Dezembro 15, 2025
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Em mesa de negociação realizada nesta quarta-feira (16), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e o banco discutiram a atualização do protocolo de prevenção Covid-19.  A reunião específica para a construção de uma proteção mais efetiva para os trabalhadores era uma cobrança dos representantes dos empregados e das entidades, já que as regras não eram revisadas desde julho de 2020 e o número de casos e mortes entre os empregados aumentaram.

Na segunda-feira (14), a direção do banco anunciou alguns reforços, como a testagem em massa dos empregados; a ampliação de orientações internas de prevenção ao contágio e ações de higienização das unidades; acompanhamento emocional e psicológico dos trabalhadores e a manutenção do home office até o dia 30 de setembro.

Essas ações já eram demandas das entidades, algumas sugeridas desde o ano passado. No caso do home office, por exemplo, além de manter esse regime de trabalho, a CCE cobrou a ampliação do grupo de empregados nesta modalidade, já que as novas variantes do vírus podem agravar a doença em pessoas fora do grupo de risco. Embora tenha adotados as medidas, na avaliação dos integrantes da CEE/Caixa, como a aplicação não foi tempestiva, as medidas adotadas agora pelo banco são insuficientes.

Os representantes dos empregados apontaram falhas nas aplicações dos protocolos e cobraram medidas além das anunciadas pela Caixa. A coordenadora da Comissão, Fabiana Uehara Proscholdt, cobrou esclarecimentos sobre o fechamento das agências para higienização, em caso de contaminação de algum empregado ou prestador de serviço. “Devido à falta de objetividade nas orientações, em algumas unidades a limpeza é realizada com empregado dentro da unidade, e isso só ocorre na Caixa”, explicou. “É preciso deixar explícito que a unidade só pode reabrir após a higienização. A orientação deve ser da empresa, pois a responsabilidade pela saúde e segurança de empregados e clientes é dela. Por isso, as determinações no protocolo devem ser inequívocas”.

Além da higienização nos casos de contaminação, a coordenadora chamou atenção para a limpeza diária das agências. No início da pandemia, a Caixa comunicou que as unidades deviriam passar por, pelo menos, seis limpezas diárias. Na live em que anunciou as novas medidas de proteção, o banco informou que vai ampliar essa medida. “Como vai ampliar se nem mesmo o mínimo era cumprido? O banco também precisa esclarecer esta questão”, alertou Fabiana.

Na reunião, os participantes definiram que estão suspensas todas as reuniões presenciais, bem como a visitação de clientes.

Convocação de empregados vacinados e grupos de risco

A Comissão também pediu esclarecimentos sobre denúncias de convocação de empregados vacinados contra a Covid-19 e de grupos de risco para o retorno ao trabalho presencial. A Caixa informou que nenhum gestor está autorizado a fazer esta convocação e não há qualquer determinação da empresa nesse sentido. Mais uma vez, a representação dos empregados cobrou uma comunicação explícita da Caixa. “Cobramos novamente que a direção faça a comunicação de maneira clara, pois orientações dúbias ou omissas representam o pior dos caminhos: pavimentam o caminho para uma tragédia, que é a perda de colegas, e amplia a cadeia de responsabilidades pela perda, que neste caso iria direção do banco até a chefia da unidade, e precisamos evitar isso”, destacou Leonardo Quadros, integrante da CEE/Caixa e presidente da Apcef/SP.

Outra demanda da defendida pela CEE foi a inclusão no protocolo de proibição de ingresso nas unidades de pessoas infectadas pela Covid-19, já que a falta de clareza no protocolo dá margem para que ocorresse este tipo de situação. “A resposta da Caixa na mesa foi de que o ingresso não deve ser permitido, mas isso não está explícito, e este é um exemplo do que a omissão nas orientações feitas pela empresa pode causar. A autorização da entrada, por parte da chefia, de uma unidade de pessoa infectada por Covid-19 é um fato extremamente grave, pois este ato compromete a saúde e segurança de todos que estão no ambiente, e mostra que a empresa não pode se furtar a ter uma orientação formal no sentido de proibir este acesso. A direção não pode achar que se omitindo vai transferir a responsabilidade à chefia das unidades. A verdade é que, atualmente, os gerentes não se sentem amparados pela direção do banco”, disse Edson Heemann, também integrante da Comissão.

Fiscalização dos protocolos

Rogério Campanate, membro da comissão e presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) no Rio de Janeiro, questionou como é feito o monitoramento da Caixa ao cumprimento dos protocolos nas agências. “Precisamos do cumprimento rigoroso dos protocolos para que os colegas possam desempenhar suas atividades com segurança”, disse. Segundo a Caixa, não há ferramenta de monitoramento, e sim um canal de denúncias por meio da ouvidoria. “A empresa acompanha todos os itens considerados estratégicos pela direção. A resposta de que não possui ferramentas para monitorar o cumprimento do protocolo é sintomática”, concluiu Rogério.

Atuação do banco para vacinação dos bancários

A comissão pediu à direção do banco uma atuação mais efetiva da empresa junto ao Poder Público para que os empregados sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19. A Caixa elogiou a iniciativa das entidades em busca da vacinação da categoria, mas se limitou a responder que o apoio da Caixa ocorre no âmbito da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). “Entendemos que deveria existir um envolvimento maior do presidente da Caixa para buscar apoio na vacinação, a exemplo da atitude do Banco do Brasil, que sinalizou empenho pela inclusão da categoria na prioridade da imunização”, ressaltou Jorge Furlan, membro da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC Paulista.

Testagem dos empregados

Os integrantes da CEE solicitaram o compartilhamento do resultado das testagens com os representantes dos empregados, com o objetivo de avaliar a necessidade de novas medidas de proteção. A representação do banco se negou, alegando que as informações estão sujeitas ao sigilo médico.

Aquisição de equipamentos e máscaras adequadas

O fornecimento de máscaras adequadas (N95, PFF2, tripla cirúrgica) para os empregados foi uma das reivindicações da CEE. Os integrantes pediram informações sobre os valores disponibilizados às unidades para aquisição destes e de outros equipamentos de proteção. Em resposta, a Caixa informou que não identificou a necessidade de complementar o valor e que a quantia depende da composição das unidades, sem detalhar a evolução da verba. Muitos empregados reclamam da insuficiência do recurso para aquisição das máscaras. “É importante ressaltar que o fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é responsabilidade do empregador e os empregados devem utilizá-lo. Caso a unidade não esteja com os equipamentos adequados, o empregado deve entrar em contato com o sindicato local, para que seja exigido o equipamento”, destacou Carlos Augusto Silva (Pipoca), diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e integrante da CEE/Caixa.

Vacinação H1N1

A comissão solicitou a prorrogação do prazo para reembolso da vacinação contra a gripe, que termina no dia 30 de junho. A Caixa informou que vai estudar a ampliação do prazo. Os representantes também cobraram detalhamento do cronograma de vacinação nas unidades Caixa e nos estabelecimentos dos fornecedores contratados para que as entidades possam reforçar a divulgação para os empregados. Os representantes dos empregados também cobraram a inclusão dos aposentados na campanha de vacinação, ou a realização de campanha específica para este público, o que traria benefícios para a saúde dos aposentados e contribuiria para reduzir os custos do plano de saúde. A direção do banco disse que iria avaliar a demanda.

Na avaliação da CEE/Caixa, algumas sugestões e questionamentos não foram esclarecidos ou não foram respondidos pelo banco. A Comissão vai solicitar as respostas, por escrito, de todos os tópicos abordados na mesa de negociação. “A comunicação da Caixa não chega aos empregados. Em vez de reforçar a prevenção, atua em casos específicos e deseja punir os colegas que não seguem os protocolos. Nosso debate não é esse, mas, sim, proteger os trabalhadores, de maneira geral”, finalizou a coordenadora da CCE.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, o trabalho da Comissão e das entidades é garantir o direito dos empregados e conferir o rigoroso cumprimento dos protocolos para a proteção dos trabalhadores. “É importante que todas as dúvidas sejam devidamente esclarecidas pela direção do banco. Os empregados precisam de uma comunicação muito clara para que se sintam protegidos para desempenhar suas atividades”, informou Takemoto.

Fonte: Fenae

“Felicidade foi embora”, verso de uma canção popular, é uma frase incluída em pesquisa divulgado pela Fundação Getulio Vargas intitulada Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia. Os dados mostram que o Brasil está longe do bem-estar e da felicidade, com “um grande salto de desigualdade” e queda do rendimento, pela primeira vez abaixo de R$ 1.000. O estudo da FGV mostra ainda crescimento da raiva entre os sentimentos da população. De 2019 para 2020, por exemplo, a “sensação de raiva” cresceu de 19% para 24% das pessoas. Foi um crescimento de cinco pontos percentuais, enquanto no mundo essa alta foi de 0,8 ponto, para 20%.

Mais estresse, menos divertimento

De acordo com a pesquisa, também aumentam os níveis de preocupação em relação aos demais países (diferença 3,6 pontos, para 62%), estresse (2,9, para 47%) e tristeza (2,2, para 31%). E cai o de divertimento (menos 6,8 pontos, para 66%). “Em suma, todos indicadores subjetivos cotidianos de bem estar considerados pioraram mais no Brasil na pandemia que a média dos 40 demais países”, diz ainda a fundação. Na questão da desigualdade, houve acréscimo de três centésimos ao que a FGV chama de índice de Gini trabalhista, que foi a 0,674 no primeiro trimestre. Recorde na série histórica. Quanto mais perto de 1, maior a desigualdade.

Renda no menor nível

Se no primeiro trimestre do ano passado a renda média alcançou um topo de R$ 1.122, em menos de um ano registrou queda de 11,3%. Chegou a R$ 995, nível mais baixo da série histórica. A queda para a da metade mais pobre foi quase duas vezes maior. Também no início de 2020, o chamado “bem-estar trabalhista” mantinha-se em “empate técnico” com o início da série histórica, em 2012. Assim, segundo o estudo da FGV, “não houve progresso social líquido nesta década”. Mas agora o bem-estar caiu para 19,4%, igualmente no menor nível histórico.

Fonte: Rede Brasil Atual

Antes de falar da crise aprofundada pela pandemia, gostaria de voltar um pouco antes, em 2015, quando o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que regulamenta nosso sistema, tentou discutir e trabalhar com a resolução nº 30. O foco era permitir que os fundos de pensão se adaptassem a um novo patamar de investimentos. Atualmente, 80% dos investimentos das nossas fundações estão em títulos públicos federais. Como os juros no Brasil sempre foram absurdamente altos, o sistema se acostumou a rentabilizar a partir desses papéis.

Mas, já estava claro, desde 2012, 2013, que a taxa de remuneração desses títulos estaria decrescendo ao longo do tempo e gostaria de frisar esse “ao longo do tempo”, pois os fundos de pensão fazem investimentos de longo prazo, apesar de a visão dos atores do sistema (participantes, patrocinadoras e órgãos de regulação) ser de um imediatismo irracional para quem trabalha com previdência. A ideia da resolução era dar o tempo necessário às fundações para se adaptarem e buscarem a rentabilidade em outros ativos que não os títulos públicos federais, redirecionando os investimentos para a área produtiva.

Lamentavelmente, o que vimos depois de 2015 foi uma crise política que alimentou uma crise econômica, que aprofundou ainda mais a crise política, agravando a situação, inclusive com a criminalização de dirigentes e de certas modalidades de investimentos, como os fundos de investimentos e participações, os FIP, deixando os gestores em pânico – em vez de investirem com mais risco, preferiram continuar na segurança dos títulos públicos, ainda que eles não remunerem de forma adequada para garantir os compromissos dos nossos planos.

Presente conturbado

Chegamos a 2020 com esse cenário e o que vemos agora? Aumento do passivo dos planos de benefício definido (BD), a rentabilidade patinando, sem conseguir responder ao aumento do passivo, taxa Selic baixa, juros reais da economia praticamente negativos, e os fundos de pensão sem conseguir redirecionar os investimentos para a economia real.

Na crise instalada em 2020, do ponto de vista das patrocinadoras, temos a crise econômica que impacta fortemente as empresas, que afirmam ter dificuldade em honrar os compromissos com as fundações. Muitas começam a se apropriar do saldo não resgatado para pagamento de contribuição normal nos planos de contribuição definida e variável (CD e CV), além da política de privatização das estatais e de redução dos custos “pós-emprego”, pois no Brasil previdência é encarada como despesa.

Em vez de discutirem como fazer para o país voltar a crescer, as empresas passam a discutir como transferir o ônus da crise para os participantes, o elo mais fraco do sistema, desrespeitando contratos de 20, 30 anos, e com o aval do órgão fiscalizador e do judiciário.

Do ponto de vista dos participantes e assistidos, as consequências imediatas das demissões e da falta de apoio do governo significam a perda da rentabilidade dos planos vitalícios, pressão para retirada de patrocínio e extinção dos planos BD, além do fato de se tornarem, muitas vezes, a única fonte de renda familiar. E os planos BD estão criminalizados porque é aí onde estão os tais custos “pós trabalho”.

O Estado, que deveria agir para defender os participantes, não cumpre com o seu papel, chancelando a transferência da conta para os participantes, sendo conivente com o desrespeito ao arcabouço regulatório do sistema. Isso também faz parte do que chamo de racionalidade neoliberal.

Consequências

Em 2020, a Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar) apresentou propostas para enfrentar a crise da covid-19, que sequer chegaram a ser analisadas, assim como outras que estavam na pauta do CNPC. Apenas aprovaram alteração de prazos para envio de documentos à CNPC. O argumento para a inércia e omissão foi que a pandemia se resolveria até o fim daquele ano. As consequências estão aí, nos balanços de 2020.

Mas, e o futuro? Apesar do cenário, acredito que haja, sim, um futuro e ele depende de nós para ser bom ou ruim. Apenas com outra visão de sociedade conseguiremos sair deste atoleiro em que nos encontramos. O problema, no Brasil, não é a crise da covid-19, que, mesmo difícil, não era para nos deixar passando por tantas agruras. A visão de sociedade e o projeto de nação em vigor potencializam os estragos da pandemia. É uma visão ultraliberal de sociedade, que trabalha o tempo todo em favor de uma minoria, em detrimento de uma maioria.

Este é o pano de fundo. A Anapar tem um projeto de sociedade e de sistema que não é o que está posto. O que foi implantado em 2016 é um projeto que visa concentrar renda na parcela mais rica da sociedade, com o congelamento dos investimentos em saúde, educação, seguridade social por 20 anos. Depois, com a reforma trabalhista, que flexibilizou direitos e retirou financiamento da previdência.

Na sequência, uma reforma da previdência que retirou direitos e – muita gente não percebeu – abriu a possibilidade para os bancos e seguradoras administrarem os recursos dos fundos de pensão, acabando assim com a previdência complementar fechada sem fins lucrativos, que somos nós. Além disso, abriu caminho para privatizar 100% da previdência pública. É isso o que está colocado na Emenda Constitucional 103/2019.

Outra sociedade

Mas, não adianta consertar as consequências desses ataques aos nossos direitos adquiridos – fim dos planos BD, transferência do risco para os participantes, falta de planejamento estratégico de futuro, desrespeito ao marco regulatório da previdência complementar e aos contratos – se essa visão de superestrutura não for resolvida, construindo uma nova visão de sociedade, recuperando a solidariedade, o sentido de bem comum, de cooperação, não permitindo a pobreza obscena que temos neste país.

Nossa tarefa, como participantes e assistidos de fundos de pensão, é lutar pela revisão do marco regulatório, pela proteção dos nossos direitos já adquiridos e do cumprimento dos contratos, pela construção de um novo modelo com visão previdenciária e com possibilidade de investimentos de longo prazo, na economia real, em infraestrutura, contribuindo também para a reconstrução do país. Temos que brigar muito para perder pouco, resistir e trabalhar para construir um outro futuro.

Cláudia Ricaldoni é diretora da Anapar e membro do Conselho Deliberativo da Forluz

Fonte: Rede Brasil Atual

O relatório apresentado pela consultoria atuarial que assessora os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa apontou inconsistências nos dados fornecidos pela Caixa para a elaboração das projeções de despesas do plano. As despesas projetadas pela consultoria divergem das apresentadas pela Caixa ao Conselho de Usuários e ao GT. A consultoria dos representantes dos empregados ainda apresentou recomendações, que incluem a melhoria da gestão do plano, que contribuiria para suavizar aumentos de custos no plano sem comprometer sua qualidade.

Os representantes da consultoria atuarial contratada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apresentaram uma parte do relatório de avaliação do Saúde Caixa. Entretanto, eles deixaram claro que não tiveram dados suficientes para fazer o trabalho. Por isso, não seria possível comparar os trabalhos da empresa contratada pela Contraf-CUT com a empresa contratada pela Caixa, que teve acesso a muitos mais dados.

“O modelo de custeio do Saúde Caixa presente desde 2004, que prevê a divisão de custos em 70% para a empresa e 30% para os empregados, torna o plano financeiramente viável para os empregados. Hoje, infelizmente, além de restrições que a gestão do banco pretende introduzir, limitando sua contribuição para o custeio do plano, os empregados estão sofrendo com o alto número de descredenciamentos, que tem reduzido coberturas e diminuindo a qualidade do plano” explica o membro do GT, Leonardo Quadros.

“Há muito tempo o Conselho de Usuários aponta a importância de aperfeiçoamento da governança e gestão do plano, e o relatório da consultoria reafirmou a necessidade. Além disso, apontamos outros problemas, como o grau de insatisfação dos usuários com o App do Saúde Caixa, ponto reconhecido pela empresa, que agora está realizando uma pesquisa junto aos aposentados para avaliar o aplicativo” ressalta a conselheira de usuários do Saúde Caixa e membro do GT, Marilde Zarpellon.

As reuniões do GT começaram no dia 14 de janeiro deste ano. Nos meses de abril e maio, o trabalho foi concentrado na análise de dados do plano. Conforme o acordo coletivo 2020/2022, o GT Saúde Caixa foi criado para estudar o custeio e gestão do plano de saúde dos empregados. O grupo paritário, composto por representantes dos empregados e da Caixa, deve apresentar um formato de custeio e gestão do plano até o dia 31 de julho de 2021.

Posteriormente, as propostas serão encaminhadas para debate na mesa permanente. A (s) melhor (es) proposta (s) será encaminhada aos empregados para votação até 31 de agosto de 2021. A mais votada será implementada até 2 de janeiro de 2022.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários realizará entre 18 de junho e 2 de agosto a segunda pesquisa sobre home office da categoria. As respostas serão compiladas e analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e os resultados serão apresentados durante a 23ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada nos dias 3 e 4 de setembro.

“Em julho do ano passado, quando foi realizada a primeira pesquisa, fazia pouco tempo que quase a metade da categoria tinha ido para o home office. Os dados foram fundamentais para entender quais questões deveriam ser levadas para a mesa de negociação e melhorar as condições de trabalho dos bancários em home office”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários. “Temos que verificar os efeitos deste período mais longo de trabalho em casa sobre a categoria”, completou.

“Nesta segunda pesquisa vamos avaliar a evolução da situação desses trabalhadores, verificar se houve aumento dos problemas de saúde após tanto tempo de trabalho em casa, e analisar novos temas, que foram incluídos na pesquisa”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT. “Com os resultados em mãos será possível compará-los para seguirmos subsidiando a ação sindical voltada a este novo segmento que se abriu com a pandemia”, completou.

Para responder

Para garantir a apuração de acordo com a composição estatística da categoria em cada base sindical, o link da pesquisa não será divulgado ao público em geral. Será enviado pelos sindicatos apenas aos bancários que estão em trabalho home office, ou que já trabalharam neste formato. Caso algum bancário faça parte deste público e não receba o link, deve entrar em contato com seu sindicato para solicitar o envio pelo meio que preferir (Whatsapp, Telegram, SMS, e-mail e/ou outros).

A Contraf-CUT enviará às entidades sindicais as orientações sobre a realização da pesquisa até quinta-feira (17) para que os sindicatos comecem a contatar a categoria a partir de sexta-feira (18) para a aplicação do questionário.

Fonte: Contraf-CUT

O número de bancários desligados de seus empregos por morte chegou a 152 entre os meses de janeiro e março deste ano. Foram 50 óbitos por mês, em média, e um aumento de 176% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Para as entidades sindicais que representam os bancários, os números demonstram o efeito da pandemia de Covid-19 sobre os trabalhadores do setor e dão a dimensão da urgência da inclusão da categoria entre os grupos prioritários para a vacinação.

O assunto foi discutido nesta sexta-feira (11) com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em uma reunião fechada na sede da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em São Paulo (SP).

Entre os representantes do setor financeiro estavam Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central e atual presidente do conselho de administração do Credite Suisse, Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, Roberto Sallouti, presidente do BTG, José Berrenguer, presidente do banco XP, entre outros.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acompanhou Queiroga ao encontro. Devido à reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) marcada para os dias 15 e 16 de junho, o titular do BC já estava no chamado período de silêncio e não fez projeções econômicas. Em uma breve fala defendeu a importância da vacinação para a retomada, mas também destacou o papel do crédito para a recuperação da economia no pós-Covid.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), representante da base do governo no Congresso, também participou do café da manhã como integrante da comitiva de Queiroga. Ela defendeu a necessidade de se recuperar o otimismo.

Do ministro Queiroga, bancários e banqueiros ouviram apenas que a decisão de antecipar a vacinação das categorias não cabe a ele, mas à equipe técnica do PNI (Programa Nacional de Imunizações). O número 1 da Saúde disse aos presentes que o pedido será encaminhado aos técnicos do ministério.

"Todas as recomendações para ampliar o acesso à vacina são justas. Elas têm que ser analisadas do ponto de vista técnico. Pedi isso às lideranças sindicais e da Febraban e vamos submeter à câmara técnica do programa nacional para que esse grupo possa ser incluído. Não é um ato discricionário do ministro", afirmou.

Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter dito que Queiroga preparava um parecer para dispensar pessoas vacinadas ou que já tenham sido contaminadas de usar máscaras, o ministro da Saúde defendeu o equipamento de proteção para representantes do setor financeiro -e defendeu também o presidente da República.

"É uma das recomendações para o controle do vírus, né? Na verdade, nós precisamos convencer a população brasileira acerca da importância das medidas não farmacológicas", disse durante o encontro, segundo relatos.

"Não só máscara, como também distanciamento, higienização das mãos, fazer um amplo programa de testagens para que possamos identificar os casos contaminados e seus contatos e essas pessoas ficarem isoladas. Permitir que haja a compatibilidade entre a assistência à saúde e a economia."

Segundo Queiroga, Bolsonaro solicitou um estudo sobre o assunto pois tem acompanhado o que vem acontecendo em outros países, onde, com a imunização mais avançada, o uso de máscara começa a ser flexibilizado.

"É preciso fazer uma revisão sistemática da literatura, para verificar o que há com relação a esse ponto. É preciso que acompanhemos através do nosso programa de testagens. É nesse sentido que o presidente se manifesta. Ele é um ótimo comunicador e tem essa capacidade de suscitar assuntos de interesse", afirmou. O ministro disse ainda que Bolsonaro com frequência demanda a pasta "acerca do estímulo às pesquisas."

"Às vezes, aquilo que parece uma negação, na realidade é uma homenagem à ciência", disse.

O ministro da Saúde também apresentou um breve balanço do andamento da vacinação. Falou ainda do plano de testagem em massa, por meio do qual o governo federal espera reduzir o tempo de diagnóstico e o período de transmissão do vírus por pessoas contaminadas.

O programa deve incluir, segundo disse o ministro na reunião, busca ativa em empresas e locais de grande circulação, como escolas e aeroportos, para identificar casos assintomáticos, testagem de casos suspeitos ou sintomáticos e coleta de amostras para monitorar a transmissão.

O plano de operacionalização da vacinação contra a Covid-19 prevê 29 grupos prioritários para a imunização, que somam 77,279 milhões de pessoas. Por enquadramento profissional, estão nesta lista trabalhadores da educação, do transporte coletivo, caminheiros, portuários e industriais, além de metroviários e ferroviários.

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) já vinha tentando uma reunião com o ministro da Saúde para pleitear o reconhecimento de prioridade, mas as tratativas não andaram. O pedido já tinha sido feito na gestão anterior, de Eduardo Pazuello.

O encontro desta sexta foi organizado pela federação dos bancos. Os representantes sindicais conseguiram falar com o ministro da Saúde antes da reunião com os banqueiros.

"Nunca deixamos de cobrar a vacinação para todos, mas queremos que o ministério olhe os critérios técnicos, de que os bancários estão morrendo, apesar de muitos estarem no trabalho remoto", diz Juvandia Moreira, presidente da Contraf-CUT.

O ofício entregue ao ministro traz um parecer médico apontando as agências bancárias como potenciais vetores de contaminação, devido à baixa renovação do ar. "Não tem ventilação, mas também não temos como cobrar portas abertas, pois isso reduz a segurança e expõe vigilantes e funcionários", afirma a representante da Contraf-CUT.

A antecipação da vacinação agrada às instituições financeiras.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, disse ao ministro que os bancários estão na linha de frente do atendimento às populações mais vulneráveis, como no pagamento de benefícios assistenciais.

Segundo ele, as agências bancárias têm atendido de 11 a 12 milhões de pessoas por mês durante a pandemia. Antes da crise sanitária, os atendimentos chegavam a 35 milhões.

Em nota, a Febraban diz entender como oportuno o ingresso dos bancários na relação de trabalhadores a serem vacinados. "Eles estão, desde o início da pandemia, na linha de frente do atendimento ao cidadão, particularmente dos mais vulneráveis que não têm acesso aos serviços remotos", afirma.

Os números de desligamentos por mortes, computados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a partir de dados do novo Caged, não detalham a causa dos óbitos. Para os dirigentes sindicais, é possível deduzir que o avanço nas mortes tenha relação com a crise sanitária.

"Pudemos mostrar ao ministro que a categoria bancária se notabiliza pela grande exposição aos riscos de contágio nas agências e que já foram registrados inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria", diz Ivone Silva, do sindicato paulista, em nota.

No ofício entregue ao ministro da Saúde, os bancários dizem que há, no dia a dia do trabalho, muita concentração de clientes em ambientes internos.

Muito do fluxo de clientes, dizem os sindicatos, vem de aposentados e pensionistas que buscam apoio no atendimento presencial e de clientes interessados em renegociação de dívidas ou fazer inscrição para programas de crédito.

"A característica física do ambiente de trabalho propicia a maior concentração do vírus e o evidente contágio e, devido aos necessários cuidados com a segurança, as agências bancárias são fechadas e não oferecem ventilação e nem circulação natural de ar", diz o ofício.

Fonte: Folha de São Paulo

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, cobrou esclarecimentos da direção do banco sobre o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV).

Segundo a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, as entidades têm denunciado que a Caixa não cumpre o prazo para realização da primeira sessão da CCV, conforme prevê o ACT.

“A Caixa tem até 30 dias para responder aos pedidos de conciliação enviados pelos sindicatos, mas não tem cumprido o prazo. E quando faz a conciliação, também não faz o pagamento na data acordada. Além disso, não respeita a ordem de recebimento das demandas dos sindicatos, não responde e-mails e nem atende as ligações. Está muito ruim todo esse processo”, disse Fabiana. Ela conta que existem requerimentos sem resposta desde o ano passado e muitos bancários cobram dos sindicatos.

Este não é o primeiro pedido de esclarecimentos e providências feito pela comissão. “Entendemos que, devido ao atraso da assinatura do acordo, acúmulo de pedidos e mesmo reestruturação das áreas envolvidas, pudesse ter uma demora no atendimento das conciliações. Mas, já deu tempo mais que suficiente para o ajuste ser feito e não se justifica não dar nem uma posição sobre as pendências. Queremos que o negociado seja cumprido!”, disse a coordenadora da CEE.

O acordo da CCV foi renovado em fevereiro deste ano e tem validade até dezembro de 2022. O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, ressaltou a importância da comissão.

“A CCV permite que as demandas dos empregados sejam definidas sem a necessidade de uma ação judicial. Além disso, o empregado pode ter o acompanhamento direto das entidades sindicais para auxiliá-lo a tomar a melhor decisão. É um direito acordado, portanto, deve ser rigorosamente cumprido”, destacou o presidente da Fenae.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho Saúde Caixa retomou, nesta quinta-feira (10), a agenda de discussões sobre a construção de um modelo de custeio do plano de assistência à saúde dos empregados a partir de 2022.

A representação dos empregados não validou o relatório sobre projeção de custeio apresentado pela Caixa. Portanto, a reunião não avançou na discussão das propostas. Um novo encontro, desta vez com a presença dos atuários para esclarecer os dados, ficou pré-agendado para a próxima segunda-feira (14).

“Sem a validação dos dados a discussão do custeio do plano fica inviável. Nossa prioridade no grupo de trabalho é buscar um modelo que viabilize o Saúde Caixa para todos – ativos e aposentados – sem distinção”, destacou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) e do GT Saúde Caixa.

A coordenadora também informou que o foco do trabalho vai além do custeio do Saúde Caixa. “Precisamos discutir a gestão do nosso plano de saúde, que atualmente é insatisfatória. Com as reestruturações que ocorreram na empresa, o serviço do nosso plano de saúde está piorando”, opinou.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, ressaltou que a Federação continua acompanhando o trabalho do grupo. “A atuação dos representantes dos empregados tem sido fundamental para defender que o Saúde Caixa continue um plano de excelência e viável para os trabalhadores do banco. É importante destacar que essa luta é de todos nós. A atual conjuntura política e as diretrizes do Governo sobre os planos de autogestão das estatais exigem muita mobilização não só das entidades, mas de todos os empregados”, alertou o presidente da Fenae.

As reuniões do GT começaram no dia 14 de janeiro deste ano. Nos meses de abril e maio, o trabalho foi concentrado na análise de dados do plano. Conforme o acordo coletivo 2020/2022, o GT Saúde Caixa foi criado para estudar o custeio e gestão do plano de saúde dos empregados. O grupo paritário, composto por representantes dos empregados e da Caixa, deve apresentar um formato de custeio e gestão do plano até o dia 31 de julho de 2021.

Posteriormente, as propostas serão encaminhadas para debate na mesa permanente. A (s) melhor (es) proposta (s) será encaminhada aos empregados para votação até 31 de agosto de 2021. A mais votada será implementada até 2 de janeiro de 2022. Os integrantes representantes dos empregados no GT Saúde Caixa são: Fabiana Uehara, Leonardo Quadros, Sérgio Amorim, Alexandro Livramento, Lilian Minchin, Marilde Zarpellon e Márcia Krambeck.

Fonte: Fenae

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) do mês de maio ficou em 0,96%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na tarde desta quarta-feira (9). Com isto, o índice acumulado para a data-base da categoria dos financiários, do período de junho de 2020 a maio 2021, ficou em 8,9%. Portanto, os salários e as demais cláusulas econômicas, além dos valores de PLR, previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2020/2022, serão corrigidos com esse índice.

O reajuste de 8,9% será aplicado retroativo a 1º de junho de 2021, sobre os salários e auxílios praticados em 31 de maio de 2021. “O IPCA representa a inflação do país e teve, em maio, sua maior alta desde 1996. Esta movimentação reforça a importância da negociação coletiva de dois anos, conquistada frente às financeiras. Não só garantimos a manutenção de todos os direitos, como também a reposição da alta de preços de acordo com o INPC”, comemorou o coordenador da Comissão de Negociação com as financeiras, Jair Alves.

Fonte: Contraf-CUT

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, nesta terça-feira (9), com o presidente do banco, Fausto Ribeiro e destacou a importância das mesas de negociações e as principais pautas que estão colocadas, entre elas a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação contra o novo coronavírus. A reunião havia sido solicitada ao banco em ofício enviado em abril.

“O presidente do BB disse quer abrir uma nova fase de diálogo, responsabilidade e transparência com os representantes dos trabalhadores e destacou que teremos pautas divergentes, mas ambas as partes querem fazer o banco crescer”, informou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Essa é uma postura esperada há tempos. Afinal, temos um histórico de mais de 30 anos de negociações coletivas. Nada mais justo do que termos as portas abertas e tratarmos com responsabilidade e transparência, os pontos divergentes para chegarmos a uma solução negociada”, completou.

Prioridade na vacina

Durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do PNI. A inclusão da categoria nesta lista é a principal reivindicação dos bancários atualmente. “Os bancários são obrigados, por questões de segurança, a trabalhar com as portas fechadas. Isso torna o ambiente propício à contaminação e disseminação do vírus, que pode ser retransmitido aos clientes e seus familiares”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Pedimos ao presidente que ele se empenhe para a inclusão dos bancários nesta lista e ele prontamente se colocou a disposição”, informou.

Fausto Ribeiro disse que concorda com a reivindicação da categoria é que a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunização é uma demanda também dos bancos.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, lembrou que durante toda a pandemia, a categoria atendeu milhões de pessoas que precisavam receber suas aposentadorias, o Auxílio Emergencial e buscavam crédito para manter seus empreendimentos. “Estamos entre os setores profissionais com maior aumento de mortes no período da pandemia. O Ministério da Saúde tem que nos colocar como prioridade no Plano Nacional de Imunização”, reforçou Ivone, que, juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o número de desligamentos por morte de trabalhadores com carteira assinada cresceu 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Em números, essa porcentagem representa um aumento de 13,2 mil em 2020 para 22,6 mil em 2021. Se pegarmos os dados só da categoria bancária, esse número é ainda maior. O número de desligamentos por morte saltou de 55 no primeiro trimestre de 2020 para 152 no mesmo período de 2021, crescimento de 176,4%.

Também foram destacadas as negociações em andamento, ou necessárias sobre melhorias no Programa de Desempenho Gratificado (PDG), a realização de concurso público para a reposição do quadro de pessoal e demandas dos trabalhadores de bancos incorporados pelo BB.

Programa de gratificações

A representação dos trabalhadores entregou um ofício ao presidente do BB apontando uma série de questões referentes ao PDG do banco. O documento ressalta que desde a sua criação, a CEBB tenta negociar melhorias no PDG, a exemplo do que já acontece em outros bancos, que negociam seus programas próprios com os representantes dos sindicatos e que o PDG, da como forma como está, ao invés de servir como um incentivo para maior empenho e produtividade, é fator de desmotivação e descontentamento entre os funcionários dos diversos setores.

“Citamos, entre os principais problemas identificados no PDG das diversas áreas a utilização de uma mesma métrica para diferentes funções e a comparação da produtividade em pé de igualdade entre trabalhos simples com outros de maior complexidade. Além da questão da subjetividade conferida à ‘reunião de consistência’, que confere a comitê avaliador o poder de definir pontuações extras aos funcionários avaliados, mas sem definição clara dos critérios de avaliação, o que altera o curso do programa e a escolha de quem será contemplado ou não com a gratificação”, explicou Fukunaga.

Sobre o PDG da área negocial, destacou-se a constantemente mudança de regras, o que inviabiliza o planejamento por parte do funcionários e as metas descoladas da realidade, em especial no último semestre, com metas estipuladas de maneira desproporcional à capacidade dos diversos segmentos, o que por si só, já desmotiva o corpo funcional.

Contratações

A representação dos trabalhadores também destacou a falta de funcionários, principalmente após o último Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e ao Plano de Desligamento Espontâneo (PDE), tanto nas agências de atendimento quanto nos escritórios de negócios, dificultando a execução dos serviços e cumprimento de metas. Um levantamento do Dieese aponta que de 2012 a 2020, houve uma redução de 28.042 funcionários no quadro de trabalho do BB.

“Entendemos ser primordial corrigir algumas arestas com relação ao programa e, neste sentindo, teríamos muito a contribuir em um processo negocial, conferindo mais segurança e transparência para os trabalhadores”, disse o coordenador da CEBB.

Bancos incorporados

A representação dos trabalhadores também entregou a Fausto Ribeiro um ofício com questões de interesse dos funcionários provenientes de bancos incorporados pelo BB (Nossa Caixa, Besc e BEP), reforçando a importância da via negocial para a solução dos conflitos trabalhistas.

O ofício lembra a mesa de negociação sobre questões de bancos Incorporados está prevista na cláusula 58º do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente e que a pauta de reivindicações foi entregue ao Banco do Brasil no dia 30/09/2020, mas, “apesar das diversas promessas do banco em nos dar a devida reposta das reivindicações, isso nunca ocorreu de fato, havendo apenas duas reuniões em 12/2020 que restaram infrutíferas”, diz o ofício.

“Existe uma ação judicial do MPT (Ministério Público do Trabalho), da qual a Contraf-CUT é assistente, sobre a inclusão dos funcionários de bancos incorporados no plano de Saúde da Cassi. Acreditamos que a negociação é o melhor caminho para Cassi, pois uma decisão judicial, se não observadas inúmeras peculiaridades da Cassi, pode desequilibrar o plano de saúde e prejudicar a todos”, lembrou Fukunaga. “Insistimos, desde 2009, em uma solução negociada para os bancos incorporados. Muito se avançou nas questões trabalhistas, mas ainda falta o plano de saúde”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT