraiam o vírus e, o que seria uma solução rápida, pode levar à piora do quadro de sobrecarga”, disse a coordenadora da CEE/Caixa.

Para ela, a redução da sobrecarga passa pela contratação de mais empregados. “A Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais) já autorizou o aumento do quadro de pessoal com a contratação de concursados, mas, apesar de seu presidente, Pedro Guimarães, ter propagandeado que contrataria quatro mil novos empregados, o banco não contratou nem o que foi autorizado”, disse. “O problema também está acontecendo com as pessoas com deficiência aprovadas em concurso específico realizado no ano passado. A Caixa faz propaganda para a mulher do Bolsonaro aparecer, mas é muito marketing e pouca efetividade”, lembrou.

A Caixa tem criado entraves para a contração dos aprovados no concurso específico para PCDs, realizado em 2021. Também há demora para a contratação de aprovados em 2014. “Precisamos lutar para acabar com a sobrecarga de trabalho, que passa pela saúde e pela vida dos trabalhadores”, concluiu a coordenadora da CEE/Caixa.

As chapas 6 e 77, Unidos por uma Cassi Solidária, que tiveram o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações, sindicatos e da maioria das entidades associativas do país, foram as mais votadas nas eleições da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) e vão assumir as diretorias de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento, além dos conselhos Deliberativo e Fiscal a partir de junho de 2022 até maio de 2026.

Do total de votantes, 56,38% votaram na Diretoria e Conselho Deliberativo e 53,24% votaram no Conselho Fiscal.

Veja abaixo os dados da votação:

Diretoria e Conselho Deliberativo:
Unidos por uma CASSI Solidária
 39.923 votos (eleita)
Mais União na CASSI
 20.048 votos
CASSI: Entre que a casa é sua 16.112 votos
CASSI Independente 3.187 votos

Conselho Fiscal:
Unidos por uma CASSI Solidária
 30.090 votos (eleita)
Mais União na CASSI
 19.035 votos
CASSI: Entre que a casa é sua 13.200 votos
CASSI Independente 3.200 votos

Obs.: Esses são os dados prévios, assim que sair a totalização oficial, alteramos aqui com a votação exata!

Mais informações em nosso site e redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal é o órgão que auxilia a representação dos trabalhadores nas negociações com o banco. Para falar um pouco sobre a importância da CEE e sobre as conquistas obtidas por meio das negociações que a comissão realizou com o banco, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) entrevistou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Fabiana explicou que a CEE é a voz dos empregados nas negociações com os bancos e que, por meio destas é que são obtidas as conquistas, que muitas vezes o banco tenta passar como se fosse um “benefício” concedido.

“Pegando um resgate dos últimos períodos, principalmente considerando o momento da pandemia, eu acho que as negociações entre a representação dos empregados e a direção da empresa conseguiram manter os nossos direitos”, disse a coordenadora da CEE ao lembrar do que está acontecendo na sociedade e dos ataques que os trabalhadores, principalmente de empresas públicas, tem sofrido. “Manter os direitos é algo extremamente importante”, completou.

Fabiana lembrou, ainda, de conquistas específicas dos empregados da Caixa. “Conseguimos manter o Saúde Caixa, tivemos avanços importante também na manutenção da PLR Social. Fomos o primeiro banco a ter os protocolos contra a Covid-19, com metade dos empregados em home office e diversas medidas de proteção daqueles trabalhadores que tiveram que continuar trabalhando estavam nas agências”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

A Lei de Cotas completa 10 anos em 2022, celebrada por seus defensores como um marco de ação afirmativa contra a desigualdade na educação superior do Brasil. Após a sanção da presidenta Dilma Rousseff, em agosto de 2012, universidades e institutos federais deveriam, aos poucos, atingir a reserva de 50% das suas vagas para estudantes egressos de escolas pública, dando preferência a candidatos com renda per capita inferior a 1,5 salário mínimo, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.

Um artigo da própria Lei 12.711/2012 previa que caberia ao Poder Executivo fazer uma revisão dessa lei, competência que foi retirada após uma alteração em 2016. Como apenas outra lei teria o poder de extinguir ou alterar a atual legislação, dezenas de projetos foram apresentados nos últimos anos no Congresso Nacional. Entre eles, destacam-se aqueles que estendem o prazo para a revisão, por um lado; e aqueles que defendem a exclusão do critério étnico-racial para as cotas, por outro.

Bira do Pindaré (PSB-MA) é autor de um dos muitos projetos enviados ao Congresso Nacional em prol da prorrogação da lei. Contudo, para se antecipar à necessidade de fortalecer um projeto único da oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), ele decidiu aceitar a relatoria de outra proposta elaborada por vários membros da bancada petista e encabeçada por Valmir Assunção (PT-BA).

“O projeto do Valmir vai além. Ele propõe a prorrogação por 50 anos e também a criação de um conselho de política afirmativa no MEC [Ministério da Educação] para avaliação constante, além de uma política de 'bolsa permanência' para apoiar os cotistas, porque isso é um problema real. Há pessoas que ingressam por força dessa lei, mas não conseguem se manter na faculdade”, defende o deputado.

Leia também: Opinião | Lei de Cotas tem que ser renovada para sonharmos com um Brasil menos desigual

Projetos pedem fim das cotas para negros, quilombolas e indígenas

Para o frei David Santos, fundador da ONG Educafro, os ataques à Lei de Cotas remontam ao período da sua aprovação, em que ajudou a mobilizar ônibus cheios de ativistas negros para pressionar os parlamentares. “Nós sabíamos que seria algo difícil porque tiraria privilégio dos grandes, da classe dominante que coloca seus filhos ricos em escolas públicas gratuitas. Estávamos dividindo o bolo, dizendo: 'Nós, pobres, também temos direito a esses recursos públicos'”, relembra.

