Maio 09, 2025
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A terceira onda de manifestações em defesa da educação pública começou pelas cidades do Norte e Nordeste do país na manhã desta terça-feira (13). Protestos nas capitais do Pará, Ceará e Bahia reuniram estudantes, professores e trabalhadores de diversas categorias. Além do corte de verbas em universidades e institutos federais determinado pelo governo Bolsonaro, eles também se manifestam contra o programa Future-se, que pretende ampliar a participação do investimento privado nas instituições públicas de ensino superior.

A proposta de “reforma” da Previdência, aprovada na Câmara e enviada ao Senado, também está na pauta das bandeiras de lutas dos manifestantes, que também lembraram como “traidores” os deputados que votaram a favor da proposta durante a primeira fase de tramitação.

Ceará

Estudantes se reuniram na Avenida 13 de Maio, no Benfica, bairro universitário da capital cearense, onde fica a sede a Universidade Federal do Ceará (UFC), e saíram em passeata pelas ruas do centro. Os cortes e o Future-se foram classificados como “pacote maldito” do governo Bolsonaro para a educação. Os trabalhadores que participavam da manifestação traziam cartazes com fotos dos 11 deputados do estado que votaram a favor da “reforma” da Previdência. Eles também pressionaram o senador Tasso Jereissati (PSDB), o mais rico dos representantes do Senado, escolhido relator da proposta que dificulta o acesso às aposentadorias.

“Mais uma vez ocupamos às ruas de Fortaleza e dos principais municípios do Ceará para nos posicionar contra a reforma da Previdência. Acreditamos que ainda é possível reverter esse cenário. Estamos nos posicionando contrários ao pacote maldito do governo Bolsonaro contra a educação. Não tem outro caminho a não ser ocupar as ruas”, afirmou o presidente da CUT-CE, Will Pereira.

A estudante da UFC Clara Souza destacou a postura ativa dos estudantes para resistir contra os desmandos do governo. “A gente está ativamente na rua, nos posicionando contra os cortes pela terceira vez. A gente não pode se calar. Estamos vendo a universidade pública sofrer um desmonte, com a perda de bolsas de estudo, de investimentos. Tivemos um corte de R$ 95 milhões. Não podemos aceitar, porque a universidade pública é um direito de todo mundo, e jamais tem que ser paga ou privatizada.”

Alagoas

Em Maceió, estudantes e trabalhadores se concentraram nos arredores do Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), o principal complexo educacional do estado. Segundo a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) Lenilda Lima, o governo Bolsonaro vem “destruindo a educação pública”. “Na última ação foram cortados mais de R$ 384 milhões do livro didático”, destacou em entrevista ao portal G1. A estudante secundarista Janaína Soares afirmou que não é possível imaginar um país sem educação. “Não faz sentido tantos cortes. Por isso estamos na rua.”

Bahia

Em Salvador, os manifestantes se reuniram na Praça Campo Grande, nos arredores da reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Para o professor de Educação Física Uendel Raposo a educação não é prioridade para o governo Bolsonaro. “Isso fica claro através dos cortes, que chamam de contingenciamento. Mas são fortes diretos que acredito ser uma forma de retaliação”, afirmou ao jornal A Tarde.  A vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) na Bahia, Carolina Nunes, destacou a mobilização dos estudantes e  afirmou que o atual governo “valoriza mais os cursos que vão te ingressar no mercado de trabalho como uma máquina, do que os que valorizam o estudo crítico”.

“Bolsonaro abre a boca apenas para detratar o povo brasileiro, para discriminar os nordestinos, negros e indígenas, odiar as mulheres e mandar matar a comunidade LGBT, que é a vontade dele. Estamos de pé, e vamos reagir a esses ataques. As universidades tiveram corte de R$ 6 bilhões, a maior da história da educação brasileira”, afirmou a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), no protesto em Salvador.

 

Pará

Em Belém, os manifestantes se concentraram na Praça da República, no início da manhã, e saíram em caminhada pelas ruas do centro da capital. O Estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA) Eduardo Protásio diz que Future-se vai subordinar as universidades aos interesses dos seus patrocinadores. “A grande verdade é que o Future-se desvincula a verba pública que garante o funcionamento das universidades, passando a vinculá-la a uma administração econômica e política das grandes empresas. Se isso ocorrer, toda a linha de pesquisa e ensino das instituições federais passa a ser vinculadas a esses interesses”, afirmou à reportagem do Brasil de Fato.

Para a jornalista que participa do protesto junto com os estudantes, a educação é tratada como “vilã” pelo atual governo. “A educação está veiculada a absolutamente todo o nosso entendimento de política, de sociedade. A defesa das universidades é a defesa do mundo intelectual, da informação, da formação crítica. Quem vilaniza uma coisa dessas não pode estar a favor do país nem de democracia nenhuma. Por isso, a gente está aqui hoje”.

Também foram registrados protestos em defesa da educação nas cidades de Caruaru, Petrolina, Palmares, Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e Tefé, no Amazonas. Outras capitais do Norte e Nordeste, como Rio Branco, Manaus, João Pessoa e Recife, terão atos na parte da tarde, assim como as capitais do Sul e Sudeste do país.

Interior paulista

As cidades de Campinas e São Carlos, que tem importantes pólos universitários, e Sorocaba, no também no interior de São Paulo, registraram protestos em defesa da educação durante a manhã. Estudantes e professores realizaram marchas e aulas públicas para alertar a população sobre os efeitos dos cortes na área.

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Imagens do em São Carlos-SP.

 
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Fonte: Rede Brasil Atual

Sindicatos dos bancários de todo o país realizam, nesta quarta-feira (14), atos em defesa do Saúde Caixa para Todos e pela contratação de mais empregados. A data foi definida no 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa, realizado nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo.

O objetivo é reforçar a mobilização contra a resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), que estabelece um teto para o custeio pelas empresas estatais federais sobre benefícios de assistência à saúde dos empregados.

“O Saúde Caixa é fruto da luta dos empregados da Caixa e essa atual direção da Caixa vem cometendo uma atrocidade, uma desumanidade, ao empregar os trabalhadores PCDs (Pessoas com Deficiência)”, criticou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa), Dionísio Reis.

Por ordem da Justiça, a Caixa vai ter que contratar PCDs para cumprir a cota mínima de 5% de funcionários com deficiência, mas se recusa a incluí-los no Saúde Caixa, o plano de saúde dos empregados. O banco alega que a CGPAR 23 o proíbe de incluir novos contratados no Saúde Caixa.

“A contratação desses trabalhadores é uma conquista dos empregados da Caixa. Agora, estamos lutando para que o banco cumpra o Acordo Coletivo e forneça plano de saúde para esses trabalhadores e que o plano de saúde seja o Saúde Caixa para todos os empregados da ativa, os aposentados e para os novos trabalhadores”

Panfleto para os atos

Os sindicatos vão dialogar com os empregados da Caixa em todo o Brasil. “Estão sendo contratados mais de 2.000 PCDs em todo o país, segundo as informações que nos foram passadas pela imprensa. Estamos nos comunicando com as GIPES, nas gestões de pessoas, com esses trabalhadores e discutindo com eles a importância de defender os nossos direitos”, explicou o coordenador da CEE/Caixa.

Um material específico para os atos desta quarta-feira foi enviado por e-mail e está disponível na área restrita do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) para todos os sindicatos e federações filiados.

Dionísio também disse que o Saúde Caixa é uma das principais pautas da reunião da mesa de negociações com o banco, que acontecerá no dia 27 de agosto. “A gente vai fazer de tudo que for possível para que esses trabalhadores não fiquem sem plano de saúde”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT/ Paulo Flores

O profissionalismo na administração pública somente ganhou dimensão nacional a partir da década de 1930, com a implantação do Estado moderno no Brasil. Com o Departamento Administrativo do Setor Público (Dasp), em 1938, o funcionamento da máquina pública foi progressivamente qualificado tecnicamente, elevando sua eficiência e produtividade, cujas funções ampliaram-se desde a elaboração da proposta orçamentária, a realização de concursos para o ingresso no disputadíssimo funcionalismo, o estabelecimento das carreiras de Estado, entre outras.

Assim, entre as décadas de 1930 e 1980, a burocracia pública se tornou, em geral, componente fundamental para o avanço do notável projeto soberano do desenvolvimento nacional. Mesmo durante o regime autoritário, a reforma administrativa nos anos de 1960 constituiu nova tecnocracia dirigente e desenvolvimentista.

