Abril 27, 2025
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A partir de janeiro, as empregadas e os empregados da Caixa Econômica Federal terão um aumento de, em média, 2,31% em seus rendimentos mensais, graças à aprovação da proposta construída pelo Grupo de Trabalho (GT) sobre Promoção por Mérito, composto por representantes do banco e dos trabalhadores, que, em 2025, vai distribuir um delta (como é chamado o valor da escala de referência de carreira no banco) de forma linear para todo o pessoal elegível. Com isso, até o final do ano, aproximadamente R$ 360 milhões vão para os bolsos dos trabalhadores e serão injetados na economia do país.

O valor deve ser creditado até 31 de janeiro, retroativo a ao primeiro dia do ano. A não ser que haja algum problema operacional. Neste caso, o aumento se dará a partir de fevereiro. Em anos anteriores, a promoção por mérito foi creditada somente a partir na folha de abril.

“Com o crédito efetuado em janeiro, são três meses a mais de salário com o reajuste”, comemora o coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan, ao explicar que a estimativa foi feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), levando em conta a quantidade de empregados promovidos em 2023, o acréscimo médio de 2,31% sobre os salários e o pagamento dos deltas já a partir de janeiro de 2025.

Aprovação pela CEE

Após o GT chegar aos termos, em reunião realizada na segunda-feira (2), a proposta foi formalizada e aprovada nesta sexta-feira (6), em mesa de negociações entre o banco e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que solicitou apenas pequenas mudanças na proposta construída pelo GT.

“Quando conseguimos sentar e conversar e conversar com o banco, construímos propostas que são boas para todos. Por isso sempre cobramos nossa participação na construção de todas as ações do banco voltadas aos empregados”, ressaltou a diretora executiva da Contraf-CUT e coordenadora da CEE/Caixa, Eliana Brasil. “E por isso também queremos contribuir, com a estratégia comercial e de gestão do banco. A Caixa tem as melhores taxas de juros e tarifas bancárias, tem excelentes produtos e um quadro de pessoal extremamente qualificado. Sabemos que ela consegue obter excelentes resultados, sem que os colegas da rede de agência sejam pressionados a vender produtos que não sejam do real interesse dos clientes”, completou. “A Caixa é um banco público, não precisa massacrar empregados e clientes para aumentar seus lucros, como se fosse um banco privado. A busca desenfreada pelo aumento do lucro a qualquer custo não combina com a Caixa. Nosso papel é atender bem o povo brasileiro naquilo que ele precisa e em todo o país”, continuou.

Neste sentido, uma das reivindicações da CEE foi para que a Universidade Caixa pense em um curso que trate sobre a importância do banco para a execução de políticas públicas do governo federal, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros. A Caixa se comprometeu em tratar sobre a inserção deste conteúdo com a equipe da Universidade Caixa.

Outra reivindicação da CEE atendida pelo banco foi no sentido de instruir os gestores da rede sobre a necessidade de respeito ao tempo de formação, em horário de expediente, estabelecido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Uma sugestão da CEE é para que a realização de cursos pelos empregados lotados na unidade seja considerado um critério de pontuação da unidade. A Caixa vai avaliar a proposta e, independente disso, pode acompanhar a evolução de cada unidade para o cumprimento desta exigência pelos empregados.

Critérios

Os critérios a serem cumpridos em 2025 para o recebimento do primeiro e do segundo delta também já foram definidos.

“Estabelecemos uma forma justa para o pagamento dos deltas de 2024. Como não há tempo hábil para cumprir os critérios neste ano, a proposta prevê a distribuição linear de um delta para todos os elegíveis. Além disso, já conseguimos estabelecer os critérios para a promoção por mérito de 2025, de forma a permitir que todos tenham o ano inteiro para cumprir as exigências e possam concorrer ao primeiro e ao segundo delta”, explicou Pierozan.

Leia também: Promoção por mérito: Deltas podem ser pagos já em janeiro

Veja como serão os critérios

2024
Distribuição linear de um delta para todos os elegíveis.

2025
1° Delta
•    Certificação Agir Certo Caixa;
•    Certificação Cultura Digital;
•    Participação em uma ação do Programa Qualidade de Vida*
•    Um curso de iniciativa pessoal na Universidade Caixa ou Plataforma Coursera.

2° Delta
Até 20% dos promovidos com 1 delta com:
•    Lotação em unidade com nota final anual no Resultado.Caixa maior que 100, considerando o local onde o empregado esteve lotado por maior tempo, ou a unidade em que ele estiver lotado em 31 de dezembro, o que for mais benéfico para o empregado.
•    Participação em pelo menos duas ações do Programa Qualidade de Vida.

Desempate
•    Maior idade.
•    Maior tempo de Caixa;
•    Maior nota final anual no Resultado.Caixa

*Itens a serem considerados para pontuação na sistemática de Promoção por Mérito:
•    Imunização na Campanha de Vacinação Antigripal;
•    Convênio Gympass ativo, incluindo Plano Digital gratuito;
•    Participação em circuitos regionais;
•    Cadastro do app Caixa em Movimento;
•    Participação no Programa de Nutrição e Hábitos Saudáveis;
•    Adesão ao Programa Saúde da Mulher e do Homem.

Quem é elegível?

Para ser elegível ao recebimento do delta as empregadas e os empregados não podem ter os impedimentos previstos no RH 176:
•    Ter menos de 180 dias de efetivo exercício;
•    Ter sofrido penalidade de suspensão;
•    Ter sofrido censura ética;
•    Ter sofrido advertência, tendo recebido outra nos últimos 5 anos;
•    Estar com o contrato de trabalho suspenso;
•    Estar com o contrato de trabalho extinto;
•    Ter faltas não justificadas.

Além disso, a empregada ou empregado não pode ter atingido o teto da carreira (referência 248).

Fonte: Contraf-CUT

Ótima notícia!

Nesta sexta-feira, 6 de dezembro, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense reintegrou mais uma funcionária do Banco Bradesco.

Maria de Nazaré Ferreira, da agência Av. Brigadeiro Lima e Silva, em Duque de Caxias, foi demitida sendo portadora de doença ocupacional. Além disso, por ser funcionária Pessoa com Deficiência (PCD), houve descumprimento do art. 93, parágrafo 1, da lei 8.213/91.

Após os trâmites legais, foi determinada a imediata reintegração da bancária, além da manutenção de todos seus direitos anteriormente conquistados.

Após sua demissão, a bancária, que é sindicalizada, procurou atendimento no Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, onde foi prontamente atendida pelo Departamento Jurídico, através do advogado Luiz Paulo, do Escritório Baptista & Reis Advogados Associados, e pelo Departamento de Saúde.

A reintegração foi acompanhada pelos diretores Newton França, Martins, Ricardo de Sá e Roberto Domingos.

IMPORTANTE

É fundamental que bancárias e bancários, logo que sejam informados de suas demissões, procurem imediatamente atendimento no Sindicato.

ATENDIMENTO JURÍDICO PRESENCIAL

Nova Iguaçu - às terças-feiras, das 11 horas à 13 horase das 14 horas às 17 horas (telefone: 21 / 2658-8041)

Duque de Caxias - às quintas-feiras, das 10 horas às 13 horas (telefone: 21 / 26710-110)

SINDICALIZE-SE!

Após cobrança do movimento sindical, o Santander acabou reconhecendo seu erro ao não pagar a Remuneração Variável (RV) a um grupo de bancários transferidos de uma agência padrão para uma agência Select. Esses trabalhadores assumiram o cargo de Especialista de Negócios Santander (ENS). Agora, o banco quer punir os gestores que teriam sido responsáveis pelo erro, mas se recusou a fazer o devido acerto dos valores aos bancários efetados pelo erro.

"Em outubro, após o sindicato receber denúncias sobre o não pagamento da RV, entramos em contato com o banco para apurar as razões pelas quais esse grupo de bancários não recebeu o pagamento proporcional. E cobramos o devido acerto”, conta o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Wellington Prado Corrêa, que também é bancário do Santander. “Foi descoberto que gestores das unidades de varejo deveriam ter efetuado um comando manual no sistema para que os bancários transferidos tivessem validado o período em que estavam na unidade para efeitos do pagamento da RV”, explica.

O Seeb-SP e a Contraf-CUT cobram que o Santander faça o devido pagamento da RV aos bancários prejudicados, reveja a penalização dos gestores, e de fato promova melhorias nos sistemas e processos, de forma que situações como essa não se repitam.

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a dirigente Wanessa Queiroz, critica a incoerência da situação. “É um absurdo o bancário passar por uma promoção, mudando de segmento dentro da rede, e acabar sendo penalizado ao não receber o pagamento variável, devido a um erro sistêmico ou operacional. O trabalhador é cobrado para entrega das metas e se trata de uma remuneração expressiva. Representa em média 50% a 60% de sua remuneração variável anual. Vamos continuar cobrando providências do RH do banco para solucionar de vez esse problema”, ressaltou.

Outro absurdo, completa Wellingon, é o banco reconhecer que o sistema necessita de melhorias e, ainda assim, punir os gestores. “Como se eles fossem os únicos responsáveis pelos erros”, pontuou.

Erro persiste

No entendimento do Santander, o cargo de Especialista de Negócios Santander tem que estar na Visão Modelo Certo para receber a PPE (remuneração variável), porém não tem metas. Nesse caso, no entanto, houve transferência do Varejo para Select. Assim, para que os bancários estivessem na Visão do Modelo Certo (perfil), fazendo jus ao pagamento, os gestores deveriam ter feito os procedimentos manuais.

Em novembro, após conversas com as áreas responsáveis, o RH do Santander informou ao Sindicato que seriam realizadas melhorias no sistema para evitar erros manuais, como o que ocorreu nesse caso.

O banco, por sua vez, optou pela penalização dos gestores com medidas disciplinares, uma vez que entendeu que os mesmos não fizeram o procedimento correto, mesmo com os manuais disponibilizados na Intranet. E mesmo reconhecendo esse erro, assim como a necessidade de melhorar o sistema, o Santander se recusa a fazer o devido pagamento da RV aos bancários prejudicados. A alegação: a área responsável pela RV não vai se responsabilizar por um ato falho do gestor.

“É um absurdo que o Santander não acerte o valor devido aos bancários, que bateram suas metas e não tiveram responsabilidade alguma em relação ao erro ocorrido e reconhecido pelo banco”, reforça Wellington. “Pagamento que, inclusive, não teria qualquer impacto para o banco, uma vez que abrange no máximo cinco bancários. O trabalhador se qualifica, muitas vezes tem de dar mais atenção ao banco do que a própria família para alcançar seus objetivos e, na hora do reconhecimento, é vítima dessa injustiça”, enfatiza o dirigente do Sindicato.

Os bancários que enfrentarem qualquer problema nas relações de trabalho devem entrar em contato com o sindicato da sua base, por meio dos canais de atendimento disponibilizados nos sites das entidades. O sigilo é garantido.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem um novo Diretor liberado: Fernando Correia, da Caixa Econômica Federal.

Ele irá ocupar o lugar de Marcio Wanderley Lopes, também da Caixa, que se aposentou.

Fernando é funcionário do banco há 13 anos, e era suplente da Diretoria Executiva do Sindicato há 5 anos.

O novo diretor chega com muito gás e energia, e promete lutar pelos direitos e demandas da categoria bancária e, também, dos empregados e empregadas da CEF na Baixada Fluminense.

"Venho para somar. Se como suplente eu já estava atento às demandas da Caixa e de bancárias e bancários de nossa região, agora poderei me inserir ainda mais no que mais urgente precisarmos nos atentar. Temos alguns desafios pontuais, e a união da classe bancária é fundamental para alcançarmos nossos objetivos. Podem contar comigo", declarou Fernando.

E completou. "Chego com muita vontade de ajudar. E não é da boca pra fora. Sabemos que existem problemas, lutas novas e antigas. Nossos colegas têm passado por dificuldades, tanto no atendimento ao público quanto internamente nas demandas pessoais, vamos tentar resolver o quanto antes."

Fernando agradeceu a receptividade de todos do Sindicato.



BEM VINDO, FERNANDO!

Trabalhadoras e trabalhadores organizados de países de toda as américas estão reunidos desde segunda-feira (2), em La Falda, em Córdoba, na Argentina, para quatro encontros seguidos. O primeiro, que começou na segunda (2) e termina nesta terça-feira (3), é a 6ª Conferência Regional UNI Américas Finanças. Nos próximos dias, acontecerão ainda a 7ª Conferência Regional da UNI Américas Mulheres e a 6ª Conferência Regional da UNI Américas Juventude, ambas no dia 4, e por fim, a 6ª Conferência Regional da UNI Américas, de 5 a 7 de dezembro.

Nos dois dias da 6ª Conferência Regional UNI Américas Finanças, braço continental da UNI Global Union, sindicato mundial que representa mais de 20 milhões de trabalhadores, foram aprovadas uma série de moções, entre elas:

- Quebrando barreiras;
- Sindicatos para uma economia sustentável;
- Mudando o mundo do trabalho;
- Defesa dos bancos públicos;
- Democracia e direitos humanos; e
- Sistemas de pensão previdenciária.


Durante a defesa da primeira moção, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CU) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira, fez um balanço do cenário mundial. “Nós estamos falando de um mundo onde as economias desenvolvidas têm crescido pouco, tem elevado suas taxas de juros, têm protegido suas economias, e isso impacta nas nossas economias, nos países emergentes, no nosso continente. Nesse sentido, a CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) está apontando um crescimento pequeno para a nossa região, de 2%, exatamente por causa do protecionismo das economias desenvolvidas”.

Somado ao protecionismo dos países centrais e que contribui para a crise no desenvolvimento regional nas américas, Juvandia destacou o impacto da tecnologia no mercado de trabalho do setor financeiro. "Estamos assistindo a inteligência artificial (IA) acelerando os processos nos bancos tradicionais, com a redução de postos de trabalho. Isso, somado à atuação as fintechs, no mercado financeiro, que são bancos sem bancários, que não têm a mesma regulação, nem a mesma cobrança dos bancos tradicionais, tem impactado fortemente os nossos empregos e os direitos dos trabalhadores", completou.

Democracia e direitos humanos

Os trabalhadores também discutiram a proteção da democracia. "Sem democracia não temos dinheiro, não temos sindicatos fortes, não temos trabalho decente. Então, daí a importância de nos solidarizarmos no continente, por exemplo, com a Argentina, que tem sofrido uma série de ataques, por parte do atual governo, de Milei, mas também em outros países da América do Norte, Central e do Sul".

Nesse sentido, a Juvandia ressaltou a importância do fortalecimento das negociações coletivas, de acordos marcos globais, garantindo direitos para todos, em todos os países. “A unidade entre todos nós é fundamental, é o que nós chamamos nesta conferência de 'esperança coletiva' para um mundo melhor", observou.

A presidenta da Contraf-CUT concluiu reforçando a necessidade de recuperação da trajetória de luta da classe trabalhadora para que o mundo coloque, no centro das discussões, as pessoas e o trabalho, em detrimento da concentração de renda. "Mas não nos iludamos que vamos conseguir, apenas pelo modelo de negociação coletiva direta, melhorar a vida do trabalhador. Se nós não interviermos no modelo econômico do país, da região, se nós não lutarmos por um mundo mais inclusivo, que preserve o meio ambiente, pra ter uma economia diferente, que pense nas pessoas, que coloque o trabalho no centro, acabe com as desigualdades, que não ache normal existir miséria e fome, com poucos tendo muito, não vamos vencer essa luta", ressaltou.

A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, ao lado de Nevia Ribeiro (vice-presidenta da UNI Américas Mulheres) e Ivone Silva (ex-coordenadora do Comando Nacional dos Bancários), participou do debate sobre a moção em defesa da demoracia. 

"A democracia é importante para todos nós, dirigentes sindicais. Sem democracia o que resta é a barbárie, sem democracia não existe direito dos trabalhadores, não há sindicato, porque a primeira coisa que os governos autoritários fazem é atacar o movimento sindical, o direito dos trabalhadores", destacou.

Rita completou que a defesa da democracia precisa ser uma bandeira diária no continente. "Somos nós, do movimento sindical, que defendemos, por meio de acordos negociados, a inclusão das mulheres, dos negros, das pessoas com deficiência, das pessoas da comunidade LGBTQIA+, somos nós, dirigentes sindicais, que também defendemos melhor distribuição de renda. Por isso é essencial nosso papel na defesa da democracia", reforçou.

Defesa dos bancos públicos

Na defesa da moção pelos bancos públicos, também representando a comitiva brasileira, participou do debate a secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes.

“Levamos a experiência brasileira recente: nos governos Temer e Bolsonaro, não só os bancos públicos, mas todas as empresas públicas, necessárias ao desenvolvimento do país, sofreram ataques e forte risco de privatização. Não fosse a atuação do movimento sindical, nas ruas e nas redes sociais, essas empresas não teriam sido protegidas. E por que temos que continuar debatendo isso e educando a sociedade como um todo? Por que, as empresas públicas, ao contrário das privadas, não priorizam o lucro a qualquer custo e permitem levar o desenvolvimento para regiões afastadas, onde as empresas privadas não têm interesse”, destacou a dirigente.

Sistemas de pensão

A comitiva brasileira também levou ao encontro informações sobre sistemas de pensão e sua importância para assegurar a vida digna de trabalhadores e seus familiares, após a aposentadoria.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, ressaltou que, no Brasil, existem dois regimes de previdência: o público e o privado, com destaque, neste último bloco, aos fundos de pensão fechados, estabelecidos por trabalhadores de empresas públicas. "No caso específico dos bancários do Banco do Brasil, temos a Previ, com mais de 120 anos, organizada e criada pelos próprios trabalhadores e, hoje, um dos maiores fundos de pensão da América Latina". 

O presidente da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo, explicou que o modelo brasileiro de previdência pública é um modelo com olhar "para a classe trabalhadora e para os mais vulneráveis", enquanto o sistema de previdência complementar, formado pelos fundos de pensão fechados, existe para "evitar distorções que o próprio capital impõe, ao gerar desigualdades".

Ele destacou ainda, com base em dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que, juntos, os sistemas de previdência pública no mundo acumulam cerca de U$ 6 trilhões. "Se olharmos a previdência complementar, a chamada privada, esse montante é da ordem de U$ 50 trilhões, a maior parte, controlada por trustes [empresas que já detêm grande parte de um mercado e que se uniram], que não têm respeito ao dinheiro do trabalhador e submetem os investimentos a setores sem compromisso social. Falo de empresas como a Blackrock, como Vanguart, que usam o dinheiro do trabalhador para financiar até mesmo entidades que combatem o movimento sindical", pontuou.

Assim, os representantes brasileiros reforçaram a importância de proteger os fundos de pensão que seguem sendo geridos por trabalhadores e, em outros países, lutar para que os trabalhadores tenham domínio sobre a gestão dos seus próprios recursos.

Von Der Osten é homenageado e Juvandia Moreira assume presidência da Uni Finanças

Ao final do encontro, a UNI Américas Finanças entregou uma placa em homenagem ao brasileiro Roberto von der Osten, o Betão, ex-presidente da Contraf-CUT, pela sua história de luta no movimento sindical. Em agradecimento, ele ressaltou a importância das conferências promovidas pela entidade, para o fortalecimento da classe trabalhadora em âmbito mundial.

"Esse é um espaço onde trocamos nossa fraternidade, trazemos, de cada país, de cada região nossas angústias e saímos daqui com uma esperança coletiva, de que o mundo, a partir deste minuto, já é melhor”, pontuou. “Vivemos um tempo difícil, em todo o mundo, mas que momento, no mundo, para nós trabalhadores, não foi difícil? E como superamos isso? O velho camarada Marx já disse que tínhamos que nos unir. Na unidade nós vamos construir um mundo muito melhor do que temos hoje", completou.

O encontro terminou com a passagem da gestão da UNI Finanças Américas das mãos do argentino Sérgio Palazzo para as mãos da brasileira Juvandia Moreira. “Chegamos aqui no encerramento, marcados por ricos debates, reflexões profundas e, acima de tudo, compromisso profundo com os trabalhadores e trabalhadoras do setor financeiro em nossa região. Antes de tudo, gostaria de parabenizar o companheiro Sérgio, por sua liderança na Argentina, sua liderança na UNI Finanças e por sua liderança na UNI Mundial”, ressaltou Juvandia Moreira.

A secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa, arrematou que os dois dias de evento foram fundamentais para a troca de experiências entre trabalhadoras e trabalhadores das américas.

“Temos consciência de que os desafios são grandes, para que a economia seja solidária, sustentável e para que, como Juvandia colocou, o trabalhador esteja no centro. Mas também saímos fortes, porque nossa linguagem é a mesma e, com isso, reforçamos nossa unidade, sem a qual não conseguiremos enfrentar essa luta. A partir de amanhã, começará a 7ª Conferência Regional UNI Américas Mulheres e a 6ª Conferência Regional da UNI Américas Juventude, e por fim, vamos também participar da 6ª Conferência Regional da UNI Américas, onde mais debates, importantes como foram esses, serão aprofundados”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal, formado pelos representantes dos trabalhadores e do banco, volta a se reunir na segunda-feira (02/12) para discutir as regras e critérios para o pagamento dos "deltas", como são chamadas as remunerações adicionais que são pagas conforme a evolução na carreira.

Na última reunião, realizada no dia 11 de novembro, o banco apresentou uma proposta, que foi recusada pela representação dos trabalhadores, devido ao curto período (menos de um mês) para o cumprimento das exigências e à falta de clareza com relação ao modo que devem ser cumpridas algumas das exigências.

“Os deltas são pagos considerando o ano base 2024, que já está acabando. Não é justo estabelecer critérios a serem cumpridos em 12 meses sendo que temos apenas um mês para cumpri-los”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados e do GT, Eliana Brasil, que é diretora executiva da Contraf-CUT. “Além disso, defendemos que os cursos e outras exigências devem ser realizados de forma a contribuir verdadeiramente com o desenvolvimento intelectual e físico dos empregados. Não podem ser feitos apenas para se conseguir um comprovante de realização para aumento na remuneração”, completou Eliana.

A representação dos empregados também defende que os cursos possam ser realizados durante o horário de expediente, com orientação do banco aos gestores para que seja estabelecida uma escala para que todos tenham a oportunidade de realizar os cursos. “Essa preocupação visa atender, principalmente, as mulheres que não têm companheiros que entendem a necessidade da justa divisão de tarefas de cuidados com o lar e outras responsabilidades familiares, como a atenção com os filhos”, observou Eliana Brasil. “Por isso, entendemos que elas são prejudicadas nos casos em que os cursos e outros requisitos não podem ser realizados durante o expediente”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), junto a outras centrais sindicais, convocam ato e mobilizações para o próximo dia 10 de dezembro, com o objetivo de fazer pressão popular para enterrar o Projeto de Lei da anistia e defender direitos e democracia.

As manifestações, que ocorrerão em todo o Brasil, exigirá a prisão para os golpistas.

As centrais reforçam importância da classe trabalhadora participar dos atos.

A convocação é do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, para o ato nacional que será realizado em 10 de dezembro, nas capitais brasileiras, organizado pelos movimentos sindicais, sociais e entidades do campo progressista. O ato ocorre no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“É muito importante a pressão popular, e imprescindível que a gente vá para as ruas participar do ato nacional no dia 10 de dezembro, para exigir que esse processo seja esclarecido de forma célere, sem atropelar o rito processual, isso a gente não quer, porque esse rito tem de ser respeitado, mas precisa haver celeridade porque é muito grave”, convoca Sérgio Nobre.

O líder cutista ressalta a gravidade dos crimes apontados, com riqueza de evidências e provas, no inquérito da Polícia Federal, que levou ao recente indiciamento de 37 pessoas, entre elas o ex-presidente inelegível, Jair Bolsonaro. Desse total, 25 golpistas são militares, dos quais seis generais, dois delegados da Polícia Federal e três ex-ministros de Bolsonaro.

Os indiciados, todos homens, se condenados podem pegar dezenas de anos de prisão. Bolsonaro, seu ex-candidato a vice e ex-ministro, general Braga Netto, e outros integrantes do governo entre 2019 e 2022 foram indiciados por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além do golpe, planejaram também o assassinado do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Crimes gravíssimos.

Para que haja julgamento, condenação e prisão dos criminosos indiciados, a Procuradoria-Geral da República terá de avaliar o inquérito da Polícia Federal e decidir o destino da investigação, ou seja, se acusa formalmente os indiciados, apresentando e enviando a denúncia ao STF.

“Esta história de anistia para golpistas tem que acabar, porque é uma afronta à democracia brasileira. Todos que tramaram o golpe contra o Estado brasileiro têm que ser punidos de forma exemplar. No dia 10 de dezembro, temos que falar isso nas ruas do país inteiro, para defender a nossa democracia, defender os direitos humanos, porque quando há golpe e uma ditadura a classe trabalhadora é sempre a que mais sofre e perde direitos”., completou Sérgio.

A escolha da data ocorre em um contexto decisivo no qual Jair Bolsonaro e mais 36 responsáveis, foram indiciados pela Polícia Federal por planejar uma tentativa golpe contra o estado e à estabilidade de suas instituições democráticas.

RIO DE JANEIRO

No Rio de Janeiro, o ato se concertará no Largo da Carioca, no Centro, e irá caminhar até a Praça XV.

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu, nesta quinta-feira (28), com o banco para retomar as negociações sobre a pauta de reivindicações específicas das suas funcionárias e funcionários.

Em ofício enviado ao banco, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apresentou uma pauta de reivindicações dos empregados do banco relacionadas a cinco temas centrais (emprego e condições de trabalho; benefícios e remunerações; saúde e condições de trabalho; diversidade; e segurança bancária) para serem debatidas nas reuniões de negociação e passarem a integrar o acordo coletivo específico do banco a ser celebrado entre as entidades sindicais e a instituição financeira.

Em resposta ao ofício enviado pela Contraf-CUT, o banco afirmou que “considerando a estrutura organizada da categoria sindical, com uma convenção coletiva de trabalho de abrangência nacional e benefícios aplicados de forma equitativa a todos os colaboradores, entendemos que nossos acordos coletivos devem refletir essa universalidade e atender às especificidades de nosso quadro funcional.”

“O banco tem como atender a todas as reivindicações dos trabalhadores. A alta do lucro divulgada no último balanço vem se repetindo trimestre após trimestre, ano após ano. O que mostra que é possível valorizar quem trabalha para que estes resultados sejam possíveis, sem precarizar as condições de trabalho, sem terceirizações, sem fechar agências e ampliando o quadro de pessoal, para não haver sobrecarga e pressão abusiva pelo cumprimento de metas”, disse a coordenadora da COE/Itaú, Valeska Pincovai.

Leia a íntegra da pauta de reivindicações apresentada ao banco.

Fonte: Contraf-CUT

O banco anunciou mais uma mudança ne rotina de trabalho que pode prejudicar seus funcionários. Desta vez, os afetados fazem parte do segmento de gerentes de contas empresariais, chamadas contas PJ. O banco pretende abolir a marcação de ponto por esses funcionários, alegando que isso dará maior flexibilidade para que cada um gerencie sua rotina e horários de trabalho para atender as demandas dos clientes.

“É mais um ataque que o banco promove aos seus funcionários, sem qualquer negociação ou comunicação prévia às entidades de representação dos trabalhadores. O movimento sindical não compactua com esse absurdo, que pode trazer perdas financeiras, uma vez que as horas-extras, que ultrapassarem as oito horas da jornada estabelecida não serão pagas, e impactar também na saúde mental e física dos trabalhadores”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz.

Para a coordenadora da COE/Santander, é fundamental que os trabalhadores tenham sua jornada respeitada, mesmo em casos de visitas externas para atendimento aos clientes.

“Vamos pedir para que o banco agende uma reunião para tratarmos sobre esta questão, que está deixando muitos funcionários apreensivos, e continuar cobrando o respeito à Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária e ao nosso Acordo Coletivo de Trabalho específico, para evitar prejuízos aos trabalhadores e o respeito às entidades de representação sindical, que devem negociar antecipadamente todas as mudanças de gestão do banco que interfiram na rotina de trabalho e na vida dos trabalhadores”, disse, ao informar que tão logo a reunião seja agendada a Contraf-CUT informará aos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

O governo Lula preparou uma proposta para que pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil tenham a isenção de Imposto de Renda. A notícia será divulgada oficialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27) em rede nacional, às 20h30.

Para a isenção valer precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta será enviada para o legislativo junto com um pacote de cortes de gastos, que a equipe econômica de Haddad elabora desde o fim das eleições municipais.

"Essa é uma pauta dos movimentos sindicais, e que o presidente Lula se comprometeu em realizar na campanha eleitoral. O Brasil carrega uma distorção tributária muito grave, em que os pobres são tributados para aliviar os mais ricos. É claro que a maior parcela dos impostos pagos vem do consumo, mas essa proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil é um importante passo para a justiça econômica ao trabalhador e trabalhadora", avalia Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Em entrevista sobre esse compromisso, feita no mês passado à rádio O Povo/CNB de Fortaleza, o presidente Lula destacou que o governo espera conseguir ampliar, no futuro, a margem de isenção. "O povo trabalhador, proporcionalmente, paga mais imposto do que o rico. Então, o que queremos é isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil e no futuro isentar mais. Na minha cabeça, salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda", pontuou.

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, explica que, de forma geral, os tributos, importantes para custear os serviços públicos, como educação, saúde e segurança, incidem sobre três bases: renda, consumo e patrimônio dos cidadãos e empresas. "As distorções tributárias estão presentes em todos esses eixos, de forma a beneficiar os ricos e onerar mais aos pobres. Portanto, com essa proposta, do ministro Haddad, e que esperamos que seja aprovada pelo Congresso Nacional, vamos conseguir dar um passo importante para reduzir parte das distorções e beneficiar a população".

Atualmente, quem ganha até R$ 2.259,20 de salário não sofre tributação. Desse valor, até R$ 2.826,65, cobra-se 7,5%. Em março deste ano o governo federal editou uma medida provisória que cria um modelo simplificado para declaração e que passou a permitir que quem recebe até dois salários-mínimos (R$ 2.824) não pague mais imposto de renda.

Walcir alerta, porém, que o movimento sindical ficará atento sobre os demais elementos que poderão passar por ajustes e que serão discutidos no governo e no Congresso. "Nós seguimos defendendo a taxação dos super-ricos, temos que tributar os dividendos. Também avaliamos como positiva a proposta do governo de cortes nas altíssimas verbas previdenciárias dos militares", pontuou.

Fonte: Contraf-CUT