Maio 08, 2025
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De 28 a 31 de março, petroleiras e petroleiros irão escolher quem estará à frente do SindiPetro Caxias. 

Por sua representatividade e luta pelos direitos dos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense manifesta seu apoio a Chapa "Petroleiros e Petroleiras - LUTA e RESISTÊNCIA", que tem como candidato a presidente, Luciano Santos Leite.

O SindiPetro Caxias foi pioneiro na defesa do fortalecimento do Acordo Coletivo de Trabalho, de mais direitos e benefícios para a categoria e contra a privatização. O trabalho não pode parar.

SindiPetro Caxias, um Sindicato de Luta.

Bancários e Petroleiros juntos na defesa da democracia e do patrimônio público nacional.

O movimento ‘Renda Básica Que Queremos’, formado por cerca de 300 entidades e responsável pela campanha #AuxílioAtéoFimdaPandemia, promove nesta quinta-feira (18) um dia nacional de luta pela volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Estão previstas manifestações em todo o país, como tuitaço e publicações nas redes sociais, colagem de cartazes, projeções em prédios e atos simbólicos. Entre as ações, serão instaladas panelas vazias e velas diante de espaços como sedes de prefeituras, câmaras de vereadores, igrejas e símbolos turísticos das cidades.

De acordo com a assistente social Paola Carvalho, diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, o dia de protestos é uma forma de mobilizar as pessoas para a urgência do tema. “Essa PEC Emergencial colocou um teto de gasto de 44 bilhões para o auxílio emergencial em 2021. Isso num momento onde as mortes estão cada vez maiores e a vacinação e condições de hospitalização cada vez mais frágeis”. Os movimentos alertam que as principais regiões do país precisam de um lockdown, e sem auxílio emergencial essa forma de isolamento social não se viabiliza.

Paola explica que com o teto definido pela PEC – agora transformada em Emenda Constitucional (EC 109) –, um em cada quatro beneficiários ficarão de fora do auxílio emergencial deste ano. “Estamos falando de algo em torno de 17 milhões de brasileiros”. Ela contesta ainda o valor previsto das parcelas, que seria de R$ 250. O auxílio pode chegar a R$ 375 para mães solteiras e R$ 175 para uma pessoa sozinha.

“As pessoas me agradecem”

O ministro Paulo Guedes chegou a dizer, em uma entrevista ao portal de notícias jurídicas Jota, que é abordado e elogiado ao transitar pelas ruas. “Entro no mercado e as pessoas me agradecem”. Paola foi até um mercado para saber se há motivos para isso. Com R$ 250 no bolso, valor previsto do novo auxílio, ela tentou ver se é possível, ao menos, o básico. Comprou duas caixas de leite, cinco quilos de arroz. Dois pães para sanduíche, dois quilos de café, duas garrafas de óleo, três quilos de feijão, de farinha e açúcar. Comprou ainda um pote de margarina e dois quilos de carne moída. “Legumes, verduras e frutas ficaram de fora da lista. Para cozinhar, é necessário gás e um botijão não custa menos de R$ 90″.

Para Douglas Belchior, professor da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos, vivemos num estado de guerra, de barbárie onde pessoas morrem de fome. “A maioria do Congresso e o governo federal prefere manter políticas de morte e não de vida. Ou damos um fim no governo Bolsonaro ou ele dará fim ao Brasil”, analisa e conclui: “É desolador ver governos que não se importam com a vida dos mais pobres e não possuem políticas de combate à doença”.

Sem auxílio emergencial, “a coisa tá difícil”

Enquanto isso, famílias aguardam, em desespero, por ajuda. Não são poucas as mensagens recebidas por Paola e equipe. “A coisa tá difícil com os R$ 179 do bolsa família”, diz uma das mensagens ao pedir ajuda.

Segundo pesquisa do Datafolha, 53% dos que receberam as parcelas do auxílio emergencial no ano passado utilizou o valor para comprar alimentos. 25% pagou contas de consumo, como água e luz. 16% despesas da casa e 1% utilizou o recurso para comprar remédios.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (17), para debater o GERA, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir.

O Itaú iniciou a reunião com uma apresentação do programa, que está em fase de testes em agências de Guarulhos (SP) e do Rio de Janeiro. O GERA aborda os pilares de autonomia, reconhecimento, simplificação e colaboração. O pagamento é mensal e semestral. No mensal são consideradas a produção do funcionário e a satisfação do cliente e no semestral é variável, considerando a questão financeira e a satisfação do cliente.

Para o Itaú, o GERAé um Programa melhor que o Agir, porém os representantes dos trabalhadores avaliam que as metas pioraram, tornando-se inatingíveis, e – com elas – vem o aumento do assédio moral, de demissões e de afastamentos médicos. “O piloto está acontecendo de maneira precária, em agências com falta de funcionários, o que ao meu ver impossibilita uma análise correta do projeto”, afirmou Márcia Basqueira, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Ela relatou que os funcionários estão apavorados com a mudança de função, pois têm de aprender, executar, bater meta, atender cliente e tudo durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). “Nas agências pequenas, na ausência do GA ou do líder de negócio, o GGA vai operacionalizar a agência, temporizar os cofres, abastecer os caixas eletrônicos, contar o numerário oriundo dos diversos caixas eletrônicos da agência, além de entregar a meta do VAI (vendas atendimento Itaú) e ainda entregar a grade do GERA? Sozinho?”, questionou Márcia.

Para piorar, uma das técnicas de treinamento é o conceito carrapato, no qual um trabalhador tem de ficar o tempo todo acompanhando o trabalho do colega, sem o distanciamento adequado. “Em muitos locais os gerentes estão sendo orientados a não relatarem casos de Covid-19 para manterem as agências abertas e conseguirem bater as metas e, assim, não serem demitidos. Eles chegam a fechar as agências para os clientes e mantêm os trabalhadores no local”, completou Valeska Pincovai, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Outro problema apresentado pelos bancários são as senhas que os clientes têm que pegar para serem atendidos, que são por segmento e quando não há ninguém para ser atendido, os bancários da Área Operacional precisam levantar e ir até o senheiro retirar a papeleta para dar baixa e não se prejudicar na meta. “Estamos recebendo denúncias de que aumentaram as metas de abertura de contas e de renegociação, dobraram as de empréstimo e as de Giro passaram de 300 mil para 1 milhão, um verdadeiro absurdo, se tornaram inalcançáveis”, avalia Maria Izabel, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Os membros da COE apontaram ainda que, com as mudanças nos cargos, os atendentes estão tendo que abrir caixas e não estão recebendo treinamento adequado, o que gera diferenças e outros problemas técnicos.

Por fim, foi ressaltado pelo movimento sindical que, na Pandemia, não deveria se estar discutindo programas de metas e nem estar sendo realizadas as mudanças de estrutura que o banco vem fazendo. “Deveríamos estar sim discutindo a prioridade do momento, que é a vida. Os bancários são essenciais e devem ser tratados como Tal”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

O banco se comprometeu a marcar uma nova reunião para responder as demandas apresentadas nesta quarta.

Fonte: Contraf-CUT

Um quarto das jovens brasileiras não tem acesso a absorventes e muitas chegam a faltar às aulas todos os meses. É a chamada “pobreza menstrual”, mais um indicador de que as mulheres são as maiores vítimas da conjunção de crises que abala o Brasil. Os dados da falta de absorvente para as mulheres estão no relatório Livre para Menstruar, produzido pelo movimento Girl Up, divulgado nesta quarta-feira (17) pela Folha de S. Paulo (leia clicando aqui).

A miséria que provoca a falta de absorventes para as jovens faz com que uma em cada dez adolescentes em todo o mundo se ausente da escola durante a menstruação. Para Elaine Cutis, o absorvente tem se constar na cesta básica da família. “É uma questão de dignidade da mulher e de saúde pública. A distribuição de absorventes e produtos de higiene para mulheres em situação de vulnerabilidade tem de ser questão de política pública. Existem projetos sobre isso que tramitam no congresso”, informou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis.

Para Elaine, a falta de absorventes é mais um indício da miséria que abala a maior parte da população brasileira. “Defendemos o ‘Fora Bolsonaro’ em nossa campanha neste mês de março pelo fato de que o desgoverno do atual presidente piorou, e muito, a vida das mulheres. Atualmente, de acordo com dados do IBGE, 48% das mulheres são chefes de família no país. Esse percentual é ainda maior nas periferias”, destacou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O pagamento da 2ª parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) dos empregados da Caixa foi mais uma vez foco do ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa). No documento, os empregados destacam que a divulgação do balanço do 4º trimestre de 2020 da Caixa acontecerá na próxima quinta-feira (18) e os trabalhadores ainda não tiveram uma posição sobre quando acontecerá o pagamento desta conquista dos trabalhadores.

De acordo com o ofício enviado ao banco, o pagamento da PLR é uma forma de reconhecimento do esforço redobrado dos trabalhadores com o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios. Mais da metade da população brasileira, cerca de 100 milhões de pessoas, passaram pela Caixa em busca dos auxílios.

“É um reconhecimento importante aos colegas. Mas não é o suficiente. Os empregados precisam ser valorizados pelo trabalho essencial que fazem. Nós, do movimento sindical e entidades representativas, sempre reivindicamos a ampliação no número de empregados, melhores condições de trabalho e de atendimento à população”, defendeu a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Com a volta do pagamento do auxílio emergencial, Fabiana destaca a urgência na vacinação dos empregados da Caixa, e de toda a população.

Pedido de antecipação

No final de fevereiro, a CEE enviou ofício à Caixa pedindo a antecipação do pagamento da PLR. A Caixa informou que o pagamento será até 31 de março, sem mais definições. Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o banco público tem até 31 de março para efetuar o pagamento.

Fonte: Contraf-CUT

Depois de muita pressão e cobrança dos empregados e das entidades sindicais e associativas, a Caixa anunciou a contratação de 7,7 mil trabalhadores para o banco. Destes, segundo o anúncio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, serão 2.766 empregados – já incluídas as 566 contratações em andamento, 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas. Ou seja, até o final do ano existe compromisso da Caixa de contratar 2.113 novos trabalhadores.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, destaca que as contratações são resultado de muita mobilização e cobrança dos empregados e das entidades em defesa da categoria. No entanto, reforça que o número anunciado não supre o déficit de empregados, que chega a quase 20 mil trabalhadores. “É uma conquista, mas o número de contratações não é suficiente. Desde 2016 a Caixa vem diminuindo o quadro de empregados. Ao mesmo tempo aumentou o número de clientes, de operações e vai aumentar o número de agências. A chegada de novos trabalhadores é urgente, já que os empregados estão sobrecarregados pelo excesso de trabalho durante o pagamento do auxílio emergencial. Para continuar prestando um bom serviço à população, é preciso contratar muito mais. E tem uma fila de concursados aguardando convocação”, avaliou.

A Caixa chegou a ter 101,5 mil trabalhadores em 2014. Atualmente, conta com cerca de 82 mil empregados, mas o quadro de pessoas deve ser ainda menor. Em dezembro de 2020 o banco anunciou a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário (PDV), mas não divulgou o número de adesões. Diante da redução de quase 20 mil empregados, as 2.766 contratações anunciadas não representam 15% do déficit.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, reforça que a reivindicação de mais contratações é item referendado nos CONECEFs e pautado nas Campanhas Nacionais. “Vemos o esgotamento diários dos colegas, especialmente os que trabalham nas agências. Não existe mágica a ser feita. Para melhorar as condições de trabalho na empresa, e a rede atender melhor a população, a solução é termos mais empregados”, disse. “Claro que o anúncio é um avanço e lembramos que essa pauta é colocada em todas as mesas de negociações permanente. Mas apesar de atender nosso pleito, essas contratações ainda são insuficientes. Mas dado o anúncio da Caixa, vamos cobrar a efetivação da contratação desses outros 2113 trabalhadores”, afirma.

Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP, lembra que o assunto foi pautado na mesa de negociação realizada nesta terça-feira (16) “As contratações anunciadas são importantes e precisam ser distribuídas entre todas as regiões do país, mas não resolvem o problema, pois não representam o acréscimo nem de um novo empregado por unidade”, enfatizou.

Segundo Leonardo Quadros, o reforço de vigilantes e recepcionistas também foi cobrado pelos representantes dos empregados. Será extremamente necessário para melhorar as condições de trabalho das unidades para o novo ciclo de pagamento do auxílio emergencial. A prioridade deve ser preservar a saúde de empregados, prestadores e clientes”, ressaltou o presidente da Apcef/SP.

Reportagem confirma esgotamento dos empregados

Reportagem do jornal RJTV divulgou pesquisa que confirma a sobrecarga de trabalho dos empregados da Caixa durante o pagamento do auxílio emergencial. “Se era difícil para quem ficava horas esperando [nas filas], lá dentro os funcionários também sentiram, e muito, os efeitos da carga extra de trabalho”, informou a reportagem que também destacou a falta de contratações pelo banco. Além disso, as cobranças por metas e resultados continuaram, mesmo diante do trabalho extenuante durante a pandemia.

Na pesquisa feita com gestores, quase 98% dos profissionais consultados que declararam problemas de saúde mental, atribuíram o adoecimento ao trabalho na Caixa.  “Nos últimos cinco anos a gente teve uma baixa de quase 20 mil vagas. Foram sucessivos planos de demissão voluntária que a empresa não fez reposição. Já fomos mais de 100 mil empregados e agora somos pouco mais de 80 mil”, disse à reportagem o presidente da Associação de Gestores da Caixa no Rio de Janeiro e integrante da CEE/Caixa, Rogério Campanate.

Fonte: Contraf-CUT

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que entrou em vigor em 18 de setembro de 2020, foi criada para garantir a privacidade e o uso consciente de informações particulares das pessoas. Isso porque elas têm o direito de saber como os registros armazenados são utilizados e, inclusive, solicitar a sua exclusão, caso assim desejarem. Por isso, é fundamental que os sindicatos e federações de todo o país se adequem às exigências o quanto antes. Para mostrar como as entidades devem fazer isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou nesta terça-feira (17) o Seminário “A LGPD na perspectiva de trabalhadores e trabalhadoras”.

“O Seminário foi muito importante, atingindo nossos objetivos. Pudemos compreender melhor a importância da proteção dos dados pessoais, que exige a criação de uma nova cultura em nossa sociedade. Entendemos a importância da adequação das entidades sindicais à nova realidade, protegendo os dados da categoria profissional na atividade sindical, e também a importância da adequação de nossas entidades em seu papel de controladora de dados”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Lourival Rodrigues.

“Debater sobre a proteção dos dados dos trabalhadores é fundamental para nos defendermos diante da atuação dos bancos, mas também para que nossas entidades sindicais se adequem à Lei e, da mesma forma, respeitem a privacidade dos dados que temos em nosso poder. Este seminário superou nossa expectativa, tanto com relação à quantidade e nível de participação como pelo conteúdo transmitido”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

O secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Junior, enalteceu ainda o fato de o evento ser o primeiro webinar da instituição. “Inauguramos hoje um novo formato de evento digital, que nos proporciona abranger muito mais gente do que se fizéssemos no nosso auditório. Hoje, por exemplo, foram 367 inscritos. É um modelo que veio para ficar.”

A primeira mesa do evento explicou o que é LGPD. “A LGPD vem como um mecanismo de criação de limites e cultura. É uma ferramenta que constitui limites para a exploração dessas informações por empresas e pelo próprio governo. Ao mesmo tempo, faz parte da criação de uma cultura de segurança de informação e proteção de dados pessoais, propondo que exijamos a observação desses limites. É por isso, justamente, que a LGPD, ainda que traga também exigências aos sindicatos, deve ser encarada sem receio, deve ser apropriada pelo movimento sindical, constituindo uma ferramenta de disputa de direitos também para a classe trabalhadora”, explicou a advogada trabalhista e assessora sindical, especialista em Economia pela Escola de Ciências do Trabalho do Dieese, Paula Nocchi Martins. “E, considerando que a crise sanitária aprofundou a constituição de relações de trabalho intermediadas por meios digitais, aumentando consideravelmente o fluxo de informações em rede, a vigência da LGPD novamente assume uma posição importante, de criar limites ao uso de dados pessoais dos cidadãos”, completou Paula, que também é pesquisadora independente da proteção de dados nas relações de trabalho.

O seu colega de mesa, Guilherme Pereira Pinheiro, pós-doutor em Direito pela Universidade de Coimbra, professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e consultor Legislativo na Câmara dos Deputados, acredita que a importância da Lei é de três ordens. “A primeira é que representa uma extensão dos direitos do cidadão sobre seus dados, com sua participação ativa na atividade de tratamento. O segundo é que cria barreiras à atuação indevida do Estado sobre os dados pessoais, evitando manipulação e discriminações. A terceira é que a LGPD insere o Brasil no fluxo global e na economia de dados, permitindo que o país transfira e receba dados do exterior, fomentando um mercado ainda não tão desenvolvido no Brasil e que pode gerar receitas e empregos.”

Pinheiro acredita que a pandemia aumentou muito a importância da proteção de dados. “Exemplo são as tecnologias usadas em muitos países, inclusive no Brasil, para rastreamento de doentes e identificação de aglomerações. Ademais, na pandemia, questões como trabalho e ensino à distância potencializaram o abuso no uso de dados pessoais e, portanto, a LGPD vem em boa hora.”

A segunda mesa debateu o Direito à Privacidade e os Dados Pessoais. Mariana Rielli, coordenadora geral de projetos da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, garantiu que a proteção de dados é essencial em uma sociedade que é cada vez mais movida a dados pessoais e em que o uso desses dados passa a ter efeitos mais profundos e concretos sobre as nossas vidas. “Ela garante proteção contra usos inadequados e abusivos, impondo obrigações e responsabilidades às empresas e órgãos públicos, e também cria direitos específicos para o indivíduo (o titular dos dados), como de ter acesso aos dados que uma entidade tem sobre você ou de requerer o bloqueio ou exclusão de dados que sejam desnecessários ou estejam em desconformidade com a Lei. A LGPD é um ganho para a população, pois cria ‘regras do jogo’ mais claras sobre quando e como é adequado usar os seus dados pessoais e também porque ela vem desempenhando um papel de aumentar a discussão sobre o assunto e ajudar na conscientização mais ampla dos indivíduos sobre a importância dos dados pessoais e a necessidade de protegê-los.”

Para Paulo Rená da Silva Santarém, pesquisador do Centro Cultura Digital & Democracia e professor da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais (CEUB), a proteção de dados pessoais constitui um novo direito, cuja importância está em assegurar juridicamente o desenvolvimento das nossas personalidades diante dos muitos riscos decorrentes do desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação. “A população passa a ter um instrumento de defesa no contexto em que todos nossos dados digitais estão sendo coletados e processados o tempo todo, por diversas instituições públicas e privadas, e para objetivos que nem sempre conhecemos”, destacou.

A terceira mesa foi “A LGPD e as Entidades Sindicais”. O doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas, Mário Vinícius Claussen Spinelli, que é professor da FGV e da Universidade Federal de Lavras, do Curso de especialização em Compliance do CPEC da Universidade de Castilla e La Mancha e do Curso de Extensão em Compliance da PUC-RJ, acredita que as entidades sindicais devem ter atenção com os dados que possui dos bancários e com a utilização destes dados. “Sua atuação deve garantir o tratamento de dados adequado dos bancários pelos empregadores, mas também o cumprimento da LGPD pelos próprios sindicatos quando tratam os dados de seus filiados. As duas frentes fazem com que os sindicatos tenham que montar um plano de ação para garantir a aplicação da LGPD”, disse.

Spinelli, que também é o Ouvidor-Geral da Petrobras e auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União, apresentou um plano de ações, que inclui 10 medidas recomendadas para a implementação da LGPD.

Gustavo Ramos, sócio de no escritório Mauro Menezes & Advogados, Mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas pelo Centro Universitário UDF e professor em curso de pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho, buscar essa conformidade na LGPD vai demandar uma mudança cultural de toda a sociedade, sobretudo das entidades sindicais. “Buscar conformidade à LGPD demandará uma mudança cultural ampla de toda a sociedade, aí incluídas naturalmente as entidades sindicais. Será preciso a conscientização de que, uma vez na posse do dado pessoal de alguém, tal informação está sob sua responsabilidade, devendo ser protegida, por meios tecnológicos, administrativos e com ações juridicamente bem orientadas, sob pena de severas sanções administrativas e eventuais responsabilidades indenizatórias. A adequação à LGPD tem inegavelmente a perspectiva de tornar as organizações mais confiáveis, menos inoportunas e mais seguras, e constitui elemento importante para contribuir com esse movimento coletivo global de resistência à manipulação das pessoas por intermédio da utilização ilegítima de seus dados pessoais por grandes conglomerados empresariais e governos autoritários.”

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza na próxima terça-feira (23) um debate sobre a situação e as perspectivas da Pandemia do coronavírus (Covid-19) no Brasil.

O que é e devemos fazer lockdown? Qual a importância das medidas protetivas? Como está a situação dos serviços de saúde? Vacina é importante? Como está a vacinação? O Plano Nacional de Imunização (PNI) está sendo bem feito? Como ele deveria ter sido construído para que não estivéssemos nesta situação? Como devem serem tratados os setores e trabalhos essenciais em relação à vacinação? Essas são algumas das perguntas que serão respondidas durante a transmissão ao vivo, que será realizada nos perfis do Facebook e do Youtube da Contraf-CUT, a partir das 18h, pelo ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O programa vai contar também com a participação de Mauro Salles (RS), secretário de Saúde da Contraf-CUT; Rosângela Lorenzetti, dirigente do Sindicato dos Bancários de Araraquara e da Fetec/SP; Wellington Oliveira, dirigente do Sindidicato dos Bancários de Pernambuco e da Fetec NE; e Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará. Eles vão passar relatos da situação de suas regiões.

Você tem dúvidas sobre o assunto? Mande suas perguntas para os convidados pelo Instagram da Contraf-CUT ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Com a pandemia da Covid-19 em seu mais grave momento no Brasil com os seguidos recordes de mortes pela doença, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não se comprometeu com a suspender as demissões na categoria bancária, medida tomada no ano passado, no início da propagação da doença. Foi a terceira reunião neste começo de 2021 com o Comando Nacional d@s Bancári@s, sem respostas sobre medidas de segurança contra o contágio. O Comando Nacional vai organizar atividades em defesa da vida e da saúde no dia 24.

A reunião desta terça-feira (16) era para os bancos responderem se iriam voltar a suspender as demissões, como no início da pandemia. “Esperávamos que os bancos atendessem à essa reivindicação tão necessária nesse momento. Eles disseram na reunião que a demissão na categoria era pequena. Desde 2013, eles cortaram 82 mil postos de trabalho. Isso é o tamanho de um grande banco”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional.

Na última reunião, dia 11 (sexta-feira), o Comando Nacional também apresentou as reivindicações de diminuição do horário nas agências, redução das metas e fim das visitas. A Fenaban também se comprometeu a dar respostas sobre as questões, mas nada apresentou desde então. Alguns bancos se comprometeram a suspender as visitas, mas a Fenaban disse que ainda não tem como se comprometer. O Comando Nacional não vai aceitar que bancári@s sejam mandados a fazer visitas.

“Não vamos aceitar que bancárias e bancários fiquem expostos nessas visitas. Vivemos o pior momento da pandemia que o país já viu, o número de mortes não para de crescer e está na casa dos milhares”, disse a presidenta da Contraf-CUT. O Comando Nacional não abre mão das cobranças e insiste nas respostas a serem apresentadas pela Fenaban. Também serão marcadas reuniões diretamente com os bancos para checar as medidas de segurança que estão sendo adotadas em cada instituição.

Dia 24

O Comando Nacional d@s Bancári@s e a Contraf-CUT aderiram à convocação da CUT e demais centrais sindicais para o Dia Nacional de Lockdown pela Vida e pela Saúde. No dia 22, os sindicatos da categoria bancária vão realizar plenárias em suas bases para discutir formas de ação em cada local. Os sindicatos bancários vão realizar ações em suas bases com a circulação de carros de som, avisando os clientes para não irem às agências.

“Estamos na luta com outras categorias e a população contra a pandemia. Queremos que a categoria bancária seja incluída na lista de prioridades da vacina, já que estamos na linha de frente no atendimento à população. Nessas plenárias, os bancários e bancárias precisam dizer se os protocolos de segurança estão sendo cumpridos em seus bancos, se eles estão sendo obrigados a fazer visitas. Vamos denunciar caso estejam sendo obrigados a fazer visitas”, alertou Juvandia Moreira.

Live

No dia 23, a página da Contra-CUT no Facebook vai transmitir uma live com o ex-ministro da Saúde e médico sanitarista Arthur Chioro. A live começa às 18h. Chioro vai debater o momento atual da pandemia, as medias de proteção contra a covid-19 e a necessidade da vacina para a população, inclusive para a categoria bancária.

Fonte: Contraf-CUT

A reunião da mesa de negociação permanente entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e a direção do banco público, realizada nesta terça-feira (16) por videoconferência, debateu melhores condições de trabalho aos empregados durante a pandemia de Coronavírus (Covid-19). “É sempre importante lembrar que esta mesa permanente é uma conquista dos empregados. A ideia é que consigamos construir, juntamente com a direção do banco, ações que priorizem os trabalhadores”, explicou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Antes de iniciar o debate sobre os pontos da pauta, a coordenadora da CEE cobrou que a Caixa negocie e reforce junto ao governo a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PIN). Na semana passada a Contraf-CUT encaminhou ofício ao Ministério da Saúde solicitando essa inclusão, visto que a atividade bancária é considerada essencial e se mantém ativa e em funcionamento em todo o território brasileiro.

Além disso, foi reforçada a necessidade de mais contratações, além do que já foi divulgado pelo banco, para ajudar na melhoria das condições de trabalho e possibilitar, ainda, um melhor atendimento para a sociedade.

Também foram cobradas respostas aos ofícios enviados pela Contraf-CUT, como o que pede a flexibilização da entrega das certificações Anbima e a manutenção das funções; esclarecimentos sobre a instabilidade dos sistemas; da reestruturação (pauta pendente já da última mesa ocorrida) e do canal de apoio para casos de violência contra a mulher.

Trabalho remoto

A Caixa fez uma apresentação da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre teletrabalho e banco de horas. Entre os itens já apaziguados estão a disponibilização de equipamentos e cadeiras em comodato, atenção médica à saúde com avaliação específica, ação educacional sobre trabalho remoto para gestores e empregados, mudança do presencial para o remoto “por iniciativa do empregado”, entre outros.

Impasse, até então, no debate sobre o Teletrabalho, a Caixa atendeu a reivindicação dos trabalhadores e será possível a marcação do ponto. Na nova proposta há a previsão de duas modalidades para o trabalho remoto, mediante negociação entre o empregador e o gestor: sem controle da jornada de trabalho ou com controle da jornada de trabalho e banco de horas para compensação em até 12 meses.

A Comissão também reiterou a reivindicação feita na última mesa de negociação de uma ajuda de custo, pois as despesas do teletrabalho não devem ser arcados pelos trabalhadores e sim custeados pela empresa.

Sobre o banco de horas, a CEE/Caixa fez a crítica, pois, dependendo da forma que for escrito, pode impossibilitar o pagamento de horas extras aos empregados. Outro ponto importante foi a reivindicação que durante a pandemia não seja feita destituição de função e/ou rebaixamento.

O banco ficou de avaliar os apontamentos e irá disponibilizar a minuta do ACT para ser avaliada pelos representantes dos trabalhadores na próxima semana.

MFA

A Caixa fez uma apresentação sobre as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. E a importância do sistema da proteção do empregado.

O movimento sindical ressaltou que os empregados foram pegos de surpresa, o que gerou muitas dúvidas. O principal problema está no uso dos celulares próprios dos empregados, que compromete o funcionamento do aparelho, além dos gastos com internet, todos pagos pelos empregados.

“O movimento sindical não é contra as medidas de segurança para os clientes e empregados, mas essas mudanças não podem gerar custos aos trabalhadores”, explicou Fabiana. “O que será feito com os empregados que não conseguirem fazer a autenticação? Eles não podem ser penalizados por conta de mudanças no sistema”, questionou a coordenadora da CEE.

A Caixa respondeu que está avaliando a possibilidade de aplicar este reembolso aos empregados dentro do acordo de teletrabalho. Disse que a previsão é que seja, de fato, imprescindível para a realização do teletrabalho.

Os representantes dos trabalhadores salientaram o fato de que o empregado, na prática, já utiliza o aparelho celular pessoal em benefício da empresa. “A própria empresa, institucionalmente, produz comunicação para distribuição para os empregados pelo WhatsApp, que é usado como ferramenta de cobrança de metas e  meio de comunicação. Se a empresa pretende obrigar o uso do aparelho, deve fornecê-lo aos empregados, assumir os custos e regrar o uso, para que se dê dentro da jornada de trabalho e preservando o direito à desconexão.”, completou Leonardo Quadros, membro da CEE/ Caixa. “Além disso, lembramos que a cobrança de metas por mensagens eletrônicas nos telefones celulares dos empregados é pratica proibida pela CCT, e situações como o MFA acabam por encorajar esta prática”, conclui.

Sistemas

O movimento sindical cobrou a regularização dos sistemas, que apresentam instabilidades constantemente, e a não responsabilização dos empregados pelos problemas decorrentes das falhas tecnológicas.

Foram dados exemplos como: quedas e travamentos durante o dia, operações que são ou não estornadas, transações que não aparecem na fita de caixa, inúmeros problemas causando diferenças de caixa.

Essa instabilidade não só tem prejudicado o desenvolvimento das atividades dos empregados, como também tem refletido nos clientes. O IBC tem tido problemas de lentidão e dificuldades de acesso até o momento.

Protocolos de prevenção da Covid-19

A CEE cobrou que a Caixa avance nos protocolos. Mesmo nos protocolos já existentes há denúncias de que não são cumpridos, como a higienização, que não está sendo realizada de forma tempestiva, constante ou de forma correta. Itens da pauta que tiveram avanço foram a questão de instalação de protetores de acrílico nas agências e a contratação de vigilantes externos e recepcionistas para o período de pagamento do auxílio emergencial. Segundo o banco isso já está em andamento.

Os representantes dos trabalhadores ainda cobraram a limitação da quantidade de clientes por vez nas agências, aferição de temperatura para entrada na agência, o retorno do rodízio, testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado, orientação de compra pelo pronto pagamento do tipo de máscaras eficazes (M 95, Pff 2, Tripla cirúrgica), manutenção e ampliação de empregados no Projeto Remoto e revisão da lista de “serviços essenciais”.

A CEE apontou ainda que as metas e o assédio moral tem adoecido sobremaneira os bancários, além de sobrecarregar a jornada já estafante dos trabalhadores. “Na pandemia o foco não pode ser metas e sim o atendimento digno da população. Além disso, estamos cobrando o compromisso que a Caixa fez durante a Campanha Nacional, de negociar com o governo a não abertura aos sábados. Se durante a semana o foco for o atendimento, agregado com o funcionamento dos sistemas, em especial do app Caixa Tem, não existe necessidade dos colegas trabalharem aos sábados” disse Fabiana.

Mobilidade dos Empregados

A CEE cobrou que a Caixa atenda as reivindicações dos trabalhadores de mobilidade entre as agências antes das contratações dos novos empregados. Também pediu que revise o Deu Match e Equaliza, uma vez que os sistemas não tem funcionado.

A reunião foi suspensa, devido ao adiantar da hora, por conta da reunião entre o Comando e a Fenaban, marcada para o início da tarde desta terça. Um novo encontro será agendado em breve.

Entretanto, a Comissão reforçou a cobrança para que a Caixa dê respostas sobre os pontos que ficaram pendentes como:

  • Reestruturação;
  • Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
  • Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória);
  • CR444 (PQV);
  • Lives durante horário de atendimento;
  • PSIs (transparência).
  • Fim dos objetivos SMART da VIRED;
  • PSIs (transparência).

Fonte: Contraf-CUT