Na “Era dos Fernandos” (Collor, 1990-1992, e Cardoso, 1995-2002), contudo, a diversidade neoliberal nas alterações implementadas no interior do Estado terminou por desvirtuar completamente o sentido de administração pública comprometida com algum projeto soberano do desenvolvimento nacional. A introdução da lógica privatista na máquina pública levou ao aprofundamento do carreirismo, patrimonialismo e corrupção, cujo topo superior administrativo descolou-se, cada vez mais, do sentido geral da soberania e brasilidade.

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difusão da metodologia neoliberal nos concursos públicos e cursos voltados à atualização administrativa contratados a “preço de ouro” de algumas instituições privadas de ensino inoculou o vírus contrária ao Estado na visão da elite administrativa civil e militar. Assim, para poder ascender na hierarquia do serviço público, a certificação necessária, concedida pela proliferação de qualificações privadas contrárias à burocracia estatal, reconstituiu uma espécie de estamento administrativo neoliberal no interior o Estado, comprometido quase exclusivamente com interesses corporativos, quando não individuais.

Nesse sentido, o ordenador da despesa pública, por exemplo, passou a ganhar cada vez menos, enquanto o funcionário alocado nos órgãos de controle teve elevado a sua remuneração para o teto da administração pública. Contraditoriamente, os avanços na governança corporativa e controle integrado instalado no âmbito da União pelos poderes Legislativo (Tribunal de Contas da União – TCU) e executivo (Controladoria-Geral da União – CGU; Advocacia-Geral da União – AGU), Ministério Público da União (MPU) e outros, que conformaram o sistema “U”, não tornou necessariamente a administração pública mais eficiente, tampouco, menos corrupta.

Com a instalação da Operação Lava Jato em 2014, o controle sobre as finanças públicas ganhou ainda mais relevância, tendo sido decisiva para o aprofundamento da trajetória regressiva da economia brasileira ao longo da segunda metade da década de 2010. Concomitante com a reafirmação do receituário neoliberal de saída para a crise na qual a economia se encontra atolada desde 2015, o Brasil retrocedeu substancialmente para terminar completando, em 2019, a primeira década perdida do século 21.

Nos anos de 2010-2014, por exemplo, a economia brasileira – sem a existência da operação Lava Jato – cresceu 3,2% como média anual, enquanto na segunda metade da década de 2010 – com a presença da operação Lava Jato – o país regrediu, em média, 1% ao ano. Com isso, o desempenho do PIB acaba sendo de apenas 1,1% como média anual no último decênio.

Concomitante com o golpe de 2016, a Lava Jato contribuiu para colocar fim à perspectiva de projeto da nação, aprofundando a polarização no interior da sociedade a tal ponto de inviabilizar possível convergência de interesses internos em torno do estabelecimento de alvissareiro rumo ao país. Nesse cenário, o horizonte do depauperamento nacional dificilmente poderá ser estancado, ainda mais quando as recentes divulgações do The Intercept Brasil apontam a Operação Lava Jato enquanto projeto de poder, que contribuiu na retirada da presidenta democraticamente eleita e no impedimento da candidatura presidencial de Lula, bem como associada à artificialidade do protagonismo das vaidades, do personalismo e, inclusive, do enriquecimento a partir do uso do serviço público submetido à lógica privada.

A democratização e a higienização da lógica privatista constituem requisitos fundantes de uma reforma profunda que restabeleça as bases e funções do Estado neste início do século 21 enquanto parte necessária da solução conjunta com a sociedade dos dilemas nacionais, não mais como centro dos problemas do país.


Bancários se juntam a estudantes, professores e trabalhadores de várias categorias, nesta terça-feira (13), nas atividades do Dia Nacional de Mobilizações contra a Reforma da Previdência e em defesa da educação. Estão programados atos em vários estados do Brasil.

Para a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, os cortes nos investimentos para a educação e a proposta de alterações da Previdência só visam retirar direitos dos trabalhadores, assim como foi feito com a reforma trabalhista. “Ao contrário do que o governo diz, a reforma da Previdência vai continuar beneficiando os mais ricos e os empresários. Enquanto, os pobres, que mais necessitam, terão que trabalhar muito mais para conseguir se aposentar”, afirmou a dirigente, que convocou todos os trabalhadores para irem às ruas nesta terça. “Precisamos pressionar os senadores para que votem contra esse desmonte e defendam os direitos dos trabalhadores”, completou Juvandia.

“O ato desta terça-feira é apenas o começo. Temos que denunciar os deputados que aprovaram a reforma. Sabemos onde cada um deles tem mais votos. Temos que mostrar em cada uma das cidades quem votou contra os trabalhadores”, disse. “Ao fazer a denúncia dos deputados, mostramos também aos senadores que, se votarem contra os trabalhadores, sofrerão as mesmas consequências”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Dentre as mudanças propostas para a Previdência, está a instituição da obrigatoriedade de idade mínima para aposentadoria, que passa a ser de 65 anos para os homens e 62 para mulheres. Além disso, para receber 100% do benefício, o trabalhador deverá contribuir por 40 anos. O tempo mínimo de contribuição será de 15 anos para mulheres e de 20 anos para homens. Neste caso, receberão apenas 60% do benefício.

O cálculo do benefício também muda, reduzindo os valores que serão pagos aos trabalhadores. Atualmente, os valores são calculados levando em conta 80% dos maiores salários de contribuição. Apenas os maiores valores são utilizados no cálculo. Com a reforma da Previdência, os valores passam a ser calculados pelo total das contribuições, mesmo as de menor valor. Isso derruba o valor médio das contribuições e leva à redução do benefício a ser pago aos trabalhadores.

Na Pressão


Ainda há tempo para lutar contra a aprovação da reforma da Previdência. Além de se mobilizarem nas ruas de todo o país, os trabalhadores podem enviar mensagens e pressionar os senadores a votarem contra a proposta que, se aprovada, tornará quase impossível o sonho da aposentadoria.

O site “Na Pressão” é uma ferramenta criada pela Secretaria de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para o envio de e-mails ou mensagens pelas redes sociais ou telefone para parlamentares, juízes, ministros e qualquer outra autoridade que represente o povo brasileiro.

O “Na Pressão” está disponível para todos os sindicatos, entidades e movimentos sociais parceiros, podendo ser usado em campanhas específicas dirigidas a instâncias regionais ou locais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Fonte: Contraf-CUT

Estudantes secundaristas, do ensino universitário e da pós-graduação realizam protestos, atos e passeatas, por todo o país, nesta terça-feira (13), contra os cortes do governo Bolsonaro na educação. O objetivo é retomar, com apoio de movimentos sociais, as manifestações de maio, que ficaram conhecidas como “tsunami”. Desde o início do ano, universidades e institutos federais perderam R$ 5,84 bilhões em verbas, ameaçando o funcionamento de alguns campi universitários, que podem ter que suspender suas atividades, a partir de outubro. A falta de recursos não atinge apenas o ensino superior, mas atinge também a educação básica.

As restrições orçamentárias também devem atingir as pesquisas, que também podem ser paralisadas a partir do mês, não apenas por conta do corte de 2.700 bolsas, anunciado pelo Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), mas também pela falta de recursos para manter os laboratórios funcionando.

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Os estudantes também saem às ruas contra a projeto Future-se, apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a ampliação do financiamento privado no ensino superior, o que deve levar a um sucateamento ainda maior das universidades. Neste domingo (11), para lembrar o Dia Nacional do Estudante, além dos 81 anos de fundação da União Nacional dos Estudantes (UNE), eles realizaram uma aula pública, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, para alertar a população sobre a “situação dramática” da educação.

“Parcerias com a iniciativa privada já existem em todas as universidades, e não pode suplantar o principal papel dessas instituições, que é produzir conhecimento para solucionar os problemas sociais do nosso país”, afirmou o presidente da UNE, Iago Montalvão, em alusão ao Future-se. “A universidade pública não vai conseguir sobreviver, se não houver investimentos públicos.” Na semana passada, o governo Bolsonaro retirou mais R$1 bilhão da educação para comprar votos de parlamentares pela aprovação da “reforma” da Previdência – tema que também pauta as manifestações do chamado #13A.

Segundo o presidente da UNE, o corte de 30% nos recursos de custeio das universidades, decretado em maio pelo MEC, atingiu verbas que seriam utilizadas para pagar serviços básicos, como água, luz, limpeza, além de materiais de laboratório. “O que os reitores estão dizendo é que, até o próximo mês, muitas universidades podem parar de funcionar porque não têm recursos para pagar esses serviços básicos.”

Reunião e repressão

Na última quarta-feira (6), representantes da UNE se reuniram com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, para pressionar pela liberação de recursos para as universidades e institutos federais. Segundo, Montalvão, o ministro não apresentou qualquer solução para aquilo que o governo vem chamando de “contingenciamento”.

Em vez de aprofundar o diálogo, Weintraub preferiu requerer ao ministro da Justiça, Sergio Moro, a utilização da Guarda Nacional para coibir os protestos dos estudantes. Prevista para agir, inicialmente, na Esplanada dos Ministérios, os soldados da guarda poderão atuar também em campi das universidades federais em qualquer cidade do pais.

Para o presidente da UNE, a iniciativa é uma tentativa do governo para amedrontar as pessoas e desestimulá-las a participar das manifestações, mas poderá ter efeito contrário. “Quando fazem isso, deixam as pessoas ainda mais indignadas com os ataques à democracia, e vai fazer com que mais gente participe. Mas nós vamos procurar também ações jurídicas, ver se há possibilidade de contestar esse tipo de medida.”

Programação

Segundo Iago Montalvão, as manifestações do “tsunami pela educação” devem ocorrer em pelos menos 80 municípios do país, incluindo capitais e grandes cidades. Na capital paulista, os estudantes se reúnem a partir das 15h, em frente ao Masp.  Será a terceira vez que eles ocuparão às ruas do país contra os cortes do governo Bolsonaro. Em 15 de maio, o primeiro “tsunami” pela educação reuniu mais de 1 milhão de pessoas. Duas semanas depois, em 30 de maio, também reuniu milhares de pessoas nas principais cidades do país.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

 

Os empregados da Caixa realizam na próxima quarta-feira (14) o lançamento da campanha “Saúde Caixa para Todos”. A data foi definida durante o último Congresso Nacional dos empregados da Caixa (Conecef), realizado no início de agosto. “Vamos reforçar a importância da mobilização contra o CGPAR 23, que destrói nossos planos de saúde, mas também reforçando a inclusão dos novos empregados, em especial as pessoas com deficiência. A Caixa é o que é graças aos empregados. Mobilizados nós avançamos”, afirmou Fabiana Uehara, coordenadora do GT Saúde Caixa, secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e representante da confederação nas negociações com o banco.

O governo Bolsonaro tem propagandeado que a Caixa seria o “banco da inclusão” por conta da convocação de duas mil pessoas com deficiência, decisão só tomada após a judicialização do evidente desrespeito pela Caixa da lei de cotas para PCDs, mas na prática o banco descrimina os trabalhadores.

O banco interpôs recurso contra a decisão do TRT da 10ª Região, que condenou a Caixa a cumprir, imediatamente, a cota legal de contratação de pessoas com deficiência (PCD), como prevê a Lei 8.213/91. Em análise do recurso, a presidente do TRT10 sobrestou o processamento do recurso da Caixa. Ou seja, o processo aguardará julgamento do STF sobre a competência para processar e julgar demandas quanto a concursos e admissão de novos empregados em empresa pública. Apenas quando o STF decidir se a Justiça do Trabalho é competente para apreciar esse tipo de matéria, a ação civil pública (ACP) retornará ao seu curso.

“Dados da própria Caixa mostram que o índice de trabalhadores com deficiência é de apenas 1,42%, menos de 1/3 do exigido pela legislação [5%]. A convocação desses trabalhadores, aprovados no concurso de 2014, é fruto de ação judicial impetrada pela Contraf-CUT, que conta com o Sindicato como assistente. Agora, mesmo alardeando essas contratações como política de inclusão do governo, a Caixa apresentou recurso, escancarando a hipocrisia da sua direção e do próprio governo”, critica o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

Além de utilizar a contratação de pessoas com deficiência para manipular a opinião pública em favor do governo, a direção da Caixa está discriminando os trabalhadores convocados. De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato, o banco tem informado aos PCDs que a contração deles não dá direito ao plano de saúde da instituição, o Saúde Caixa.

“É um completo absurdo! É discriminação escancarada contra os trabalhadores com deficiência. Inclusive, soubemos de convocados que desistiram da posse ao serem informados que não terão direito ao plano de saúde. Essa atitude desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados, que garantiu após difícil negociação, amparada na luta dos bancários, o Saúde Caixa para todos”, enfatiza Dionísio.

Cobrança

Na última sexta-feira (9), a CEE cobrou da direção da Caixa uma resposta ao ofício enviado em março, que requereu o cumprimento do parágrafo oitavo da cláusula 32 do ACT, com a apresentação de relatório atuarial e balancetes mensais do exercício de 2017. O documento cobrou também dados e documentos para possibilitar uma melhor análise do Saúde Caixa e, por consequência, viabilizar a boa-fé da negociação coletiva, com base no princípio da transparência.

Fonte: Contraf-CUT

O lucro somado dos quatro maiores bancos de capital aberto do país (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, e Santander) no primeiro semestre de 2019 chegou a R$ 42,9 bilhões, com crescimento médio de 20,4% em doze meses e rentabilidade variando entre 17,4%, no Banco do Brasil (BB) e 23,6% no Itaú Unibanco. No caso do Santander, a unidade brasileira foi responsável por 29% do resultado global do banco.

Os principais motivos da alta dos lucros dos bancos no 1º trimestre do ano, segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) são o crescimento das carteiras de crédito e das receitas com essas operações (exceto no Banco do Brasil); a alta no resultado com seguros (Bradesco); a redução das despesas com captação no mercado (exceto BB); a redução das despesas com Provisão para Débitos Duvidosos – PDD (Santander e BB); o controle das despesas com pessoal; o crescimento das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias; a redução com despesa de operações de empréstimos, cessões e repasses (BB); e a utilização de créditos tributários (BB).

A verdade é que, como observa um texto publicado no site Reconta Aí, “faça chuva ou faça sol, os bancos não param de lucrar”.

Ativos trilionários

Os ativos somados destes quatro bancos somam R$ 5,4 trilhões, com alta média de 8,7% em relação a junho de 2018. A carteira de crédito total dos três bancos juntos atingiu R$ 2,3 trilhões, com alta de 4,7% no período. Somente a carteira do BB apresentou queda (-0,4%).

No segmento de Pessoa Física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados / crédito pessoal, cartão de crédito e veículos.

Para Pessoa Jurídica, o segmento de micro, pequenas e médias empresas, apresentou variações mais expressivas do que o de grandes empresas.

Com o crescimento das carteiras de crédito dos bancos, as despesas com devedores duvidosos (PDD) tendem a crescer, mas, elas apresentaram queda no Santander (-2,0%) e no BB (-11,6%). No Bradesco, essas despesas tiveram alta em maior proporção do que o crescimento da respectiva carteira (18,5%, enquanto a carteira cresceu 8,7%).

Nas costas dos clientes e dos bancários

Os bancos seguem ganhando com a prestação de serviços e a cobrança de tarifas. No 1º semestre de 2019, um total de R$ 55,8 bilhões saíram dos bolsos dos clientes e foram parar nas contas dos bancos. Em média 5,3% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Essa receita secundária cobre com folga as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se, nessa conta, o pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR). A cobertura das despesas de pessoal mais PLR por essa receita secundária dos bancos variou entre 115% (no BB) e 198,3% (no Santander – cobrindo quase duas folhas de pagamento). No Itaú, a cobertura foi de 161,0%.

Com relação aos postos de trabalho nos bancos o saldo foi negativo no Itaú e no BB. Nos dois bancos foram fechados 983 e 1.507 postos, respectivamente, em doze meses. No caso do Itaú, o banco aponta que esse saldo negativo se deve ao fechamento de agências no período.

No Santander, foram abertos 904 novos postos de trabalho, enquanto no Bradesco, o saldo foi 1.515 novos postos abertos para atender a ampliação da área de negócios do banco.