Em sua opinião, a parcela da sociedade que se posiciona desde aquela época contra as cotas raciais, o que inclui o próprio presidente da República, “é contra os negros terem consciência aos seus direitos”. Ele também afirma: “A direita quer tirar a palavra 'negro' e colocar 'pobre'. E nós queremos que mantenha o que está aí: 'negros', 'pobres', 'indígenas' e 'quilombolas'. Citar os nomes das vítimas da história para que as injustiças não sejam esquecidas”, ressalta.

O clamor do frei David faz referências a propostas como a da professora Dayane Pimentel (PSL-BA), de 2019, que pede o fim do critério racial por considerar uma política que promove a “divisão entre brasileiros” e que poderia até despertar “conflitos sociais desnecessários”. O deputado dr. Jaziel (PL-CE) recorreu a argumentos semelhantes quando apresentou seu PL 5.303/2019.

Mais recentemente, foi a vez de Kim Kataguiri (União Brasil-SP) defender o fim do que chamou de “discriminação positiva” e “tratamento diferenciado” com relação à cor, raça e origem no texto do projeto que enviou a uma comissão da Câmara em fevereiro deste ano. Os três projetos acreditam que apenas o critério da renda seria suficiente para corrigir a desigualdade no acesso ao ensino.

“Nós discordamos dessa visão porque a consideramos negacionista. Uma visão daqueles que querem de alguma forma ignorar que existe racismo no Brasil”, afirma Bira do Pindaré, que também considera a Lei de Cotas “uma política muito exitosa, que tem cumprindo papel fundamental no desenvolvimento do país e ampliado a riqueza de conhecimento no país”.

:: "Cotas foram a revolução silenciosa no Brasil", afirma deputada e estudante cotista ::

Falta pesquisa que aponte os resultados da aplicação da lei

Quem frequenta esses locais de ensino, muitos deles reconhecidos por sua excelência, nota a mudança progressiva no perfil dos estudantes. É o que relata Julia Oliveira Souza, de 22 anos, estudante cotista no curso de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB). “Antes das cotas, só quem tinha acesso à UnB era branco rico. Essa mudança é bem nítida. […] Na faculdade, conheci alunos indígenas, quilombolas, pessoas trans, gente que não era da minha convivência. A universidade abre esse espaço”, argumenta.

Uma das principais queixas dos parlamentares para subsidiar o debate é a falta de estudos feitos pelo Ministério da Educação (MEC). “A gente fica pegando dados aqui e acolá de pesquisador, de alguém que fez avaliação, mas não tem nada mais sistematizado”, lamenta Bira. É uma incógnita, por exemplo, qual o total de estudantes cotistas matriculados hoje no país e qual o percentual dos que conseguem terminar os cursos em que se matricularam.

No entanto, alguns dados são conhecidos, como os resultados do Censo da Educação Superior 2019, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que apontam que os brancos (42,6%) ainda são maioria se forem somadas as universidades públicas e privadas. Na pesquisa, pessoas que se autodeclaram negras somam 7,1%; amarelos, 1,7%; indígenas, 0,7%; além de 16% de pessoas não enquadradas nos critérios.

Outro levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), publicado em agosto de 2020, aponta que 36% dos jovens brancos na faixa etária entre 18 e 24 anos estão estudando ou terminaram alguma graduação. Esse percentual cai pela metade, 18%, quando se trata de pretos e pardos, muito distante da meta de 33% estipulada para 2024 pelo Plano Nacional de Educação.

Leia mais: Coluna | Cota não é esmola: o racismo ameaça o direito à educação

Ponderações sobre a lei

Frei David diz reconhecer os avanços da Lei de Cotas e, ainda assim, apontar problemas. Um deles diz respeito aos casos de fraude no processo de autodeclaração racial, amparados pela falta de critérios claros sobre cor e raça. Ele lamenta que “irmãos brancos” tenham aproveitado essa fragilidade no sistema para “obter direitos que não lhe dizem respeito”, além de observar uma “conivência” e até “permissividade” de reitores com casos de manipulação.

Para apresentar iniciativas de coerção a casos como esses, várias universidades anunciaram a criação de comissões de heteroidentificação. Cada universidade tem criado as suas próprias regras e prazos, como a UnB, que em 2020 expulsou 15 estudantes por fraudar a autodeclaração, e que, a partir de 2022, fará entrevistas diante de uma banca diversa para avaliar caso a caso.

Outro problema apontado é a falta de apoio aos estudantes cotistas de baixa renda para impedir o fenômeno da evasão, conforme prevê a lei de 2012. Frei David cita um levantamento pessoal: “Antes da pandemia [de covid-19], de cada 100 negros que entraram pelas cotas, 30 mais ou menos haviam abandonado por falta de uma coisa simples: bolsa-moradia e bolsa-alimentação. Depois da pandemia, estimamos que esse índice dobrou e que, agora, para cada 100 alunos negros, são 60 abandonos”, calcula.

O deputado do PSB defende a necessidade de se criar mecanismo de vigilância e de correção de distorções, o que para ele não impede de seguir perseguindo o caminho. “Não concordamos em ignorar a realidade que está posta, de um racismo estrutural, do ranço da escravidão. Vamos lutar para que as cotas raciais sejam mantidas”, garante.

Fonte: Brasil de Fato