Maio 09, 2025
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Imprensa

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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúne com a direção do banco, nesta terça-feira (20), para tratar de uma pauta de reivindicações específicas. Nesta segunda-feira (19), os membros da COE se reuniram na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, para definir a estratégica de negociação.

Entre os principais pontos da pauta está o retorno sobre os planos de saúde e dental. A direção do banco realizou reuniões com as federações por todos o Brasil. “Eles precisam nos posicionar sobre nossa reivindicação de aumentar a lista de credenciados, principalmente no interior do país, e de melhorar os canais de informações”, explicou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.

A renovação dos acordos aditivos, que vencem em setembro, e a ampliação do Prêmio por Desempenho Extraordinários (PDE) para todos os funcionários também estão na pauta.

A negociação também abordará dois temas que envolvem vitórias de sindicatos em ações na Justiça: O pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) do HSBC, que foi pago proporcionalmente e os sindicatos buscam pagamento integral para todos e a cobrança retroativa do vale-transporte, que até 1 de abril era descontado de forma errada pelo banco. “Nós queremos buscar um acordo, para que todos os pagamentos não precisem ser feitos pela Justiça”, finalizou Magaly.

Fonte: Contraf-CUT

Sindicatos dos bancários de todo o país realizam na quinta-feira (22) um “Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi” em protesto contra diversas medidas implementadas pela direção do Banco do Brasil que prejudicam os funcionários. A Cassi é a caixa de assistências dos funcionários do banco. A data foi definida no 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo e faz parte de um calendário de lutas em defesa da Cassi e do Banco do Brasil como instituição pública, capaz de promover o desenvolvimento do país.

“Na semana passada, a Cassi soltou uma nota defendendo a posição do banco, que diz que vai disponibilizar apenas 4,5% dos salários, ou benefícios dos associados para custear o plano de saúde. Essa é uma postura que vai contra os próprios interesses da Cassi. Queremos que a Cassi se junte aos associados e cobrem do banco a reabertura das negociações”, defendeu o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Para o coordenador da CEBB, a nota foi desmedida, causou apavoramento desnecessário em um momento que é preciso serenidade e seriedade para se encontrar uma saída para a situação em que se encontra a Cassi. “Afinal, ela é boa para os associados, mas também é boa para o banco”, disse.

Fukunaga defendeu ainda que o valor que o banco quer dispor não é suficiente para que os associados arquem com o custo de um plano de saúde com a mesma qualidade e capilaridade da Cassi. “O ônus vai recair sobre as costas dos trabalhadores”, afirmou.

Diálogo e negociação

No dia 22, dirigentes sindicais vão dialogar com os funcionários, seus dependentes e com a população sobre o que está acontecendo com a Cassi. Também vão recolher assinaturas em um abaixo-assinado em defesa da Cassi, contra as arbitrariedades da atual gestão do banco e solicitando a reabertura das negociações.

Os formulários com as assinaturas serão entregues ao presidente da diretoria executiva e ao presidente do conselho deliberativo da Cassi e ressaltarão a importância da cobrança de alternativas coletivas para a manutenção do plano de saúde dos funcionários e seus dependentes.

Material de apoio

A Contraf-CUT disponibilizou no seu site, na área restrita às federações e sindicatos filiados, materiais de apoio ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi. Os mesmos também foram enviados por e-mail.

Uma edição especial do boletim O Espelho, o formulário do abaixo-assinado e a arte de um adesivo estão entre os materiais a serem utilizados.

“Os funcionários precisam se unir e se mobilizar pela manutenção dos direitos em saúde. Precisam entender que eles são gestores da Cassi e se apoderar do sistema para enfrentarmos os ataques que buscam acabar com a Cassi e entregar a saúde dos funcionários aos sistemas privados de saúde. Sabemos o custo que um plano privado tem para os funcionários e dos limites que são impostos”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários de todos os bancos devem receber em setembro a primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2019/2020. Graças ao acordo válido por dois anos, fechado na Campanha Nacional 2018. Com ele, está garantido, para 2019, aumento no valor fixo e limite individual da PLR e em todas as verbas fixas salariais, como salário básico, vales, auxílios e gratificações. O reajuste será igual ao INPC acumulado entre setembro de 2018 a agosto de 2019, mais 1% de aumento real.

A PLR é composta de regra básica e parcela adicional. A regra básica para pagamento é: 54% do salário mais R$ 1.413,46, com limite individual de R$ 7.582,49. O valor fixo e o limite individual serão corrigidos pela inflação de setembro de 2018 a agosto de 2019, acrescida de 1% de ganho real. A inflação do período ainda não foi divulgada pelo governo.

A regra da parcela adicional da antecipação é a seguinte: divisão linear de 2,2% do lucro líquido do 1º semestre de 2019, com limite individual de R$ 2.355,76, corrigido pela inflação de setembro de 2018 a agosto de 2019, acrescida de 1% de ganho real.

Os acordos assinados pelos bancários também definem datas limites para o pagamento da PLR, quando também são creditados os Programas Próprios de cada banco. Confira a data limite para o pagamento das parcelas da PLR 2019/2020 ou o dia em que será creditado os valores, quando anunciado pelos bancos.”

Bradesco: Antecipação até 20 de setembro de 2019 | 2ª parcela até 3 de março de 2020;

Itaú: Antecipação até 20 de setembro de 2019 | 2ª parcela até 3 de março de 2020;

Santander: Antecipação até 20 de setembro de 2019 | 2ª parcela até 3 de março de 2020;

Banco do Brasil: Até 10 dias uteis após a distribuição de lucros e dividendos aos acionistas. Os pagamentos costumam acontecer em setembro e março;

Caixa: Antecipação até 30 de setembro de 2019 | 2ª parcela até 31 de março de 2020.

As datas serão atualizadas conforme divulgação das instituições financeiras.

Fonte: Contraf-CUT

A desigualdade de renda no Brasil aumentou nos últimos 17 trimestres – 51 meses – consecutivos e deu início ao maior período já documentado no país, de acordo com o estudo do economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na avaliação do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, essa alta é resultado da política econômica do governo, desde o impeachment de Dilma Rousseff.

“O país voltou a ter políticas econômicas que aumentam a desigualdade, principalmente por conta do desemprego e uma situação precária do mercado de trabalho. Tudo isso converge nesse resultado”,  explica Clemente, à Rádio Brasil Atual, ao relacionar a elevação da pobreza com o aumento do desemprego.

Segundo o estudo, nem mesmo em 1989, que constitui o nosso pico histórico de desigualdade brasileira, houve um movimento de concentração de renda por tantos períodos consecutivos. Durante os últimos17 trimestres – desde o início de 2015, quando os derrotados nas eleições de 2014 começaram a passar por cima do resultado das urnas –, a renda da metade mais pobre da população caiu cerca de 18%, somente o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra, conforme mostra essa reportagem da CartaCapital, também sobre o estudo da FGV.

“Esse crescimento também elevou a pobreza, tínhamos 8,4% da população vivendo em estado de pobreza, agora são 11,2%. Temos 23 milhões de pessoas vivendo em situação de pobreza. Nesses quatro anos, perdemos o que construímos e ganhamos durante uma década, quando o Brasil foi considerado um exemplo de país na redução de pobreza, mas interrompido com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff”, afirmou o diretor técnico do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Medida Provisória 881, que teve o texto base aprovado nesta semana pela Câmara dos Deputados, atende os interesses da economia ortodoxa, na qual a lógica é que o dinamismo econômico é puxado pelo lado da oferta. Essa é a opinião da presidenta da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Editada com a finalidade de reduzir a burocracia e limitar o poder de regulação do Estado sobre as empresas, a “MP da Exploração” avança sobre as leis do trabalho, transformando-a numa espécie de minirreforma trabalhista.

Juvandia explica que a ideia desse tipo de economia é “facilitar” a vida dos produtores para que eles aumentem a sua produção e assim gerem crescimento econômico. “Dentre as questões propostas nessa lógica para facilitar a vida do produtor estão a desburocratização e a redução de custos, com impostos e encargos.”

Portanto, para eles, quando você cria uma lei que facilita a abertura da empresa aos sábados e domingos, por exemplo, ou que reduz o custo da força de trabalho, isso por si só vai animar o empresariado a investir mais e gerar crescimento e emprego. “É a mesma lógica que foi utilizada na Reforma Trabalhista. Na época, o Henrique Meirelles disse que a reforma iria gerar seis milhões de empregos, como se apenas o fato de a força de trabalho estar mais barata fosse animar os empresários a saírem contratando.”

A presidenta da Contraf-CUT, porém, aponta a visão econômica da classe trabalhadora. “Nós vemos a economia pelo lado da demanda. Ou seja, se não houver demanda de nada adianta facilitar a oferta, pois os empresários não vão investir mais. Irão apenas aumentar a margem de lucro aumentando as desigualdades. Seria necessário, portanto criar programas ou projetos para gerar emprego, aumentar a massa salarial e, a partir daí, aumentar a demanda da economia. Só então esse processo iria animar os empresários a investirem mais.” Juvandia garante que “da mesma maneira que ocorreu com a previsão de geração de empregos pós reforma trabalhista, que na prática não gerou nenhum, essa nova previsão dessa minirreforma também vai ser frustrada. No caso dos bancos vai gerar mais adoecimentos, aumentar a sobrecarga e diminuir a qualidade de vida dos bancários”, acrescentou a presidenta. “Vamos pautar o debate na mesa de negociação com os bancos.”

Fonte: Contraf-CUT

No dia 27 de agosto será realizada mesa permanente de negociação com a Caixa. Na ocasião, representantes dos empregados levarão para o debate os temas urgentes para os trabalhadores como, por exemplo, contratação imediata de mais empregados, fim dos descomissionamento arbitrários, Saúde Caixa para Todos, defesa da Caixa 100% Pública, do FGTS, as novas formas de trabalho que constam no RH 226, entre outros.

 “São muitos e importantíssimos os temas que vamos levar para a negociação. A defesa do Saúde Caixa para Todos é uma das prioridades, uma vez que o banco tem discriminado PCDs contratados, avisando-os que não terão o plano. Na campanha dos bancários de 2018, após longa e dura negociação, garantimos o Saúde Caixa para empregados da ativa e aposentados. Arrancamos ainda na redação do acordo a garantia de uma assistência à saúde para os novos contratados e isso a direção do banco não está garantindo. Pela sustentabilidade do Saúde Caixa e por uma questão até humanitária e de respeito ao acordo, queremos que os PCDs contratados e todos os novos sejam incluídos no plano”, destaca o diretor do Sindicato e coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.

“Outra questão urgente é a operação para os saques do FGTS. Qual será a estrutura? O pagamento, incluindo horas-extras? O trabalho aos sábados e domingos? A Caixa tem de esclarecer diversos pontos e contratar mais empregados, além dos PCDs já anunciados”, acrescenta.

Confira abaixo a pauta, com os itens definidos até o momento, que será apresentada pelos representantes dos empregados na mesa de negociação permanente com a Caixa:

– Saúde Caixa para Todos: admissão dos novos contratados na Caixa, nos termos do Acordo Coletivo de Trabalho, com direito ao Saúde Caixa; cobrança de transparência sobre os dados do plano;

– Fim da irresponsabilidade com a Caixa 100% Pública; fim do pagamento da “suposta” dívida com o Tesouro, que não necessita ser paga agora e nem dessa forma, para manter o desenvolvimento do Brasil; maior responsabilidade com o desenvolvimento do país e com a rentabilidade da Caixa, cessando os planos para venda dos ativos mais rentáveis do banco;  

– FGTS: esclarecimento para população sobre o tema e números. Quantos trabalhadores estão aptos a receber e quanto vão receber?

Estrutura para o pagamento, inclusive horas extras (abertura aos sábados e extensão de horários); Contratação imediata de mais empregados, além dos já anunciados PCDs, para melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho;

– RH 226 (trabalho remoto): esclarecimento e prerrogativas do Sindicato de negociação e acesso aos bancários; cobrança para que a Caixa se responsabilize pelas despesas do trabalho, com o devido treinamento, e assegure o cumprimento das normas de segurança;

– Promoção por mérito;

– Cláusula 54 do ACT (incentivo à graduação);

– Tesoureiros: fim dos desvios de função, por mais segurança e melhores condições de trabalho;

– Integração para novos empregados;

– Fim do GDP e da violência organizacional; Retirada imediata do GDP do MO 21182 como motivo de descomissionamento;

– Problemas com o pagamento da taxa negocial e a mensalidade;

– Pagamento da PLR.

A “reforma” da Previdência, em tramitação no Senado depois de ter sido aprovada em dois turnos na Câmara, vai aumentar a desigualdade social e de renda no Brasil ao atingir grande massa de pessoas que recebem baixos salários ou aposentadorias. Essa e outras críticas foram apresentadas ontem (15) por debatedores que participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.

Segundo o economista Eduardo Fagnani – autor do livro Previdência: O Debate Desonesto –, a reforma vai prejudicar especialmente os trabalhadores e, consequentemente, aumentar a concentração de renda e a desigualdade social. Ele disse que o Brasil já é considerado o país mais desigual do planeta, com enorme concentração de renda. Para o economista, o projeto é apenas mais um passo para o desmonte do Estado social pactuado na Constituição de 1988.

“Estamos destruindo a seguridade social, que é o principal mecanismo de transferência de renda do Brasil, de diminuição da desigualdade. Estamos destruindo esses mecanismos de proteção social, como o BPC. Estão reformando o modelo de sociedade que foi pactuado em 1988. Mais um retrocesso no processo civilizatório brasileiro”, afirmou Fagnani.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, ressaltou que a concentração de renda vem aumentando em todo o mundo nos últimos anos e que o texto atual da reforma previdenciária não atacará privilégios como alega o governo. Ao contrário, declarou, atinge de maneira dura quem recebe salários ou benefícios entre R$ 1.300 e R$ 1.800.

Rudinei afirmou ainda que a proposta vai diminuir o valor de aposentadorias e pensões, tornar mais tardias as aposentadorias, diminuir salários líquidos dos trabalhadores da ativa, principalmente dos servidores públicos. Segundo seus cálculos, o servidor público vai perder, em média, 5% de seu salário líquido devido ao aumento das contribuições previdenciárias.

Representante da Associação Brasileira dos Economistas pela Democracia (Abed), Clóvis Scherer reiterou que a reforma da Previdência vai concentrar ainda mais a renda no país, já que atinge a renda dos trabalhadores que ganham pouco. Ele afirmou que o governo federal nunca apresentou um relatório ou estudo dos futuros impactos sociais da reforma previdenciária. “Essa reforma recai sobre a carne dos trabalhadores”, alertou o economista.

Pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a advogada Marcelise Azevedo concordou com os demais participantes. Para ela, as mudanças previdenciárias vão ocasionar grande retrocesso social. Marcelise lembrou que a Previdência é um direito humano fundamental, “um marco civilizatório”.

Em nome do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a professora Madalena Vange Medeiros do Carmo Borges afirmou que as reformas defendidas pelo governo vão piorar a situação de quem está na base e desmontar a assistência social.

Também participaram da audiência pública o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes Araújo Filho; o vice-presidente de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), José Avelino da Silva Neto; o representante da Associação Nacional dos Servidores Ambientais Vitor Sarno; e a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli. A reunião foi conduzida pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS).

Com informações da Agência Senado

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançaram nesta quinta-feira (15), em Brasília, Observatório da Diversidade e da Igualdade de Oportunidades no Trabalho, uma plataforma digital com informações estatísticas oficiais, dados “com potencial de qualificar processos de tomada de decisão em relação às políticas públicas”, segundo as entidades. “A plataforma permite identificar desafios e oportunidades, em termos de políticas públicas, a partir de diferentes categorias de análise como gênero, raça, pessoas com deficiência, LGBTI e grupos populacionais e tradicionais específicos como ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas, quilombolas, comunidades de terreiro, e ciganos, entre outros”, afirmou o procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury.

São informações que mostram, na verdade, a desigualdade no mercado de trabalho brasileiro. Segundo dados de 2017 citados pelo MPT, por exemplo, o rendimento médio dos homens no setor formal era de R$ 3.200, enquanto as mulheres recebiam R$ 2.700. Em relação aos homens brancos, mulheres brancas recebiam o correspondente a 76% do rendimento, valor que diminui ainda mais para homens negros (68%) e mulheres negras (55%).

Acesse aqui o conteúdo do Observatório. As informações podem ser desagregadas por unidade da federação e por município. Segundo os dados, São Paulo é a unidade com maior disparidade de rendimentos mensais: os homens ganham, em média, R$ 690 a mais que as mulheres.

O projeto também tem apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), do Pacto Global das Nações Unidas e da ONU Mulheres. “Em breve, o Observatório trará informações específicas sobre migrantes, gerações de jovens e pessoas de idade avançada, diversidade religiosa e acesso à saúde, com foco na promoção da diversidade e da igualdade de oportunidades no trabalho”, diz o MPT.

Outros dados contidos na plataforma mostram a cobertura do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o número de vínculos de emprego formal de trabalho de pessoas com deficiência, “sugerindo, de forma concomitante, uma análise do grau de inserção socioprodutiva e de acesso a esquemas de proteção social para esta população em específico”.

“O efeito combinado com esquemas de proteção social poderia promover os direitos humanos e laborais dessas pessoas ao mesmo tempo em que impulsiona a economia e a produção”, comentou a titular da Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho, Valdirene de Assis.

Há ainda dados específicos sobre a população LGBTI. Segundo o MPT, também é possível “analisar a concentração e a distribuição territorial de 3,08 milhões de famílias oriundas de uma série de cortes demográficos relacionados com Grupos Populacionais Tradicionais e Específicos (GPTEs), tais como povos e populações étnicas (povos indígenas, quilombolas, comunidades de terreiro e ciganos), pessoas residentes do meio rural (assentados da reforma agrária e pessoas vinculadas com a agricultura familiar), populações vinculadas ao meio ambiente (ribeirinhos, extrativistas e pescadores artesanais) e famílias de pessoas afetadas por conjunturas específicas (famílias de presos, de catadores de materiais recicláveis, de pessoas em situação de rua, de afetados por grandes empreendimentos, entre outros).

Fonte: Rede Brasil Atual

No encerramento do segundo trimestre, um em cada quatro desempregados, ou 3,347 milhões de pessoas, procurava trabalho há pelo menos dois anos, segundo o IBGE. Esse é o maior número para um período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012. São 196 mil pessoas a mais em um ano. Em 2015, o total era de 1,435 milhão – em menos de quatro anos, mais que o dobro.

De acordo com o instituto, é um indicador com tendência de crescimento pela dificuldade da inserção no mercado de trabalho desde o início da crise econômica, em finais de 2014. “A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas têm crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, diz analista Adriana Beringuy, do IBGE.

Ainda segundo a pesquisa, 45,6% dos desempregados estavam de um mês a um ano atrás de um trabalho. Em seguida (26,2%), justamente os que mantêm essa busca há dois anos ou mais. Esse é um dos fatores que explicam o desalento, afirmam os pesquisadores. No segundo trimestre, a Pnad apontou 4,9 milhões de desalentados no país, gente que desistiu de procurar emprego, sendo 766 mil na Bahia e 588 mil no Maranhão.

A taxa de desalentados em relação à força de trabalho é de 4,4%, recorde da série. Chega a 18,4% no Maranhão e a 15,2% em Alagoas, caindo para 1,3% no Rio de Janeiro e 0,9% em Santa Catarina.

A dificuldade de encontrar trabalho influencia também na expansão da informalidade, diz o IBGE. O mercado brasileiro tem 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil empregadores sem CNPJ.

Desemprego

A população por conta própria corresponde a 25,9% do total dos ocupados. As maiores taxas são da região Norte: Pará (35,6%), Amapá (35,1%) e Amazonas (34,3%). As menores foram registradas no Distrito Federal (19,6%), Mato Grosso do Sul (20,9%) e São Paulo (21,7%).

A taxa de desemprego no país, no segundo trimestre, conforme divulgado em 31 de julho, foi de 12%, ante 12,7% no primeiro e 12,4% em igual período do ano passado. Também varia bastante conforme a unidade da federação: vai 6% (Santa Catarina) a 17,3% (Bahia). Em São Paulo, atingiu 12,8%. Do primeiro para o segundo trimestre, houve recuo em 10 unidades e estabilidade em 17. Na comparação anual, a taxa subiu em duas, caiu em três e ficou estável nas demais, mostrando uma situação de estagnação econômica com o desemprego em nível elevado.

A chamada subutilização da força de trabalho, que mostra pessoas que poderiam trabalhar mais, mas não conseguiram, chegou a 24,8%, variando de 10,7% (Santa Catarina) a 43,3% (Piauí).

Fonte: Rede Brasil Atual

A Funcef informou, nesta semana, que as alíquotas adotadas nas contribuições extraordinárias do equacionamento sofrerão alterações. Na prática as alíquotas, que já tinham sofrido leve redução no último ano, ficarão mais altas. O secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Sérgio Takemoto, explica que essa revisão é prevista em lei, mas, para ele, precisa ser melhor explicada. “No momento em que todos aguardam a adoção da resolução CNPC nº 30, que permite ampliação do prazo e diluição dos descontos, a Funcef parece caminhar na direção contrária. A alta concentração de investimento em renda fixa – cuja rentabilidade vem diminuindo – é um dos fatores que parece agravar a situação”, afirmou.

No caso do Reg/Replan Saldado, cujas alíquotas são as mesmas para todos os participantes, o somatório de descontos dos três planos de equacionamento em 2018 chegava a 20,23% ao mês. Em junho de 2019, a soma chegava a 19,48% em função de uma avaliação atuarial similar à que está em curso. Agora, segundo a Funcef, o total de descontos a partir deste mês será 19,53%.

Para Takemoto, a fundação cita estudos de solvência e liquidez que serviriam de base para reformular os planos de equacionamento a partir da resolução CNPC nº 30, mas trata a questão de forma vaga. A norma está em vigor há quase um ano. “Já estamos cobrando maior agilidade na adoção da resolução CNPC nº 30. A fundação já poderia ter avaliado a questão da diluição do prazo.”

O que leva a essa oscilação?

O balanço de maio de 2019 do Reg/Replan indica que as contribuições extraordinárias não têm sido suficientes para a reconstituição das reservas do plano. Em dezembro de 2018, o total a integralizar em aproximadamente 17 anos era R$ 21,2 bilhões. Em maio de 2019, essa pendência já estava em R$ 21,4 bilhões, R$ 192,8 milhões maior. A compensação dessa diferença, salvas as devidas atualizações, seria o objeto dessa revisão de alíquotas.

Em planos de previdência, os resultados esperados podem não ser alcançados devido ao baixo desempenho de investimentos, estimativas de rentabilidade além do exequível, eventuais aumentos no volume de benefícios a serem pagos, condenações judiciais, entre tantos motivos. A evolução do passivo – total de benefícios que o plano precisa pagar aos participantes – pode pesar, uma vez que o Saldado é um plano maduro, que paga mais benefícios do que arrecada.

Saída pode estar na diversificação

A situação poderia ser compensada por maior rentabilidade nos investimentos, mas a elevada concentração em renda fixa não ajuda. A Funcef tem optado por alocar recursos em renda fixa, segmento onde se incluem títulos públicos da União. Deixa de lado investimentos considerados de maior risco, mas com expectativa de melhor rentabilidade, como renda variável (ações e participação em empresas) e os investimentos estruturados, como os FIPs.

De 2016 a 2018, a insistência na renda fixa trouxe ganhos inferiores aos que a Funcef poderia ter conquistado. Nos títulos públicos, a rentabilidade acumulada foi de 36,1%, enquanto a renda variável alcançou 58,6%. Mesmo os FIPs, após perda em 2016, registraram valorização acumulada entre 2017 e 2018 de 44,1%, enquanto a renda variável marcou 30% e a renda fixa, 19,9% no mesmo período. Além disso, do total de recursos alocados em renda variável na Funcef, somados todos os planos, 39% estão investidos na Vale, quando poderiam estar mais distribuídos.

Takemoto acredita que os números mostram que certas opções nas quais a Funcef vem insistindo trazem consequências pesadas para os participantes. “Se adotasse uma política de investimentos diversificada, a revisão atuarial nas alíquotas poderia levar a uma nova redução dos descontos para os trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT. com Fenae