Digitalização das agências

Quanto à rede de agências, Santander abriu 40 novas agências em doze meses. No Itaú, por sua vez, foram fechadas 199 agências físicas no mesmo período (195 apenas no segundo trimestre) e abertas 36 agências digitais, as quais já somam 196 unidades. Bradesco e Banco do Brasil fecharam, respectivamente, 119 e 48 unidades, em um ano. O BB já conta com 162 escritórios (agências) digitais, 9 deles foram abertos de junho de 2018 a junho de 2019.

As apostas e os investimentos dos bancos seguem no sentido da priorização pelo atendimento digital. Agências digitais, agências-café (com outros espaços e serviços no mesmo ambiente do atendimento bancário – o que traz grandes preocupações quanto a segurança desses ambientes; além da condição de trabalho/saúde desses bancários), aplicativos para smartphones, inteligência artificial, entre outros.

Fonte: Contraf-CUT, com informações do Dieese

Num país onde mais de 13 milhões de pessoas estão desempregadas, são grandes as dificuldades para se encaixar nas vagas de emprego existentes nas empresas. Essa batalha se torna ainda mais difícil quando as exigências para os cargos são atropeladas pela discriminação e preconceito nos ambientes de trabalho.

Este é o caso dos bancários PCDs. De acordo com o Censo da Diversidade Bancária, ainda é pequena a participação de pessoas com deficiência nos bancos do país.

No 1º Censo, realizado em 2008, foi registrado 1,8% de pessoas com deficiência nos bancos. Quatro anos depois, no 2º Censo, os PCDs representavam 3,6% do total do quadro. Um número ainda muito baixo para a representação da diversidade no setor bancário, de acordo com Rosalina Amorim, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

“A evolução, mesmo que pequena, do número de PCDs nos bancos é resultado de muita luta e discussões da representação dos trabalhadores com a Fenaban, durante as mesas de negociação da categoria. Mas, ainda é preciso avançar e aumentar esse número”, disse Rosalina Amorim.

Quando o assunto é ascensão profissional e tempo de casa, as pessoas com deficiência também encontram obstáculos. Dados do 2º Censo da Diversidade apontam que 30% dos PCDs estão há mais de 10 anos no banco. A média do setor é de 38,8%.

A secretária de Políticas Sociais afirmou que os bancários foram uma das primeiras categorias no país a debater o tema da igualdade de oportunidades, com a organização de coletivos desde 1990. A partir dos anos 2000, as negociações passaram a dar maior peso às pautas de igualdade de gênero, raça, orientação sexual e pessoas com deficiência. “Os dois primeiros Censos foram importantes para confirmar os diagnósticos de exclusão desses públicos do emprego bancário. Com a realização do 3º Censo, este ano, temos a oportunidade de mobilizar ao redor do tema e alcançar avanços mais expressivos, para além do diagnóstico. Justamente por isso, os bancários propuseram a figura dos agentes da diversidade e de um processo amplo de divulgação do tema da igualdade”, explicou Rosalina Amorim.

Campanha da Diversidade

Com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário. Acontece entre agosto a outubro, ao mesmo tempo em que ocorre a aplicação do 3º Censo da Diversidade, a
Campanha de Valorização da Diversidade. A proposta é fruto das mesas de negociações com a Fenaban, que visa sensibilizar a categoria e formar agentes da diversidade nas agências e departamentos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado realizou uma audiência pública na quinta-feira (8) para debater a proposta que cria o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras (SCD 6/2016).

O projeto original (PLS 135/2010), de autoria do ex-senador Marcelo Crivella, atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, estabelecia apenas um piso salarial nacional para os vigilantes. Mas, a proposta recebeu 117 emendas na Câmara, o que ampliou a sua abrangência, tornando-o, na prática, um estatuto. Pelo texto, os serviços de segurança privada só poderão ser prestados por empresas especializadas ou por meio de empresas ou condomínios que tenham serviços deste tipo em proveito próprio. O projeto estabelece ainda que a prestação do serviço dependerá sempre de autorização prévia da Polícia Federal.

“O tema é de extrema importância para os bancários e clientes. Trata-se de garantir a segurança e a vida das pessoas. Por isso, discutimos o assunto com muita responsabilidade já há bastante tempo com a categoria e com os bancos”, explicou o coordenador do coletivo de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Jordão.

