Abril 27, 2025
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Imprensa

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As inscrições para o segundo torneio de videogame voltado aos trabalhadores do ramo financeiro filiados aos sindicatos filiados à Contraf-CUT e seus dependentes se encerrou na segunda-feira (25). Os 64 participantes, divididos proporcionalmente entre as federações, disputarão, no dia 30 de novembro (sábado), das 10h às 16h, as premiações que serão concedidas aos três primeiros colocados.

“A premiação é um incentivo aos melhores na disputa, mas o objetivo é promover a integração entre os trabalhadores e a descontração da categoria e seus dependentes. Esperamos contar com uma grande audiência nos canais de transmissão da Contraf-CUT para torcer pelos seus representantes e se divertir com seus familiares, amigos e amigas”, afirmou o secretário de Cultura da Contraf-CUT, Carlos Damarindo.

As orientações já estão sendo passadas diretamente aos inscritos pela empresa contratada para organizar os jogos, que serão realizados em plataformas como PlayStation 5, Xbox Series X e S, e computadores que possuam uma conexão de, no mínimo, 50MB para garantir uma transmissão fluida durante as partidas, e o jogo EA SPORTS™ FC 25 instalado.

Representação feminina

A novidade desta edição é a participação de uma mulher, representante da base do Sindicato dos Bancários de Niterói (RJ), que vai disputar com os demais participantes. “Mas queremos ampliar a representação feminina. Vamos pensar em outras atividades para permitir que isso aconteça e aceitamos sugestões”, disse o secretário de Cultura da Contraf-CUT, orientando para que as sugestões sejam enviadas aos sindicatos de suas respectivas bases, com o pedido de repasse para a Contraf-CUT.

Acompanhe os jogos

As emoções do torneio poderão ser acompanhadas, ao vivo, a partir das semifinais, nos canais oficiais da Contraf-CUT.

Premiação

Os melhores colocados receberão prêmios em vouchers de R$ 3.000 para o primeiro lugar, R$ 1.500 para o segundo e R$ 500 para o terceiro.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Bradesco anunciou, nesta quarta-feira (27/11), a antecipação para o dia 20 de dezembro do crédito dos vales alimentação e refeição (VA/VR), que aconteceria no dia 27 de dezembro.

"A lógica é antecipar os valores para antes da celebração do Natal", explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica Oliveira.

No dia 20 de dezembro, o banco também creditará na conta dos funcionários e funcionárias a segunda parcela do 13º salário.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou, nesta terça-feira (26/11), do último Sistema Diretivo da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), em 2024, onde foi aprovada, por unanimidade, a previsão orçamentária de 2025, e foram traçadas estratégias futuras para a categoria bancária. 

O Sistema Diretivo foi realizado em modelo híbrido, no auditório da entidade, localizado no Centro do Rio de Janeiro, e contou com a participação de representantes dos sete Sindicatos dos Bancários filiados à Federação: Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região, Três Rios e Região.

O Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, esteve presente como convidado e falou um pouco da atual situação da categoria na luta contra o racismo e a desigualdade. Principalmente em novembro, onde o debate fica mais em evidência, devido ao mês da consciência negra.

Além de aprovar a previsão orçamentária, foram discutidos pontos de pauta, como: Avaliação da Campanha Nacional Ano 2024; Tercerizações; e Apresentação de um projeto de software de gestão integrada para Sindicatos e Federação.

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Diário Oficial da União publicou, na sexta-feira (22), a demissão, por justa causa, do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, em decorrência de atos de assédio sexual e moral. A pena foi definida pela Controladoria Geral da União (CGU) após a confirmação de diversas práticas vexatórias de humilhação, constrangimento e insinuação às vítimas entre 2021 e 2022.

“A Contraf-CUT, como representante legal das empregadas e empregados, havia cobrado, por inúmeras vezes, a devida apuração e, em caso de confirmação das denúncias, da punição dos acusados, para evitar que, em caso de omissão, a imagem do banco fosse ainda mais prejudicada”, lembrou a diretora executiva e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Eliana Brasil.

“Precisamos garantir que haja um ambiente saudável e seguro para o trabalho em todos os departamentos do banco, desde as unidades de atendimento ao público, até os setores administrativos e de direção. E, para isso, precisamos que todos os culpados sejam devidamente punidos”, completou a coordenadora da CEE ao lembrar que as denúncias atingiam não apenas o ex-vice-presidente demitido, mas atingiam até o então presidente do banco. “Se comprovada a ação, é preciso haver punição. Mesmo se o acusado ocupar o cargo mais alto de direção. Somente assim todas as empregadas e empregados poderão trabalhar com segurança”, continuou.

Assédio sexual é crime!

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, ressalta ainda que o assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal, que prevê a pena de detenção de um a dois anos.

As denúncias vieram à tona em 2022 e levaram à queda de diversos diretores e do então presidente da Caixa. Ou seja, houve tempo para a devida defesa em processo interno, que, após constatada a veracidade das denúncias, levou à demissão por justa causa do ex-vice-presidente do banco. Mas, a demissão é apenas parte da punição, uma vez que se trata de um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, lembrou a dirigente da Contraf-CUT. “Além da pena prevista no Código Penal, a legislação trabalhista prevê indenização para reparação do dano causado às vítimas”, completou.

Fernanda lembrou ainda que a cada dia, em média, 140 mulheres e meninas são mortas por alguém de sua própria família em todo o mundo. Cerca de três sofrem violência física ou sexual. Todos os países e comunidades são afetados por essa epidemia que envergonha a humanidade.

“O caso mostra a importância de combatermos a violência contra as mulheres todos os dias e é bastante significa esta penalização às vésperas do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro), num momento em que o movimento das mulheres, no mundo todo, realiza atos para denunciar esta triste realidade constatada em todos os países”, observou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, ao lembrar dos 16 dias de ativismo realizados anualmente no mundo todo entre os dias 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, e o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, são 21 dias de ativismo, com início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. “Já há alguns anos, decidimos iniciar os dias de ativismo em 20 de novembro para reforçar que as mulheres negras são as maiores vítimas da violência no país”, explicou Fernanda.

Entenda o caso

Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por várias empregadas da Caixa. A informação foi divulgada no dia 28 de junho de 2022 pelo site Metrópoles. Em poucos minutos a notícia ganhou repercussão nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde vários parlamentares pediram em plenário a demissão do executivo.

Segundo a reportagem, no fim de 2021, um grupo de empregadas, ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, rompeu o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), de assédios sexuais que vinham sofrendo. Desde então, o MPF toca as investigações em sigilo. Cinco das vítimas falaram à reportagem citada sob anonimato.

Nos testemunhos, elas contam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do então presidente da entidade. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Pelo programa, desde 2019, já ocorreram mais de 140 viagens, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficavam no mesmo hotel, onde ocorriam os assédios.

No dia 29 de junho de 2022, Pedro Guimarães entregou ao então presidente da República, Jair Bolsonaro, seu pedido de demissão da presidência da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal cancelou a reunião que estava agendada para esta segunda-feira (25), a partir das 16h, para dar continuidade às negociações sobre questões específicas sobre caixas e tesoureiros.
Em sua mensagem, o banco justificou o cancelamento afirmando que “considerando situação extraordinária, se fará necessário o reagendamento da reunião de mesa de negociação”, sem definir uma nova data, afirmando apenas que “tão logo tenhamos a definição de nova data, encaminharemos o agendamento.”
Na mensagem, a Caixa reafirmou seu “compromisso e empenho para a continuidade das negociações do tema.”

Manutenção dos direitos

Na última negociação específica, ocorrida na terça-feira (19), a representação dos empregados enfatizou que as propostas apresentadas pelo banco não contemplam os interesses dos trabalhadores, que preferem manter o que está definido no acordo em vigência para não haver risco de perda de direitos e, após uma pausa na reunião, apresentou uma proposta sem perda de direitos (leia a proposta na íntegra na matéria sobre a reunião passada).

“Também estamos à disposição para dar continuidade às negociações, desde que sejam mantidos os direitos das empregadas e empregados”, ressaltou a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Eliana Brasil. “Esperamos que a Caixa reagende a nova data e traga uma resposta favorável à proposta que apresentamos com a manutenção dos direitos das colegas e dos colegas”, concluiu.

A Contraf-CUT informará a nova data, tão logo seja reagendada a reunião negociação.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil sediou um G20 histórico e vitorioso. Pela primeira vez, a reunião realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, entre os líderes de países responsáveis pelas 20 maiores economias do mundo, foi precedida pelo G20 Social. Essa novidade da participação popular foi anunciada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião do G20 na Índia, em 2023. E teve tamanha importância que a ampliação das vozes cidadãs terá continuidade no ano que vem, na África do Sul, próximo país a sediar o encontro.

“O que deu tom ao G20 foi toda essa pauta da sustentabilidade, da alternância da governança global, das questões da emergência climática, da taxação das grandes fortunas no combate à desigualdade, na importância de criar empregos de qualidade e promover o trabalho digno para todos a fim de alcançar a inclusão social. O documento final dos líderes destaca tudo isso que está na nossa Declaração do Rio de Janeiro”, afirma a secretária de Políticas Social da Contraf-CUT, Elaine Cutis, que participou do G20 Social.

Ela reforça que tudo que foi debatido no G20 Social está no documento final do G20 (veja abaixo). “Nos debates, em que pese a resistência da Argentina, o G20 conseguiu fazer um documento que contempla essas importantes pautas, o compromisso das maiores potências com essas temáticas debatidas por cidadãos do mundo inteiro no G20 Social.”

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, ressalta esse protagonismo do G20 Social, que reuniu no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de novembro, cerca de 50 mil participantes com 300 temas em debate. “O G20 Social levou pela primeira vez aos líderes do bloco temas discutidos com a sociedade. Então, nossa Declaração do Rio de Janeiro está de certa forma ali no documento final. E tudo isso reflete essa democratização do processo construída pelo presidente Lula.”

Vitória da construção

O professor de Relações Internacionais, Leonardo Trevisan, destacou (em entrevista ao Hora News) o papel do Brasil para a reunião do G20 e sua importância como negociador. “Foi uma vitória da construção, como disse o presidente Lula. Durante todo o último ano o Brasil fez um esforço na direção do consenso, conseguir que a declaração do G20 fosse consensual. E isso foi alcançado.”

Trevisan lembrou que nas ultimas quatro reuniões do G20, desde Osaka (em 2019, no Japão), não se consegue um consenso do grupo. “Mesmo na reunião passada, na poderosa Índia, não se conseguiu estabelecer para ter um documento final.” E, mais que ter um consenso, o professor salienta a importância dos rumos desse acordo. “Foi em direção de enfrentar problemas bem reais. Como é que alguém pode negar, quando se constata que este ano 733 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar absoluta? O sujeito vai dormir sem saber se terá comida no dia seguinte. E o mundo tem como alimentar todos eles. É dessa vitória tanto do consenso quanto do tema: a desigualdade.”

O Brasil mudou, também, a operacionalidade do G20. “E na reunião final não se falou só do que queremos, mas como vamos pagar isso”, diz Trevisan. “O caminho da taxação dos super-ricos (são somente 3 mil bilionários em todo o planeta) vinha sendo desenhado há tempos. A taxação de 2% anual no patrimônio desses 3 mil vai ajudar principalmente nas mudanças climáticas. Algo em torno de 200 a 250 bilhões de dólares anuais. E a maioria dos países ricos aceitaram porque têm muito claro o custo desse problema.”

Consensos pela vida

A taxação de grandes fortunas como uma das formas de financiar as mudanças necessárias no cenário internacional, é um dos 85 pontos consensuados e expressos na declaração final da Cúpula do G20. O documento inclui prioridades da presidência do Brasil à frente do grupo. E reconhece que a desigualdade dentro dos países e entre eles está na raiz da maioria dos desafios globais. Daí a importância da construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza como consenso e que já tem em caixa 145 bilhões de reais. O objetivo inicial da aliança é alcançar, até 2030, 500 milhões de pessoas, com transferência de renda; 150 milhões de crianças, com alimentação escolar; 200 milhões de mulheres e crianças de até 6 anos, com saúde e acompanhamento da gestação e primeira infância; além de 100 milhões de pessoas, com emprego e empreendedorismo.

O documento final reafirma também o papel do G20 como fórum de cooperação com vocação para apoiar países em desenvolvimento e atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Dá ênfase à transição energética e à premência de ações ambientais. E ressalta a necessidade de reforma na governança de instituições multilaterais para dar eficiência aos esforços de paz e garantia de preservação dos direitos humanos.

“Nós nos reunimos no berço da Agenda de Desenvolvimento Sustentável para reafirmar o nosso compromisso de construir um mundo justo e um planeta sustentável, sem deixar ninguém para trás”, afirma o documento.

>> Confira a íntegra do texto

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil obteve aumento de 8,4% no lucro líquido, de janeiro a setembro deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023. Em valores, isso significa R$ 28,32 bilhões a mais nos recursos da empresa pública de capital misto. Somente no terceiro trimestre do ano, ou seja, de julho até setembro, o lucro líquido chegou a R$ 9,52 bilhões.

Em nota, o BB explica que o resultado se deu, principalmente, pelo desempenho positivo da margem financeira bruta, que no período cresceu 13,9%. O banco também destacou que houve aumento de 4,8% nas receitas com prestação de serviços, o que também contribuiu para o saldo favorável.

O retorno sobre patrimônio líquido (RPSL) do Banco do Brasil apresentou leve queda, de 0,2 pontos percentuais (p.p.), em doze meses, ainda assim alcançou 21,3%, o que é muito significativo. O RSPL, indicador financeiro também conhecido também como Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), serve para determinar o quão eficiente é uma empresa na geração de lucro a partir dos seus recursos.

Agências, trabalhadores e clientes

Dados divulgados no relatório e sintetizados pela equipe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre os recentes resultados do BB mostram que, ao final de setembro, o BB contava com 87.101 funcionários – aumento de 2.389 postos de trabalho em 12 meses, porém redução de 29 postos no trimestre. Já o número de clientes, considerando correntistas, poupadores e beneficiários do INSS, cresceu 2,5 milhões em um ano, alcançando 85,01 milhões.

No período de 12 meses, houve redução de uma agência tradicional, totalizando 3.171 agências em setembro de 2024. Por outro lado, aumentou em 14 o número de agências digitais e especializadas, totalizando 826 unidades.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias do BB tiveram aumento de 4,8% e alcançaram R$ 26,29 bilhões em setembro de 2024. No mesmo período, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), totalizaram R$ 23,94 bilhões, aumento de 4,0% em relação ao mesmo período do ano passado.

"Esse aumento nas despesas, sobretudo no PLR, é resultado do reajuste salarial da categoria que, por sua vez, é fruto da conquista que as empregadas e empregados do BB, obtiveram na campanha salarial deste ano", explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

campanha salarial da categoria conquistou reajuste de 4,64% sobre salários e demais verbas, incluindo a PLR, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esse percentual representou ganho real, ou seja, acima da inflação, de 0,9%.

"O desempenho dos bancos é reflexo da atuação dos trabalhadores e, portanto, as mesas de negociações são necessárias para garantir ajustes em favor da categoria. Para além disso, defendemos que, com esse resultado, o BB reforce o seu papel social", completou Fernanda Lopes, ao lembrar que, apesar de ser público, o Banco do Brasil está entre as empresas que mais pagam dividendos aos acionistas: em 2023, foram R$ 13 bilhões destinados para este fim, segundo balanço da própria empresa, o que colocou o banco entre as 11 empresas que mais distribuíram dividendos no ano passado.

A coordenadora da CEBB complementa que o debate em torno da pressão por metas para o alcance de resultados continua sendo a principal demanda dos funcionários e funcionárias do BB. "Não adianta que o lucro continue aumentando enquanto aumentam também casos de trabalhadores adoecidos, porque a busca por lucro nas agências vem acompanhada de competição acirrada, que impacta no ambiente de trabalho, tornando-o adoecedor. É preciso priorizar a qualidade de vida no trabalho, saúde e não o lucro a qualquer custo", pontua.

Carteira de crédito

Em 12 meses, a concessão de crédito do BB cresceu 13,0%, totalizando R$ 1,205 trilhão, em setembro de 2024. O Agronegócio, que representa um terço de toda a carteira da instituição, cresceu 12,8% no período, totalizando R$ 347,11 bilhões.

carteira Pessoa física aumentou 7,5%, somando R$ 324,82 bilhões, com destaque para o crédito consignado (+11,2%), que possui o maior peso na sua composição. Mas expressivo mesmo foi o crescimento da carteira destinada ao exterior, de 34,8%. A carteira Pessoa Jurídica, por sua vez, cresceu 10,4%, alcançando R$ 327,36.

Inadimplência e despesas com PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 3,33%, aumento de 0,52 p.p. em relação a setembro de 2023, mas ainda abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).

No entanto, as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamadas de provisões para devedores duvidosos (PDD), cresceram 43,5%, em doze meses, totalizando R$ 31,69 bilhões entre janeiro e setembro de 2024. Esse aumento significativo na provisão, segundo o banco, foi reflexo do agravamento do risco nos segmentos large corporate (grande empresa) e agronegócio.

No trimestre, o aumento da PDD também foi expressivo (+19,6%), o que, segundo a empresa, foi resultado de um caso de cliente em recuperação judicial.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

Na última quarta-feira (13), o Coletivo Nacional de Relações do Trabalho, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizou um debate sobre o fim da escala 6x1, com a participação dos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Erika Kokay (PT-DF), além de análise de conjuntura do ex-ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, e do analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Neuriberg Dias.

O assunto da jornada de trabalho voltou a ser impulsionado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC), da deputada Érika Hilton (PSOL-PT), para reduzir de 44h para 36h a jornada semanal, numa escala de 4x3. Até a última sexta-feira (15), a PEC já estava com 250 assinaturas, ou seja, 79 a mais do que o mínimo necessário para tramitar na Câmara.

"Nós que acompanhamos de perto, há anos, na Câmara pautas de interesse à classe trabalhadora, ficamos admirados com o impacto que essa PEC está tendo em toda a sociedade neste momento, apesar de ser uma pauta histórica da CUT e de não ser a primeira vez que surge no Congresso", explicou Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho e responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação de pautas de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional. “Diante disso, temos a oportunidade de não deixar morrer esse debate, na busca por essa mudança”, completou Jefão, que coordenou a reunião do Coletivo Nacional de relações do Trabalho.

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) é autor da PEC 221, que também aborda a redução da jornada semanal no Brasil, mas apresentada em 2019. "Na época, tivemos repercussão do tema e, rapidamente, assinaturas suficientes para protocolar a matéria na Câmara dos Deputados", relembrou o parlamentar. Atualmente, o PEC 221 está na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ).

"Ao longo desses dias, estamos nos reunindo com a deputada Hilton para traçar um plano e um roteiro de trabalho juntos. No caso da nossa PEC (do PT),  efendemos um período de transição para que os setores se adequem e trabalhamos com duas vertentes: que a maior carga horária seja de 36h semanais e, que a escala máxima seja 5x2 e não mais 6x1", explicou.

Ricardo Berzoini destacou que, quando foi ministro do Trabalho, entre 2004 e 2005, levou o debate da redução da jornada para a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Propus, na época, ao então diretor-geral que fizéssemos um debate mundial sobre a jornada, mas conseguimos promover um seminário. Desde então, já enfrentávamos uma resistência à redução de horas de trabalho, argumentos frágeis, que temos que combater, como, por exemplo, de que poderia prejudicar a competitividade do Brasil e tornar o país menos vantajoso para investimentos", contou. Para o ex-ministro, com a retomada da pauta hoje, a esquerda do campo popular tem, mais uma vez, a oportunidade de "entrar em disputa direta com a direita mais tosca e liberal", revelando à sociedade as falhas de argumentos do outro lado.

Entre os representantes dessa "direita mais tosca e liberal" temos Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, entidade responsável por manter as taxas de juros altas no Brasil, em prejuízo ao crescimento econômico e geração de emprego. Na última semana, ele se posicionou afirmando que a redução da jornada poderia gerar desemprego e salários menores. 

