Setembro 02, 2025
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A greve é um direito do trabalhador, previsto na Constituição e regulamentado pela Lei Nº 7.783/89. É garantida pelo Estado porque é a única forma de o trabalhador exercer pressão por seus direitos diante de uma negociação fracassada com o empregador.

 

“O direito de greve existe para equilibrar a correlação de forças, já que o empregador detém o poder econômico”, explica o advogado Ericson Crivelli.

 

Mas para que o movimento seja realizado dentro dos critérios legais é preciso que siga algumas determinações e prazos. A greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, após isso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas quando houver atividade essencial envolvida.

 

Essas determinações da lei são rigorosamente seguidas pelo Sindicato. Primeiro foram cumpridas todas as etapas de negociação com a federação dos bancos (Fenaban) e foi somente diante do impasse nesses debates que a greve foi anunciada.

 

A assembleia no dia 12 aprovou paralisação a partir do dia 18. O Sindicato comunicou à Fenaban a decisão dos trabalhadores e publicou aviso de greve para alertar a população.

 

Outro aspecto importante da Lei de Greve é que ela proíbe ao empregador a dispensa de trabalhadores ou a contratação de funcionários substitutos durante a paralisação.

 

Contingenciamento é ilegal

Quando os trabalhadores entram em greve, os banqueiros fazem de tudo para enfraquecer o movimento. Uma das estratégias é o contingenciamento, por meio do qual obrigam os trabalhadores a furar a greve. Diz a Lei de Greve: “É vedado às empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho”

 

As instituições financeiras fazem isso de várias formas: realocando os bancários para outros prédios; mudando o horário de entrada dos empregados, que muitas vezes são obrigados a iniciar o expediente no meio da madrugada; ou mesmo alugando helicópteros para transportar os trabalhadores; sem contar a pressão e ameaça que exercem sobre funcionários para que não participem do movimento.

 

Antes mesmo de a paralisação iniciar, os bancos já estão gastando dinheiro para burlar a mobilização. Semanas antes do final dos debates entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, já começavam a chegar ao Sindicato denúncias de bancários sobre contingenciamento, numa demonstração da má vontade e desrespeito dos banqueiros com a etapa de negociação.

 

Saiba o que é o interdito proibitório

O interdito proibitório é mais um artifício dos banqueiros para enfraquecer a greve. Trata-se de uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse.

 

No entanto, os bancos a utilizam com o propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito de greve, o qual prevê, inclusive, a tentativa de convencer os colegas a aderir ao movimento.

 

A Lei 7.783/89 assegura aos grevistas o “emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve”. Mas quando bancários tentam convencer os colegas a aderir ao movimento, os banqueiros usam o interdito para afastá-los dos arredores das agências.

 

A estratégia é de tal forma arbitrária que o Sindicato já chegou a receber interditos proibitórios antes mesmo de iniciada a paralisação.

 

Comissões de esclarecimento nas portas das agências, segundo o advogado Ericson Crivelli, fazem parte do exercício do direito de greve. “A realização desse tipo de mobilização em frente aos locais de trabalho é um direito acessório ao direito de greve, já que esse é o instrumento de convencimento do trabalhador aos que ainda não aderiram à greve e está garantido na legislação”, afirma.

 

“O interdito proibitório é um instrumento totalmente estranho à relação do trabalho. Querem impedir a presença dos grevistas como se fossem tomar os prédios ou como se os próprios trabalhadores fossem coisas, propriedade”, conclui o advogado.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retomou nesta sexta-feira (14) as negociações da pauta específica dos empregados com a Caixa Econômica Federal, em São Paulo. O banco não apresentou proposta decente para as reivindicações dos bancários da Caixa.

 

A nova rodada aconteceu após o envio de cartas aos bancos federais pela Contraf-CUT, no dia 6, exigindo a continuidade das negociações, a exemplo das correspondências com o mesmo teor encaminhadas para a Fenaban e aos quatro maiores bancos privados (Itaú, Bradesco, Santander e HSBC).

 

Sem avanços

“A Caixa seguiu a linha da Fenaban e não avançou nas propostas específicas dos empregados, como a PLR Social, condições de trabalho e ampliação de quadro de funcionários. O banco não colaborou no sentido de compor uma proposta decente com a Fenaban. Temos como saída engrossar a greve da categoria na próxima terça-feira”, afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando nas negociações.

 

De acordo com o dirigente, o banco se comprometeu a cumprir a regra da PLR estabelecida na Convenção Coletiva, mas não garantirá a PLR Social, alegando que a depender do valor definido na mesa da Fenaban o valor poderá ficar além do teto estipulado pelo governo.