Se aprovada, vai disciplinar o funcionamento e a fiscalização dos serviços de segurança privada; da segurança das instituições financeiras; e mais uma série de questões relacionadas à área de segurança.

“Nem sempre conseguimos avançar nas negociações com os bancos quando o assunto é segurança bancária. Por vezes, há retrocessos. Isso gera insegurança para funcionários e clientes. Se o estatuto da segurança privada for aprovado, teremos uma lei com regras claras que terão que ser cumpridas pelos bancos. Isso colocará nossas negociações em um outro patamar”, disse Jordão. “Teremos ambientes de trabalho mais seguro”, completou.

Segundo o representante da Contraf-CUT, embora haja consenso de que a maior preocupação é com a vida, existem divergências que precisam ser superadas. “No caso do estatuto da segurança privada, os bancos empenharam esforços no sentido de resguardar os seus interesses mercadológicos e nós focamos em manter e ampliar os itens de segurança necessária no dia a dia de funcionamento das unidades bancárias”.

Jordão explicou que existe uma divergência entre as empresas de transportes de valores e os bancos na redação do artigo 20 devido à disputa de mercado entre esses segmentos empresariais. “A Contraf-CUT já afirmou na mesa de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e nas comissões tripartites que não se opõe à supressão deste artigo. Não somos parte interessada nesta disputa de mercado. Queremos garantir a manutenção dos artigos e parágrafos que dizem respeito aos interesses dos trabalhadores e clientes”, explicou.

O representante da Contraf-CUT disse ainda que, havendo entendimento da redação final do novo estatuto de segurança privada, o senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP) se comprometeu a apresentar o relatório e encaminhá-lo para votação até setembro.

Fonte: Contraf-CUT / Paulo Flores, com informações da Agência Senado

O slogan “Todos contra o retrocesso” foi seguido à risca pelos delegados e delegadas que participaram do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em São Paulo nesta quinta e sexta-feira (1 e 2 de agosto).

Eles entraram em consenso em torno de bandeiras fundamentais da categoria, como Saúde e Saúde Caixa, Previdência e Funcef, direitos e reestruturação, Empresas públicas e Caixa 100% Pública e ainda já definiram algumas datas de lutas que serão agregadas ao calendário dos bancários e da classe trabalhadora.

“Os trabalhadores da Caixa, do país inteiro, se uniram neste Conecef que comemorou os 35 anos de organização nacional rememorando as conquistas históricas, como a jornada de seis horas a manutenção da Caixa 100% Pública durante os anos 1990, todas as conquistas que nós tivemos no nosso acordo coletivo e, além disso, organizou os empregados para a luta na defesa do Saúde Caixa para todos da Funcef e dos participantes, na defesa dos direitos dos empregados e da Caixa 100% Pública, pro povo brasileiro”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Para Fabiana Uehara, secretária da Cultura da Contraf-CUT e representante dos trabalhadores na Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, “o Conecef é um espaço de socialização de experiências, reencontros, formação e luta. Teve participação de muita gente experiente mas também de muita gente nova. Cada participante sai com o compromisso renovado e reforçado de defender a Caixa e nossos direitos. Os ataques vem mas estamos mobilizados e resistiremos”, exclamou.

 

Saúde

Em relação a saúde, os empregados definiram por campanhas em defesa do SUS e pelo fim do GDP

Saúde Caixa

Já no Saúde Caixa, as bandeiras serão combate a CGPAR 23, exigência de transparência no plano e campanha Saúde Caixa para Todos.

Previdência

Aderir as mobilizações da luta contra o desmonte da previdência

Funcef

Os empregados vão combater a CGPAR 25, reivindicar a revisão do cálculo do equacionamento e buscar uma solução para o Contencioso judicial de origem trabalhista

Defesa dos direitos

Negociar melhores condições para os empregados e fortalecer mobilização pelo “Não ao trabalho de sábado e domingo” e contra a reestruturação. Os empregados querem ainda o fim do descomissionamento arbitrário e vão lutar contra a desestruturação da Caixa.

Defesa da Caixa 100% Pública

Defesa da Caixa Intensificação da campanha Caixa 100% pública, realização de oficina de defesa dos bancos públicos, denunciar a demagogia do pagamento do FGTS, além de atuar nas agências durante o pagamento fazendo a defesa da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT