Maio 04, 2025
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Representantes dos trabalhadores do Bradesco de todo o pais estão reunidos em São Paulo para atualizar a pauta de reivindicações específicas que será entregue ao banco. Durante o encontro, realizado nesta quinta-feira 7, os dirigentes participaram de uma análise de conjuntura e de uma apresentação do Dieese sobre os números do Bradesco.

E os números do banco dizem muito a respeito do atual momento pelo qual o país está passando. Mesmo diante de um cenário de profunda crise econômica, com queda de 7% no PIB em dois anos (2015 e 2016), em que os empréstimos – a maior atividade das instituições financeiras – estão em queda, como o Bradesco conseguiu obter o maior lucro da sua história nos últimos anos? E como os trabalhadores e clientes do banco estão inseridos e são afetados por este contexto?

Esses questionamentos foram a tônica da apresentação do Dieese feita pelo economista Gustavo Carvazan. Em 2017, o Bradesco lucrou R$ 19 bilhões, crescimento de 11% em relação a 2016.

Reação à redução dos juros
Gustavo avalia que em 2012, quando a então presidenta Dilma Rousseff tentou implantar um movimento de redução das taxas de juros, os bancos brasileiros reagiram e mudaram sua forma de atuar.

A partir daquele momento, as principais instituições financeiras começaram a traçar uma estratégia de aumento dos lucros diminuindo custos com a redução de postos de trabalho e de agências, empurrando as operações para a plataforma tecnológica (aplicativo e Internet Banking), retraindo a oferta de crédito, e apostando nos ganhos de tesouraria, como aplicações em títulos da dívida e ações negociadas na bolsa.

Nesse movimento, o crédito para empresas ficou cada vez mais escasso, afetando a economia. Em 2008, o banco reservou 28% do crédito para pequenas e médias empresas. Em 2018, esse volume caiu 10 pontos percentuais, para 18%, reforçando que a instituição financeira contribui cada vez menos para o desenvolvimento do setor produtivo, o que aumenta o desemprego e agrava a crise econômica.

Os repasses do BNDES para que o Bradesco faça empréstimos para as empresas caíram quase 20%, o que reforça outro ponto característico da atual era Temer: o desmonte do BNDES como indutor do desenvolvimento da economia produtiva.

Tarifas cobradas dos clientes cada vez mais caras
Em 2017, a única receita do banco que cresceu foi a prestação de serviços e tarifas cobradas dos clientes, atingindo R$ 24 bilhões com elevação de 11,4% em 12 meses. Apenas com essa receita, o Bradesco cobre o total de suas despesas de pessoal e ainda restam R$ 3 bilhões.

Aumento do lucro reduzindo postos de trabalho
Um dos pontos da nova estratégia de aumento do lucro é a redução de postos de trabalho. Em julho de 2017, o Bradesco lançou o Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), no qual aderiram 7,4 mil trabalhadores. O custo do plano foi de R$ 2,3 bilhões, mas o efeito anual estimado é uma redução de custo de R$ 1,5 bi por ano. Ou seja, o banco gastou R$ 2,3 bilhões, mas em um ano e meio já terá coberto essa despesa.

“Os bancos estão inseridos no modelo de organização da sociedade atual em que poucas pessoas ganham muito e o número de pessoas excluídas é cada vez maior. E o padrão de funcionamento dos bancos no Brasil de 2012 para cá reforça essa lógica”, avalia Gustavo. 

1% contra 99%
Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e bancária do Bradesco ressaltou a importância do debate político diante da atual conjuntura em que eleições estão previstas após o golpe de 2016 que resultou na retirada de inúmeros direitos da população e abalou seriamente a soberania nacional.

“A gente alertava que o golpe era contra a democracia, contra o trabalhador e que todo mundo ia perder. E estamos vivendo isso. A crise é de caso pensando. É um modelo de país que eles querem. Não é incompetência. Em 2013, quando o Brasil vivia situação de pleno emprego, o Ilan Goldfajn era economista chefe do Itaú e escreveu artigo publicado no jornal O Globo defendendo o desemprego. E hoje ele é presidente do Banco Central”, disse Juvandia.

“Nós vamos politizar essa campanha nacional, vamos debater a política nos locais de trabalho, porque quem não participa da política vai ser governado por aqueles que participam. E os bancos, os grandes empresários, os grandes meios de comunicação, a elite em geral têm a política na veia. O indivíduo só é cidadão se participar da política. Do contrário, estará alijado dos processos decisórios e da condução dos processos que afetam a sua vida. E não tem jogo. É 1% contra 99%. Se os 99%, se a classe trabalhadora tomar consciência do poder que ela tem, a gente vira o jogo completamente e manda nesse país. Mas sem ódio. E sozinhos nós não vamos conseguir fazer nada”, finaliza Juvandia.

Fonte: Rede Nacional dos Bancários

O primeiro painel do 29º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil norteou as discussões, realizadas na tarde desta quinta-feira (7), com a análise da conjuntura nacional e dos ataques aos bancários e bancos públicos.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, explicou que os bancos públicos são importantes para o desenvolvimento do país e que as empresas carecem de financiamento a longo prazo. “O papel do estado é permitir o financiamento e as oportunidades, o que não acontecerá caso os bancos sejam privatizados. Só é possível criar oportunidades se houver empresas públicas e bancos públicos. Precisamos fortalecer o BB e todos os bancos públicos.”

De acordo com Jair, é preciso fazer um debate com o legislativo e a sociedade para discutir o tipo de congresso que o povo brasileiro quer. “A mobilização é importante, precisamos respeitar as pessoas e as diversidades e um estado que acolha o cidadão e tenha perspectiva de futuro. Não podemos deixar o Banco do Brasil só para o correntismo.”

No segundo painel, a economista do Dieese, Vivian Machado, apresentou uma pesquisa sobre o mundo do trabalho e a representação trabalhista. “Com o avanço da tecnologia, podemos observar que ela destrói mais do que cria. Ela reduz custos e gera menos empregos”, afirmou.

Ela citou o modelo Gig Economy, conhecido nos Estados Unidos, que está se sobressaindo no mundo do trabalho. Com o sistema, os trabalhadores não têm vinculo empregatício, como no regime intermitente, e não tem benefícios. “É um modelo crescente, sem garantias e sem perspectivas", finalizou.

 

Previdência Complementar

O 29º CNFBB promoveu também o debate sobre a Previdência Complementar e sobre a tentativa de aprovação do Projeto de lei nº 268, que visa terceirizar a gestão dos fundos de pensão. “Precisamos entender o que está por trás na tentativa de golpe da Previ. Dentro desse discurso neoliberal está pautada a ideia de que nos trabalhadores não podemos gerir nossos próprios negócios”, disse Paula Gotto, diretora de Planejamento da Previ.

Marcio Souza, diretor de Administração da Previ, exaltou a defesa da governança paritária e do comprometimento com a gestão.  “Não aceitaremos que a representação dos associados seja quebrada. Vamos lutar até as últimas consequências e para isso é fundamental a nossa mobilização para defender a nossa conquista. Defendemos a governança paritária e que a gestão seja correta de cada centavo que está aplicado na nossa entidade", afirmou.

 

Saúde e Condições de Trabalho

O diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com clientes da Cassi, Humberto Santos Almeida, desmentiu o governo que insiste em afirmar que a Cassi é ineficiente. “A Cassi gasta 8% de orçamento enquanto o mercado gasta 12%. Além disso, é um plano coletivo, que atende todos os estados, oferece programas assistenciais e uma auto-gestão que não visa fins lucrativos”, explicou.

Para ele, as dificuldades pela qual os trabalhadores vêm passando se deve à irresponsabilidade do governo com a sociedade. “Estamos sob a tutela de um governo que, além de reduzir os funcionários, faz com que os brasileiros não tenham assistência.  O banco tem se aproveitado nos últimos tempos em ampliar o seu assédio moral. A meta é fazer com que as pessoas sejam obrigadas a aceitar as propostas do banco", disse.

 

 

 

 

Fonte: Contraf-CUT

Foi aberto nesta quinta-feira (7), em São Paulo, o 34º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), que reúne cerca de 400 trabalhadores do banco de todo o país, entre delegados, observadores e convidados. Logo no início do evento, lideranças sindicais e do movimento associativo ressaltaram a importância de intensificar a mobilização em defesa da Caixa 100% pública e contra a retirada de direitos. Os dirigentes lembraram que o momento é de resistência aos ataques contra a empresa e seus trabalhadores.

“O processo eleitoral vai ditar o futuro da Caixa e das demais estatais. Todos nós empregados e aposentados precisamos estar mobilizados afim de evitar que a Caixa seja desmontada. Os ataques vêm se intensificando e precisamos estar preparados para resistir”, destacou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.

A unidade do movimento sindical e associativo foi outro ponto destacado durante a abertura da Conecef. O próprio slogan do Congresso traduz esse sentimento: “Juntos somos mais”.

“Precisamos atuar com unidade e mobilizados para defender nossos direitos e a manutenção da Caixa 100% pública”, enfatizou Fabiana Uehara, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Os debates do 34º Conecef, que prosseguem até sexta-feira (8), serão marcados pelos seguintes eixos: Nenhum Direito a Menos, Caixa 100% pública, Saúde Caixa e Funcef, Saúde e Condições de Trabalho.

“São mais de 30 anos de muita luta e sairemos desse 34 congresso com uma pauta de reivindicações específicas que traduza as necessidades dos trabalhadores da Caixa, por melhoria das condições de trabalho e contra o desmonte do banco”, resumiu o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis.

Nenhum direito a menos

O primeiro painel do Conecef girou em torno das consequências desastrosas para os trabalhadores das reformas previdenciária e trabalhista. Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência nos governos Lula e Dilma, disse que a proposta do governo Temer não é uma reforma, mas um desmonte da Previdência Social. Dentre os pontos negativos do projeto, que tramita no Congresso Nacional, estão a retirada dos direitos das mulheres, dos trabalhadores rurais e o fim da aposentadoria especial.

“Até agora a sociedade brasileira, com a mobilização dos trabalhadores, resistiu ao desmonte da Previdência, mas o governo depois das eleições vai colocar o projeto novamente em votação, o Temer já disse isso”, alertou Gabas. Segundo ele, a Previdência não é deficitária conforme alega o governo. Aponta ainda que despesa previdenciária se mantem estável há mais de uma década e que até 2015 a previdência mantinha superávit na despesa urbana. “A receita caiu absurdamente depois de 2015 devido ao desemprego e a crise econômica aprofundada pelos golpistas”, acrescentou o ex-ministro.

A necessidade de mobilização contra as reformas do governo também foi destacada pelo advogado José Eymard Loguércio, que integra a Assessoria Jurídica da Fenae.  Ele falou sobre os impactos da nova lei trabalhista. “Quando se destrói direitos sociais, está se acabando com a cidadania”, frisou Eymard. Segundo o advogado, os trabalhadores não podem esperar que o Judiciário revise a legislação aprovada em tempo recorde pelo Congresso Nacional, porque isto dificilmente acontecerá.

A reação contra a reforma trabalhista, que teve como principal objetivo retirar direitos e desestruturar a organização dos trabalhadores através dos sindicatos, deve vir da sociedade, apontou Eymard. O advogado revelou que já existem ações na Justiça questionando vários pontos da lei como o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, trabalho intermitente, o acesso à Justiça, entre outros.

Saúde Caixa

Albucacis de Castro, médico e assessor do GT Saúde Caixa, fez uma explanação sobre o histórico e a importância do plano de saúde dos empregados da Caixa. “É importante os trabalhadores defenderem o Saúde Caixa e buscarem melhorá-lo”, afirmou. Ele lembrou que o Saúde Caixa acumulou superávit que em 2016 chegava a R$ 670 milhões. E que os dados referentes ao ano passado ainda não foram divulgados pelo banco.

Um Manifesto em Defesa do Saúde Caixa foi distribuído com os participantes do 34º Conecef. Durante o debate, um ato na plenária marcou o reforço do lançamento da campanha nacional “SaúdeCaixa: eu defendo”, lançada pela Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac e Social Caixa.

Fonte: Rede Nacional dos Bancários

O Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú reinicia os trabalhos na manhã de sexta-feira (8) com a definição da minuta específica de reivindicações e a apresentação da pauta enviada pelo banco.

“Estamos num ano bastante difícil da história da nossa categoria, na história da classe trabalhadora, na história do nosso país. Por isso, mais do que nunca a Campanha Nacional é importante e a união nela é fundamental. Daí a importância desses encontros por bancos. Nós temos uma responsabilidade muito grande não só com a categoria, mas com toda a população”, explicou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que participou do evento na tarde desta quinta-feira (7).

“Está na hora de irmos para as ruas conquistar e mobilizar à população, conquistar a nossa base para entrar conosco na luta para reestabelecer a democracia. Sem democracia não há direitos. Democracia é soberania popular e não estamos tendo isso com a conjuntura atual. Com certeza os bancários terão um papel importante nas ruas durante a luta para reestabelecer a democracia no país e construir o Brasil que a gente quer”, completou Juvandia.

Nesta quinta, a primeira mesa do evento, pela manhã, foi sobre Saúde e Condição de Trabalho. Maria da Consolação Vegi da Conceição, advogada do Seeb ABC, mostrou como a saúde foi afetada pela reforma trabalhista. “Agora, é necessário o trabalhador estreitar mais a relação com os sindicatos, pois a reforma traz a negociação coletiva de forma muito contundente, já que o negociado valerá sobre o legislado.”

Maria Maeno, médica sanitarista e pesquisadora da Fundacentro, explicou o protocolo de intenções entre Febraban e INSS, assinado sem a participação dos trabalhadores com regras para a reabilitação profissional dos empregados que tiveram de se afastar do emprego por causa de doenças relacionadas ao trabalho – como transtornos psíquicos e LER/Dort. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União em outubro de 2017. Mas seu conteúdo permanece oculto.

O maior risco é que a reabilitação fique por conta exclusivamente dos bancos, avalia Maria Maeno, médica pesquisadora da Fundacentro. “Nós sabemos que não existe reabilitação profissional nos bancos. Os trabalhadores que retornam ao trabalho não encontram condições diferentes daquelas que causaram o adoecimento e os obrigaram a se afastar.”

Ainda durante a mesa, Adma Gomes, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú, fez um informe sobre os andamentos das negociações.

A segunda mesa, ainda pela manhã, foi sobre a Fundação Itaú e Previdência. Os conselheiros participantes da direção fizeram uma apresentação da posição atual da fundação Itaú e os principais planos.

José Sasseron, ex-diretor no Sindicato dos Bancários de São Paulo, ex-conselheiro Fiscal e Deliberativo e diretor de Seguridade da PREVI, ex-presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar) e atual o vice-presidente da Anapar, sendo o titular representante dos participantes no Conselho Nacional de Previdência Complementar, abordou o desmonte da Previdência e as novas regras da Previc.

Antes da abertura dos trabalhos na parte da tarde, Paulo Salvador fez uma apresentação does veículos parceiros dos trabalhadores (Rede Brasil Atual e TVT).

Na sequência, Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, fez uma análise de conjuntura.  “Se nós queremos que a Campanha Nacional neste ano atinja os bancos como queremos, a gente precisa ter a população do nosso lado.”

Para encerrar o dia, a técnica da subseção do Dieese do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Catia Uehara, fez uma apresentação sobre o emprego no Itaú, com os impactos da Reforma Trabalhista e dos avanços tecnológicos. “No geral, o sistema financeiro tem reduzido muitos postos de trabalho. De 2012 para cá, foram mais de 50 mil postos de trabalho. As duas hipóteses para essa redução é a terceirização, com correspondentes bancários, e a digitalização.”

Fonte: Contraf-CUT

Começou, na manhã desta quinta-feira (7), o 29º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB). O encontro, que acontece na Quadra dos Bancários, em São Paulo, abordará até sexta-feira (8), questões como os impactos das reformas trabalhista e da previdência, saúde e condições de trabalho diante da conjuntura política socioeconômica do país.

 

A mesa de abertura contou com a participação do coordenador da Comissão dos Empregados do Banco do Brasil, Wagner Nascimento, da secretária da Juventude da Contraf-CUT, Fernanda Lopes de Oliveira,  e dos representantes das federações, Sandra Trajano, Fetrafi Nordeste, Ana Paula Cusato, Fetrafi-PR, Luciana Manho, Fetrafi MG, Maria do Carmo Pegal, Fetrafi-SP/MS, Fabio Ledo, Fetrafi-BA/SE, Sergio Farias, Fetrafi-RJ/ES, Rafael Zanon, Fetrafi-Centro Norte, Marco Aurélio Silvano, Fetrafi-Santa Catarina, João Fukunaga, Fetec-SP e Rogerio Moreira, Fetrafi-RS.

 

Para Wagner Nascimento, a realização do congresso é de extrema importância para que sejam discutidas as estratégias para a Campanha Nacional e para defender os direitos dos trabalhadores. “Precisamos debater as propostas da Cassi e defender o nosso acordo coletivo, para que tenhamos um acordo para todos, na qual não se encaixam as novas regras da lei golpista”, afirmou.

 

A unidade para superar os obstáculos, que a conjuntura apresenta para os trabalhadores, se mostrou fundamental para a maioria dos participantes. De acordo com a secretaria da Juventude da Contraf-CUT, é preciso mobilização contra os ataques do governo à classe trabalhadora. “Sabemos que vamos enfrentar situações muito difíceis, porém, temos de estar mais unidos que nunca e o congresso é uma boa oportunidade para definirmos as nossas estratégias”.

 

Durante a abertura, foi aprovado o regimento interno do 29º CNFBB e apresentado o caderno de teses. Ainda pela manhã, será apresentado o painel Conjuntura Nacional.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do banco Santander no Brasil iniciaram nesta quinta-feira (7), em São Paulo, o encontro nacional para debater questões específicas do banco e levantar propostas para a pauta de reivindicações a serem apresentadas ao banco.

“Todos os anos a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) realiza um encontro nacional dos trabalhadores do Santander para discutirmos nossas pautas específicas. Neste ano, além de debatermos sobre os pontos do Acordo Coletivo de Trabalho, também vamos capacitar os dirigentes para o embate nas nossas bases sindicais sobre o que pode acontecer após o término de vigência da nossa CCT (Convenção Coletiva de Trabalho)” explicou Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Adelmo Andrade, representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb/BA-SE), destacou o momento difícil pelo qual passa a classe trabalhadora. “Estamos vendo uma série de ataques aos direitos trabalhistas. Estes ataques fazem parte de um golpe que está sendo dado em partes e uma das etapas é a destruição do movimento sindical. Temos que defender nossos direitos, mas também as organizações de representação dos trabalhadores”, disse.

Luiz Claudio Marcolino, diretor da Contraf-CUT e ex-deputado estadual, ressaltou a necessidade de a categoria se organizar ainda mais neste ano para enfrentar os ataques que estão em curso contra os trabalhadores e a democracia no país.

“Temos que conseguir mostrar para a categoria que existem projetos de sociedade diferentes em disputa. Mostrar que nossa vida piorou depois do golpe que derrubou a presidenta Dilma. Não apenas devido à mudança de governo, mas também porque está sendo implantado um sistema que tem como base as privatizações, a retirada de direitos trabalhistas, o achatamento dos salários e o aumento do desemprego para que as empresas tenham mais lucro”, disse o dirigente da Contraf-CUT. “Todos os direitos presentes em nossa CCT e no Acordo Coletivo do Santander foram conquistados com muita luta. Agora teremos novamente que lutarmos para mantê-los”, completou.

Veja a programação completa do encontro

Fonte: Conttraf-CUT

O Encontro Nacional dos Trabalhadores do Itaú começou, na manhã desta quinta-feira (7), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Até sexta-feira (8), os presentes irão debater questões do banco e elaborar a minuta de reivindicações específicas. “São questões que existem em alguns bancos e em outros não. Estes casos são negociados pelas COEs (Comissões de Organização dos Empregados) de cada um dos bancos com as direções das respectivas instituições”, explicou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Carlindo Dias (Abelha), secretário de Organização da Contraf-CUT, exaltou a importância do encontro. “Eu sempre escutei que é na crise que se cresce. Acho que vamos ter desafios, com muitos problemas, mas tenho certeza que juntos vamos achar a solução para avançar e conquistar ainda mais.”

Mauri Sérgio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, completou ao dizer que é muito importante para a Contraf-CUT a realização dos encontros dos bancos públicos, privados e a Conferência Nacional. “Nós temos diversos desafios específicos do Itaú, por isso é importante estarmos reunidos aqui, na única trincheira de luta dos trabalhadores, que são os sindicatos. Por isso, a campanha deste ano é fundamental para a classe trabalhadora garantir a manutenção de todos os direitos historicamente conquistados.”

Junior Dias, da Articulação Bancária, acredita que a missão é bastante difícil, não só pela reforma trabalhista, mas também pelo patrão ser um dos principais responsáveis pelo que aconteceu no país. “Por isso nós temos um desafio maior. O debate que tem de ser feito com a categoria é que não adianta nada construir uma CCT agora, se nas eleições de outubro não conseguirmos mudar a correlação de forças que está posta agora e corrermos o risco de perder tudo a qualquer momento. Além das questões específicas, o desafio é nos organizar para fazer a diferença no nosso ramo.”

Hermelino Neto, da CTB, concordou que o início do encontro acontece num momento muito complicado para os trabalhadores. “Os desafios são enormes. Nosso poder de mobilização, nossa capacidade de envolver a base, para que a gente possa de fato manter as nossas conquistas, são grandes. Esse encontro deve definir os caminhos e eu acredito que o caminho passa por tentar mobilizar os trabalhadores indecisos nessa luta. Essa campanha vai exigir de nós um esforço muito grande para que possamos manter nossa CCT.”

Rogério Castro Sampaio, da Intersindical, seguiu a mesma linha. “Espero que continuemos juntos nessa luta, para que os banqueiros não continuem com tantos malefícios aos trabalhadores.”

Para Eduardo Munhoz Baptista, da CSD, lembrou que o momento difícil não é só pela Reforma Trabalhista, mas também “pelo avanço tecnológico que tem causado inúmeras demissões. Desejo que possamos aqui, juntos, definir novas estratégias para enfrentar todos esses problemas.”

 

Confira a programação do Itaú:

Dia 07 de junho: quinta-feira

09h às 10h - Abertura

Mesa 1 - Saúde e Condição Trabalho

Palestra: A Saúde do Trabalhador após a Reforma Trabalhista

Apresentação dos debates do Grupo de Trabalho em Saúde e Condições de Trabalho, Proposta e Plano de Lutas   

Horário: 10 as 11:00

Mesa 2

11hs30 as 13hs00.

Fundação Itaú e Previdência.

Apresentação da posição atual da fundação Itaú e Principais Plano.

Almoço das 13hs00 as 14hs00.

Mesa 3

14hs30 a 18hs00

Emprego e Novas Tecnologias/ Impacto das reformas Trabalhistas.

Conjuntura Sindical e Políticas.

14hs30 a 16hs00

Conjuntura Sindical e Políticas.

16hs00 as 17hs00

Emprego e Novas Tecnologias/ Impacto das reformas Trabalhistas

Dia 08/06/2018.

Início as 09hs00 á 13hs00.

Mesa 1

Horário as 09hs00 as 09hs30.

Apresentação do acordo de CCV.

Ponto Eletrônico Mensal e Termo Quitação da Jornada Anual.

 

Mesa 2.

Apresentação das propostas do banco Itaú.

Proposta do Banco Itaú.

ASSUNTO: TEMAS PRIORITÁRIOS PARA NEGOCIAÇÃO

 

1)         Termo de quitação anual

Instituir termo de quitação anual exclusivo quanto ao objeto de validade do ponto eletrônico a ser assinado pelo colaborador na presença do Sindicato, manifestando a fidelidade das marcações ou eventuais irregularidades que serão quitadas pelo banco.

2)         Trabalho nos finais de semana e escala de folgas

Autorização para funcionamento aos finais de semana nas atividades essenciais e fluxo de comunicação em situações de trabalho eventual.

3)         Intervalo de descanso e refeição

Intervalo intrajornada de 30min para os empregados com jornada de 6 horas, sem majoração para 1 hora quando realizada horas extras.

4)         Agência digital

Validação, pelo Sindicato, do modelo de negócio da agência digital (atividade diversa de call center, ausência de nocividade do ambiente de trabalho e metas estabelecidas, dentre outros) e funções exercidas pelos empregados.

Fonte: Contraf-CUT

O caderno de teses do Banco do Brasil já está disponível no site da Contraf-CUT. Para ter acesso ao material e a programação do encontro, basta entrar na área Publicações ou clicar aqui e fazer o download do material. 

Para conferir a programação de todos os encontros, clique aqui

Fonte: Contraf-cut

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu, nesta quarta-feira (6), para debater os últimos ajustes da 20ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada entre sexta-feira e domingo (8 a 10), na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, valoriza o encontro às vésperas do evento que dá início a mais uma etapa da Campanha Nacional dos Bancários 2018. “A Conferência é quando definimos nossa pauta de reivindicação pela qual lutaremos toda a Campanha Nacional. Por isso, é de fundamental importância os membros do Comando debaterem ações, estratégias de negociação e mobilização na Campanha, buscar consensar alguns pontos aprovados nas Conferências regionais. É necessário também organizar o evento, para obtermos os melhores resultados.”
Outro assunto debatido foi um calendário para possíveis datas para reunião de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Pela manhã, as técnicas da subseção do Dieese da Contraf-CUT, Barbara Vallejos e Vivian Machado, fizeram apresentações sobre a conjuntura econômica, os dados do Setor e do emprego bancário, e os impactos da reforma trabalhista e das novas tecnologia no setor bancário, para basear o debate dos participantes. “Nossa unidade é fundamental nessa campanha. Vamos construir isso na Conferência."

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Jurídico Nacional da Contraf-CUT realizou sua sexta reunião, nesta quarta-feira (6), na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região para discutir os impactos da reforma trabalhista na Campanha Nacional dos Bancários.

Os mais de 50 presentes, entre diretores, secretários jurídicos e assessorias jurídicas de mais de 25 entidades, debateram temas como a questão da ultratividade, manutenção de direitos, integralidade da Convenção Coletiva de Trabalho e fontes de financiamentos das entidades sindicais, entre outros.

Mauri Sérgio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, enalteceu a importância da análise da atual conjutura política juridíca diante de um governo que impõe tantos retrocessos à classe trabalhadora. “É de fundamental importância que todos os sindicatos e federações se aprofundem no tema para definir a estratégia de enfrentamento para as questões que certamente virão na Campanha Nacional 2018. ”

Gustavo Tabatinga Jr, secretário-geral da Contraf-CUT, concordou com o colega. “É de fundamental importância a grande presença das entidades e seus assessores para podermos agir de forma uníssona na luta pela garantia dos nossos direitos historicamente conquistados, diante dos graves ataques aos trabalhadores. ”

Fonte: Contraf-CUT