 

“A PLR social independe da estabelecida pelo acordo com a Fenaban. Sua função é justamente considerar os resultados de operações para a população que não impactam o lucro, mas que representam importante incremento no desenvolvimento social e que são fruto do esforço e dedicação dos empregados. Não existe possibilidade de fechar acordo sem que haja esta inclusão”, ressalta Jair.

 

Em relação à ampliação do quadro de pessoal, a Caixa disse que pretende chegar até dezembro de 2013 com 95 mil empregados, sendo que hoje o número é de 89 mil. “Nossa proposta é de 100 mil bancários até dezembro de 2013. Esse número é o mínimo necessário para suprir as atuais carências e considerando as 500 novas agências que o banco deve abrir até 2013. Além disso, por conta do cumprimento das demandas sociais que o governo tem colocado ao banco e à política de redução de juros, a carga de trabalho tem aumentado muito”, salienta Jair.

 

Saúde Caixa

A Caixa propôs o custeio de 50% do valor de medicamentos de uso contínuo, englobando uma lista que inclui em torno de 50 remédios não subsidiados pelo SUS. “Entendemos que a proposta é importante, mas temos uma série de outras reivindicações para a melhoria do Saúde Caixa. Assim queremos que toda mudança seja precedida de estudo atuarial, o que não ocorreu, de modo a não colocar em risco o equilíbrio do plano”, defende Plínio Pavão, diretor executivo da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

 

Outro ponto diz respeito à manutenção do Saúde Caixa para filhos dos empregados, com idade entre 21 e 27 anos. Hoje eles podem ser incluídos no plano, desde que estejam cursando a primeira graduação e não tenham renda. “Nossa reivindicação é que possam ser incluídos mesmo que tenham uma renda de até dois salários mínimos. Mas a proposta do banco é de que tenham renda de até um salário mínimo. É um limite muito baixo”, afirma Plínio.

 

Promoção por mérito

Para que os empregados tenham pontuação na obtenção da promoção por mérito, um dos critérios objetivos é realizar no mínimo 100 horas de curso na Universidade Caixa durante o ano de 2012. “Nossa proposta é que este número seja reduzido para 70, já que muitos empregados manifestam insatisfação, pois preveem que não conseguirão atingir esse número devido à alta carga de trabalho”, explica Jair. “A Caixa propôs redução para 90 horas, o que não resolverá o problema”, enfatiza.

 

Outro ponto proposto pelos bancários é o de contabilizar horas mínimas do curso dentro do próprio expediente. Mas o banco não tem posição sobre isso.

 

Tesoureiros

Os tesoureiros enfrentam condições desumanas de trabalho, mas a Caixa não apresentou nenhuma solução na mesa de negociação. O banco, ao criar o Plano de Funções Gratificadas (PFG) em 2010 para substituir o antigo PCC, resolveu diminuir de 8 horas para 6 horas a carga horária de trabalho das funções técnicas, mas manteve o tesoureiro, antigo técnico de operações de retaguarda TOR, com jornada de 8h.

 

“Ao contrário do que defende o movimento sindical, o banco não o considera como função técnica. Como a maioria das unidades possui apenas um tesoureiro, eles são os primeiros a entrar e os últimos a sair, portanto, mesmo fazendo 8h são obrigados a extrapolar a jornada todos os dias, quase sempre além do limite legal e na maioria das vezes não as registrando. O excesso de tarefas é gigante e as pessoas estão no limite”, denuncia Jair.

 

Outro ponto que piora as condições dos tesoureiros é o fato de a Caixa ter colocado estes empregados como responsáveis pelo novo projeto, o “Bela Agência”. Para o coordenador da CEE/Caixa, “a iniciativa do projeto é boa. A Caixa destina uma verba para que as agências contratem serviços de manutenção de pequena monta diretamente, sem depender da área de logística, simplificando o processo. O problema é que sobrecarregou ainda mais estes empregados com atividades que não dizem respeito a sua função, como levantamento das condições da agência tais como, problemas de vazamento, de jardinagem, com móveis e equipamentos, pintura, piso danificado etc”.

 

Neste sábado (15) haverá no Sindicato dos Bancários de São Paulo uma reunião com tesoureiros de modo que seja possível sintetizar a real situação desses bancários e formular uma proposta. “Queremos que a Caixa resolva urgentemente as péssimas condições de trabalho destes trabalhadores”, cobra Jair.

 

Saúde do Trabalhador

A Caixa marcou posição contrária à proposta dos bancários sobre implantar estruturas específicas, no mínimo uma por estado, para atendimento da saúde do trabalhador e Saúde Caixa. “Muitos estados compartilham a mesma estrutura, o que causa grande deficiência no atendimento”, critica Plínio.
Além disso, “nossa proposta prevê a criação de novas gerências de filial abrangendo essas duas áreas, vinculadas à Gerência Nacional de Saúde (GESAD) na Matriz e não na gerência de filial de pessoas, como é hoje, que acaba colocando as questões da saúde do trabalhador em segundo plano”, afirma.

 

Outros pontos debatidos

A Caixa informou sobre a divulgação da Comunicação Eletrônica (CE) da VIPES/DEPES nº 017, de 2012, que orienta todas as unidades da rede a respeito da proibição de divulgação de ranking, conforme previsto na Convenção Coletiva. “Vínhamos cobrando uma iniciativa do banco, já que em diversas regiões do país o acordo está sendo descumprido. A expedição da CE ajudará a coibir essa prática irregular”, avalia Plínio.

 

Outro ponto diz respeito ao login único. “Hoje é possível logar com a matrícula várias máquinas e, dessa forma, burlar o registro de horas trabalhadas no Sipon. Essa discussão já vem sendo feita há muito tempo e a Caixa se comprometeu a implantar, porém, alegando dificuldades tecnológicas, até o momento não viabilizou. Na reunião de hoje comprometeu-se, mais uma vez, a resolver a situação o quantos antes, inclusive incluindo uma cláusula sobre isso no acordo coletivo”, explica o diretor da Contraf-CUT.

 

A Caixa se comprometeu ainda a não considerar o limite de idade da criança adotada para que os pais tenham direito à licença-adoção, que hoje é de 12 anos. Além disso, deve ampliar de um para dois dias por ano a licença para acompanhamento da internação de pessoa da família do empregado.
O banco negou ainda a extensão do ATS e licença prêmio para os novos empregados.

 

Principais reivindicações específicas dos empregados da Caixa

Os dirigentes sindicais enfatizaram a necessidade de atendimento da pauta específica dos empregados, destacando as principais reivindicações: ampliação do quadro de empregados (chegando a no mínimo 100 mil até o fim de 2013), cumprimento da jornada de seis horas sem redução de salários para todos os empregados independente da função, melhores condições de trabalho, ATS e licença-prêmio para todos, solução dos problemas do Saúde Caixa, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado e do voto de Minerva na Funcef, tíquete para os aposentados e pagamento integral de toda hora extra realizada.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Lucro do banco no Brasil representa 18% do resultado global. Confira análise do balanço elaborada pelo Dieese

Nos primeiros três meses do ano, o Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 1,660 bilhão, com crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015, e de 3,3% em relação ao 4º trimestre de 2015. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 12,6%, com queda de 0,2 ponto percentual. Análise feita pela subseção do Dieese, na Contraf-CUT, demonstra que o lucro obtido no Brasil representou 18% do lucro global da Instituição, que foi de 1,633 bilhão de euros.  Em comparação ao 1º trimestre de 2015, houve queda da participação quando o lucro do Brasil representou 21% do lucro global.

Número de Empregados

A holding do banco encerrou o primeiro trimestre de 2016 com 50.142 empregados, com aumento de 232 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, sendo 118 a mais, no trimestre. Foram abertas 10 agências e 38 PAB’s em doze meses. A carteira de clientes totalizou 32,9 milhões em março de 2016, com acréscimo de 1,5 milhão a mais em um ano.

Carteira de Crédito

A Carteira de Crédito Ampliada do banco caiu 3,8% em doze meses e atingiu R$ 312,0 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 7,2% em relação a março de 2015, chegando a R$ 85,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 130,0 bilhões, com alta de 8,6%. O segmento de pequenas e médias empresas caiu 5,6%, enquanto o segmento de grandes empresas diminuiu em 9,6% em doze meses.

Segundo o banco, a carteira de grandes empresas foi impactada pelo efeito da valorização do dólar. Sem esse efeito, a variação dessa carteira, em doze meses seria uma queda de 13%. Assim como a anterior, a carteira de “financiamento ao consumo”, gerada fora da rede de agências, também apresentou queda (9,6%) em 12 meses, totalizando R$ 32,7 milhões.

As operações com câmbio e derivativos renderam ao Santander mais de R$ 5,5 bilhões no trimestre, ao passo que, no mesmo período de 2015, os mesmos itens, haviam dado um prejuízo de mais de R$ 4,4 bilhões. Além disso, as despesas de operações com empréstimos e repasses de recursos captados no exterior também caíram significativamente. Todos esses resultados estão vinculados à valorização do real frente ao dólar ocorrida nesse período, em relação ao fim de 2015.

Inadimplência

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,3 ponto percentual em relação ao 1º trimestre de 2015, ficando em 3,3%. Ainda assim, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 8,5%, totalizando R$ 2,6 bilhões.

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,3% em doze meses, totalizando R$ 3,1 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 14,5%, atingindo R$ 2,1 bilhão. Assim, em março de 2016, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 144,93%.

 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

O debate foi realizado, nestas terça e quarta-feira (12 e 13), no Hotel Boulevard São Luiz, no centro de São Paulo

Os representantes dos funcionários do Santander de todo o Brasil reunidos, nestas terça e quarta-feira (12 e 13), no Hotel Boulevard São Luiz, no centro de São Paulo, definiram as pautas para a renovação da minuta do aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho com o banco.

Para Maria Rosani, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, o encontro foi bem produtivo, pois reuniu trabalhadores de todo o país. “Percebemos que de norte a sul a maioria dos problemas é o mesmo. Saímos unidos pela renovação do aditivo, com a implementação de novas propostas. Agora, vamos estabelecer um calendário para encerrar a renovação ainda no primeiro semestre.”

No encontro, as principais reivindicações foram abordadas em quatro grupos de trabalho. O grupo 1 – Planos de Saúde e Previdência Privada, apontou que o Banesprev deve ser a entidade previdenciária da empresa responsável pela administração de todos os planos de benefícios de seus funcionários no país (exceto Bandeprev). No segundo grupo, onde foi abordado Saúde do Trabalhador, destacou-se a jornada gradual quando do retorno da licença médica, e que o exame demissional seja feito por todos os trabalhadores e sua convocação não aconteça no mesmo dia da demissão.

O grupo 3, que debateu Emprego e Condições de Trabalho, pontuou a inclusão de uma nova cláusula, em que na Garantia de Emprego, caso haja reestruturação do banco que impacte na empregabilidade (redução de postos de trabalho), possa ser debatido junto aos sindicatos. Também discutiu o impacto da Avalição de Desempenho na concessão de bônus, transferências, demissões, etc. Além da inserção de cláusulas no aditivo sobre o fim do banco de horas.

Já o grupo 4 – PPRS, pediu para incluir na minuta uma cláusula que se reporta à discussão da cláusula 57 da CCT 2015/2016, além de aumentar o patamar mínimo da PPRS. Segundo o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mario Raia, para que isso ocorra, ficou definido uma maior divulgação do PPRS. “O objetivo é demonstrar como funciona, reivindicar os números do banco, além de conhecer os programas próprios da instituição financeira.”

No encerramento do evento, Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, voltou a ressaltar a seriedade da atual conjuntura nacional. “Esse domingo é um domingo de luta. O Brasil inteiro precisa mostrar que não vai ter golpe, vai ter luta, luta pela democracia”, convocou.

 

 

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Banco do Brasil terão de fazer uma forte greve ao lado da categoria para conquistar avanços tanto na mesa geral de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) como em relação às principais cláusulas da pauta de reivindicações específicas com a instituição financeira federal.

 

Na rodada de negociação específica realizada na tarde desta sexta-feira 14, em São Paulo, o BB manteve a postura intransigente e não apresentou proposta para o Plano de Carreira e Remuneração (PCR), para a jornada de seis horas dos comissionados nem para o Plano de Comissões (PC). E ainda afirmaram que não irão assinar o instrumento de combate ao assédio moral assegurado na Convenção Coletiva dos Bancários assinada com a Fenaban.

 

“Quanto ao banco dizer que não vai assinar a cláusula de combate ao assédio moral da Fenaban e vai seguir sendo o único banco fora deste acordo, também avisamos que as entidades sindicais não renovarão a cláusula dos comitês de ética, até mesmo porque eles nunca funcionaram”, afirma William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“A direção do BB está empurrando os funcionários para a greve ao repetir a postura intransigente dos anos anteriores. Já faz um mês e meio que entregamos nossa pauta específica de reivindicações e não é admissível que até agora não tenha ainda apresentado uma proposta global para as nossas demandas”, critica o dirigente sindical.

 

Para evitar que haja desconfianças relativas a não cumprimento de acordos feitos na mesa de negociação, os representantes do BB disseram que “todas as propostas que forem apresentadas estarão escritas no acordo”.

 

Poucos avanços

Na reunião desta sexta-feira, os representantes do BB se limitaram a apresentar três propostas: redução da trava de remoção dos funcionários da Central de Atendimento (CABB) de 24 para 18 meses, inclusão de padrasto, madrasta e enteados para ausências autorizadas e não abrir mão da comissão para concorrer para remoção automática para escriturários em outras dependências do banco.

 

A negociadora do banco afirmou que há outras propostas sendo analisadas e que só serão apresentadas quando forem confirmadas pela direção da empresa.

 

“Consideramos as três propostas positivas, mas insuficientes em função do conjunto de propostas que entregamos ao banco”, destaca William.

 

O coordenador da Comissão de Empresa apresentou aos representantes do BB um abaixo-assinado de bancários da CABB de São Paulo, reivindicando a comissão de 55% sobre o piso do BB. O documeno foi entregue pelos trabalhadores à presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, na assembleia dos bancários realizada na última quarta-feira 12.

 

“Temos cobrado da empresa que atenda a essas e outras exigências dos funcionários da CABB, como o fim da trava e a equiparação dos atendentes A e B”, conclui o dirigente sindical.

 

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb São Paulo

Banco apresenta proposta para inclusão de benefícios odontológicos e assistenciais no Saúde Caixa e propõe GT para discutir contencioso da Funcef

A reestruturação promovida pela Caixa desde o dia 10 de março foi um dos pontos debatidos na mesa de negociação permanente que ocorreu nesta quinta-feira (14), em Brasília. Representantes dos trabalhadores relataram o clima de apreensão que tomou conta dos empregados diante da falta de informações a respeito das mudanças e que podem significar a extinção de unidades, a perda de funções e transferência de pessoal, inclusive para outros municípios.

“Questionamos sobretudo o caos que se instalou nos locais de trabalho por um processo conduzido sem que os trabalhadores pudessem conhecer e sugerir formas de reduzir o impacto dessas mudanças na vida das pessoas. Hoje há uma quantidade imensa de boatos e precisamos ter mais clareza de como se dará toda essa reestruturação”, afirmou a coordenadora CEE/Caixa, Fabiana Matheus. As entidades defenderam a suspensão do processo e a abertura de diálogo com os empregados.

Os representantes da Caixa afirmaram que a reestruturação está sendo feita por etapas. Eles afirmaram que não têm informações sobre os próximos passos e que a rede não será afetada no momento, a não ser para receber profissionais que sejam remanejados para as agências.

Os relatos dos problemas detectados nos estados impressionaram os negociadores, que não sabiam a extensão das mudanças já ocorridas na vida de muitos empregados. No entendimento da CEE, a reestruturação enfraquece a empresa, desmotiva os empregados e afeta o atendimento ao cliente. Combinada com a ausência de contratação de concursados e com o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA), mostra que o discurso de valorização das pessoas está distante da realidade dos empregados da empresa.

Os empregados questionam também a redução das GIRET, pois pode comprometer a conformidade das operações, trazendo insegurança para os empregados e gestores. A extinção de quatro GIPES, também anunciada, vai na contramão da reivindicação dos empregados que é a ampliação das áreas de pessoas nas filiais. Um dos problemas dessa medida é precarizar ainda mais a gestão do Saúde Caixa e dos programas de Saúde do Trabalhador.

Contratação

Sobre a contratação de pessoal a Caixa deixou claro que não há qualquer expectativa de convocação de novos concursados e que as convocações feitas recentemente são apenas para atender a determinações judiciais de ações individuais ou para preencher vagas já previstas no edital e que não haviam sido preenchidas. Se a situação já é desesperadora no momento atual, com o novo PAA, que registrou 1793 adesões, ela se agravará ainda mais.

Funcef

A Caixa concordou com a formação de um grupo de trabalho, com representantes da empresa, dos empregados e da Funcef para discutir o contencioso do nosso fundo de pensão. “Consideramos que esse debate é urgente, pois poderá causar impactos muito negativos e precisamos de forma conjunta buscar uma solução para a questão” afirmou a coordenadora da CEE. Esse grupo será formado no prazo de 30 dias

Adiantamento odontológico/assistencial

A Caixa apresentou à CEE a proposta para solucionar a suspensão, em abril de 2015, do Adiantamento Odontológico/Assistencial previsto no RH 044. A sugestão é a inclusão de todos os procedimentos previstos naquele normativo como cobertura do Saúde Caixa. Pela proposta da Caixa, os novos procedimentos não entrariam na regra do teto anual de coparticipação, atualmente R$ 2.400,00. A representação dos empregados não concordou com isso. Diante do impasse, para que não haja mais demora na solução na concessão da cobertura, ficou acertada sua implantação a partir do dia 2 de maio, com a continuidade do debate na mesa permanente para buscar uma alternativa para a superação desta questão até o final do mês de junho.

Promoção por mérito

A CEE/Caixa cobrou o debate sobre as regras para promoção por mérito para 2016. Conforme o Acordo Coletivo a definição desses critérios deve ser feita por uma comissão bipartite (Contraf/Caixa). A empresa disse que poderá fazer essa reunião no dia 25 ou 29 deste mês e solicitou que a CEE indique seus representantes.

Banco de horas negativo

O problema do banco de horas negativo já se arrasta há bastante tempo. Porém nos últimos meses, com o contingenciamento de horas extras, a situação está se agravando. Os gestores, em dias de pouco movimento, forçam os empregados a encerrarem o expediente antes de completar a jornada normal de trabalho, acumulando assim horas que deverão ser pagas com trabalho extra em dias de grande movimento. Essa prática se torna um fator de grande pressão sobre os empregados, configurando-se em descumprimento do Acordo Coletivo, que não prevê banco de horas. A Caixa comprometeu-se a enviar um comunicado a todos os gestores orientando para que não ocorra acúmulo de horas negativas.

Sipon

A CEE/Contraf denunciou, mais uma vez, que o sistema de ponto eletrônico vem sendo fraudado, sendo objeto fiscalização e autuação do Ministério do Trabalho no Estado de São Paulo. A Caixa comprometeu-se a providenciar junto à área de TI atualizações a fim de inibir tais práticas. A empresa também informou que está adotando uma nova plataforma (SailPoint) que permitirá maior controle do Sipon com a interligação de todos os sistemas a partir de 2017.

Licença Paternidade

A Caixa afirma que não ampliou ainda a licença paternidade para 20 dias, como prevista em lei recentemente sancionada, porque há detalhes de regulamentação pendentes. A CEE, por sua vez, lembrou que outras instituições, como o BRB, por exemplo, já estão concedendo o benefício para seus empregados, e que a Caixa, que sempre esteve na vanguarda na implantação de benefícios sociais, tem condições de implantar a medida imediatamente.

Descomissionamento

A CEE também comunicou que tem recebido denúncias de que mulheres grávidas estão perdendo funções por causa da gravidez. A Caixa disse que receberá as denúncias e examinará caso a caso, porque esta não é uma orientação da empresa.

A próxima negociação está marcada para o dia 25 de maio.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Os bancários fazem assembleias em todo o país nesta segunda-feira 17 para organizar a greve nacional por tempo indeterminado a partir da terça-feira 18, se até lá a Fenaban não apresentar uma proposta que contemple as reivindicações da categoria sobre remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades.

 

Seguindo orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, os bancários rejeitaram a proposta dos banqueiros de 6% de reajuste (apenas 0,58% de aumento real) nas assembleias realizadas na quarta-feira 12 e deflagraram a greve a partir de terça.

 

A Contraf-CUT enviou carta à Fenaban no dia 5 para informar sobre o calendário de mobilização e reafirmar a importância de se buscar um acordo negociado. Mas até agora os bancos não deram nenhuma resposta. Clique aqui para ler a carta aos bancos.

 

‘Bancários estão indignados’

“Os bancários vão à greve porque estão indignados com a postura mesquinha e gananciosa dos bancos. São o setor mais rentável da economia, continuam batendo recordes de lucratividade mesmo maquiando os balanços, premiam seus altos executivos com remuneração milionária cada vez maior, enquanto pagam aos bancários salários mais baixos que nos países vizinhos e ainda fazem uma proposta de reajuste que é inferior à quase totalidade dos acordos salariais assinados no primeiro semestre por setores da economia menos rentáveis”, explica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) tiveram R$ 25,2 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, mesmo lançando nos balanços R$ 39,15 bilhões como provisões para devedores duvidosos. “Esse é um disparatado truque contábil, porque a inadimplência cresceu apenas 0,7 ponto percentual no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado e está com viés de baixa”, acusa Carlos Cordeiro. Clique aqui para ver como funciona a maquiagem.

 

Pesquisa do Dieese revela que 97% dos acordos salariais do primeiro semestre no país contêm aumentos reais de salário, quase todos acima da proposta de 0,58% apresentada pela Fenaban na penúltima rodada de negociação, no dia 28 de agosto. Confira aqui o estudo do Dieese .

 

A proposta da Fenaban também é uma completa contradição com a política de remuneração anual dos altos executivos dos bancos. Segundo dados fornecidos pelos quatro maiores bancos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os diretores estatutários terão um reajuste de 9,7%, o que representa aumento real de 4,17%. Cada diretor do Bradesco embolsará este ano R$ 4,43 milhões. O do Santander, R$ 6,2 milhões. E o do Itaú, R$ 8,3 milhões no ano. Leia aqui .

 

É um contraste gigantesco com o piso dos bancários, hoje de R$ 1.400. Esse piso, que equivale a 681 dólares, é menor do que o salário de ingresso do bancário uruguaio (1.089 dólares) e argentino (1.200 dólares), segundo levantamento feito pela Contraf-CUT.

 

“Vejam que situação perversa. Aqui estão os maiores lucros dos bancos e as mais altas remunerações dos executivos, junto com os salários mais baixos dos trabalhadores. São práticas inadmissíveis como essas que tornam o Brasil um dos 12 países mais desiguais do mundo e a quarta pior distribuição de renda da América Latina”, critica o presidente da Contraf-CUT.

 

As principais reivindicações dos bancários

● Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
● Piso salarial de R$ 2.416,38.
● PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
● Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
● Mais segurança
● Igualdade de oportunidades.

 

Fonte: Contraf-CUT

 

No caso mais grave, chefe sugeriu que empregada utilizasse sua ‘beleza física’ para cumprir meta de vendas; MPT pede condenação do grupo em R$ 5 milhões

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas pediu à justiça trabalhista a condenação das empresas Banco Bradesco e Bradesco Vida e Previdência por submeter trabalhadores a situações discriminatórias e vexatórias – condutas que caracterizam assédio moral. O MPT constatou que corretores de vendas da sucursal do Bradesco em Maceió eram constrangidos constantemente quando não atingiam metas de vendas.

De acordo com a Ação Civil Pública ajuizada pelo procurador do Trabalho Rodrigo Alencar, os superiores hierárquicos do Bradesco Vida e Previdência cometiam abusos morais contra os empregados ao adotar condutas desrespeitosas, constrangedoras e humilhantes, tais como acusações infundadas, insultos e intimidações, aplicando “brincadeiras” e promovendo competições que afetam a autoestima dos empregados. Os trabalhadores eram chamados de preguiçosos, incompetentes e alguns eram intitulados de “câncer da sucursal”.

No caso mais grave, chegando a ser absurdo, segundo Rodrigo Alencar, o superintendente do Bradesco Vida e Previdência sugeriu que uma empregada utilizasse sua ‘beleza física’ – que se prostituísse, em outras palavras – para se manter no emprego, já que não tinha competência para cumprir a meta estabelecida. Um outro empregado, insultado diversas vezes de ‘Tartaruguinha’ por ser deficiente físico, foi afastado do trabalho em decorrência do estresse.

Segundo Alencar, percebe-se claramente o terrorismo psicológico a que eram e são submetidos os empregados do Bradesco. “É inconcebível que em pleno século vinte e um sejam aceitas condutas perversas como as protagonizadas pelo Bradesco. A omissão, tolerância e permissividade ao terror psicológico praticadas pela empresa torna o trabalho um sistema perverso em que tudo é possível para alcançar seus objetivos, inclusive destruir indivíduos”, disse.

Além das humilhações e pressão psicológicas sofridas no ambiente de trabalho, o assédio moral causa no trabalhador diversos transtornos psíquicos. Os mais comuns são depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios.

Pedidos à justiça

Diante do caso claro de assédio moral, o Ministério Público do Trabalho requer à justiça, em caráter liminar, que a empresa Bradesco Vida e Previdência seja obrigada a implementar todas as medidas necessárias para coibir o assédio moral na empresa. Todos os representantes que possuam poder hierárquico – administradores, diretores, gerentes e outros – devem ser proibidos de humilhar, intimidar, perseguir, ofender, criar boatos, utilizar práticas dissimuladas, agredir física ou moralmente os trabalhadores, ou de submetê-los a constrangimento que atentem contra a honra, a moral e à dignidade da pessoa humana.

Em caso de descumprimento, o MPT requer que a empresa pague, no mínimo, R$ 50 mil de multa por trabalhador prejudicado. Se pago, os valores serão revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a instituição sem fins lucrativos.

Em caráter definitivo, o Ministério Público do Trabalho pede que o Banco Bradesco e o Bradesco Vida e Previdência sejam condenados, solidariamente, a pagar indenização de R$ 5 milhões por dano moral coletivo. Em caso de condenação, o valor será revertido ao FAT ou a uma instituição filantrópica.

Reincidente

O Grupo Econômico Bradesco – segundo maior banco privado do país, com lucro líquido de R$ 15 bilhões, segundo reportagem publicada em 2015 na imprensa – é reincidente nacional na prática de assédio moral contra seus trabalhadores. Além de Alagoas, a Bahia, o Paraná e outros estados já registraram casos de assédio moral no Bradesco.

 

Fonte: Ministério Público do Trabalho em Alagoas

Já foram registradas 70 mortes por H1N1 no estado de São Paulo e 537 casos da doença

A Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban, nesta segunda-feira (11), solicitando que todas as instituições financeiras procedam com a oferta de vacinação própria contra o vírus H1N1, a todos os seus trabalhadores, bem como aqueles contratados por empresas terceiras que compartilhem os mesmos espaços nos bancos.

A Confederação salienta que os ambientes fechados e densamente ocupados, como as agências bancárias, compõem o cenário para a difusão do contágio.

“Algumas instituições financeiras associadas à Fenaban já praticam a medida preventiva, com vacinação interna e gratuita, o que consideramos positivo. O fato é que esta prática não é uniforme no sistema financeiro e considerando que os locais de trabalho, rede de agências e departamentos, apresentam elevada frequência e fluxo de pessoas, a exposição dos bancários e bancárias é potencializada. Com o avanço da doença, solicitamos que todas as instituições financeiras vacinem seus funcionários”, explica Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

A situação é preocupante, já foram registradas 70 mortes por H1N1 no estado de São Paulo e 537 casos da doença. “Esperamos agora um retorno positivo da Fenaban. A vacinação ajudará a combater o número de casos, de uma forma geral”, conclui Roberto von der Osten

Acesse aqui o ofício

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a direção do Itaú nesta quinta-feira 13, a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, criticaram duramente a forma unilateral e sem transparência como o banco está implantando o projeto de ampliação do horário de atendimento de agências. Os dirigentes sindicais apontaram os inúmeros prejuízos que o programa está trazendo aos bancários no país todo e advertiram que, somados com os outros problemas que ocorrem no Itaú, principalmente as demissões, será o banco onde a greve nacional da categoria terá o maior êxito, em razão do descontentamento dos trabalhadores.

 

A reunião, realizada na sede da Contraf-CUT, foi marcada depois das manifestações e paralisações da semana passada em várias capitais. Representando os bancários participaram o presidente da Contraf-CUT e as seguintes federações representadas na COE Itaú: Fetec São Paulo, Feeb RJ/ES, Feeb SP/MS, Fetrafi NE, Fetraf Minas, Fetrafi RS, Fetec PR, Feeb BA/SE e Fetec Centro-Norte. Pelo banco, compareceram Marcelo Orticelli, diretor de Cultura, Gente e Relações de Trabalho (representante do Itaú na mesa de negociação da Fenaban), e a equipe responsável pela implantação do projeto de expansão do horário de atendimento de agências em shopping centers e corredores de grandes cidades.

 

Os representantes do banco informaram que 167 agências (66 em shoppings e 101 em corredores) já estenderam o horário. Nos shoppings, o horário passou das 12h às 20h. Nos corredores, as agências do Itaú têm agora dois horários diferentes: umas das 9h às 16h, outras das 12h às 19h. A medida está em vigor desde o dia 27 de agosto e o objetivo do banco é chegar a 1.500 agências com horários ampliados em todo o país.

 

‘Projeto é imposto no pior momento possível’

“Queremos manifestar muita estranheza com o projeto. Não somos contra a ampliação do horário de atendimento das agências. Temos um projeto antigo para estender o horário das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e mais contratações de bancários, para atender melhor a população. Essa proposta está com a Fenaban há anos. Por que não começamos a discussão a partir daí? E agora somos surpreendidos com a decisão unilateral do Itaú de ampliar o atendimento, sem consultar o movimento sindical e implantando o projeto sem transparência”, protestou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

 

“Além do mais, o Itaú impõe o projeto no pior momento possível. No meio da campanha nacional dos bancários, em que os bancos se recusam a atender nossas reivindicações, no momento em que demite quase 10 mil bancários, apresenta um lucro astronômico e maquia o balanço com a PDD exagerada para diminuir a PLR, enquanto aumenta para mais de R$ 8 milhões a remuneração de seus altos executivos, os mesmos que definem as demissões, fixam as metas abusivas e incentivam o assédio moral”, criticou ainda Carlos Cordeiro.

 

Daniel Reis, diretor do Sindicato de São Paulo, acrescentou: “O Itaú está aumentando o tensionamento, que já é grande por causa das demissões, do Agir e das metas abusivas. Pelo conjunto da obra, o Itaú será o banco onde a greve da categoria será mais forte, por causa do grande descontentamento”.

 

Problemas em todo o país

Os representantes das federações de bancários na COE expuseram aos representantes do Itaú todos os problemas que a implementação do projeto está trazendo para os trabalhadores, contradizendo a visão rósea que o banco tenta vender.

 

Os principais problemas são: os bancários estão sendo forçados a aderir ao projeto, com medo de demissões e por autoritarismo dos gestores, ao contrário do que diz o banco de que a adesão é voluntária; é frequente a extrapolação da jornada de trabalho, chegando a dez horas por dia, sem pagamento de horas extras; com as jornadas maiores, muitos estão abandonando faculdades, outros deixando os filhos em tempo integral em creches; alguns não conseguem mais ver os filhos; os bancários estão pagando para trabalhar, seja porque subiu o valor da creche ou para pagar estacionamento nos shoppings; pioraram as condições de segurança, principalmente nos horários de saída nos corredores bancários; o banco está tirando caixas de agências para colocar nas unidades envolvidas no projeto, agravando os problemas da extrapolação do horário e da falta de funcionários.

 

“Ou seja, enquanto mais os altos executivos ganham para aumentar o índice de eficiência, mais os bancários trabalham e perdem qualidade de vida, diminuindo o tempo para lazer e para ficar com os filhos e com a família. A sociedade não quer esse tipo de serviço. E nós vamos lutar por melhor qualidade de vida dos bancários. Por isso o nosso projeto é que o horário de atendimento vá só até as 17h”, concluiu Carlos Cordeiro.

 

O diretor Marcelo Orticelli disse que vai examinar os problemas apontados pelos dirigentes sindicais junto com a equipe responsável pelo projeto de ampliação do horário do atendimento e marcará uma nova reunião com os representantes dos bancários.

 

Fonte: Contraf-CUT