Maio 07, 2025
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De norte a sul do Brasil, manifestações estão foram realizadas, nesta quinta-feira (4), em defesa das empresas públicas e contra o governo Bolsonaro que ignora a pandemia e a miséria da população. Categorias como a bancária, a dos petroleiros e a dos trabalhadores dos Correios unificaram suas ações em atos de rua e em ações em redes sociais. Foram denunciados ataques como o desmonte do Banco do Brasil, onde o governo pretende demitir 5 mil pessoas e fechar centenas de agências, além da tentativa de privatização da Caixa e da Petrobras e dos Correios.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, participou de manifestação em São Paulo, onde foram distribuídos à população alimentos produzidos em assentamentos do MST.

A campanha em defesa do Banco do Brasil e contra a proposta de reestruturação do banco que a diretoria tenta implementar já está sendo feita desde janeiro, com manifestações em agências, paralisações e ações em redes sociais. A mobilização programada para esta quinta-feira (4) foi unificada com ações que os trabalhadores da Petrobras vão fazer contra a ameaça de privatização da empresa e a política de preços dos combustíveis. O protesto será contra a dolarização do preço do combustível, por preço justo sem abrir mão de impostos.

Outras categorias de empresas públicas também participam das manifestações, em atos e outras iniciativas organizadas pela CUT e outras centrais sindicais.

Veja como foram os atos pelo país.

São Paulo, na Capital, houve várias manifestações: um ato na frente da agência da Caixa, na avenida Vital Brasil, no Butantã, e outro em frente à agência da Caixa – Gipes, na rua Bela Cintra, na Consolação. Houve também manifestação na frente da agência do BB na avenida Paulista, às 10h45. Manifestação na frente da agencia do BB na rua Líbero Badaró, no Centro, às 10h, onde houve distribuição de alimentos junto com o MST. A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, participou da distribuição na frente da sede do Sindicato dos Bancários, na rua São Bento, no Edifício Martinelli, às 10h.

Em Santo André, no ABC Paulista, houve ato em frente à agência local do BB.

Em Osasco, em São Paulo, foi realizado um ato na frente da agência do Banco do Brasil, na rua República do Líbano, às 10h.

Em Registro, no Vale do Ribeira, em São Paulo, houve ato em frente à agência Central do BB, na rua José Antônio de Campos, às 9h30, além de panfletagem.

Em Limeira, São Paulo, houve ato na frente da agencia do BB no Centro, na praça Luciano Esteves.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, dez carros de som passaram a circular com mensagens em defesa das empresas públicas. A CUT local realizou ato com petroleiros e bancários. Em vários pontos da cidade, como postos de combustível e áreas comerciais, foram distribuídos cupons de desconto para a aquisição de botijões de gás e combustível, com preço inferior ao praticado no mercado para motoristas de aplicativo e entregadores de moto. Foram distribuídos materiais impressos denunciando a tentativa de desmontar o Banco do Brasil e os prejuízos que essa tentativa tem para a população. Nas cidades do interior de Minas Gerais, circularam carros de som com mensagens em defesa das empresas públicas, além de ações nas redes sociais.

Em Brasília, houve manifestação unificada na Quadra Coberta, QN 12C do Riacho Fundo II.

Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a campanha em defesa do Banco do Brasil em mensagens pelas rádios locais já começou há uma semana. Nesta quinta-feira foi realizado um ato junto com a CUT local e com militantes do MST, com distribuição de alimentos produzidos em assentamentos.

Em Maceió, Alagoas, o Sindicato dos Bancários colocou em circulação três carros de som com mensagens em defesa do Banco do Brasil e das empresas públicas. Houve um ato na frente da agência do BB na rua do Livramento, no Centro. Também foi realizada manifestação na frente da agência do Correios na rua João Pessoa.

Em Florianópolis, Santa Catarina, circularam carros e motos com aparelhos de som veiculando mensagens em defesa das empresas públicas. Também foram veiculadas mensagens nas rádios locais. As atividades de rua foram suspensas por causa das restrições sanitárias.

Em Macapá, no Amapá, carros de som vão circular pelo centro e principais bairros. Foi feito um ato em defesa das empresas públicas na frente da Superintendência local do Banco do Brasil, na rua Binga Uchoa, 250, no Centro.

Em João Pessoa, na Paraíba, o Comitê em Defesa das Empresas Públicas circulou três carros de som com mensagens.

Em Fortaleza, Ceará, houve ato em frente à agência Aerolândia do Banco do Brasil, na avenida Visconde do Rio Branco, 6027, na Rodovia BR 116, às 11h30.

Em Teresina, Piauí, houve ato em frente à agência do BB na praça Rio Branco e na agência do BB na Cidade Verde, ambas com retardamento de abertura.

Em Vitória, no Espírito Santo, foi realizada manifestação na frente da agência do banco do Brasil na avenida Fernando Ferrari. O mesmo aconteceu em Cachoeiro do Itapemirim, na agência do banco na avenida Jones dos Santos Neves, 83. Também houve ato em Cariacica, na frente da agência local, com retardamento da abertura da agência em uma hora e café da manhã com clientes para colher assinaturas.

Em Cuiabá, no Mato Grosso, circularam pelas ruas carros de som com mensagens em defesa das empresas públicas. Não houve manifestações de rua pelo toque de recolher decretado pelo governo por causa da pandemia.

No Rio de Janeiro, houve manifestação na frente da agência do Banco do Brasil na praça Saenz Peña, no bairro da Tijuca, e também em frente à agência na rua General Roca, e na agência da rua Conde Bomfim. No interior do Estado, houve atos na frente da agência do banco do Brasil em Itaperuna, além da circulação de carro de som. Em Macaé e Angra dos Reis, bancários e petroleiros realizaram atos conjuntos. A Fetrafi RJ também organizou uma live para debater o tema com parlamentares.

Em Belém, no Pará, houve manifestação na frente da agência do Banco do Brasil, na avenida Pedro Miranda, 1.032, na Pedreira.

Em Boa Vista, Roraima, um carro de som circulou pela cidade divulgando mensagens em defesa das empresas públicas. Por causa das restrições para combater a pandemia, decretadas pelo governo local, não houve atos de rua, mas ações nas redes sociais.

Em Porto Velho, em Rondônia, o governo decretou a proibição das manifestações por causa da pandemia. Carros de som circularam com mensagens pelas ruas da cidade, além das ações nas redes sociais.

Em Porto Alegre, por causa das restrições decretadas pelo governo do Estado, não houve manifestações de rua para evitar aglomerações. Junto com a CUT e trabalhadores petroleiros, a categoria bancária participou das mobilizações virtuais. Também foram distribuídos adesivos contra o fechamento das agências do Banco do Brasil.

No Recife, Pernambuco, houve ato conjunto com a CUT PE, circulação de carro de som, mensagens nas rádios locais e ações nas redes sociais. Houve também atos em agências do BB na agência Sete de Setembro e na agência do Centro. Em Pernambuco, a campanha em defesa das empresas públicas tem outdoors, inserções em rádios locais. Há um mês a campanha em defesa do Bando Brasil já está nas ruas do Recife, onde já foi realizado um ato público junto com militantes do MST, com distribuição de alimentos produzidos em assentamentos.

Em Aracajú, Sergipe, por causa das restrições sanitárias, houvve a circulação de 10 carros de som, com mensagens em defesa das empresas públicas.

Em Curitiba e Salvador, as manifestações foram adiadas para a semana que vem porque os governos locais decretaram lockdown por causa da pandemia. Em Salvador houve circulação de carros de som com mensagens em defesa das empresas públicas.

Fonte: Contraf-CUT

As centrais sindicais realizam nesta quinta-feira (4) manifestações por todo o Brasil em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, do emprego e da vacinação para todos. Os bancários também participam dos protestos, ao lado dos professores da rede pública e dos petroleiros. Eles vão aproveitar as mobilizações para também fazerem a defesa dos bancos públicos, que estão sendo alvo de fatiamento com vistas a privatização.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, a campanha de vacinação não avança por conta da “irresponsabilidade” do governo Bolsonaro. “Os trabalhadores estão morrendo. Bancários da linha de frente estão adoecendo e morrendo”, afirmou em entrevista ao Jornal Brasil Atual.

Além da crise sanitária, Ivone diz que os bancos públicos têm sido alvo constante das ações de desmonte do governo. “Cada dia é um ataque diferente”. Na Caixa Econômica Federal, ela citou, por exemplo, a tentativa de privatização do setor digital do banco, que foi transformado numa subsidiária. No Banco do Brasil, o plano de reestruturação em curso pretende fechar 361 agências.

“O Banco do Brasil financia atualmente 67% do crédito para a agricultura familiar, que é diferente do agronegócio. Em 2020, foram R$ 27 bilhões. Esses pequenos agricultores são responsáveis por 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros”, destacou Ivone, ao falar sobre os protestos dos bancários nesta quinta-feira.

Ações

Para destacar a importância do Banco do Brasil no financiamento da agricultura familiar, os bancários vão distribuir 4 mil quilos de alimentos. A atividade, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, será em frente da sede do BB na rua São Bento, no centro de São Paulo, à partir das 11h.

Além disso, em parceria com os petroleiros, o sindicato participa de uma ação de “abastecimento solidário”. Serão sorteados entre 100 cupons que dão direito a até 20 litros de gasolina pagando R$ 3,50 por litro, com o sindicato arcando com a diferença do valor cobrado atualmente.

Além das ações presenciais, os bancários também promovem um “tuitaço” às 11h, em defesa dos bancos públicos e pelo avanço da vacinação no país. As hastags #BBoBancoDeTodos, #NãoDeixemVenderOBrasil, #VacinaJa vão concentrar as manifestações virtuais.

Fonte: Rede Brasil Atual

#ImpeachmentOuMorte foi o segundo assunto mais comentado do Twitter na manhã desta quarta-feira (3). Os internautas protestam pela saída do presidente Jair Bolsonaro em função do imobilismo do governo Bolsonaro diante do agravamento da pandemia. É uma reação à marca de 1.641 vítimas em 24 horas pela covid-19 nesta terça-feira (2), impondo novo recorde.

Além da falta de vacinas e das sabotagens cotidianas de Bolsonaro às medidas de distanciamento social, a deterioração da economia também motivou protestos. A queda histórica no PIB, o avanço da inflação dos combustíveis e dos alimentos, o desemprego e a demora na prorrogação do auxílio emergencial foram lembrados.

Mas os protestos foram além das crises sanitária e econômica. Em meio ao caos do país, os usuários destacaram a compra de uma mansão pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) avaliada em R$ 6 milhões, reforçando as suspeitas de corrupção no caso das rachadinhas.

Uma internauta afirmou que é preciso tirar Bolsonaro para “salva a vida dos brasileiro”. Outro disse que o impeachment é “tão urgente quanto a vacina”. “Mentiras, superfaturamento de gastos, compra de cloroquina, compra de mansão milionária, uso do Estado e de órgãos… É muita provocação, muito deboche, uma demonstração de desprezo pelo país”, indignou-se um terceiro.

Políticos de oposição também se manifestaram. O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) disse que o impeachment é urgente para barrar a “política genocida” de Bolsonaro. A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) classificou como “barbárie premeditada”. Por outro lado, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou que a demora na vacinação aumenta o risco de surgimento de novas variantes do vírus.

Fonte: Rede Brasil Atual

Nesta quinta-feira (4), centrais sindicais, confederações e sindicatos vão realizar o Dia de Mobilização Nacional em defesa das empresas públicas. Serão realizadas manifestações em várias cidades do país. Categorias como a bancária, a dos petroleiros e a dos trabalhadores dos Correios unificaram suas ações em atos e ações em redes sociais. Serão denunciados ataques como o desmonte do Banco do Brasil e da Caixa, além da ameaça de privatização da Petrobras e dos Correios, que estão nos planos do governo Bolsonaro.

Uma das motivações da mobilização são os planos do governo de fechar agências bancárias em todo o país e demitir 5 mil funcionários do Banco do Brasil. O presidente que nada faz diante da pandemia também quer desmontar a Caixa. A mobilização foi unificada com ações da categoria bancária, trabalhadores da Petrobras e dos Correios. Além da ameaça de privatização das empresas públicas, os atos são contra a política de preços dos combustíveis, por preços justos do gás de cozinha e dos combustíveis.

Veja como serão os atos pelo país.

Em Osasco (SP), será realizado um ato unificado. Na Capital paulista, serão realizadas atividades em várias regiões da cidade. No Centro haverá distribuição de alimentos junto com o MST. Também será realizado um ato na frente da sede do Sindicato dos Bancários, na rua São Bento, no Edifício Martinelli, às 10h.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a CUT local está preparando atos que reunirão petroleiros e bancários. Em vários pontos da cidade, como postos de combustível e áreas comerciais, serão distribuídos cupons de desconto para a aquisição de botijões de gás e combustível, com preço inferior ao praticado no mercado para motoristas de aplicativo e entregadores de moto. Serão distribuídos materiais impressos denunciando a tentativa de desmontar o Banco do Brasil e os prejuízos que essa tentativa tem para a população. Nas cidades do interior de Minas Gerais, vão circular carros de som com mensagens em defesa das empresas públicas, além de ações nas redes sociais.

Em Brasília, haverá manifestação unificada na Quadra Coberta, QN 12C do Riacho Fundo II.

Em Campo Grande (MS), a campanha em defesa do Banco do Brasil já começou há uma semana com mensagens pelas rádios locais. Nesta quinta-feira, será realizado um ato junto com a CUT local e com militantes do MST, com distribuição de alimentos produzidos em assentamentos.

Em Maceió (AL), o Sindicato dos Bancários local vai colocar em circulação três carros de som com mensagens em defesa do Banco do Brasil e das empresas públicas. Também haverá atos em vários pontos da cidade.

Em Florianópolis (SC), vão circular carros e motos com aparelhos de som veiculando mensagens em defesa das empresas públicas. Também serão veiculadas mensagens nas rádios locais. Bancários e petroleiros vão realizar atividades em conjunto.

Em Macapá (AP), carros de som vão circular pelo centro e principais bairros. Será feito um ato em defesa das empresas públicas no Centro.

Em João Pessoa (PB), o Comitê em Defesa das Empresas Públicas vai fazer circular três carros de som com mensagens.

Em Fortaleza (CE), haverá manifestação de rua que reunirá bancários e petroleiros, além de militantes da CUT e de outros sindicatos.

Em Vitória (ES), será realizada uma manifestação unificada no centro. Também haverá atividades em cidades do interior do estado.

Em Cuiabá (MT), carros de som vão circular pelas ruas com mensagens em defesa das empresas públicas. Não estão programadas manifestações de rua por causa do toque de recolher decretado pelo governo em decorrência da pandemia.

No Rio de Janeiro, está programada uma manifestação no Centro. No interior do estado, haverá atos nas principais cidades. A Fetrafi RJ também vai organizar uma live para debater o tema com parlamentares.

Em Belém (PA), haverá manifestação unificada pela manhã.

Em Boa Vista (RR), um carro de som vai circular pela cidade divulgando mensagens em defesa das empresas públicas. Por causa das restrições para combater a pandemia, decretadas pelo governo local, não haverá atos de rua, mas ações nas redes sociais.

Em Porto Velho (RO), o governo decretou a proibição das manifestações por causa da pandemia. Haverá carros de som circulando com mensagens pelas ruas da cidade, além das ações nas redes sociais.

Em Porto Alegre, por causa das restrições decretadas pelo governo do estado, não haverá manifestações de rua para evitar aglomerações. Junto com a CUT e trabalhadores petroleiros, a categoria bancária vai participar das mobilizações virtuais.

Em Recife (PE), a campanha em defesa das empresas públicas terá outdoors e inserções em rádios locais. Há um mês a campanha em defesa do Banco Brasil já está nas ruas de Recife, onde já foi realizado um ato público junto com militantes do MST e distribuição de alimentos produzidos em assentamentos.

Em Curitiba e Salvador, as manifestações foram adiadas para a semana que vem porque os governos locais decretaram lockdown por causa da pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil vive o pior momento da pandemia do coronavírus (Covid-19). Uma semana após atingir 250 mil mortes, o país registrou mais duas tristes marcas, na terça-feira (3): o maior número de óbitos de toda a pandemia e a maior média móvel de mortes. Foram 1.726 mortes em 24 horas, superando assim o recorde anterior de 1.582 óbitos em um dia, registrado na quinta-feira (25). O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde. Pelo quarto dia consecutivo, o país apresentou a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia no Brasil: 1.274. Com isso, o país registra mais de uma morte por Covid-19 por minuto em 24 horas. Desde segunda-feira (2), o país voltou a ter tendência de aceleração na comparação com 14 dias atrás. Hoje a alta foi de 23%.

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um boletim no qual destacou que é a primeira vez desde o início do alastramento do vírus em território nacional que o Brasil acumula aumento do número de infecções e mortes, continuidade da alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sobrecarga de demandas nos hospitais e alta positividade de testes de Covid-19 entre a população.

Enquanto isso, a vacinação caminha com lentidão. São cerca de 8,5 milhões de doses aplicadas, mas apenas 0,9% dos brasileiros estão totalmente imunizados por terem recebido as duas doses necessárias, seja da CoronaVac, seja da Oxford-AstraZeneca.

Na noite de terça, o presidente Jair Bolsonaro vetou trechos de uma Medida Provisória apresentada pelo Congresso para facilitar a compra e distribuição de vacinas. Com isso, ele barrou as principais iniciativas desenhadas para ampliar a proteção dos brasileiros. Entre eles, derrubou a autorização para que estados e municípios adotassem medidas para garantir a vacinação dos cidadãos, em caso de omissão do governo federal. Também vetou o prazo de cinco dias para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize a utilização de um imunizante que já tenha aprovação nos principais países do mundo, como Estados Unidos, União Europeia, China e Rússia.

Todo este cenário moveu milhares de internautas a se manifestarem pela saída do presidente Jair Bolsonaro da Presidência da República. #ImpeachmentOuMorte foi o segundo assunto mais comentado do Twitter na manhã desta quarta-feira (3).

Além da falta de vacinas e das sabotagens cotidianas de Bolsonaro às medidas de distanciamento social, a deterioração da economia também motivou protestos. A queda histórica no PIB, o avanço da inflação dos combustíveis e dos alimentos, o desemprego e a demora na prorrogação do auxílio emergencial foram lembrados.

De acordo com o cientista político Cláudio Couto, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), as condições para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro “estão dadas”. Enquanto sobram crimes de responsabilidades, ele segue sabotando o combate à pandemia do novo coronavírus.

Em vez de coordenar os esforços em nível nacional, Bolsonaro abriu novo “conflito aberto” com os governadores. Nesta semana, ele anunciou que os estados que adotarem medidas restritivas deverão bancar o auxílio emergencial.

Para Couto, falta justamente uma atuação política mais efetiva dos governadores e prefeitos contra as atitudes do presidente. Trata-se de figuras políticas que também foram eleitas, e têm grande influência sobre as bancadas estaduais na Câmara dos Deputados. Além disso, segundo o analista, setores da sociedade civil também deveriam abandonar posturas particularistas, em nome dos seus interesses privados, para abraçar uma causa maior, em defesa do país.

“Enquanto prefeitos e governadores estão se dando conta do cataclismo que estamos vivendo e tentam tomar providências, o presidente vai no sentido oposto. Ele nega a gravidade da pandemia. Por conta disso, Bolsonaro pode ser claramente colocado ao lado dos grandes vilões da história política da humanidade”, declarou Couto, em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta quarta-feira (3).

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu para debater sobre os desafios e planejar suas ações para 2021 e fez um levantamento dos principais problemas relacionados à saúde enfrentados pela categoria. A partir daí, definiu uma série de iniciativas para qualificar a ação sindical em defesa da saúde e de melhores condições de trabalho da categoria.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, lembra que o objetivo de 2020 era implementar um processo de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater questões prioritárias, como atenção aos adoecidos; prevenção, Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), qualidade dos serviços médicos oferecidos e as metas abusivas. “A pandemia impactou nossas negociações, embaralhou alguns processos e acelerou outros. Demandou aos sindicatos a priorização do enfrentamento da pandemia e suas diversas consequências. De toda maneira, o nosso debate acumulado mostrou-se pertinente e a própria pandemia confirmou os problemas de forma mais abrangente.”

Antigos problemas

Mesmo com a pandemia em andamento, houve continuidade na negociação com os bancos em busca de soluções para vários problemas. Mas, o Coletivo Nacional de Saúde concluiu que os antigos problemas persistem e adquiriram novas formas, aprofundando a exploração e os impactos à saúde da categoria. As metas abusivas, por exemplo, continuaram a todo vapor, com as intensas cobranças, em uma situação atípica, de emergência, com o mercado desaquecido e impactando ainda mais na saúde dos colegas.

  • O sofrimento físico e psíquico na categoria aumentou, surgindo mais um risco (além do ergonômico e psicossocial), o biológico (Covid-19), para tencionar e adoecer ainda mais os bancários.
  • Os serviços médicos continuam sendo usados com o objetivo de se livrar dos indesejados, passo a passo com a reestruturação.
  • O INSS conseguiu piorar, com mais dificuldades para acesso a benefícios e direitos. Aproveitam a pandemia para precarizar ainda mais.
  • A digitalização dos processos se acelerou e novos desafios são colocados, como o home Office.
  • Mudanças no modelo de negócios e na atividade econômica se aprofunda, com reestruturações, que já estavam no radar, sendo acelerado e aprofundado.

“Os bancos se escondem atrás da pandemia e aproveitam para ‘passar a boiada’, com mudanças legislativas, demissões se livrando de doentes, descomissionamentos, mudanças em cargos, ataque à jornada de 6 horas, entre outros ataques”, observou o dirigente da Contraf-CUT.

Desafios 2021

Mauro acredita que este levantamento deixa claro que, em 2021 é importante a continuidade das negociações permanentes com a Fenaban sobre a pandemia. “Devemos também buscar retomar a mesa de negociação permanente que tratava da qualidade dos serviços médicos e programas de prevenção, das metas abusivas e a atenção aos bancários doentes. Esses debates têm ligação com a pandemia, pois os problemas se agravaram, o adoecimento cresceu, surgindo um novo risco, o biológico e as metas abusivas continuam a todo vapor. Portanto a prevenção, serviços médicos eficientes e a busca para conter e eliminar os riscos (metas abusivas; covid-19; ergonomia) são essenciais para enfrentar a pandemia e o adoecimento na categoria”, afirmou.

Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, é preocupante o agravamento da situação com a ampliação do número de infectados e mortes onde o sistema de saúde está em processo acelerado de colapso. Tudo isso favorecido pela irresponsabilidade do Governo Federal e de alguns gestores estaduais e municipais. “Diante disso, devemos continuar fiscalizando e cobrando dos bancos medidas protetivas rigorosas como a manutenção e ampliação do trabalho em home office. Distanciamento social; isolamento social; uso de máscaras; higienização permanente; evitar aglomerações; testagem e monitoramento de sintomáticos, infectados e contatantes são medidas permanentes e essenciais.”

A conscientização dos colegas sobre a gravidade da situação e necessidade de tomar todos os cuidados preconizados é vital, de acordo com Mauro Salles, pois é estimulado por setores da sociedade, capitaneada por Bolsonaro, uma visão negacionista, com afirmações mentirosas que dificultam a contenção do vírus. “Um exemplo é a visão equivocada de que a atividade econômica é prioridade. Obvio que o mais importante é a vida e a saúde, mas, mesmo em relação à economia, só será possível voltar à normalidade quando a proliferação do vírus for contida. Defendemos um consistente plano de vacinação que tenha critérios transparentes baseados em requisitos científicos, nos quais as prioridades sejam estipuladas dentro de conceitos epidemiológicos”, disse.

“Neste sentido, lutamos para que os bancários, como categoria essencial e cujas características da atividade tem um potencial alto de transmissibilidade do vírus, sejam incluídos na lista de prioridades. Mas não podemos aceitar lobbys de setores que estão sendo incluídos pelo governo sem critérios científicos, somente por questões políticas”, observou. “A imunização contra a Covid-19 é um direito do povo brasileiro e é uma obrigação do governo federal coordenar uma estratégia nacional de vacinação e prover as vacinas, seguras e eficazes, que deverão ser aplicadas em toda população brasileira. Temos no Brasil o SUS, o sistema público de saúde mais eficaz do mundo, mas o flagrante despreparo e a omissão do governo federal seguem impedindo o devido processo de vacinação em massa dentro dos parâmetros epidemiológicos adequados. A saúde e a vida têm que ser prioridade absoluta e a melhora da atividade econômica está intimamente ligada à vacinação, só quando o vírus for contido a normalidade será possível”, finalizou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu nesta terça-feira (2) com o Banco do Brasil para negociar a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19), que prevê o não descomissionamento por desempenho enquanto durar a pandemia; anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar e prazo de compensação de horas negativas de 18 meses. O acordo em vigência venceria no último dia de 2020, mas foi estendido por conta da uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que prorrogou o Estado de Pandemia. Os funcionários do banco cobraram e o Comando negociou com o banco a prorrogação do acordo e indica a aprovação nas assembleias em todo o país.

“O acordo continua em validade até o final da pandemia. Apenas a cláusula com relação ao banco de horas precisava ser renovada. Conseguimos a prorrogação, que, se aprovado nas assembleias, também terá validade até o final da pandemia”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

As assembleias serão realizadas na quarta-feira da semana que vem (10), das 8h às 20h, de forma virtual, pela internet, para se evitar aglomerações devido à pandemia de Covid-19. “A renovação do acordo é importante, uma vez que o governo não consegue tomar medidas que possibilitem a contenção da pandemia e muitos funcionários podem ser prejudicados se o acordo não for aprovado nas assembleias”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O banco informou que existem 3.500 funcionários com horas a compensar neste acordo. Dentre eles, 2.600 têm mais de 200 horas a compensar.

O coordenador da CEBB ressaltou, também, a conquista da reafirmação da cláusula que proíbe o descomissionamento por desempenho. “Isso evita o acirramento na cobrança pelo cumprimento de metas e garante que não haverá perda de renda por descomissionamento pelo não cumprimento das mesmas”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

O desmonte das empresas públicas e o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 em todo o país preocupam o movimento sindical bancário e associativo. Em reunião realizada nesta segunda-feira (1), dirigentes de Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs) de todo o país e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) debateram essas questões e reafirmaram a necessidade de ampliar a resistência contra o descaso do Governo Bolsonaro em relação a pandemia e aos ataques às estatais.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, participou da reunião do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae. “Nós estamos nessa situação crítica em todo ao país, porque o governo federal tomou decisões erradas. O combate à pandemia não tem uma coordenação e faltam medidas efetivas para diminuir a transmissão. Desde o ano passado, que as centrais sindicais têm cobrado a compra de vacinas. Vacina para todos é urgente”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Os representantes das entidades representativas dos bancários e dos empregados da Caixa vem cobrando dos bancos mais rigor no enfrentamento da pandemia, com medidas de proteção aos trabalhadores. “O país está retrocedendo em relação fase inicial da pandemia. No momento, não temos perspectiva de melhora. O governo não tem plano de vacinação em massa e quer jogar a responsabilidade desse caos para a população. Não tem a mínima consideração com a vida das pessoas. É um governo genocida”, criticou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Representantes de Apcefs relataram iniciativas para incluir os empregados da Caixa no grupo de vacinação contra a Covid-19. As agências lotadas funcionam como vetores da contaminação. “Os empregados da Caixa estão entre os trabalhadores mais expostos ao coronavírus durante a pandemia. Temos que considerar ainda que muitos trabalhadores do grupo de risco estão em home office. Com a imunização, eles poderiam retornar às unidades e reforçar o atendimento à população”, argumentou o presidente do Conselho Deliberativo Nacional da Fenae (CDN) e presidente da Apcef/MS, Jadir Garcia.

Privatizações

Em meio ao caos gerado pela pandemia da Covid-19, os ataques às empresas públicas não cessam. Bancos públicos como a Caixa e o BB e empresas como Correios, Petrobrás são alvo de um desmonte, que visam a privatização dessas empresas.

Na reunião do CDN, a presidenta da Contraf-CUT informou que um calendário de lutas está sendo formado pela CUT e outras centrais sindicais para reforçar mobilização dos trabalhadores e da sociedade geral contra a agenda privatista do governo.

Nesta quinta-feira (4), será realizado Dia Nacional de Luta contra privatização de Estatais. A mobilização faz parte da Campanha Não Deixem Vender o Brasil, lançada na semana passada pela CUT, que conta com apoio da Fenae e da Contraf-CUT. “Precisamos fazer esse debate chegar à sociedade. Esclarecer a população sobre os motivos que ela está pagando mais caro pela gasolina ou gás de cozinha. O governo tem condições de adotar outra política de preços”, alertou Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil ultrapassou hoje (1º) a marca de 255 mil mortos por covid-19, com o registro de mais 778 vítimas em um período de 24 horas. As informações são do são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Às segundas-feiras, o registro de mortes e casos número tende a ser reduzido, devido ao descanso semanal de parte dos trabalhadores da Saúde em todo o país. A distorção tende a ser corrigida nos dias seguintes. Entretanto, esta foi a segunda-feira com maior número de mortos oficialmente notificados este ano.

O número total de vítimas do novo coronavírus é de 255.720 óbitos. Este é o pior momento do surto de covid-19 no Brasil, desde o início da pandemia, em março . A última semana foi a mais letal de todo o histórico, assim como o mês de fevereiro. Foram 8.224 mortos nos últimos sete dias e mais de 30 mil mortos no mês. Desde o dia 21 de janeiro o país tem média móvel, calculada em sete dias, acima de mil mortes diárias. Hoje (1º), o país alcançou novo pico, com 1.225 vítimas por dia, em média.

 
Números da covid-19 no Brasil. Fonte: Conass

Curva ascendente

Em relação ao número de novos casos diários, também um novo recorde. Nos últimos sete dias, os contaminados por dia foram 55.977 em média. Nas últimas 24 horas foram mais 35.742 infectados, totalizando 10.587.001 desde março passado. A pressão no sistema de Saúde é realidade em todo o país. Com mais de 80% de UTIs lotadas, alguns estados e muitas cidades vivem situação de colapso, com o esgotamento de leitos.

Nesta tarde, a cidade de Porto Alegre divulgou que 100% dos leitos para covid estão ocupados e 187 pessoas aguardam vaga em uma UTI. Nas redes sociais há relatos de pessoas intubadas sem o acompanhamento de equipe médica. A situação se repete em outros municípios do interior do Rio Grande do Sul e também em todo o país. Em São Paulo, o número de internações por covid-19 cresceu 18% na última semana. Na sexta-feira (26), Brasília chegou a ficar com apenas um único leito de UTI disponível.

Curvas epidemiológicas médias de casos e mortes por covid-19 no Brasil. Tendência de crescimento. Fonte: Conass

Bolsonaro e a covid

Enquanto a situação se agrava, o presidente Jair Bolsonaro segue reafirmando sua postura negacionista. Na última semana, ele atacou o uso de máscaras, promoveu mais aglomerações, criticou medidas de isolamento social e tentou passar a conta da covid-19 para prefeitos e governadores, que responderam em carta. Os gestores regionais apontam que Bolsonaro divulga informações distorcidas para fugir da responsabilidade.

Bolsonaro chegou a divulgar críticas ao isolamento social no Distrito Federal. Com 98% de UTIs ocupadas, o governador Ibaneis Rocha (MDB), aliado de Bolsonaro, decretou medidas rígidas de fechamento do comércio não essencial. Após intensa pressão e protestos de bolsonaristas, o Rocha recuou e flexibilizou o distanciamento.

A situação é crítica e a vacinação caminha com lentidão. Na tarde de hoje, a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) realizou uma reunião para articular uma comissão com a finalidade de articular a compra de vacinas sem influência do governo Bolsonaro. Estados também tentam adquirir mais vacinas, diante da lentidão no processo de vacinação conduzido pelo governo federal.

Vacinas

Até o momento, apenas 3,07% dos brasileiros receberam uma dose da vacina e 0,9%, as duas doses. Foram aplicadas 8,4 milhões de doses das vacinas CoronaVac e Oxford-AstraZeneca. Apesar da aprovação da vacina da Pfizer pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), na última semana, não existe nenhuma dose do imunizante disponível no Brasil. No ano passado, Bolsonaro recusou ofertas da empresa e dificultou o acesso do país aos imunizantes.

Enquanto isso o resto do mundo avança na vacinação. Já são sete semanas de recuo da covid-19 em escala global. Nos Estados Unidos, 2,3 milhões de vacinados por dia durante o fim de semana. A expectativa do governo do democrata Joe Biden é de vacinar 3 milhões de pessoas a cada um dos próximos dias. Já são 76 milhões de doses aplicadas das vacinas da Oxford-AstraZeneca e da Pfizer.

Também começou hoje a distribuição da vacina da Jansen (Johnson & Johnson) em território americano. Serão 20 milhões de doses da vacina até o fim de março. O governo já negociou 100 milhões de doses deste medicamento que tem eficácia em apenas uma dose.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, conhecida como reforma administrativa, deu entrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A PEC retira direitos dos trabalhadores e ameaça a qualidade do próprio serviço público, podendo vinculá-lo a interesses de caciques eleitorais. A proposta já encontra resistência entre parlamentares da Câmara e do Senado, que prometem criar barreiras para o andamento da PEC, vista como inconstitucional.

“Vamos tentar resistir. Vamos utilizar todos os instrumentos que o regimento permite para que possamos impedir que seja aprovada na CCJ, porque essa PEC é inconstitucional. Aliás, é uma PEC que retira direitos e garantias individuais, que são cláusulas pétreas. As cláusulas pétreas só podem ser modificadas em uma nova Constituinte. Não podemos alterar essas cláusulas através de Emenda Constitucional. São cláusulas pétreas a separação dos poderes, o pacto federativo, direitos e garantias individuais. Essa proposta de emenda à Constituição fere direitos e garantias individuais”, alertou a deputada federal Érika Kokay (PT-DF).

Entre os ataques, a PEC ameaça a estabilidade dos trabalhadores, coloca serviços de estado a serviço de governantes, que adquirem novos poderes inclusive sobre a estabilidade dos servidores. A PEC será avaliada primeiramente na CCJ, que analisará sua constitucionalidade. O próximo passo é ir para uma comissão especial, que pode realizar audiências públicas e um plano de funcionamento. Em seguida, a PEC vai para o plenário da Câmara e tem que ser votada em dois turnos. “Vamos resistir desde a CCJ. Utilizaremos odos os instrumentos de obstrução. Vamos resistir para que não seja cometido esse crime contra o país, que é atacar o serviço público”, promete a deputada.

Senado

O caminho para a aprovação da reforma começa pela CCJ, passa pela comissão especial e, caso prossiga, vai a voto no plenário da Câmara. Em caso de aprovação, a PEC será discutida no Senado. Uma discussão cuidadosa é defendida pelos senadores. É o caso do senador Paulo Paim (PT-RS). “Espero que a PEC 32/2020, que traz a reforma administrativa, seja amplamente debatida com todos os setores da sociedade na Câmara dos Deputados, e se for aprovada lá, o Senado debata e não se omita, como fez na reforma da previdência. O Senado Federal precisa cumprir sua obrigação de casa revisora, alterando o que for necessário para aprimorar a proposta”, afirma o senador.

Além da preocupação do debate amplo sobre a reforma administrativa, Paulo Paim vê a PEC com reservas. “O texto inicial apresentado pelo Governo nos causa muita preocupação. Assim como ocorreu com as reformas fiscal (teto de gastos), trabalhista e da previdência, a proposta de reforma administrativa está focada na redução de gastos públicos. Qualquer reforma deve ter como objetivo aprimorar o funcionamento do Estado para atender aos anseios da população. Fazendo com que os serviços públicos alcancem a população mais carente”, observa.

Perda de direitos

No entanto é quanto aos riscos da perda de direitos que reside a maior preocupação do senador. “A proposta apresentada retira da Constituição direitos básicos dos servidores. Acaba com o regime jurídico único, abrindo caminho para adoção de terceirização e de ampliação desmedida dos contratos temporários. Acaba também com a estabilidade, retrocedendo ao cenário anterior à Constituição de 1988. Isso traz risco para a atuação imparcial dos servidores. Coloca em risco à própria continuidade das políticas públicas, já que aumentam os riscos de demissão a cada mudança de governo. A estabilidade ficará restrita aos ocupantes de cargos típicos de Estado, ou seja, aos cargos de fiscalização, diplomacia, polícias. E os professores, profissionais da saúde e agentes administrativos? Esses ficarão sem estabilidade”, critica Paulo Paim.

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Artigo: Reforma administrativa ameaça os serviços

Fonte: Contraf-CUT