Os preços médios da cesta básica diminuíram, em julho, nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (6). As principais quedas foram registradas em Aracaju (-6,04%), Natal (-4,02%), Rio de Janeiro (-3,89%) e Recife (-3,81%). No ano e em 12 meses, a tendência é inversa. Em relação a 2018, o trabalhador precisa de jornada maior para adquirir os produtos e gasta mais, considerando o salário mínimo.
No período de janeiro a julho, houve queda apenas em Campo Grande (-0,66%). O Dieese apurou altas de 15,64% em Vitória, 11,90% em Recife, 11,69% em João Pessoa e 11,68% em Natal. No período acumulado em 12 meses, o preço da cesta básica subiu em todas as capitais, com destaque para Florianópolis (16,36%), Salvador (15,74%) e Brasília (15,10%). Em São Paulo, a alta foi de 12,74%.
No mês passado, a capital com cesta mais cara foi Porto Alegre: R$ 493,22. Em seguida, vêm São Paulo (R$ 493,16), Florianópolis (R$ 483,20) e Rio de Janeiro (R$ 479,28). Os menores valores, segundo o Dieese, foram apurados em Aracaju (R$ 359,95) e Salvador (R$ 372,25). Com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 4.143,55 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família de quatro pessoas. Isso equivale a 4,15 vezes o mínimo oficial, de R$ 998. A proporção era de 4,22 vezes em junho e de 3,85 vezes em julho do ano passado.
O tempo médio para adquirir os produtos da cesta foi calculado em 94 horas e 25 minutos. Menos do que no mês anterior (96 horas e 57 minutos) e mais do que há um ano (86 horas e 43 minutos). O trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 46,65% de sua remuneração para comprar os produtos, ante 47,90% em junho e 42,84% um ano atrás.
De junho para julho, o Dieese registrou tendência de diminuição dos preços de feijão, tomate, banana e óleo de soja, enquanto o arroz agulhinha e o açúcar aumentaram na maior parte das capitais.
Fonte: Rede Brasil Atual