Maio 06, 2025
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O Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta quinta-feira (22) com a Federação Nacional dos Bancos, às 14h, no hotel Makssoud Plaza, em São Paulo, para definir o calendário de negociações das mesas específicas em 2019.

Pela manhã, o comando se reuniu na sede da Contraf-CUT para acompanhar uma análise de conjuntura feita por Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência Social do Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira (22), Dia Nacional de Mobilização em defesa da Previdência e da Seguridade Social, a CUT e outras oito centrais sindicais (Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB) realizarão mobilizações em todo o Brasil contra a reforma da Previdência que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), já declarou diversas vezes que pretende tratar como prioridade assim que assumir o cargo em janeiro de 2019. 

Serão realizados protestos, assembleias e panfletagem nos locais de trabalho, diálogo nas ruas com a população e panfletagem em praças públicas e locais de grande circulação. Essa será a primeira manifestação da campanha permanente em defesa da Previdência, lançada no último dia 12 pela CUT e demais centrais sindicais. Um documento com os princípios gerais para a garantia da universalidade e do futuro da Previdência e da Seguridade Social também foi divulgado pelas entidades sindicais (confira aqui).

Proposta de Bolsonaro pior que a de Temer
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a reforma de Bolsonaro é ainda pior do que a proposta feita pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) em 2017 e engavetada em abril do mesmo ano, após pressão dos trabalhadores e trabalhadoras que paralisaram o Brasil na maior greve geral da história do país.

“Bolsonaro quer trazer para o Brasil o modelo de capitalização da previdência que levou milhares de chilenos à miséria. Muitos não conseguiram se aposentar e outros ganham metade do salário mínimo”, diz o presidente da CUT, se referindo ao modelo adotado pelo Chile na década de 1980, a chamada capitalização da Previdência, onde o trabalhador é obrigado a aderir aos chamados fundos de pensão para fazer uma poupança pessoal sem a contribuição dos patrões e do governo.

Saiba mais:
     > No Chile, o modelo de previdência privada falhou, diz trabalhador chileno
     > Modelo de Previdência proposto por Bolsonaro levou idosos do Chile à miséria
     > Assessor de Bolsonaro quer aprovar reforma da Previdência pior do que a de Temer

“Se o trabalhador não contribui por alguns meses por ter ficado muito tempo desempregado, fazendo bicos ou totalmente sem renda, nunca conseguirá se aposentar”, critica Vagner.

“Queremos a Previdência pública. A manutenção do modelo de repartição, onde os trabalhadores que estão na ativa contribuem para que os aposentados, que já contribuíram, recebam o benefício. Nesse modelo tem contribuições dos trabalhadores, empresas e governo e há a garantia de, pelo menos, os benéficos sejam atrelados ao salário mínimo”.

Para isso, diz o presidente da CUT, é fundamental que a classe trabalhadora atenda ao chamado das centrais sindicais e se mobilize em todo o país em defesa das aposentadorias. Segundo Vagner, a defesa do maior patrimônio da classe trabalhadora, que, segundo ele, é a Previdência pública, será a primeira e principal batalha que os trabalhadores e trabalhadoras irão travar com o governo após o processo eleitoral.

“É muito importante a participação dos sindicatos e dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar qualquer proposta que acabe com a nossa aposentadoria, assim como fizemos no ano passado. Por isso, é fundamental a dedicação de todos na realização de assembleias, diálogos, panfletagem e todo o tipo de atividade que tenha o objetivo de esclarecer a população sobre os riscos que a proposta de Bolsonaro representa para as aposentadorias”.

Atividades nos estados
Além de assembleias e panfletagens nos locais de trabalho, confira algumas cidades com atividades públicas programadas:

Bahia (BA) - a partir das 9h, em frente ao Mercado Modelo. Em Salvador, os protestos vão ocorrer no Comércio e na Cidade Baixa, além da Região Metropolitana e outras cidades do interior do estado.

Ceará (CE) - a partir das 8h, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (Rua 24 de Maio, 176, centro).

Mato Grosso do Sul (MS) - a partir das 9h, em frente à sede da Delegacia Regional do Trabalho (DRT).

Paraná (PR) - Em Curitiba, das 11h às 14h, um ato público será realizado na Esquina da Democracia, no calçadão da Rua XV de Novembro com a Rua Monsenhor Celso

Pernambuco (PE) - a partir das 8h, em frente à sede da antiga DRT, na Av. Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro.

Rio Grande do Sul (RS) - a partir das 7h30, panfletagem do jornal das centrais no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAF), em Porto Alegre.

Sergipe (SE) - Em Aracaju, a partir das 8h, o ato será no calçadão da João Pessoa/Geru.

São Paulo (SP) – Em Osasco, haverá panfletagem pela manhã na estação de trem de Osasco. Às 12h, panfletagem no Bradesco da Cidade de Deus e a tarde a panfletagem será em alguns semáforos de Osasco.

- Em Rio Preto, a panfletagem será no Terminal Urbano a partir das 17 horas, com carro de som

- No centro de Bauru, haverá panfletagem com concentração às 8h, na Rua Azarias Leite, 70-75

Fonte: CUT

O presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, afirmou, nesta terça-feira (20), que pretende fechar 150 agências ainda em 2018 e mais 150 em 2019. Lazari disse que o Bradesco espera que seu banco digital alcance o ponto de equilíbrio até junho. O banco apenas digital tem 500 mil clientes, uma fração dos 24 milhões de correntistas do Bradesco.

A declaração acontece poucos dias depois do banco ter anunciado um lucro de R$ 15,7 bilhões nos noves primeiros meses de 2018, um crescimento de 11,1%, em relação ao mesmo período de 2017 e de 6,0% na comparação ao trimestre anterior. Em doze meses, já foram fechadas 193 agências e 35 postos de atendimento (PA).

“Nós queremos saber quais agências serão fechadas e como os funcionários de cada uma delas será realocado. Este é um processo que precisa ser discutido com a representação dos bancários, pois influencia na vida de muitos trabalhadores”, questionou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Bradesco.

Magaly afirma que a cláusula 54 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do bancários, de realocação e requalificação profissional, está pautada com o banco com o objetivo de que o Bradesco faça adesão à presente cláusula, que trata de situações específicas decorrentes de reestruturações organizacionais.

O tema será uma das pautas da reunião entre a COE Bradesco e a direção do banco, marcada para o dia 11 de dezembro.

Fonte: Contraf-CUT

Os lucros dos cinco maiores bancos do Brasil: Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Caixa e Banco do Brasil, somados, atingiu R$ 65,1 bilhões, nos 9 primeiros meses de 2018, com crescimento de 20,4% em doze meses. A rentabilidade variou entre 13,4% (Banco do Brasil) e 21,7% (Itaú Unibanco), portanto, seguem elevados a lucratividade e o retorno desses bancos, independente do cenário econômico em que o país se encontre.

Seus ativos somados totalizaram R$ 6,4 trilhões, com alta média de 6,3% em relação a setembro de 2017. A carteira de crédito total dos cinco bancos juntos atingiu R$ 2,9 trilhões, com alta de 4,8% no período. No segmento de pessoa física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados, financiamento imobiliário e cartão de crédito. Para pessoa jurídica, os destaques foram as carteiras de comércio exterior e veículos. A inadimplência, para atrasos acima de 90 dias, segue estável e relativamente baixa, entre 2,4% (Caixa) e 3,6% (Bradesco). Dessa forma, observou-se significativas quedas nas despesas com Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), exceto para o Santander, onde cresceram 5,3% e, função do crescimento de sua carteira (de 13,1%).

As quedas consecutivas da taxa Selic proporcionaram aos bancos reduções das despesas com captação de recursos no mercado (exceto Itaú, onde o montante ficou relativamente estável). Os cinco bancos juntos gastaram R$ 54,4 bilhões a menos com captação em doze meses. Por outro lado, as quedas na taxa básica de juros reduziram, em parte, os ganhos com TVM (Títulos e Valores Mobiliários), o que não vem se verificando no Banco Santander (onde houve crescimento dessa conta, de 15,8%).

Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas e, até setembro de 2018, já arrecadaram um total de R$ 99,8 bilhões nesse item. Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, ainda, o pagamento da PLR. A cobertura das despesas de pessoal pela receita de prestação de serviços e tarifas variou entre 115,7% (Caixa) e 181% (Santander).

Entretanto, a despeito de todos esses elementos, a conta que vem chamando a atenção é a de resultado com imposto de renda e contribuição social. De janeiro a setembro de 2018, com exceção da Caixa, os demais grandes bancos apresentaram queda em seus resultados operacionais e o crescimento dos lucros veio, principalmente do resultado com essas tributações. Juntos, Bradesco, Santander e Itaú, gastaram R$ 16,9 bilhões a menos essa tributação. Parte dessa economia se deve a entrada de créditos tributários a que tinham direito. 

Com relação aos postos de trabalho, em função de incorporações (das operações do Citibank no país, pelo Itaú e de empregados de empresas de TI, antes terceirizados, pelo Santander) o saldo nesses bancos foi positivo: 4.669 no Itaú e 1.102 no Santander. No Itaú, o saldo deve-se, também, a contratação de pessoal para a área de TI e de Seguros. No Bradesco, em função, ainda do PDVE implementado em 2017, o saldo segue negativo em 2.529 postos de trabalho, contudo, em comparação ao trimestre anterior, foram abertos 476 novos postos no terceiro trimestre. Na Caixa, o saldo foi negativo em 1.352 postos e o Banco do Brasil, por sua vez, fechou 2.073 postos de trabalho em doze meses.

Quanto à rede de agências, Santander e Itaú apresentaram saldo positivo, ainda que baixo: 8 agências físicas abertas no Itaú (e mais 17 agências digitais) e 21, no Santander. No Bradesco, o saldo foi negativo em 193 agências, no período.  A Caixa fechou 36 agências, enquanto Banco do Brasil, por sua vez, fechou 106 agências.

Fonte: Contraf-CUT

O Banrisul lucrou R$ 796,1 milhões, nos nove primeiros meses de 2018, com alta de 48,4% em relação ao mesmo período de 2017 e de 10,8% no trimestre. Assim, o retorno sobre o Patrimônio Líquido do banco (ROE) foi de 15,1%, com aumento de 3,0 p.p. em doze meses. Em contrapartida, a rede de agências e de postos de atendimento foi reduzida em 12 e 34 unidades, respectivamente.

Clique aqui para ver os destaques do Dieese.

De acordo com o relatório do banco, o resultado reflete a expansão da margem financeira, redução das despesas de PDD, aumento das receitas de prestação de serviços e tarifas, acréscimo de despesas administrativas recorrentes e uma trajetória desfavorável das outras despesas/receitas operacionais.

Os ativos totais cresceram 6,3% em doze meses, totalizando R$ 75,8 bilhões. O patrimônio líquido também expandiu em 7,7% no período, alcançando R$ 7,3 bilhões. A carteira de crédito total apresentou crescimento de 4,1% no período, totalizando a R$ 31,7 bilhões (porém, houve queda no trimestre de 0,8%). A carteira comercial representou 71,4% do total, somando R$ 22,7 bilhões, com alta de 6,0% em doze meses. Dessa carteira, as operações com pessoa física cresceram 13,4%, atingindo R$ 16,7 bilhões, enquanto as voltadas para pessoa jurídica tiveram queda de 10,5%, totalizando R$ 5,9 bilhões. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,91% (com redução de 1,39 p.p. no período). Diante disso, as despesas com crédito de liquidação duvidosa foram reduzidas em 23,9%, totalizando R$ 830,2 milhões.

As despesas com pessoal, acrescidas da PLR caíram 0,2% em doze meses, atingindo perto de R$ 1,6 bilhão, enquanto as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias cresceram 9,3% e totalizaram R$ 1,4 bilhão. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de prestação de serviços e tarifas (receitas secundárias do banco) foi de 81,87%, no período.

Ao final do 3º trimestre de 2018, a Instituição contava com um quadro de 10.732 empregados, com abertura de 141 postos de trabalho em doze meses.

Fonte: Contraf-CUT

A cada dez feminicídios cometidos em 23 países da América Latina e Caribe em 2017, quatro ocorreram no Brasil. Segundo informações da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), ao menos 2.795 mulheres foram assassinadas no continente, no ano passado, em crimes motivados pela identidade de gênero. Desse total, 1.133 foram registrados no Brasil.

O levantamento também ranqueia os países a partir de um cálculo de proporção. Nessa perspectiva, quem lidera a lista é El Salvador, que apresenta uma taxa de 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres, destacada pela Cepal como "sem paralelo" na comparação com o índice dos demais países da região.

Em seguida aparecem Honduras (5,8), Guatemala (2,6) e República Dominicana (2,2) e, nas últimas posições, exibindo as melhores taxas, Panamá (0,9), Venezuela (0,8) e Peru (0,7).

Totalizando um índice de 1,1 feminicídio a cada 100 mil mulheres, o Brasil encontra-se empatado com a Argentina e a Costa Rica.

Colômbia (0,6) e Chile (0,5) também apresentam índices baixos, mas têm uma peculiaridade, que é contabilizarem somente os casos de feminicídio cometidos por parceiros ou ex-parceiros das vítimas – chamado de feminicídio íntimo.

Muitas violências

Veiculado a poucos dias do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher – no próximo domingo (25) – o comunicado da Cepal também assinala como um dos principais desafios para se abordar corretamente o tema a compreensão de que todas as formas de violência que afetam as mulheres estão determinadas, para além de sua condição sexual e de gênero, por diferenças econômicas, etárias, raciais, culturais, de religião e de outros tipos.

Na avaliação da comissão, esse discernimento permitiria que as políticas públicas considerassem a diversidade das mulheres e as diversas formas de violência direcionada a essa parcela da população.

Segundo o Instituto Patrícia Galvão, as diretrizes que norteiam as classificações aplicadas na América Latina para se tratar de feminicídio abarcam a diversidade de contextos dessas mortes. Embora distintas, as 13 linhas revelam que o desprezo ou a discriminação da vítima devido à sua "condição de mulher" são componentes constantes em todas ocorrências.

São relacionados, por exemplo, além do feminicídio íntimo, o feminicídio sexual sistêmico, em que a vítima também é sequestrada e estuprada, e o feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, configurado quando a vítima é bissexual ou lésbica e é assassinada porque o agressor entende que deve puni-la por sua orientação sexual.

Adequação das leis

Ao divulgar relatório, na quinta-feira (15), a Cepal ressaltou que a gravidade do feminicídio já fez com que 18 países latino-americanos tenham modificado suas leis para que o crime seja assim tipificado, o que implica no agravamento da pena.

Os países que já promoveram essa alteração em sua legislação foram os seguintes: Costa Rica (2007), Guatemala (2008), Chile (2010), El Salvador (2010), Argentina, México (2012), Nicarágua (2012), Bolívia (2013), Honduras (2013), Panamá (2013), Peru (2013), Equador (2014), República Dominicana (2014), Venezuela (2014), Paraguay (2016) e Uruguai (2017).

No Brasil, a caracterização desse tipo de crime foi detalhada em 2015, com a lei 13.104, que classificou o feminicídio como crime hediondo.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Em vídeo publicado na TV247, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, chama atenção para a influência do racismo no mercado de trabalho. O depoimento da dirigente sindical é parte das atividades daquele sindicato pelo Mês da Consciência Negra. "Um mês de luta, de debates para realmente pensarmos como a questão do racismo pode ser percebida no mercado de trabalho e na vida."

Logo no início do vídeo, Ivone questiona o internauta sobre como pode ser percebida a discriminação racial nos locais de trabalho e, exibindo dados do IBGE , mostra que a população negra é a mais penalizada pela crise econômica e seus impactos sobre os empregos.

"A população negra é que enfrenta os maiores índices de desemprego em todas as regiões do país. E entre a população negra ainda temos o recorte de gênero, que são as mulheres (negras e empregadas), que ganham menos ainda que os homens negros (empregados). Dos 13 milhões de desempregados no Brasil, 64% pertencem à população negra", diz Ivone.

Ela dá um exemplo prático de se perceber sinais de racismo nos locais de trabalho, citando seu setor, a categoria bancária: "muitas vezes você vai numa agência bancária e você não acha um negro dentro da agência. Ou, se achar, ele não vai estar nos cargos dos melhores salários."

Ela afirma que mesmo na Bahia, em que 70% da população é de afrodescendentes, é raro encontrar trabalhadores negros nas agências dos bancos privados. E lembra que é maior a presença de negros e negras em bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa e Banco do Nordeste, porque estes promovem concursos para a admissão de trabalhadores, o que reduz a seleção baseada na cor da pele.

"Essa é nossa grande discussão com todos os patrões: como é que nós vamos fazer para inserir essa população negra no mercado de trabalho e, dentro do mercado de trabalho, que se faça a disputa nos cargos de melhores salários também. Por isso a nossa luta, na categoria bancária, na metalúrgica, dos professores, ou seja, em todas as categorias que defendem os seus trabalhadores, é também contra a discriminação de raça,"

Ivone finaliza lembrando a importância de os trabalhadores fortalecerem seus sindicatos e que estes, por sua vez, devem promover a presença de dirigentes negros em seus quadros. "A nossa luta também é que o movimento sindical tenha mais negros."

O vídeo é encerrado com a líder bancária fazendo um chamamento pelo combate ao preconceito e ao racismo em todos os níveis. "Olhe à sua volta e combata a discriminação racial, seja na sua casa, no seu trabalho, na condução, ou seja, onde você estiver. Nós aqui, no movimento sindical e nós, trabalhadores, estamos lutando para que realmente tenhamos um mundo sem discriminação racial."
 

Clique aqui e assista ao vídeo. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A crise econômica, política e social no Brasil, agravada pelo golpe de 2016, atingiu mais fortemente os trabalhadores e trabalhadoras negros, aumentando ainda mais a histórica desigualdade racial no mercado de trabalho do país, como mostra pesquisa divulgada na quarta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2012, do total de 7,6 milhões de pessoas desempregadas no país, 59,1% eram negros e negras (48,9% pardos e 10,2% pretos, como denomina o IBGE) e 40,2% eram brancos.

No terceiro trimestre deste ano, o número de desempregados subiu para 12,5 milhões. Deste total, 64,2% eram negros e negras (52,2% pardos e 12% pretos). Já a participação dos brancos nesse contingente de desocupados reduziu para 34,7%.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos no terceiro trimestre de 2018 foi de 9,4%. Já a taxa dos pardos e pretos foi de 14,6% e 13,8%, respectivamente, superiores à taxa nacional de 11,9%.

No terceiro trimestre de 2018, os pardos e pretos passaram a representar 56,3% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,5%).

Fonte: CUT Nacional

"Quando a gente vê um governo que ganha uma eleição a base de uma falsa ‘segurança pública’ que não é para todos, mas para poucos, e dizer que é legítimo matar, ficamos assustados, mas, ao mesmo tempo, a gente não tem  que se assustar, temos que enfrentar." A afirmação de Débora Silva, fundadora do movimento Mães de Maio, tem relação direta com discursos de campanhas como as de Jair Bolsonaro e João Doria, eleitos presidente da República e governador de São Paulo.  defende a fundadora em entrevista à repórter Michelle Gomes, 

Débora foi ouvida pela repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, da TVT,  durante evento promovido pelo Sesc Parque Dom Pedro II e a Ponte Jornalismo, dentro do projeto Consciência Negra, Presença e Resistências. Para Débora, o atual drama social que coloca a população negra como a que mais morre e que mais está encarcerada, poderá ser agravado.

Segundo dados do Atlas da Violência, entre 2006 e 2016, a taxa de homicídios de negros aumentou 23,1%, enquanto a de brancos diminuiu 6,8%. A população negra também representa 71,5% das vítimas de assassinatos e nos presídios brasileiros, de acordo com dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), são 64% dos encarcerados. Para a advogada e palestrante Dina Alves, esta realidade decorre de uma "falsa abolição no país".

"Por trás de tudo isso, dos números, do encarceramento e das mortes, está a presença persistente do racismo estrutural nas relações dos agentes de segurança pública e dos operadores do direito", afirma a advogada.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Proclamação da República, celebrada neste 15 de novembro, foi um movimento alheio à participação popular, sem envolvimento social e articulado por alguns setores da elite em conjunto com setores militares. Quem explica é o professor de Ciências Econômicas Ramatis Jacino, da Universidade Federal do ABC (UFABC), para quem foi a disputa de poder entre setores da oligarquia, e não um consenso nacional por um avanço civilizatório, que conduziu a ação capitaneada pelo marechal Deodoro da Fonseca em 1889. 

Em bom português, um golpe civil-militar, como se veria mais adiante em outros momentos da história do Brasil. Havia grupos que se articulavam em torno da monarquia e a mantinham como sistema de governo, e na ocasião surgia fortemente uma nova elite do agronegócio cafeeiro, que criaria o Partido Republicano. "Não havia uma demanda popular para isso."

O movimento se situava num ambiente de mudança na composição econômica do país, que um ano antes, sob a influência inglesa que crescia pleiteando a ampliação de mercados consumidores, havia abolido a escravidão.

Ramatis Jacino é pesquisador do período de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, como os ex-escravizados sobreviviam no novo modelo econômico e como aquela sociedade em construção se comportava em relação aos negros oriundos do cativeiro. A influência daquelas transformações e seus impactos nas relações de raça, gênero e na composição da renda nacional é o foco de seus estudos. 

Nesta entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, Jacino explica que havia uma expectativa desse setor ascendente da elite de "branquear" o país. "Branquear o país significava marginalizar e desescravizar seus descendentes. Daí vem também o movimento de fortalecimento da imigração, combinado com um impedimento (dos desescravizados) de acesso ao estudo, ao trabalho, à terra. Desenrola-se todo um processo de exclusão social dessa população."

Embora o sistema republicano represente, em tese, um avanço civilizatório – que se definiria melhor na metade do século 20, o povão se sentia tão pouco representado pela elite dita republicana que acabava defendendo a monarquia. Grandes movimentos sociais que eclodiram, com em Canudos (BA), com Antônio Conselheiro, e do Contestado (SC), eram monarquistas, diz o professor.

 

Fonte: Rede Brasil Atual