Mas, essas afirmações não possuem base histórica, como revela o artigo "Os efeitos da redução da jornada de trabalho de 48h para 44h semanais em 1988", produzido pelos pesquisadores Gustavo M. Gonzaga e José Márcio Camargo, do Departamento de Economia da PUC-Rio, e Naércio Aquino Menezes Filho, do Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE) da USP.

Segundo eles, no curto prazo de 12 meses, pós Constituição Federal de 1988, "a redução da jornada não teve efeitos negativos sobre o emprego", além disso, a mudança não aumentou a probabilidade de os trabalhadores ficarem desempregados e resultou em aumento salarial real.

A parlamentar Erika Kokay (PT-DF), que também esteve no encontro do coletivo, acrescentou que os colegas da área progressista estão trabalhando para que o debate da jornada siga avançando no Congresso e para que “seja amarrado com uma legislação que garanta os direitos trabalhistas” já alcançados.

"Podemos estar frente a uma oportunidade para também rever pontos da Reforma Trabalhista (de 2017) que facilitaram a terceirização, a pejotização e a uberização", observou. "Quando falamos de jornada estamos falando de domínio dos corpos que chega a escalas muito intensas na dinâmica capitalista. O trabalhador, para garantir sustento, é obrigado a ocupar grande parte do seu tempo de vida no trabalho, e isso inclui o tempo nos transportes. Então, a redução da jornada é fundamental, para criarmos parâmetros de enfrentamento a esse cenário", concluiu.

IA e crise ambiental impõe redução da jornada

Estudo divulgado neste ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que a Inteligência Artificial (IA) irá afetar 40% dos empregos em todo o mundo e, com isso, reduzir vagas de emprego em diversos setores. Uma avaliação mais recente, do especialista em tecnologia disruptiva e investidor de grandes empresas, como Amazon e Google, Vinod Khosla, é de que a IA irá substituir 80% dos empregos nas próximas décadas.

Paralelo a esse fator, a crise climática está exigindo dos governos mudanças rápidas para conter os desastres ambientais e uma das alternativas estudadas é a redução das jornadas de trabalho. Análise da Universidade Amherst de Massachusetts, nos EUA, divulgada em 2020, pela BBC, aponta que 10% menos tempo trabalhando pode reduzir em 14,6% na emissão de carbono por pessoa, e isso "em grade parte devido à diminuição dos descolamentos diários e do consumo de alimentos processados nos intervalos", explica o artigo.

Esses dois temas estão entre os elementos abordados pelo movimento sindical no Brasil para reforçar o debate pelo fim da escala 6x1. "É sintomático a proporção que esse debate tomou nos últimos dias, confirmando que a jornada de trabalho de 44 horas semanais é considerada excessiva para grande parcela da população. O Brasil está entre os países com a jornada mais extensa", destacou a Presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira. "Isso resulta em uma série de dificuldades para a população, na questão de distribuição de tempo entre trabalho e não trabalho, na qualidade de vida e nas relações interpessoais com a família", observou. De fato, o Brasil está entre os países com a jornada de trabalho maior, perdendo para poucas nações de desenvolvimento semelhante, como Índia (46,7) e China (46,1). A média europeia é 37 horas.

A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Vivian Machado, aponta que esse dado revela a “relação entre poder aquisitivo e jornada”, ou seja, quanto maior o poder aquisitivo da população, menor a jornada de trabalho”, pontuou. “Mas é preciso cuidado para não pensar que, somente porque o Brasil não alcançou o desenvolvimento econômico de países europeus, nós não podemos reduzir a jornada. Nos países europeus os direitos trabalhistas e sociais são mais fortes. A análise que podemos fazer, portanto, é que a menor desigualdade entre o capital e o trabalho é o que tem proporcionado ali o crescimento econômico com ganhos sociais para todos”.

categoria bancária, conquistou, em 1957, a jornada diária de 6h e semanal de 5x2 (cinco dias trabalhados e dois dias de descanso). “Desde então, a jornada dos bancários foi atacada de diversas maneiras, nas mesas de negociações e no Congresso Nacional, mas resistimos com muita luta”, lembrou Jeferson Meira. “Agora, diante dos ganhos produtivos permitidos pelos avanços tecnológicos, com redução da geração de postos de trabalho, temos levado às mesas de negociação a reivindicação pela escala 4x3", disse Jefão, ao completar, com base em estudo do Dieese, que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada média de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal voltou às negociações sobre questões específicas de caixas e tesoureiros, nesta terça-feira (19), sem apresentar avanços no debate: somente releu os pontos que já haviam sido apresentados nas últimas duas reuniões sobre o tema, de 1º e 5 de novembro (clique aqui).

"As propostas da Caixa não contemplam os empregados. Diante do que vem sendo apresentado, o que estamos escutando das bases é que eles preferem ficar como estão, para não correrem o risco de perderem remuneração", destacou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Entre as propostas insistidas pela Caixa está que os novos nomeados para as funções de caixas e tesoureiros, cerca de 750, renunciem o direito de irem à Justiça para terem quebra de caixa. "Os empregados não se sentem seguros com relação a um acordo com esses termos. Isso é inaceitável renunciar o direito de ir à Justiça", pontuou o representante da Fetrafi-MG na CEE, Lívio Santos.

Sérgio Amorim, representante da Federa-RJ na CEE, arrematou que, mais uma vez, a Caixa não trouxe o número total dos colegas que serão atingidos. "A proposta da Caixa é que o movimento sindical abra mão de uma série de expectativas de direitos alcançados com sucesso na Justiça, sobre a 7ª e 8ª horas, para tesoureiros, e a 10/50 da garantia de pagamento desses valores no passado. Ou seja, é renunciar a isso tudo em função da nomeação de 750 empregados como caixas e tesoureiros. Isso não está certo", pontuou.

"Não vamos trocar 750 nomeações por perdas de direitos aos nossos colegas", ressaltou o representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann. "Quem criou esse passivo 10/50 e, na mesma lógica, a quebra de caixa, 7ª e 8ª horas, historicamente, foi a empresa, não foram os trabalhadores nas mesas de negociações. Então, estamos aqui para resolver uma necessidade da Caixa. Mas não aceitamos a realização de um péssimo acordo", completou.

Diante do quadro, a representação dos empregados pediu uma pausa da reunião e, após o período, retornou com a contraproposta a seguir:

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Próxima reunião

A Caixa disse que irá avaliar a contraproposta e nova reunião foi agendada para segunda-feira (25), às 16h.

"A Caixa não pode insistir em criar funções e forçar o pessoal a migrar, com risco de perda de direitos. Então, apresentar uma contraproposta foi a melhor saída", concluiu Chay Cândida, representante da Fetrafi-NE na CEE.

Fonte: Contraf-CUT

Entre 2012 e 2022 foram assassinadas 111 pessoas negras por dia, em média, no Brasil. O número é 2,7 vezes maior quando comparado ao assassinato de pessoas não negras. Os dados são do Atlas da Violência, divulgado em junho deste ano. Foram registrados 609.697 homicídios no período, desse total, 445.442 eram pretos ou pardos. O que corresponde a 73% dos homicídios contabilizados no país, informa o documento elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

A população negra também é a que mais sofre com o desemprego. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada em fevereiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que pretos, com 8,9%, e pardos, 8,5%, superaram a média nacional da taxa de desocupação de 5,9% para pessoas brancas.

Não são poucos os números que comprovam o racismo arraigado na sociedade brasileira e sofrido diariamente pelas pessoas pretas e pardas. Daí a importância de ter uma data, um feriado nacional, voltado a ampliar o debate sobre essa absurda situação. E este ano, pela primeira vez, o 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será feriado em todo o Brasil. A Lei 14.759/2023 foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dezembro do ano passado. A proposta, do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), foi relatada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), e passou pela aprovação do Câmara dos Deputados e do Senado, em 2021 e 2023.

“Não é dia de celebração, mas uma data de reflexão para debater esse legado para a sociedade brasileira. A contribuição cultural dos negros, das negras, dos escravizados. Viveram a cruel escravização, mas sempre mantiveram a resistência, tanto na saída da África, quanto na chegada ao Brasil, e deixaram muitos legados”, salienta o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.

O Dia Nacinoal de Zumbi e da Consciência Negra foi instituído oficialmente pela Lei n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011, no governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), com o objetivo de conscientizar sobre o combate ao racismo e às desigualdades sociais a partir da questão étnica.

“Desde então, lutamos para que o 20 de novembro, que era celebrado em mais de mil cidades brasileiras e em alguns estados, como Alagoas, Amazonas, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo, fosse feriado nacional”, lembra Almir. “Esse é o primeiro Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado nacional e vamos ver ganhar força o debate sobre as consequências da escravidão e do racismo que ainda assolam a sociedade brasileira.”

Memória de Zumbi

O secretário de Combate ao Racismo destaca, ainda, a importância do 20 de novembro no reconhecimento de Zumbi e Dandara dos Palmares como heróis da democracia no país. E reforça que, ao longo da história, muitos negros e muitas negras não tiveram o justo reconhecimento nos livros e nas matérias escolares que trazem os eventos que marcaram mudanças sociais e políticas no país.

“Isso demonstra a importância de reconhecer o 20 de novembro também para falar da vida e luta de Zumbi dos Palmares, pela liberdade, ao lado de outra liderança que precisa ser lembrada, que é Dandara dos Palmares. Aprender e memorizar a história de Zumbi e Dandara é melhorar a nossa consciência no combate à discriminação, ao preconceito e pelos direitos civis. Ações que possibilitam um futuro melhor, para todos e todas, independente de raça”, afirma Almir, completando que a data foi criada por causa da luta dos movimentos negros, com o propósito de fortalecer as reivindicações das negras e negros de todo o país

Como tudo começou

Um grupo de jovens negros, em 1971, reunia-se no centro da cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, com o objetivo de estudar a história de seus ancestrais e refletir sobre o 13 de maio, data da abolição da escravatura. Desses debates surgiu a ideia de instituir o 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, como um marco de resistência e luta pela liberdade do povo negro.

Dessa forma nasceu o Grupo Palmares, associação voltada ao estudo da história e cultura afro-brasileira. O nome homenageia o Quilombo dos Palmares, símbolo de resistência à escravidão que perdurou por quase um século.

Foi uma longa luta até o Dia da Consciência Negra ser incorporado ao calendário escolar, em 2003, com a sanção pelo então presidente Lula da lei 10.639. A legislação tornava obrigatório, ainda, o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas, fortalecendo o reconhecimento da contribuição negra para a formação da sociedade brasileira.

Para a doutora em comunicação pela Universidade de Brasília e consultora de gênero e raça, Kelly Quirino, a data é uma forma de a sociedade reconhecer o protagonismo dos negros na formação do Brasil. “E uma lei como essa impacta muito, porque é um dia que a gente celebra a importância que a população negra tem na formação cultural do nosso país, na formação sociológica, como força de trabalho”, diz. “Porque foi trabalho da população negra, durante a escravidão, que possibilitou o acúmulo de riquezas. Esse dia mostra que é uma população que sempre teve um protagonismo, que sempre ter sempre lutou e que a liberdade não foi dada, que ela foi conquistada à base de muita luta, a base de muitas mortes a partir de muita violência que a população negra sofreu durante os praticamente quatro séculos de escravidão no nosso país.”

Kelly Quirino acredita que o maior impacto desse feriado nacional é melhorar a autoestima das pessoas negras. “Porque você mostra que há um protagonismo, que há uma celebração positiva, desse líder negro, que lutou a e que faz parte da história do nosso país.”

O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues cita a inclusão de outros homenageados, além de Zumbi e Dandara. “Acotirene, Aqualtune, mulheres e homens que fizeram daquela experiência da República Negra, da República Popular Brasileira, entre 1595 e 1695, uma experiência exitosa.” E ressalta que a transformação do 20 de novembro em data nacional de conscientização é uma conquista de várias gerações, que incluem pioneiros abolicionistas José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Luís Gama, o ex-escravizado que se tornou advogado. Também Maria Tomásia Figueira Lima, a aristocrata que lutou para adiantar a abolição no Ceará; André Rebouças, o engenheiro que queria dar terras aos libertos; Adelina, a charuteira que atuava como 'espiã'; Dragão do Mar, o jangadeiro que se recusou a transportar escravizados para os navios; e Maria Firmina dos Reis, a primeira escritora abolicionista.

Fonte: Contraf-CUT