Maio 09, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A Lei 11.340, também conhecida como Lei Maria da Penha, foi promulgada há 13 anos com o objetivo de combater os crimes de violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral contra as mulheres. Mas, mesmo com o aumento do rigor das punições sobre os crimes domésticos, os índices de feminicídio permanecem altíssimos no Brasil.

De acordo com o Atlas da Violência 2019, ocorreram 13 homicídios de mulheres por dia no ao de 2017. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.

O estudo mostra ainda que, em 2017, mais de 221 mil mulheres procuraram delegacias de polícia para registrar episódios de agressão (lesão corporal dolosa) em decorrência de violência doméstica, número que, de acordo com a pesquisa, pode estar muito subestimado pelo fato de que muitas vítimas têm medo ou vergonha de denunciar as agressões.

Para a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, as dificuldades de implementação de políticas públicas voltadas para as mulheres são alguns dos fatores que contribuem para a violência doméstica. “Podemos observar um aumento nos números de violência a cada ano e a diminuição de políticas públicas para o combate desses crimes. De acordo com o canal 180, os números de tentativas de feminicidio superaram o semestre passado. A lei foi um enorme avanço para a nossa luta, porém precisamos que ela seja, de fato, aplicada e que o governo invista em projetos de conscientização e de combate ao feminicídio”, afirmou.

Além da falta de investimento, a possibilidade de que cada vez mais cidadãos tenham uma arma de fogo dentro de casa, como propõe o governo Bolsonaro, tende a vulnerabilizar ainda mais a vida de mulheres em situação de violência. “As propostas do governo, como a que propõe a liberação de armas, atacam as mulheres e favorecem a instalação do clima de ódio e violência no país”, disse.

Nesta quarta-feira (7), mulheres se mobilizam com atos contra a violência em todo o país

Campanha de Valorização da Diversidade

A Campanha de Valorização da Diversidade é uma conquista da categoria bancária obtida nas mesas de negociação com a Fenaban e tem o objetivo combater a política discriminatória nos locais de trabalho e na sociedade. Além de conscientizar a população contra a violência, também promove atitudes inclusivas e oportunidades igualitárias.

A Campanha acontece ao mesmo tempo em que é aplicado o 3º Censo da Diversidade.

Fonte: Contraf-CUT

O movimento sindical garantiu alguns avanços na reunião do Comitê de Relações Trabalhista com o banco Santander, realizada na quinta-feira 1º de agosto. Na pauta havia pontos como a data do último dia trabalhado (DUT ) direcionada; a certificação para trabalhadores afastados; a retirada de portas giratórias das agências; a remoção de vigilantes de pontos de atendimento bancário (PABs ); o reajuste do quilômetro rodado; a definição de teto de coparticipação no plano de saúde dos funcionários; que o plano de saúde seja administrado pela Cabesp; e problemas enfrentados pelos trabalhadores para o retorno ao trabalho após afastamento pelo INSS.

Prazo insuficiente para tirar certificações

O Santander tem estabelecido prazo para que os trabalhadores tirem suas certificações, porém, aqueles que estavam afastados e retornaram ao trabalho são pressionados a tirarem as certificações. Alguns chegaram a receber carta de advertência, o que tem causado apreensão e até o agravamento das doenças.

O movimento sindical conquistou prazo de 60 dias para os trabalhadores que não tinham exigência para certificação, mas agora têm. O mesmo prazo foi garantido para aqueles que estavam afastados e estão com a certificação vencida.

O banco alegou que, em média, as pessoas levam 35 dias para se certificar e que os problemas pontuais devem ser levados para o RH.

Reajuste do quilômetro rodado

Em negociação ocorrida em abril, foi conquistado o reajuste do valor do quilômetro rodado, que passou de R$ 0,71 para R$ 0,89, índice que estava defasado desde novembro de 2017. Além disso ficou definido que a majoração passará a ser anual. Na negociação do dia 1º de agosto foi garantido que esse reajuste será com base no IPCA, mais vantajoso para os trabalhadores, e não mais pelo IGP-M.

Retirada de porta giratória

O Santander está retirando as portas de segurança de diversas agências. Disse vai mantê-las apenas nas agências dos estados e municípios com leis que exigem esse dispositivo e que não vai reinstalá-las nas demais localidades. A alegação é a de que mudanças implantadas nas agências as tornam menos atrativas para assaltantes.

Segundo os dados apresentados pelo banco, nos últimos 90 dias não houve assaltos nas agências sem a porta de segurança.

O banco afirmou, ainda, que está implantando sistemas mais modernos que irão substituir a guarda de chaves do banco. Também foram apresentados outros dispositivos de segurança que já estão instalados.

Retirada de Vigilantes

Nos pontos de atendimento (PAs) – unidades que só fazem atendimento gerencial e negócios –, o banco mudou o plano de segurança e retirou, não só as portas giratórias, como também os vigilantes.

O movimento sindical reivindicou o retorno dos vigilantes a estes locais, a fim de garantir a segurança dos funcionários e clientes que ficam expostos a “assaltantes de ocasião”, além de riscos à integridade, como assédio sexual e agressões físicas e verbais.

“Reivindicamos que o banco coloque comunicados nas agências a fim de informar a respeito dos novos dispositivos de segurança com o intuito de inibir também os chamados ‘assaltantes de oportunidade’”, afirmou a coordenadora da Comissão de Organização do Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

O banco se comprometeu a analisar a questão e a dar retorno até a semana no dia 5 de agosto.

Plano de Saúde

O movimento sindical criticou o aumento abusivo no valor da mensalidade e coparticipação do plano de saúde, que tem levado muitos trabalhadores a reduzirem o número de consultas médicas e exames.

O banco negou a reivindicação dos trabalhadores para implantação de um teto de R$ 200 no valor da coparticipação, alegando que os custos do convênio médico seguem as regras do mercado de saúde. Informou que tem feito levantamento dos casos mais críticos e os tem encaminhado para a área de assistência social. São casos de trabalhadores que fazem tratamentos caros e contínuos que comprometem boa parte do salário.

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que o banco divulgue as regras para acessar essa ajuda extraordinária pelos veículos internos de comunicação e envie às entidades de representação. O banco ficou de analisar a questão.

“É lamentável que um banco que só com as tarifas cobradas dos clientes cobre quase duas folhas de pagamento, incluindo as despesas com assistência médica, tenha a coragem de negar algo tão importante para os trabalhadores como o cuidado da própria saúde”, protesta Maria Rosani.

Dados do lucro do Santander no 1º semestre de 2019 mostram que a receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,2% em doze meses, totalizando R$ 9,2 bilhões. O valor cobre quase duas vezes (198,3%) o total das despesas do banco com os empregados.

Problemas no retorno ao trabalho após afastamento do INSS

– Salário “zerado”: o RH desconta a íntegra do adiantamento salarial dos funcionários que tem o benefício negado pelo INSS, deixando-o sem salário quando este retorna ao trabalho. Esta medida praticada pelo banco afronta a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que foi negociada justamente para que o trabalhador afastado não fique sem remuneração nestes casos.

O movimento sindical reivindica que o desconto do adiantamento salarial seja correspondente ao, máximo de 20% do salário, a partir do retorno do trabalhador, nos casos em que a “dívida” não tenha sido quitada antes.

O banco se recusou a discutir o tema individualmente, alegando que essa questão deve ser debatida no âmbito da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os casos individuais devem ser reportados pelos sindicatos ao Santander. O banco não quer se comprometer a redigir e documentar uma política para essa questão.

O movimento sindical também reivindicou que os gerentes afastados por até 180 dias possam, no retorno ao trabalho, voltar para a agência e retomar a carteira de clientes. Os gerentes afastados por até 180 dias só poderiam mudar de agência caso haja pedido do médico assistente. Para os afastamentos superiores a 180 dias e que, porventura, perderam a carteira, terão prioridade no preenchimento das vagas correspondentes à sua função que sejam abertas nas agências da sua regional de origem.

“Apresentamos uma série de relatos que atestam que os trabalhadores nessa situação sofrem assédio moral, pois ficam ‘encostados’, sem acesso a uma série de operações, e desempenhando funções incompatíveis com seus níveis de experiências. Também ficam excluídos do sistema de remuneração variável”, relatou a coordenadora da COE do Santander.

O banco se comprometeu a analisar a questão da limitação dos acessos, mas se recusou a implantar a regra sugerida pela representação dos trabalhadores, alegando que segue a orientação do médico do trabalho.

Mudanças no formulário da Data do Último Dia Trabalhado (DUT)

O banco editou uma nova versão do documento que deveria se limitar a informar sobre o último dia trabalhado dos trabalhadores que se afastam das atividades profissionais e dão entrada na Previdência Social devido a problemas médicos, uma exigência do INSS. A nova versão do banco tenta influenciar, negativamente, a perícia médica em relação ao problema que causou o afastamento.

O movimento sindical reivindicou do banco que se limite unicamente a prestar a somente a informação do Último Dia Trabalhado, quando solicitado e conforme requerido pela autarquia previdenciária e acordado na cláusula 46ª da Convenção Coletiva de Trabalho 2018/2020.

O banco alegou que não existe nada que impeça a inclusão de informações pertinentes que ajudem o perito a tomar decisão sobre o que levou ao afastamento.

“Com essa medida o banco pretende se eximir de responsabilidade nos casos em que os trabalhadores desenvolveram doenças do trabalho, e dá argumentos para o perito não conceder benefício por acidente de trabalho. Não é papel do banco influenciar o perito a tomar uma decisão que prejudique o trabalhador”, afirmou Maria Rosani.

“É lamentável que um banco com tamanha lucratividade se recuse a atender todas as reivindicações que levamos à negociação. São demandas que atingem os trabalhadores responsáveis por quase um terço do lucro mundial da instituição espanhola”, protestou a dirigente.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do SPBancários

Os preços médios da cesta básica diminuíram, em julho, nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (6). As principais quedas foram registradas em Aracaju (-6,04%), Natal (-4,02%), Rio de Janeiro (-3,89%) e Recife (-3,81%). No ano e em 12 meses, a tendência é inversa. Em relação a 2018, o trabalhador precisa de jornada maior para adquirir os produtos e gasta mais, considerando o salário mínimo.

No período de janeiro a julho, houve queda apenas em Campo Grande (-0,66%). O Dieese apurou altas de 15,64% em Vitória, 11,90% em Recife, 11,69% em João Pessoa e 11,68% em Natal. No período acumulado em 12 meses, o preço da cesta básica subiu em todas as capitais, com destaque para Florianópolis (16,36%), Salvador (15,74%) e Brasília (15,10%). Em São Paulo, a alta foi de 12,74%.

No mês passado, a capital com cesta mais cara foi Porto Alegre: R$ 493,22. Em seguida, vêm São Paulo (R$ 493,16), Florianópolis (R$ 483,20) e Rio de Janeiro (R$ 479,28). Os menores valores, segundo o Dieese, foram apurados em Aracaju (R$ 359,95) e Salvador (R$ 372,25). Com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 4.143,55 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. Isso equivale a 4,15 vezes o mínimo oficial, de R$ 998. A proporção era de 4,22 vezes em junho e de 3,85 vezes em julho do ano passado.

O tempo médio para adquirir os produtos da cesta foi calculado em 94 horas e 25 minutos. Menos do que no mês anterior (96 horas e 57 minutos) e mais do que há um ano (86 horas e 43 minutos). O trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 46,65% de sua remuneração para comprar os produtos, ante 47,90% em junho e 42,84% um ano atrás.

De junho para julho, o Dieese registrou tendência de diminuição dos preços de feijão, tomate, banana e óleo de soja, enquanto o arroz agulhinha e o açúcar aumentaram na maior parte das capitais.

Fonte: Rede Brasil Atual

Depois da cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf CUT), em junho, e reiterada tanto pelo Grupo de Trabalho de Saúde Caixa, quanto pelo Conselho de Usuários do Saúde Caixa, a Caixa voltou atrás e vai retirar do RH 221 a exigência de contribuição mínima de 120 mesespara manter o plano após rescisão do contrato de empregado aposentado pelo INSS.

A nova versão do normativo está em fase de elaboração e será divulgada pela Caixa em breve.

Outros pontos foram acatados, como o não cancelamento do Saúde Caixa para o aposentado que não se recadastrar no período determinado. A Caixa concordou que o plano fique suspenso até que o aposentado possa realizar o recadastramento. A alteração também valerá para os filhos, maiores de 21 anos, permanentemente incapazes.

Foi informado também que o filho permanentemente incapaz, pela nova versão do RH, poderá ter renda de até 01 (um) salário mínimo para ser mantido como dependente direto após completar 21 anos, não considerando nessa conta a pensão alimentícia. Pela atual redação, filhos nessas condições somente podem ser mantidos se não tiverem nenhum tipo de rendimento.

Em outros itens questionados a patrocinadora se manteve inflexível, como no caso do casal Caixa, obrigando assim que o titular seja o de maior remuneração base.

As mudanças foram resultado do reforço das cobranças realizadas na reunião conjunta ocorrida do GT Saúde Caixa e do Conselho de Usuários do Saúde Caixa com a empresa. As alterações feriam o negociado com a categoria no Acordo Coletivo de Trabalho tal restrição, não cabendo a empresa criar novas regras. “Permanecemos vigilantes na manutenção de todos os direitos que temos no Acordo Coletivo 2018/2020, ainda mais no que se refere ao Saúde Caixa, uma das maiores conquistas dos empregados ao longo dos anos de luta” disse Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Contraf-CUT e representante da confederação nas negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

As empresas públicas federais registraram lucro de R$ 24,6 bilhões no primeiro trimestre, resultado 57,5% maior do que o apurado em igual período do ano passado. Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, os números mostram a importância de manter as empresas sob controle da União.

“As empresas estatais têm uma capacidade grande de conduzir uma estratégia para a economia que gera resultados. E esse lucro cria a possibilidade de reinvestir na infraestrutura social ou ampliar a capacidade produtiva destas empresas”, explica Clemente à Rádio Brasil Atual.

Os números divulgados no 10º Boletim das Empresas Estatais Federais, no dia 1º, em Brasília, apontam que Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Eletrobrás e Petrobras representam mais de 90% dos ativos totais e do patrimônio líquido das estatais federais.

O diretor técnico do Dieese lembra que o número de estatais caiu de 134 para 133, em março, com a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG). Ele critica o projeto privatista do governo Bolsonaro, pois despreza o potencial das empresas públicas e transfere para o mercado privado o controle de setores estratégicos para a economia e a soberania.

“Neste segundo semestre, o governo Bolsonaro quer privatizar mais empresas estatais ou desmembrá-las. A privatização tira um ativo do Estado capaz de conduzir a atividade econômica e cobrir problemas no orçamento. Então, vendê-las é abrir mão de lucros de bilhões. É um péssimo negócio, lembrando que a privatização resulta em aumento no preço das tarifas, como exemplo o setor de energia”, afirma.

Fonte: Rede Brasil Atual

Após o fim do recesso parlamentar, as atenções da Câmara dos Deputados se voltam para a “reforma” da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. Modificado em alguns pontos na Casa, o texto foi aprovado com folga em primeiro turno, com 71 votos a mais do que o necessário, e agora será encaminhado para votação em segundo turno.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende colocar o tema em pauta para votação até quinta-feira (8). Caso seja aprovada no returno – para o que precisa de pelo menos 308 votos –, a proposta irá para o Senado, onde começará a tramitar na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A relatoria será de Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Confira abaixo cinco dos pontos mais prejudiciais para o trabalhador em geral listados na proposta.

1 – Você vai trabalhar mais e ganhar menos quando se aposentar

Com a “reforma”, o trabalhador que contribui para o regime geral da Previdência Social terá que trabalhar por um período maior. A PEC 6/2019 prevê o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, hoje em 30 anos para mulheres e 35 para homens. Caso seja aprovada no Congresso Nacional, a proposta prevê que os homens só terão direito ao benefício integral com 40 anos de contribuição e idade mínima de 65. As mulheres terão de contribuir durante 35 anos e ter no mínimo 62 anos de idade.

Além de trabalhar mais, o brasileiro também vai ganhar menos em comparação com as regras atuais. Quem contribui por 15 anos hoje pode se aposentar recebendo 85% do valor da média das 80% melhores contribuições. Já no texto da “reforma”, o trabalhador vai receber 60% da média total dos salários base.

Visite também
• Minha aposentadoria – Como fica?
• Na pressão: uma plataforma digital para ter um conversinha com os parlamentares

2 – Abono salarial com alcance reduzido

Pelas regras atuais, o trabalhador que ganha até dois salários mínimos tem direito ao abono salarial do PIS/Pasep. Hoje, são 23,7 milhões de pessoas que recebem até R$ 1.996,00. O texto restringe o benefício apenas àqueles que recebem 1,37 salário-mínimo, hoje até R$ 1.364,43, reduzindo o contingente de pessoas com direito a ele a 12,7 milhões.

Um destaque apresentado chegou a ser apresentado pela oposição na votação em primeiro turno para que fosse mantida a atual faixa de renda com teto de dois salários mínimos, mas foi derrotado, por 326 votos a 164.

3 – Viúvos, viúvas e órfãos à míngua

A pensão é o benefício que ampara os dependentes do trabalhador que vier a falecer. Hoje, corresponde a 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou que teria direito a receber. Pelo texto da PEC 6/2019, a pensão por morte será paga no valor de 50% do salário + 10% para cada dependente. Ou seja, uma viúva só receberá 100% de pensão se tiver 4 filhos com idades inferiores a 21 anos. Quando atingirem a chamada maioridade absoluta, a viúva passa a receber 60.

O acúmulo de pensão e aposentadoria também passa a ser restringido. Pela proposta, serão pagos 100% do benefício de maior valor, mais a soma dos demais aplicada a limitação de 80% na faixa até um salário mínimo, 60% na faixa entre um e dois, 40% entre dois e três, 20% no segmento entre três e quatro, e 10% acima de quatro mínimos.

De acordo com dados oficiais, em 2017, 46,4% dos benefícios correspondentes a pensão por morte eram de até 1 salário mínimo e 35% estavam na faixa entre 1 e 2 salários mínimos, o que demonstra que a medida atinge de forma dura os mais pobres. Como quase toda a proposta.

Os deputados aprovaram um destaque para impedir que a pensão seja menor que o salário mínimo se for a “única fonte de renda formal” do dependente principal. Para os outros casos, a pessoa pode receber poderá receber menos: o piso será de R$ 598,80 no regime geral.

4 – Aposentadoria por invalidez será valor menor

Pelo texto da “reforma”, a aposentadoria por invalidez muda de nome e passa a se chamar aposentadoria por incapacidade permanente, restringindo o número de pessoas com direito a este benefício.

Atualmente, o trabalhador que se acidenta fora do trabalho tem direito ao benefício integral, mas, de acordo com o texto, somente terá direito a esta aposentadoria em caso de acidente de trabalho, doença profissional e doença do trabalho.
Quem se acidentou ou contraiu doença incapacitante fora do ambiente do trabalho passa a receber o mesmo benefício dos demais trabalhadores do Regime Geral de Previdência Social (RGPS): 60% sobre a média de contribuições de até 20 anos. Depois do 21º ano, o segurado terá direito a 2% a mais por ano que ultrapassar o tempo mínimo obrigatório.

Há outro problema. O artigo 201 da Constituição Federal determina que o sistema previdenciário cobre hoje eventos de “doença, invalidez, morte e idade avançada”, mas o texto da PEC 6/2019 muda a redação para “eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada”. Para especialistas, isso pode significar que segurados facultativos como donas de casa, estudantes e desempregados perderão o direito a esse tipo de benefício. O governo nega, mas a possibilidade de judicialização é real.

5 – Restrição do auxílio-doença

O auxílio-doença também terá seu valor médio reduzido caso a “reforma” seja aprovada, já que terá como base para o pagamento do benefício 100% das contribuições, e não mais 80% como é hoje.

Mas não para por aí. O texto abre a possibilidade para que qualquer modificação possa ser feita por lei complementar, já que o benefício não estaria mais na Constituição. Assim, o governo poderia fazer mudanças nas regras do auxílio doença por lei complementar, onde será preciso a maioria dos votos simples, e não como uma PEC que necessita de 60% dos votos dos parlamentares e duas votações na Câmara e no Senado.

Outro ponto que chamou a atenção dos especialistas em Previdência, é que esses benefícios têm novo enquadramento no tipo de proteção. Hoje é previsto em caso de doença ou invalidez. A reforma estabelece proteção em caso de incapacidade para o trabalho.



Com informações de Portal CUT e revista CartaCapital

Fonte: Rede Brasil Atual

A 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou, neste domingo (4), as resoluções que vão nortear o movimento sindical bancários no próximo período. Os textos são resultados dos debates acumulado nas conferências estaduais e regionais e durante os três dias de evento, que reuniu mais de 600 delegados sindicais, 395 homens e 209 mulheres, na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“A 21ª Conferência Nacional dos Bancários foi muito boa, com delegados e delegadas de quase todo o país, tanto das capitais como do interior, e tirou resoluções importantes em defesa da soberania nacional, em defesa do Brasil, em defesa do emprego, contra as privatizações das empresas públicas, que são estratégicas para que o país cresça e gere empregos. Também tirou um calendário de lutas, que é importante que todos os bancários e bancárias do Brasil se engajem”, declarou Juvandia Moreira, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Também aprovamos a defesa da mesa única, da CCT e dos acordos coletivos nacionais, reafirmando a importância da unidade nacional da categoria”, completou a presidenta da Contraf-CUT.

As resoluções versam sobre as mobilizações contra a Reforma da Previdência e contra a MP 881, que libera o trabalho aos sábados e domingos e feriados; em defesa da unidade da categoria bancária e da mesa única de negociação, em defesa da saúde, da soberania nacional, em da liberdade de imprensa e apoio ao jornalista Glenn Greenwald, pela apuração dos mandantes da morte de Marielle Franco, em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, que é um preso político e não teve julgamento justo; e a definição do calendário de lutas.

Moções

As moções aprovadas tratavam da defesa da Amazônia e um modelo de desenvolvimento com Justiça Ambiental, contra a Polícia de São Paulo e o governador do Estado João Dória, pela derrota das políticas do governo Bolsonaro, que são prejudiciais ao povo brasileiro; pela soberania nacional, em repúdio a tortura e seus defensores, contra o uso de agrotóxico e em defesa da vida, em defesa da democracia, contra a prisão de Preta Ferreira e os outros cinco militantes do movimento de moradia, pela cota mínima de mulheres, com inclusão de pelo mens 30% quando forem definidas as liberações de dirigentes dos seus locais de trabalho para a atuação sindical, e pela liberdade imediata do companheiro Daniel Ruiz.

Calendário

Os delegados e delegadas da 21ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram a participação nas atividades do calendário de luta das centrais sindicais, como as manifestações contra a reforma da Previdência (6/8) e em defesa da Educação (13/8).

Banco do Brasil
9/8 – Dia Nacional de Luta contra a reestruturação
22/8 – Dia de Luta pela Cassi
Setembro – Plenária e atividades em locais de trabalho em defesa da Cassi
Encontro Nacional sobre a Cassi
Abaixo-assinado contra a cobrança de 1/24 avos acumulado e aumento da coparticipação na Cassi

Caixa
Campanha Nacional de defesa do Saúde Caixa para todos
Conversar com os parlamentares defendendo a aprovação do PDC 956/2008 da deputada Érica Kokay, que susta a resolução 23 da CGPAR
14/8 – Atos pelo Saúde Caixa
4/9 – Atividades contra a reestruturação e em defesa do Saúde Caixa
Campanha contra o fechamento de unidades envolvendo a população das agências afetadas
Audiência Pública em todos os estados e municípios em defesa dos bancos públicos
7/10 – Apoiar a luta pela moradia
Aproveitar o público que está indo às agências da Caixa para sacar o FGTS e fazer campanhas em defesa dos bancos públicos e do FGTS

Fonte: Contraf-CUT

O economista e professor da Universidade Estadual de Campinas, Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, abriu a primeira mesa de debates deste domingo (4) na 21ª Conferência Nacional dos Bancários, sobre “futuro do trabalho, impactos e organização sindical”. Para ele, o capitalismo não é responsável pela concentração de renda, redução de empregos e aumento da desigualdade, como foi atribuído durante o último Forúm Econômico Mundial. “A desigualdade não é uma responsabilidade do desenvolvimento capitalista, esta é uma responsabilidade do avanço tecnológico. Estamos diante de uma mudança tecnológica muito profunda, que inclui redução dos postos de trabalho e obriga os trabalhadores a se adequarem aos postos existentes”, disse o economista.

Neste cenário, de acordo com Pochmann, o mercado e a economia determinam se há ou não empregos.

A inovação tecnológica está associada à redução de tempo de trabalho e é preciso atenção à disputa dos bens de produtividade. “As tecnologias nos possibilitam trabalhar de qualquer lugar e sem limite de jornada de trabalho. Nós estamos sendo mais explorados, tendo mais doenças ocupacionais, porque há mais tempo de trabalho e menos ganho. O movimento sindical precisa se organizar para reduzir o horário de trabalho e lutar pela tributação dos ganhos por produtividade, que nos ajudaria a ampliar o fundo público e alterar a idade de ingresso das pessoas no mercado de trabalho”, observou o economista.

Pochmann fez um comparativo entre a idade que os trabalhadores da chamada “classe baixa” e os da “classe alta” entram no mercado de trabalho. “O ideal seria que todos iniciassem a carreira aos 24 anos. Mas, sabemos, os filhos de rico não começam a trabalhar antes de terminar a faculdade e estudar no exterior, por isso estão mais preparados. Já os pobres, começam a trabalhar mais cedo e têm que trabalhar e estudar ao mesmo tempo, logo não conseguem competir com os mais preparados”, observou.

Luta contra a precarização

Para Marcio Pochmann, é fundamental que o movimento sindical tenha um olhar estratégico com maior qualificação sobre o futuro e renove sua atuação sindical para lutar contra a precarização do mercado de trabalho e as desigualdades. “Os sindicatos atuam de forma contemporânea com a sociedade urbana e social, mas essa atuação não é compatível com a realidade tecnológica. Os sindicatos representam apenas enquanto os trabalhadores estão no local de trabalho. O que vemos hoje é o ressurgimento de instituições totalizadoras, que reúnem milhares de pessoas. Precisamos repensar a nossa forma de atuação e não tenho dúvidas de que eventos como esse, que reúnem bancários de todo o país, pode propor uma agenda de resultados que dialogue com esse novo mercado de trabalho”, disse.

Em sua explanação, o advogado José Eymard Loguercio, da LBS advogados, disse que os trabalhadores precisam se organizar para combater a ofensiva contra a organização sindical que o governo federal prepara para o segundo semestre. Ele se refere à entrevista do secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, publicada neste domingo (4), pelo jornal Folha de S. Paulo.

Para Loguercio, essa será mais uma etapa do projeto de desconstrução da classe trabalhadora que começou com a Reforma Trabalhista. “Os principais objetivos eram levar toda lógica da relação do trabalho para a relação individual, criar novas formas de contratos de trabalho e liberar a organização produtiva.”

Na sequência, a MP 881 transformou toda lógica de interpretação do direito. “Vamos passar a ler o direito pela lógica de econômica de mercado”, explicou o advogado. “Não bastasse a desregulação, a MP 881 ainda pode liberar o trabalho aos finais de semana, sem necessidade de contratação coletiva para isso.”

Agora, tem essa nova ameaça, prometida neste domingo pelo secretário do governo. “Do ponto de vista sindical, até então, o ataque veio pelas formas de financiamento. Na reforma trabalhista e depois pela MP 873. Agora, o ataque virá de outras formas”, acredita Loguercio.

De acordo com ele, a mudança tem a ver com as novas formas do capital se organizar. “Assim como já foi feita na ditadura militar, eles vendem a mudança como forma de modernizar as relações trabalhistas. O que se avizinha é a troca da unicidade sindical por uma pluralidade sindical”, afirmou.

“Nós defendemos a liberdade sindical, mas liberdade sindical não é ausência de regulamentação, pelo contrário, é uma série garantias para organização sindical, como a liberdade de auto regular-se”, elucidou Loguércio.

Como o sistema de pluralidade é extremamente complexo – justifica o advogado – os critérios devem estar em lei, para garantir a ação sindical. “Os países que passaram por mudanças como a nossa, fizeram isso em períodos democráticos, em que foi possível negociar praticas sindicais. Se nós estamos em épocas como a nossa, vamos ter mais dificuldade, o que exige de todos nós mais conhecimento da matéria, para disputar esse espaço de negociação.”

Segundo o advogado, os próximos meses vão exigir muita unidade das centrais sindicais. “A organização será fundamental para pensar na autonomia das entidades sindicais e enfrentar essa ideia neoliberal de que o sindicato serve para atrapalhar. Nós temos uma enorme tarefa, neste momento, que será encarar um segundo semestre focado na defesa com ataques do governo, que tem como objetivo a desconstrução do movimento sindical.”

Tecnologia bancária

Dados da apresentados pela economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ao realizar uma exposição sobre “A Indústria 4.0 nos bancos”, mostram que os bancos investiram R$ 97,7 bilhões em tecnologia desde 2014. “Só o governo investe mais em tecnologia do que os bancos. Tanto no Brasil quanto no mundo”, destacou a economista.

De acordo com pesquisa realizada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as tecnologias que mais receberam investimentos em 2019 foram o BIG Data / Analitics (80%) e inteligência artificial (73%). “As tecnologias de análise de dados e de atendimento aos clientes sem a intermediação humana são as prioridades de investimentos pelos bancos na área de tecnologia”, disse a economista.

Com isso, tem crescido o volume de transações bancárias realizadas por meio tecnológico. As transações por celulares de pagamento de conta, por exemplo, cresceram 80%. Os dados apontam que, no total, 40% das transações são realizadas por celular e 20% pela internet. Apenas 5% das transações são realizadas nas agências. “E as transações por meio tecnológico vem crescendo ano a ano. São transações sem qualquer intermediação humana. E os clientes pagam cada vez mais caro por serviços que eles mesmos realizam”, observou Vivian.

Fintechs

Segundo a economista do Dieese, o Brasil tem hoje 529 fintechs. São Paulo sozinho possui 58% delas. Somadas às que estão nos outros três estados da região Sudeste, são 74,5%. Outras 17,9% estão no Sul do país. Estas empresas possuem 28 mil trabalhadores.

“O movimento sindical brasileiro está preparado para esse novo contexto tecnológico? Como será a representação e a ação sindical para esses trabalhadores nos seus locais de trabalho?” questionou a economista no final de sua explanação.

Emprego e sindicalismo bancário

Coube ao também economista do Dieese, Gustavo Machado Caversan, falar sobre o “futuro do emprego e do sindicalismo no segmento bancário”.

Caversan observou que hoje, existem 60 mil postos de trabalho a menos nos bancos do que existiam em 2012. “Isso representa mais de 11% de redução da categoria em um curto espaço de tempo”, disse.

Com base em informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o economista do Dieese, disse que das cinco principais ocupações nos bancos, em 2003, 20,4% dos postos de trabalho da categoria nos bancos privados era de caixa de banco. A segunda maior ocupação era de escriturário, com 8,9% dos postos. Apenas um dos postos era na área gerência, o terceiro, com 8,3% dos postos de trabalho. As outras duas eram chefes de serviços bancários (7,1%) e de assistente administrativo (6,8%).

Em 2017, esse quadro era totalmente diferente. Entre as cinco principais ocupações, três eram na área de gerência. Gerente de contas (16%), gerente administrativo (10%) e gerente de agência (5%). Os caixas eram apenas 13% e escriturários 4%.

“Ou seja, a maior queda foi nas ocupações da base da pirâmide: escriturários e caixas. Temos que estar atentos, pois tem sobrado apenas trabalhadores com os quais temos dificuldade de comunicação”.

Os dados do mercado de trabalho no ramo financeiro mostram os bancários tem perdido peso. “Mas, trabalhadores que não são representados pelos nossos sindicatos, fazem parte do quadro de funcionários dos bancos”, observou.

Caversan disse que dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostram que tem caído a taxa de sindicalização no mercado financeiro. “O número de associados dos sindicatos tem se mantido, mas o emprego tem crescido entre trabalhadores não representados pelos sindicatos”.

“Precisamos ter em mente que núcleo duro de trabalhadores que representamos que no qual há a maior taxa de sindicalização está se reduzindo e que um novo grupo, não representado pelos nossos sindicatos, que está crescendo. Diante disso, o que acontecerá com o número de sócios e com a taxa de sindicalização? O que acontecerá com o perfil dos sócios? Como fica o poder de barganha nas campanhas salariais? Qual a efetividade dos instrumentos de luta como greves e paralisações? Qual a capacidade de o sindicato se manter relevante enquanto ator social, não só nas lutas da categoria, mas nas lutas políticas mais gerais?”, concluiu Caversan.

Fonte: Contraf-CUT

Durante a 21ªConferência Nacional dos Bancários, a secretaria de Políticas Sociais da Contraf-CUT apresentou a Campanha de Valorização da Diversidade. A proposta é uma conquista da categoria bancária durante as mesas de negociação com a Fenaban e tem o objetivo de criar agentes da diversidade nos locais de trabalho e na sociedade para combater a discriminação e promover atitudes inclusivas e oportunidades igualitárias. A Campanha acontece ao mesmo tempo em que é aplicado o 3º Censo da Diversidade.

De acordo com Rosalina Amorim, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, dentre os compromissos do agente da diversidade está o de levantar debates nas bases. “A campanha é fundamental para o combate à discriminação. Temos que ter o compromisso de ir à base dialogar com a categoria sobre a campanha e pedir para que os bancários se cadastrem para ser agente da diversidade. ”, afirmou.

Para que a atuação dos agentes da diversidade seja efetiva, foi criada uma carta de compromisso, que determina as responsabilidades do agente:

  1. Promover o respeito à diversidade e a cultura de paz, para a construção de um ambiente mais saudável, democrático e pacífico
  2. Combater toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, negros, LGBT+, imigrantes, jovens, idosos e pessoas com deficiência.
  3. Combater a intolerância religiosa e política.
  4. Não ter, nem participar de atitudes e/ou fala machistas, racistas, LGBTfóbicas, xenofóbicas, de cunho discriminatório contra pessoas com deficiência, geracional e nem de intolerância religiosa.
  5. Defender a igualdade salarial entre homens, mulheres, brancos e negros.
  6. Não cometer assédio moral ou sexual.
  7. Defender a acessibilidade para pessoas PCD
  8. Respeitar o nome social e identidade de gênero das pessoas travestis e transexuais.
  9. Resolver os conflitos com base no diálogo e no respeito.
  10. Não silenciar diante dos casos de assédio sexual ou violência doméstica e denunciá-los aos órgãos competente.

Material da Campanha

As peças da Campanha de Valorização da Diversidade foram criadas a partir do conceito de unidade. “Cada parte com sua importância dentro da integralidade. Todas as peças, todas as diferenças, todas as cores são importantes para compor uma única sociedade, de direitos e oportunidades igualitária”, explicou Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

De acordo com ele, as mãos unidas mostram a força de cada grupo e direcionam para a hashtag:   #ninguémsoltamãodeninguém. “São estas mãos que seguram as peças do quebra-cabeças, que se unem e mostram a mesa de negociação iniciada por nossos debates, lutas e conquistas.”

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, afirmou que o desafio dessa campanha é formar agentes efetivos não só nos locais de trabalho, mas em toda a sociedade. “A Campanha de Valorização da Diversidade  faz parte de um projeto de conscientização, que começou com a aplicação do Censo da Diversidade e foi ampliado até a criação do agente. O agente da diversidade tem que ir além dos debates. Eles também terão de identificar as situações de preconceito nos locais de trabalho e na sociedade e denunciá-las aos sindicatos”, finalizou.

A mesa de apresentação da Campanha de Valorização da Diversidade contou com a participação dos membros da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência  (CGROS).

Fonte: Contraf-CUT

76% da categoria bancária é contra a Reforma da Previdência e 82% acreditam que as mudanças farão a desigualdade social no Brasil aumentar. Estes foram os principais resultados da Consulta Nacional dos Bancários, apresentada na manhã deste domingo (4), no início dos trabalhados do último dia da 21º Conferência Nacional dos Bancários.

“A consulta dos bancários é importante para orientar o nosso trabalha de base, fundamental na luta em defesa das nossas principais bandeiras. Com esses dados, sabemos quais os assuntos e quais abordagem devemos ter no dialogo cotidiano com os bancários”, afirmou Gustavo Tabatinga, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A pesquisa, realizada na base das 10 federações representadas pelo Comando Nacional dos Bancários, do início de abril ao final de maio, mostra que 79% discorda com a alteração que o governo propõe na Previdência Social, que, além de instituir a idade mínima, aumenta o tempo mínimo de contribuição para 20 anos e exige 40 anos de contribuição para receber o benefício integral. Outros 6% não souberam opinar.

“Essa consulta demonstrou mais do que a insatisfação dos bancários com a reforma da Previdência, mostrou que os bancários dominam o tema e estão prontos e mobilizados para a luta”, garantiu Tabatinga.

O número é ainda maior quando o questionamento é sobre a redução dos valores dos benefícios para idosos pobres, 88% discordam e 6% não sabem opinar. Sobre a extinção do regime solidário e a implementação do regime de capitalização individual como modelo básico para a Previdência, 69% da categoria discordam e 16% não sabem opinar.

A maioria da categoria, 78%, também é contra o aumento da idade mínima e o tempo de contribuição para que as mulheres se aposentem.

Metas

Quando o tema da pergunta é a pressão pelo cumprimento de metas que leva muitos bancários ao adoecimento e, consequentemente, a fazer uso de medicação controlada, 54% dos que responderam conhecem alguém que já fez uso de medicação e 32% revelaram que já usaram.

Bancos públicos

Outra bandeira fundamental da categoria atualmente, a defesa dos bancos públicos é classificada como muito importante por 72% dos trabalhadores e como importante por 17%.

A 21º Conferência Nacional dos Bancários continua neste domingo com o debate sobre o futuro do trabalho, impactos e organização sindical.

Fonte: Contraf-CUT